Torre de laparoscopia 3D permite realizar cirurgias vídeo assistidas

O Hospital Distrital de Santarém (HDS) adquiriu uma nova torre de laparoscopia 3D, um investimento que rondou cerca de 120 mil euros e que vem proporcionar uma melhor imagem de vídeo tridimensional em cirurgias. Este equipamento, instalado no bloco operatório, é utilizado por várias especialidades e permite ao cirurgião realizar diversos procedimentos cirúrgicos guiados por imagem de vídeo.

De acordo com Natacha Nunes, diretora do Bloco Operatório do HDS, a cirurgia minimamente invasiva vídeo assistida é uma tendência iniciada há décadas, com desenvolvimento crescente, acompanhada pelo HDS. «A modernização permanente dos equipamentos envolvidos está a par com a expansão da sua utilização pelas diferentes especialidades cirúrgicas, bem como na expansão das indicações cirúrgicas», afirma a médica.

Os equipamentos de cirurgia vídeo assistida são utilizados no bloco operatório diariamente pelas especialidades de cirurgia geral, cirurgia torácica, urologia, ginecologia, otorrinolaringologia e ortopedia, em cirurgia programada e em cirurgia de urgência.

A aquisição do novo equipamento resultou de um plano de investimentos realizado no âmbito de uma candidatura ao Programa Alentejo 2020, que financiou 85% do valor total.

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Primeira duodenopancreatectomia por robô realizada em Portugal

O Hospital de Curry Cabral (HCC) realizou, no dia 29 de novembro, uma duodenopancreatectomia por cirurgia robótica, uma intervenção feita pela primeira vez em Portugal.

Em comunicado, o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC), onde se insere o HCC, explica que a extração da cabeça do pâncreas e do duodeno em doentes do foro oncológico é uma prática que com recurso a robô começa agora a efetuar-se a nível internacional, pelo que esta intervenção coloca Portugal na linha da frente dos cuidados de saúde nesta área.

O comunicado refere ainda que, dado o pioneirismo da intervenção, a equipa médica do CHULC teve a ajuda de uma sua congénere holandesa.

A cirurgia robótica, que se pratica no CHULC desde novembro de 2019, ano em que surge o primeiro equipamento deste tipo no Serviço Nacional de Saúde, já se pratica em urologia, cancro colorretal, tratamento cirúrgico da obesidade, ginecologia e doenças hepato-bilio-pancreáticas. Num futuro próximo, outras patologias terão igualmente indicação para cirurgia robótica.

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CHULC – https://www.chlc.min-saude.pt/

Secretária de Estado da Promoção da Saúde participou na apresentação do relatório sobre a “Infeção por VIH em Portugal – 2022″

A profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus VIH vai ser alargada aos centros de saúde e a organizações de base comunitária no próximo ano. O anúncio foi feito pela secretária de Estado da Promoção da Saúde na apresentação do relatório “Infeção por VIH em Portugal – 2022″, que teve lugar esta terça-feira, 29 de novembro, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge. Margarida Tavares reforçou este objetivo, inscrito no Orçamento do Estado para 2023, saudando o trabalho das instituições do SNS e das organizações de base comunitária na prevenção e resposta ao VIH em Portugal. “Esta resposta tem de ser verdadeiramente multidisciplinar e tem sido”, afirmou a governante, defendendo que, com maior acesso a rastreio e testagem, mais prevenção também por via do acesso à PrEP, bem como diagnósticos e tratamentos mais precoces, é possível mudar o paradigma desta doença, que em 2023 completará 40 anos de casos em Portugal.

“Podemos mesmo interromper a transmissão e reduzir drasticamente a incidência desta infeção”, apelou Margarida Tavares, salientando que o programa de acesso à profilaxia pré-exposição (PrEP) ao vírus VIH, medicação antirretroviral prescrita a título preventivo, seguirá agora um caminho de desinstitucionalização.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, antiga diretora do Programa Prioritário para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH) da Direção Geral da Saúde, reconheceu o enorme esforço que permitiu publicar agora, em antecipação do Dia Mundial do Combate à SIDA (1 de dezembro), uma análise da evolução da epidemia de VIH em Portugal nos anos de 2020 e 2021, em que a recolha de informação foi perturbada pela resposta à pandemia, tendo sido necessário encontrar uma metodologia alternativa.

A Secretária de Estado da Promoção da Saúde defendeu a necessidade de refletir sobre o atual modelo de notificação obrigatória desta doença, mantendo a monitorização e vigilância epidemiológica do VIH mas procurando soluções que reforcem os direitos dos cidadãos e contribuam para respostas cada vez mais dirigidas às necessidades da população.

Uma vida plena para quem vive com VIH

Também esta terça-feira, Margarida Tavares presidiu ao Lançamento da Campanha Na SIDA Existe VIDA, da Liga Portuguesa Contra a SIDA, sessão em que saudou mais uma vez o trabalho das organizações de base comunitária na resposta ao VIH em Portugal e reforçou a importância de ter sido possível, com o trabalho da DGS, INSA e clínicos de todo o país, recuperar informação regular sobre a epidemia do vírus da imunodeficiência humana em Portugal.

“Sem informação não sabemos onde estamos. Recuperámos a continuidade de dados, o que nos permite dizer que não invertemos a tendência decrescente de casos mas que continuamos a ter razão para trabalharmos. Queremos evitar novas infeções mas também queremos que aqueles que vivem com VIH em Portugal tenham uma vida plena, com qualidade, com serviços de saúde que os acolhem, a medicação de que necessitam e um bom prognóstico de vida clínica, social e efetiva”, reiterou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde.

DGS alarga reforço a crianças entre 5 e 11 anos com doença de risco

A Direção-Geral da Saúde (DGS) atualizou a norma que estende a vacinação de reforço sazonal contra a Covid-19 às pessoas entre os 5 e os 11 anos de idade com, pelo menos, uma patologia de risco identificada.

De acordo com a DGS, a indicação da Agência Europeia de Medicamentos para extensão da vacinação de reforço sazonal às pessoas entre os 5 e os 11 anos de idade, com a vacina Comirnaty, é acompanhada por um parecer da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 (CTVC) e pelo Grupo de Peritos Independente da Área da Pediatria e Saúde Infantil, para que a Estratégia de Reforço Sazonal possa também englobar os grupos de risco desta faixa etária.

A CTVC recomendou que deve ser cumprido um intervalo mínimo de, pelo menos, 6 meses desde o evento mais recente (última dose de vacina contra a Covid-19 ou diagnóstico de infeção por SARS-CoV-2).

A norma refere os grupos elegíveis para a dose de reforço sazonal durante a atual campanha de vacinação são definidos em função do risco para doença grave, hospitalização e morte por Covid-19 de acordo com uma estratégia de vacinação de proteção de vulneráveis, e para mitigar o impacte da incidência de SARS-CoV-2 no sistema de saúde.

Na norma agora atualizada, os grupos elegíveis para reforço contra Covid-19 no outono-inverno 2022-2023 passam a incluir profissionais e residentes em Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas, Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados e estabelecimentos prisionais; pessoas com 50 ou mais anos de idade; pessoas entre os 5 e os 49 anos de idade com patologias de risco; profissionais de serviços de saúde, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e prestadores de cuidados a pessoas dependentes. As grávidas que apresentam, pelo menos, uma das patologias de risco são, igualmente, elegíveis para reforço sazonal.

Para saber mais, consulte:

DGS > Norma | Campanha de Vacinação Sazonal contra a COVID-19: OutonoInverno 2022-2023

Programa de transição para o setor social libertou 700 vagas

Cerca de 700 vagas para internamento nos hospitais foram libertadas desde o início do programa de transição de alta hospitalar coordenado com as misericórdias e as instituições de solidariedade social, anunciou o Ministro da Saúde, na abertura da audição regimental que decorre esta quarta-feira, 30 de novembro, na Comissão Parlamentar de Saúde.

De acordo com Manuel Pizarro, este programa ajudou a melhorar a disponibilidade da rede de cuidados continuados, lembrando que em novembro tinha sido aumentado em 15% o pagamento diário por doente nas unidades de longa duração e em 6% nas de média duração. O Ministro sublinhou, ainda, que ambos os valores têm retroativos a janeiro deste ano.

Na semana passada, o Ministro tinha anunciado que a Rede Nacional de Cuidados Continuados tinha 500 vagas para receber doentes internados por razões sociais, sobretudo na região de Lisboa e Vale do Tejo. Estas vagas resultam de um trabalho conjunto com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, as Misericórdias e as Instituições Particulares de Solidariedade Social, estando a ser atribuída «prioridade à região de Lisboa e Vale do Tejo», porque é onde «a pressão é maior».

No início de novembro, o Governo anunciou um financiamento extraordinário por parte do Estado para as unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, com retroativos a janeiro deste ano.

Em comunicado, o Ministério da Saúde divulgou que, «em termos globais», a atualização do preço corresponde a um aumento de 5,5% para as unidades de média duração e reabilitação e de 15,3% para as unidades de longa duração e manutenção.