DGS atualiza recomendações na área das infeções respiratórias
A Direção-Geral da Saúde divulga hoje dois documentos com recomendações gerais para a população para prevenir infeções respiratórias, como a Gripe ou a COVID-19, e para pessoas que já têm sintomas ou teste positivo para a COVID-19.
O documento “Infeções das Vias Respiratórias –Recomendações 2022-2023, define quatro grupos de recomendações para a época de outono-inverno, que passam pela vacinação, pelas medidas de higiene e etiqueta respiratória, medidas de proteção em contexto de risco de exposição, como sejam aglomerados populacionais ou contacto próximo com pessoas com infeção respiratória e, por último, em caso de haver de sintomas de infeções respiratórias.
Estas recomendações são particularmente relevantes para a prevenção de doença em determinados grupos de risco, uma vez que a doença pode evoluir para doença grave, e em pessoas que contactam com pessoas de maior risco.
Apesar de, atualmente, a situação epidemiológica relacionada com as infeções respiratórias em Portugal revelar estabilidade ou um ligeiro crescimento, importa realçar a necessidade de manter as medidas de prevenção e controlo de infeção, para acautelar possível agravamento da situação epidemiológica.
A publicação destas recomendações tem como objetivo recordar os sintomas e as principais medidas que devemos adotar no dia a dia, prevenindo a transmissão de infeções das vias respiratórias, incluindo a COVID- 19.
A DGS publica ainda um outro documento aplicável às pessoas que têm sintomas de infeção respiratória ou teste positivo para a COVID-19, e que recorda um conjunto de medidas de precaução para com outras pessoas, em particular as pessoas mais vulneráveis.
Estas recomendações abrangem adultos e crianças com COVID-19 e outras infeções, ou que tenham sido contactos próximos de outras pessoas doentes, procurando contribuir para facilitar a navegação no sistema de saúde e prevenir a transmissão de infeção no local de trabalho ou na habitação.
Os documentos estão disponíveis no site da DGS.
Células do Cordão Umbilical
Colheitas para banco público retomam no início do próximo ano
As colheitas para o Banco Público de Células do Cordão Umbilical (BPCCU) vão retomar no início do próximo ano, depois de uma paragem de dois anos por causa da pandemia, revelou o diretor técnico do Centro de Sangue e Transplantação do Porto.
Em declarações à agência Lusa, Jorge Condeço, referiu que «estamos a preparar tudo para reiniciar, o que acontecerá no inicio do próximo ano» e explicou que, durante a pandemia, foi mantida a atividade em relação à prestação de colheitas para familiares, em situações específicas, assim como a necessidade de fazer a acreditação e de validar o processo.
O BPCCU, que recebe, analisa, processa, criopreserva e distribui dádivas benévolas de sangue do cordão umbilical, está sob a alçada do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST). Segundo o IPST, estão adstritos ao BPCCU a tempo inteiro um médico, dois técnicos de saúde, diagnóstico e terapêutica (TSDT) e um assistente operacional. A tempo parcial, de acordo com as necessidades de serviço, estão três enfermeiros e dois TSDT.
Criado em 2009, o banco tem atualmente 400 amostras criopreservadas. Cada amostra pode assim permanecer 20 anos, mantendo todas as características.
Para saber mais, consulte:
IPST – https://www.ipst.pt/
Cancro do colo do útero
HDS analisou mais de 5 mil amostras para detetar vírus HPV
Entre dezembro de 2021 e outubro de 2022, o Hospital Distrital de Santarém (HDS) analisou cerca de 5.500 amostras recolhidas no âmbito dos Cuidados de Saúde Primários, no sentido de detetar ou não a presença de vírus de alto risco do papiloma humano (HPV). Os números foram apresentados na sessão que assinalou o 1.º ano como unidade de referência no Programa de Rastreio do Cancro do Colo do Útero (PRCCU) no HDS.
Ana Infante, Presidente do Conselho de Administração do HDS, destacou que este número ultrapassa já a meta inicialmente contratualizada com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) para o ano de 2022 (5 mil amostras) e avançou que para 2023 o compromisso serão 7 mil amostras.
O PRCCU destina -se a todas as mulheres com idades compreendidas entre os 30 e os 65 anos, inscritas nos centros de saúde.
Para saber mais, consulte:
CHUC com procedimento inovador
Realizado transplante cardíaco em doente com assistência ventricular
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou o primeiro transplante cardíaco na região Centro em doente portador de dispositivo de assistência ventricular de longa duração.
Em comunicado, o CHUC revelou que um homem de 48 anos, com grave hipertensão arterial pulmonar, foi submetido a um procedimento «inovador e altamente diferenciado» pela equipa do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica e Transplantação (CCT).
O doente, que chegou àquele serviço em 2020, já tinha sido «avaliado noutros centros em Portugal e considerado não ter condições para ser transplantado ao coração devido a uma grave hipertensão arterial pulmonar, considerada irreversível».
Após revisão clínica e múltiplos exames, foi implementado no doente um dispositivo de assistência ventricular de longa duração «como ponte para ser candidato futuro ao transplante», que decorreu num Hospital de Barcelona, em outubro de 2020, embora atualmente o CCT já efetue aquele procedimento.
O doente, de 48 anos, foi transplantado em maio, sendo considerado pelo serviço hospitalar «uma história de sucesso, que reflete bem a resiliência dos doentes e a excelência» do CHUC.
«Este caso é um marco importante para o CHUC, pois demonstra que a evolução da tecnologia permite viabilizar a transplantação cardíaca em situações outrora consideradas inoperáveis, tornando a lista de contraindicações ao transplante cada vez mais reduzida», sublinha o comunicado.
Para saber mais, consulte: