Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 08-11-2022 – INSA
08-11-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Genómica e Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 43.268 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.
Segundo o relatório do INSA, a linhagem BA.5 da variante Omicron (incluindo as suas múltiplas sublinhagens) é dominante em Portugal desde a semana 19 (9 a 15 de maio), apresentando uma frequência relativa de 92,5% de acordo com a mais recente amostragem aleatória por sequenciação na semana 43 (24 a 30 de outubro). A linhagem BA.4 da variante Omicron representou 1,3% das sequências analisadas nas semanas 42 e 43, apresentando um decréscimo da sua frequência relativamente às semanas anteriores.
Por outro lado, a linhagem BA.2 da variante Omicron, dominante em Portugal entre as semanas 8 (21 a 27 de fevereiro) e 19 (9 a 15 de maio), apresenta desde então uma frequência relativa residual, apesar de um ligeiro aumento nas semanas 42 e 43, representando 6,9% das sequências deste período.
No decurso da monitorização contínua realizada pelo INSA, tem-se observado a emergência de sublinhagens de interesse, com novas constelações de mutações potencialmente associadas à resistência a anticorpos neutralizantes. Em Portugal, realça-se o aumento de frequência relativa das sublinhagens BF.7, BN.1 e BQ.1 e suas descendentes, em particular a BQ.1.1. Até à data, foram detetadas quatro sequências da sublinhagem recombinante XBB, a qual tem também aumentado de frequência em alguns países (p.ex., Singapura).
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Atualmente, esta monitorização contínua assenta em amostragens semanais de amplitude nacional. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.
Reintrodução no mercado de máscara cirúrgica tipo IIR, do fabricante Brigth5 Unipessoal, Lda – Infarmed
(Circular Informativa N.º 129/CD/550.20.001 de 07/11/2022)
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: dm
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
08 nov 2022
No passado mês de abril 2022 foi identificada a notificação junto do INFARMED, I.P. da colocação no mercado nacional de máscaras cirúrgicas tipo IIR, com referência SURMASK_T2R, do fabricante BRIGHT5 UNIPESSOAL, LDA., ostentando marcação CE indevida, por não existir evidência de cumprimento de todos os requisitos legais aplicáveis a nível europeu incluindo documentação técnica incompleta face ao estabelecido nos anexos II e III do Regulamento (UE) 2017/745, pelo que, à data, o INFARMED, I.P. determinou a imediata suspensão da comercialização no mercado nacional dos referidos dispositivos.
Em 28/10/2022 o fabricante BRIGHT5 UNIPESSOAL, LDA. notificou o INFARMED, I.P. de que, à data, já está em condições de garantir que, relativamente à máscara cirúrgica tipo IIR, com referência SURMASK_T2R, estão a ser cumpridos todos os requisitos legais aplicáveis, pelo que procedeu à aposição da marcação CE no seu dispositivo e à colocação/reintrodução do mesmo no mercado nos termos previstos no artigo 5º do Regulamento (UE) 2017/745, de 5 de abril de 2017.
Pelo acima exposto, o INFARMED, I.P. informa que, na presente data, o fabricante BRIGHT5 UNIPESSOAL, LDA., cuja atividade se encontra devidamente notificada a este Instituto, nos termos legalmente previstos, é responsável pela colocação/reintrodução no mercado do dispositivo médico supracitado, o qual apresenta aposta a marcação CE como símbolo da sua conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho do Regulamento (UE) 2017/745, de 5 de abril de 2017.
O dispositivo médico máscara cirúrgica tipo IIR, com referência SURMASK_T2R, está coberto pela Declaração UE de Conformidade emitida em 29 de setembro de 2022, pelo seu fabricante BRIGHT5 UNIPESSOAL, LDA., podendo ser comercializado sem restrição em Portugal, nos Estados Membros da União Europeia e/ou outros estados que tenham acordo contratual com o Espaço Económico Europeu.
O INFARMED, I.P. continuará, no âmbito das suas competências de fiscalização do mercado, a desencadear as medidas necessárias com vista a garantir que os dispositivos médicos colocados no mercado evidenciam estar em conformidade com os requisitos estabelecidos na legislação aplicável com vista à garantia da proteção da saúde pública.
A Vogal do Conselho Diretivo
(Erica Viegas)
Novo Núcleo da Vacinação da Direção-Geral da Saúde
A recente experiência das emergências em saúde pública, reforçou a importância da vacinação como um instrumento essencial para a preservação de vidas humanas, trazendo novos desafios que precisam ser acautelados no domínio da saúde pública.
Norma nº 006/2022 de 07/12/2022 – DGS
Vacinação contra infeção humana por vírus Monkeypox: atualização de norma
A Direção-Geral da Saúde atualizou hoje a Norma 006/2022 da DGS relativa à vacinação contra infeção humana por vírus Monkeypox, de forma a alargar os grupos abrangidos pela vacinação pré-exposição (preventiva) de pessoas com risco acrescido, além dos contactos de casos.
Assim, de acordo com os novos critérios, as pessoas com mais de 18 anos elegíveis para vacinação pré-exposição são as seguintes:
- Homens que têm sexo com homens (HSH), mulheres e pessoas trans, em profilaxia pré-exposição para o vírus da imunodeficiência humana (PrEP para VIH) com história de múltiplos parceiros sexuais, nos últimos 6 meses;
- HSH e pessoas trans que vivam com VIH E tenham múltiplos parceiros sexuais nos últimos 6 meses;
- HSH e pessoas trans envolvidas em sexo comercial;
- HSH com imunossupressão grave (segundo a Norma);
- Profissionais de saúde, com elevado risco de exposição, envolvidos na colheita e processamento de produtos biológicos de casos de infeção.
A gestão da estratégia logística de vacinação pré-exposição mantém-se ao nível de cada região de saúde, após identificação dos cidadãos elegíveis, preferencialmente, em consulta de especialidade.
Vacinação outono-inverno
Modalidade «Casa Aberta» disponível para maiores de 70 anos
A vacinação na modalidade «Casa Aberta» já está disponível para pessoas com 70 ou mais anos de idade, para a administração da dose de reforço da vacina contra a Covid-19 e da vacina contra a gripe.
Esta modalidade, que permite que mais utentes possam deslocar-se aos locais de vacinação sem necessidade de marcação, está também disponível para grupos profissionais prioritários (com recurso a senhas digitais) e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos.
Desde o dia 7 de setembro que decorre a campanha de reforço sazonal em vários centros de vacinação espalhados pelo país, e irá prolongar-se até dezembro, tendo como prioridade proteger as pessoas mais vulneráveis, prevenindo a doença grave, a hospitalização e a morte. O objetivo é vacinar este ano 3 milhões de pessoas elegíveis e por isso reforça-se a importância da adesão à vacinação, em particular dos mais vulneráveis.
Até dia 7 de novembro foram vacinados mais de 1,8 milhões de utentes contra a Covid-19 e mais de 1,8 milhões contra a gripe, em Portugal Continental, dos quais mais de 1,4 milhões receberam as duas vacinas em simultâneo.
Para saber mais, consulte:
Covid-19 > Casa Aberta
Vacinação contra a Monkeypox
Norma da DGS alarga grupos abrangidos pela vacinação preventiva
A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a norma relativa à vacinação contra infeção humana por vírus Monkeypox, de forma a alargar os grupos abrangidos pela vacinação pré-exposição (preventiva) de pessoas com risco acrescido, além dos contactos de casos.
De acordo com estes novos critérios, podem receber a vacina preventiva contra o vírus VMPX os homens que têm sexo com homens (HSH), mulheres e pessoas trans, em profilaxia pré-exposição para o vírus da imunodeficiência humana com história de múltiplos parceiros sexuais nos últimos seis meses.
São também elegíveis para essa vacinação os HSH e pessoas trans que vivam com VIH e tenham múltiplos parceiros sexuais nos últimos seis meses, assim como os HSH e pessoas trans envolvidas em sexo comercial e os HSH com imunossupressão grave.
A norma mantém a elegibilidade dos profissionais de saúde com elevado risco de exposição, envolvidos na colheita e processamento de produtos biológicos de casos de infeção.
O documento da DGS refere, ainda, que a gestão da estratégia logística de vacinação pré-exposição mantém-se ao nível de cada região de saúde, após identificação dos cidadãos elegíveis, preferencialmente, em consulta de especialidade.
De acordo com os últimos dados disponibilizados pela DGS, desde 3 de maio e até 26 de outubro, foram identificados 944 casos confirmados de Monkeypox em Portugal, mas registando uma tendência decrescente do número de novas infeções.
Segundo a DGS, os sintomas mais comuns da doença são febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, dor nas costas, cansaço, aumento dos gânglios linfáticos com o aparecimento progressivo de erupções que atingem a pele e as mucosas.
Uma pessoa que esteja doente deixa de estar infeciosa apenas após a cura completa e a queda de crostas das lesões dermatológicas, período que poderá, eventualmente, ultrapassar quatro semanas.
Para saber mais, consulte:
DGS > Norma 006/2022
Dia Mundial da Diabetes
Hospital Distrital de Santarém promove rastreio no dia 14 de novembro
O Núcleo de Diabetes do Hospital Distrital de Santarém (HDS) associa-se às comemorações do Dia Mundial da Diabetes, assinalado a 14 de novembro, com a realização de um rastreio, aberto à população, que terá lugar entre as 11 e as 16 horas, no hall de entrada do hospital, uma iniciativa que conta com a colaboração dos alunos da Escola Superior de Saúde de Santarém.
Aos utentes que participarem na ação de promoção de educação para a saúde será prestado aconselhamento sobre plano alimentar e estilo de vida saudável. Além disso, serão disponibilizados folhetos educativos, de acordo com as necessidades identificadas e, em casos prioritários, proceder-se-á à sinalização para consulta médica, quer para Centro de Saúde, quer para o hospital.
Cristina Esteves, coordenadora do Núcleo de Diabetes do HDS, refere que, «com esta campanha, pretende-se estimular doentes, respetivas famílias e os cuidadores a aprender mais sobre o risco de vir a desenvolver diabetes, bem como a importância do autocontrolo no sentido de evitar/atrasar as complicações».
A médica recorda que Portugal é um dos países europeus que regista uma elevada taxa de prevalência da diabetes. «De acordo com os dados do Observatório Nacional da Diabetes esta prevalência foi estimada em 13,3% da população portuguesa com idades compreendidas entre os 20 e os 79 anos, correspondendo a mais de um milhão de indivíduos», refere.
Cristina Esteves alerta ainda que se a diabetes não for tratada ou controlada, pode conduzir a complicações graves, tais como, cegueira, amputação, insuficiência renal, acidente vascular e eventos cardíacos.
Para saber mais, consulte:
HDS > Notícias
CHULC com intervenção pioneira
Curry Cabral pioneiro na robótica para correção das vias biliares
A Unidade Hepato-bilio-pancreática do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) realizou, no passado dia 3 de novembro, a primeira correção de uma lesão de vias biliares com recurso a tecnologia robótica em Portugal.
A intervenção, realizada no Bloco Operatório do Hospital de Curry Cabral, durou duas horas e meia, e ocorreu numa doente que havia chegado ao CHULC vinda em urgência de outra unidade de saúde e que se encontra em recuperação.
De acordo com Hugo Pinto Marques, diretor da Cirurgia Geral do CHULC e da referida unidade, a correção de lesão das vias biliares é habitualmente executada por laparoscopia após um incidente cirúrgico, sendo que, desta vez, foi prescrito o procedimento por robótica. De acordo com o responsável, a cirurgia robótica é menos invasiva e permite uma convalescença mais rápida, o que traz diversas vantagens para o doente.
Para saber mais, consulte:
CHULC > Notícias
Novo espaço de apoio a famílias
HFF e Fundação Ronald McDonald assinam protocolo
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) e a Fundação Infantil Ronald McDonald assinaram, dia 7 de novembro, um protocolo para a instalação de um novo Espaço Familiar Ronald McDonald destinado a apoiar as famílias com crianças internadas ou em tratamento neste hospital.
Em comunicado, o HFF refere que este espaço, que irá abrir durante o ano de 2023, tem como objetivo proporcionar um local dentro do hospital para que as famílias possam quebrar a sua rotina hospitalar e cuidar de si, enquanto se mantêm próximas das suas crianças em tratamento.
Localizado na cobertura do edifício do HFF, o Espaço Familiar Ronald McDonald irá contar com uma área de terraços de 270m2 e com uma área interior de 301m2. A configuração semelhante a uma casa irá disponibilizar lavandaria, cozinha e sala de refeições, dois quartos, casas de banho, e salas de estar e de brincadeiras.
Todas as famílias com crianças em tratamento nos Serviços de Pediatria do HFF poderão utilizar o Espaço Familiar Ronald McDonald, bastando para isso serem referenciadas e encaminhadas pelos serviços do hospital.
Segundo Joana Chêdas, Presidente do Conselho de Administração do HFF, «Este projeto será um contributo inestimável para a nossa missão que é cuidar da saúde dos nossos utentes, e neste caso, particularmente dos familiares dos nossos pequenos utentes, que desta forma, poderão estar presentes no Hospital com maior conforto e tranquilidade. A criação do Espaço Familiar Ronald McDonald no HFF é um passo importante na humanização dos cuidados que para nós é uma prioridade.»
Para Marta Pires, Diretora-Executiva da Fundação Ronald McDonald, «o Espaço Familiar Ronald McDonald pretende ser um verdadeiro “oásis de tranquilidade” na vida das famílias que acompanham os seus filhos em tratamento neste hospital. Quando a criança está doente, os pais precisam de estar próximos dos seus filhos e no Espaço Familiar Ronald McDonald encontram, gratuitamente, um espaço capaz de lhes proporcionar um refúgio, afetuoso e acolhedor, dentro do Hospital, que lhes permite reduzir o stress e o cansaço e possibilita um maior foco na saúde e na recuperação das suas crianças».
Para saber mais, consulte:
EIT Health InnoStars
Organização abre filial em Portugal e conta com a parceria do CHUC e CHULN
O EIT Health, uma organização sem fins lucrativos e uma das maiores parcerias público-privadas da Europa no campo da inovação em saúde, abriu uma filial em Portugal (Coimbra) e conta com o Centro Universitário de Coimbra (CHUC) e o Centro Hospitalar da Universidade de Lisboa Norte (CHULN) como parceiros associados.
Com o escritório principal em Budapeste, Coimbra é a terceira sucursal do EIT Health InnoStars na Europa, depois de Lodz (Polónia) e Nápoles (Itália).
Para Ferenc Pongracz, Director Regional do EIT Health InnoStars, a presença em Portugal «vem reforçar o trabalho desenvolvido até aqui junto dos principais players que desejam moldar o futuro dos cuidados de saúde em Portugal e na Europa. Gostaria de estender o meu agradecimento aos parceiros do EIT Health em Portugal que têm vindo a trabalhar connosco a fim de enfrentar alguns dos desafios mais prementes em matéria de cuidados de saúde».
CHULC renova parque informático
Intervenção em Imagiologia com um investimento de 84 mil euros
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) concluiu o projeto de renovação do parque informático da Imagiologia. No total, foram substituídas 25 workstations e instalados três novos equipamentos na Neurorradiologia do Hospital de São José, num investimento superior a 84 mil euros.
«O grande objetivo é melhorar a qualidade da imagem e a performance dos equipamentos da Imagiologia, que estavam obsoletos, oferecendo aos profissionais uma clara melhoria nas condições de trabalho e por conseguinte uma melhoria na qualidade do atendimento ao utente», explica António Lourenço, diretor da Área de gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação do CHULC.
A intervenção ocorreu na Imagiologia do Hospital de São José, do Hospital Santo António dos Capuchos, do Hospital de Santa Marta e do Hospital de Curry Cabral, e na Neurorradiologia dos Hospital de São José e Santo António dos Capuchos.
Para saber mais, consulte:
CHULC – https://www.chlc.min-saude.pt/