COVID19 |Relatório de Situação Semanal nº 771 | 18/10/2022 – 24/10/2022 – DGS
Publica-se o relatório de situação da COVID-19 semanal para publicação esta semana.
Organização Mundial da Saúde divulga lista de fungos prioritários de maior impacto na saúde – INSA
28-10-2022
A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou, dia 25 de outubro, a primeira lista de “fungos patogénicos prioritários”, na qual enumera 19 espécies de agentes fúngicos que representam uma ameaça para a saúde pública, devido a riscos de mortalidade e/ou morbilidade. A publicação tem como objetivo fortalecer a resposta global às infeções fúngicas e à resistência aos antifúngicos
Para tal, a OMS recomenda três grandes áreas de ação: realização de vigilância das infeções fúngicas; mais investigação e desenvolvimento nesta área e atuação em Saúde Pública. Esta lista de agentes fúngicos patogénicos prioritários é o primeiro esforço global no sentido de uma priorização dos agentes fúngicos mencionados, considerando as enormes lacunas no conhecimento, a falta de investimento em investigação e desenvolvimento e o cada vez maior risco destas infeções fúngicas e da emergência de resistência aos antifúngicos utilizados no seu tratamento.
O Laboratório Nacional de Referência de Infeções Parasitárias e Fúngicas (LNR-URSZ) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) tem, desde há vários anos, desenvolvido a sua atividade em alinhamento com o indicado pela OMS, tanto através da implementação de redes de vigilância em infeções fúngicas invasivas e em epidemiologia e resistências de Aspergillus, como do desenvolvimento e implementação de novas metodologias, e da realização de métodos de referência, e implementação de ensaios interlaboratoriais.
À semelhança do agora recomendado no documento da OMS, o LNR de Infeções Parasitárias e Fúngicas do INSA participa também em grupos de trabalho a nível nacional e internacional, na promoção de programas de avaliação externa da qualidade e dá formação específica em micologia clínica e laboratorial integrada na formação médica e de saúde pública.
A OMS refere ainda a importância do conceito One Health associado à emergência das resistências aos antifúngicos. Neste sentido, vários trabalhos de investigação e vigilância têm vindo a decorrer no LNR-URSZ, como a pesquisa de alguns dos fungos descritos nesta lista em diferentes origens: humana, animal e ambiente.
Por outro lado, o relatório publicado pela OMS sublinha também uma necessidade clara de intervenções de saúde pública realizadas com base em evidências, tanto em termos de impacto da doença quanto na melhoria da prestação de cuidados. Em relação a esta última área de ação, o papel do INSA passa por colaborar ativamente para a produção de evidências técnico-científicas que contribuam para que tal aconteça.
Priorização de acordo com o grau de severidade da doença causada, possibilidade de emergência de resistências aos antifúngicos e outros desafios inerentes ao seu tratamento. Os fungos selecionados foram caracterizados em três grupos de prioridade (crítico, alto e médio). |
HVFX | Psicologia Clínica
Novo serviço promove a prestação de cuidados na área da psicologia
O Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) criou, no passado dia 30 de agosto, um novo Serviço de Psicologia Clínica.
Em comunicado, o HVFX refere que o Serviço de Psicologia Clínica, criado em deliberação do Conselho de Administração, “robustece a resposta da prestação de cuidados de saúde à população da área de influência” daquela unidade hospitalar, “indo ao encontro à nomenclatura prevista no Despacho nº11347/2017, que determina que os estabelecimentos hospitalares do Serviço Nacional de Saúde devem assegurar a criação de Serviço de Psicologia Clínica no âmbito da sua organização interna”.
Foi nomeada para assumir a direção deste novo Serviço a Psicóloga Clínica Ana Maria Roque Garret.
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Investigação e inovação
CHUCB participou em projeto de app para estudo e acompanhamento da Covid-19
O Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira (CHUCB), em parceria com a empresa tecnológica HopeCare, concluíram com sucesso, o projeto de investigação 2TI COVID-19 (Telemonitoring & Track Immunity on Covid-19), iniciado em dezembro de 2021, com o objetivo de produzir uma solução tecnológica, para analisar e estudar a imunidade conferida pela vacinação e ainda detetar situações de infeção/reinfeção, sintomas, recuperação e situações de Long-Covid.
O projeto que consistiu assim, no desenvolvimento de uma aplicação móvel (APP), para recolha, análise, integração e partilha de dados, teve a participação de 724 voluntários, os quais permitiram validar a solução, através dos seus dados e informações de saúde, nomeadamente: resultados laboratoriais de imunidade, resposta a questionários de qualidade de vida e outros indicadores de saúde. Durante o estudo foram detetados, à distância, 36 utilizadores com sintomas típicos de Long-COVID e um caso de infeção por SARS-COV-2.
Implementado no âmbito do programa COVID-X (https://www.covid-x.eu/), programa que reúne empresas do setor digital e instituições prestadoras de cuidados de saúde, em prol da criação de soluções de inteligência artificial e tecnologia de dados, para superar os desafios da COVID-19, o 2TI COVID-19 foi financiado em 150 mil euros, pelo Horizonte 2020, fundo da União Europeia para a investigação e inovação.
De acordo com o CHUCB, os dados recolhidos e analisados durante o estudo foram validados com alguns dos mais reputados institutos de saúde europeus, designadamente: o Karolinska Institute, o SERMAS e a Humanitas.
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Medicamentos próximos
Ministro da Saúde anuncia projeto para renovação automática da medicação para doentes crónicos
Evitar deslocações desnecessárias para melhorar a qualidade de vida das pessoas, sobretudo das que têm uma doença crónica, é uma das prioridades para o Ministério da Saúde. Neste contexto, o Ministro da Saúde, na conferência anual da Plataforma Saúde em Diálogo, com o tema Saúde: Novos Caminhos, um Desígnio Comum”, apresentou duas medidas que pretendem facilitar o acesso ao medicamento, inscritas na proposta do Orçamento do Estado para 2023.
A informação foi avançada na quinta-feira, dia 27 de outubro, pelo Ministro da Saúde. Manuel Pizarro anunciou que, em 2023, pretende melhorar o acesso ao medicamento por parte das pessoas com doença crónica, o que passa por permitir que mais medicação, até agora sujeita a dispensa hospitalar, possa passar para as farmácias de oficina. Simultaneamente, acrescentou o governante, pretende-se avançar com a renovação automática da medicação para doentes crónicos prescrita pelo Serviço Nacional de Saúde.
Manuel Pizarro admitiu que o projeto tem uma grande complexidade, até porque será necessário distinguir a medicação de uso prolongado numa doença crónica, daquela que é utilizada transitoriamente e que implica uma revisão regular. Ainda assim, o Ministro da Saúde defendeu que “somos capazes de fazer melhor sem risco de redução da qualidade do acompanhamento da prescrição e com maior comodidade para as pessoas”.
A conferência anual da Plataforma Saúde em Diálogo pretendeu refletir, com os vários parceiros do sistema, sobre os desafios e preocupações com que cidadãos e pessoas que vivem com doença se deparam no contexto atual, mas também sobre como podemos aproveitar da melhor forma as oportunidades que vão surgindo, traçando um caminho frutuoso e sustentável para o futuro.