Ocorrência de Situação de Fraca Qualidade do Ar – Recomendações da Direção-Geral da Saúde – DGS
Prevê-se a ocorrência de uma situação de fraca de qualidade do ar no Continente, para o dia 27 de outubro. Esta situação deve-se à intrusão de uma massa de ar proveniente dos desertos do Norte de Africa, que transporta poeiras em suspensão e que atravessa Portugal Continental, aumentando as concentrações de partículas inaláveis de origem natural no ar.
Este poluente (partículas inaláveis – PM10) tem efeitos na saúde humana, principalmente na população mais sensível, crianças e idosos, cujos cuidados de saúde devem ser redobrados durante a ocorrência destas situações. Assim, e enquanto este fenómeno se mantiver, a Direção-Geral da Saúde recomenda:
- A população em geral deve evitar os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes.
- Os seguintes grupos de cidadãos, pela sua maior vulnerabilidade aos efeitos deste fenómeno, para além de cumprirem as recomendações para a população em geral, devem, sempre que viável, permanecer no interior dos edifícios e, preferencialmente, com as janelas fechadas:
Crianças;
Idosos;
Doentes com problemas respiratórios crónicos, designadamente asma;
Doentes do foro cardiovascular.
- Os doentes crónicos devem manter os tratamentos médicos em curso.
- Em caso de agravamento de sintomas contactar a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) ou recorrer a um serviço de saúde.
Para informação adicional sobre a qualidade do ar e os valores medidos nas estações de monitorização, pode ser consultada a página da internet da Agência Portuguesa do Ambiente (link QualAR – Qualidade do AR (apambiente.pt)) ou a App QualAr.
Doenças transmitidas por mosquitos
ARS Algarve participa em projeto de controlo de espécies invasoras
Os Serviços de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve estão a participar num projeto de investigação relacionado com Doenças Transmitidas por Vetores, que tem como objetivo testar a tecnologia do Inseto Estéril (SIT) aplicada ao controlo de espécies invasoras de mosquitos.
Denominado «Integração da Técnica do Inseto Estéril no controlo do mosquito vetor invasor Aedes albopictus em Portugal», este projeto é conduzido por investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e tem uma duração prevista de dois anos.
A Técnica SIT, aplicada a mosquitos invasores e vetores de doença, é vista como uma componente de um programa para a gestão integrada de mosquitos vetores de doença e é recomendada pela Organização Mundial de Saúde para reduzir a população destes mosquitos e prevenir o aparecimento de doenças.
Esta técnica consiste em libertar mosquitos benéficos não picadores (machos estéreis) que, ao acasalarem com os mosquitos fêmeas de uma dada região, inviabilizam as novas gerações, suprimindo assim a população de insetos.
O projeto decorre no âmbito da REde NAcional de VIgilância de VEtores (REVIVE), coordenada pelo INSA e em articulação com a Direção-Geral da Saúde e Administrações Regionais de Saúde. É financiado pela Agência Internacional de Energia Atómica e tem como região alvo o Algarve, concelho de Faro, onde o mosquito invasor Aedes albopictus foi detetado em 2017 e se encontra atualmente estabelecido.
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Investimento de 32M€ no Algarve
CHUA investe em equipamentos e reestruturação hospitalar
O Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA) investiu, nos últimos dois anos, 32 milhões de euros (M€) em equipamentos e reestruturação hospitalar, aumentando a resposta dos cuidados de saúde na região.
De acordo com declarações da Presidente do Conselho de Administração, Ana Varges Gomes, na Comissão Parlamentar de Saúde, o investimento realizado a partir de julho de 2020 permitiu o aumento da atividade assistencial hospitalar e alcançar «uma resposta muito superior à que era dada».
«Aumentámos o número de profissionais de saúde, um compromisso feito para garantir os profissionais suficientes, a nossa saúde mental e comunitária aumentou, porque criámos mais equipas, temos o maior número de sempre de consultas médicas e sessões de Hospital de Dia e a atividade cirúrgica tem sido sempre crescente», referiu.
De acordo com a responsável, diminuiu-se o «número de doentes que são operados no privado, porque foi criado um plano de incentivos para os profissionais poderem operar dentro do hospital».
Entre as novas ofertas do centro hospitalar, está a criação da especialidade de cirurgia vascular, tendo sido realizadas cerca de 200 intervenções, 750 consultas externas.
Também um angiógrafo adquirido recentemente, num investimento de um milhão de euros, permitiu tratar 78 doentes e realizar 94 exames, equipamento que evita que os doentes com acidentes vasculares cerebrais (AVC) se tenham de deslocar a Lisboa.
Segundo a responsável, preveem-se ainda investimentos numa unidade de AVC com equipamento de angiografia, três novos neurologistas, uma equipa multidisciplinar, 14 camas de cuidados intermédios para AVC e 20 camas de internamento pós-agudo para reabilitação intensiva em Faro e Lagos.
Por outro lado, o espaço do projeto de procriação medicamente assistida vai ser reabilitado e equipado, através de uma verba de cerca de 1,6 milhões de euros, com o início da obra previsto para janeiro de 2023.
De acordo com Ana Varges Gomes, o CHUA tem vários projetos que foram submetidos a programas de financiamento, «com investimentos importantes, entre eles o projeto do Centro Oftalmológico de referência, investimento de 900 mil euros».
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Desafios e oportunidades da telessaúde
Secretário de Estado defende caminho com foco no cidadão
O Centro Cultural de Belém, em Lisboa, foi o palco escolhido para o primeiro de um conjunto de eventos no âmbito do eHealth Summit. O encerramento da primeira eHealth Session, que teve lugar na terça-feira, dia 25 de outubro, contou com a presença do Secretário de Estado da Saúde. Ricardo Mestre garantiu que a aposta na digitalização é uma prioridade do Ministério da Saúde, mas defendeu que “este caminho tem de ser feito tendo como foco o cidadão”.
“Queremos melhorar o acesso, mas também a resposta às expetativas dos nossos cidadãos”, reforçou o Secretário de Estado, asseverando que “o acesso dos cidadãos ao SNS é um desidrato maior da nossa missão”. Ricardo Mestre recordou, depois, vários serviços em que a saúde tem sido pioneira, bem como o investimento financeiro que está previsto através do Plano de Recuperação e Resiliência.
No mesmo evento, na presença do Secretário de Estado, foi assinado um protocolo entre a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde e a Agência para a Modernização Administrativa para serem instalados mais de 90 balcões SNS 24 em espaços Cidadão, nas Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais. Desta forma, será passada em breve a barreira dos 350 balcões SNS 24 espalhados por todo o país.
Os desafios e oportunidades da telessaúde para o cidadão, a acessibilidade no Serviço Nacional de Saúde, a inclusão de pessoas portadoras de deficiência e o SNS 24 omnicanal foram algumas das temáticas em análise, nesta sessão que marcou o início do maior debate sobre eHealth realizado no nosso país.
Portugal tem vindo a consolidar o seu posicionamento em matéria de saúde digital através do eHealth Summit, iniciativa do Ministério da Saúde, organizada pela SPMS.
Transplantação hepática
CHUC comemora 30 anos de transplantação hepática
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) assinala esta quarta-feira, dia 26 de outubro, o 30.º aniversário dos transplantes hepáticos no CHUC.
O evento comemorativo, que decorre no auditório do Polo 3 da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, evoca temas como a memória do início da transplantação hepática em Coimbra, o seu passado, o presente e o futuro. A sessão promove, ainda, o debate de temáticas relacionadas com a qualidade e segurança da transplantação hepática, a intervenção chave no processo de dador/recetor para o sucesso do transplante, a certificação dos profissionais da área da transplantação e o candidato a transplante hepático em 2022.
Pelas 12h15, terá lugar a cerimónia evocativa que contará com a presença de diversas individualidades e com a primeira doente transplantada. Também no átrio do CHUC, está patente uma exposição fotográfica alusiva aos 30 anos de transplantação hepática.
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Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade Laboratorial disponibiliza mais de 280 programas em 2023 – INSA
26-10-2022
O Programa Nacional de Avaliação Externa da Qualidade Laboratorial (PNAEQ), coordenado pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), vai disponibilizar, no próximo ano, mais de 280 programas de avaliação nas áreas clínica, POCT (point of care test), genética, anatomia patológica, ecotoxicologia, microbiologias do ar, águas, alimentos e areias. A participação nestes programas permite aos laboratórios, públicos e privados, monitorizar e implementar a melhoria da qualidade analítica.
De forma a garantir a total disponibilidade nos primeiros ensaios do ano, os laboratórios interessados em participar deverão efetuar a sua inscrição, até 15 de novembro, através do preenchimento do seguinte formulário, onde poderá também ser encontrada informação sobre todos os programas disponibilizados pelo PNAEQ em 2023, organizados por área, bem como o Livro de Apresentação e Especificações Técnicas, e a Tabela de Preços para o próximo ano.
Com mais de 300 participantes nos programas disponibilizados, o PNAEQ mantém consórcios e protocolos com entidades congéneres internacionais, além de contar com a colaboração de peritos nacionais e internacionais para a avaliação de resultados e a emissão de pareceres técnicos, bem como para a organização de estudos piloto e seleção de amostras controlo, incluindo casos de estudo com história clínica de interesse. A análise e divulgação pelo PNAEQ dos resultados globais do desempenho a nível nacional, têm sensibilizado para a mais-valia da participação nestes programas.
Criado em 1978, o PNAEQ promove, organiza e coordena, de forma independente, programas de avaliação externa da qualidade laboratorial. A participação dos laboratórios é voluntária e confidencial e, de um modo retrospetivo, permite a avaliação do desempenho e comparação entre pares, bem como a deteção de erros sistemáticos através da determinação em condições de rotina, de amostras de conteúdo desconhecido do laboratório, sendo assegurada, desta forma, a comparabilidade e uniformidade dos resultados dos laboratórios aderentes.