Encontro de balanço sobre o Plano Estratégico do Ministério da Saúde para o inverno

O Ministro da Saúde reuniu-se hoje, dia 6 de dezembro, com os presidentes dos conselhos de administração e com os diretores clínicos de todos os hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo com serviço de urgência.

O encontro teve como principal objetivo fazer um primeiro ponto de situação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, com o Instituto Nacional de Emergência Médica e com as várias unidades hospitalares sobre a implementação do Plano Estratégico do Ministério da Saúde: Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023.

Na reunião, foram partilhadas com o Ministro da Saúde algumas dificuldades sentidas ao longo das últimas semanas, com o acréscimo da procura, sobretudo nas urgências gerais e nas urgências pediátricas.

O Ministério da Saúde, a ARSLVT, o INEM e os hospitais dialogaram sobre as estratégias de coordenação a nível regional que estão a implementar para melhorar a comunicação e a resposta aos cidadãos, o que passa por estreitar a relação entre unidades com mais proximidade geográfica e em que há vantagem em potenciar o funcionamento em rede com mais previsibilidade para os profissionais e para os utentes.

De entre as várias medidas previstas no Plano Estratégico do Ministério da Saúde: Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023, definiu-se como prioridade agilizar as equipas de gestão das vagas de internamento em cada unidade, para uma melhoria global da resposta em contexto de urgência, bem como acelerar o trabalho com o setor social para resposta aos chamados internamentos sociais.

Relativamente aos cuidados de saúde primários, está em curso o reforço dos atendimentos em horário alargado e complementar e a operacionalização da “via verde ACES” nos serviços de urgência, para que os utentes triados com pulseira verde ou azul possam ser referenciados dos hospitais para os centros de saúde, com data e hora previamente definida (próximas 24 horas), medidas consideradas centrais pelas instituições presentes na reunião.

A afluência aos serviços de urgência geral encontra-se neste momento acima do período homólogo de 2021, verificando-se um acréscimo no recurso à urgência pediátrica. Observam-se duas realidades: por um lado, um recurso elevado às urgências em situações não urgentes, por outro lado, situações de maior complexidade clínica relacionadas com patologia crónica e com o envelhecimento da população, que motivam maior pressão sobre o internamento.

Neste sentido, o Ministério da Saúde reforça a importância de em situações não emergentes contactar em primeiro lugar o SNS24, para o encaminhamento adequado a cada situação.

Para melhor gestão da capacidade de internamento hospitalar neste período de maior utilização dos serviços de saúde, foram já contratualizadas 700 novas vagas no setor social para responder a situações de internamentos prolongados por motivos não clínicos.

06 de dezembro de 2022

Novo serviço disponível em janeiro de 2023, na freguesia da Moita

A freguesia da Moita, no concelho da Marinha Grande, vai receber um Balcão SNS24, um novo serviço que vai funcionar a partir de 2 de janeiro de 2023, nas instalações da extensão de saúde da Moita.

O Balcão SNS 24, que vai estar em funcionamento nos dias úteis, das 09h00 às 12h30, resulta de uma parceria entre a Administração Regional de Saúde do Centro, o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, a Câmara Municipal da Marinha Grande e a Junta de Freguesia da Moita.

O objetivo deste espaço é facilitar e promover o acesso aos serviços digitais e de telessaúde entre os cidadãos e os profissionais do Serviço Nacional de Saúde, através de criação de condições de maior proximidade e redução de barreiras em lidar com os meios técnicos ou mesmo pela sua inexistência.

Para saber mais, consulte:

Administração Regional de Saúde do Centro – https://www.arscentro.min-saude.pt/

Secretária de Estado visitou projeto de inovação social em Nelas

Desmistificar a ida ao dentista e promover hábitos saudáveis de higiene e alimentação, de forma equitativa, junto dos mais novos. Estes são alguns dos objetivos do projeto “Comer bem, Sorrir melhor”, uma iniciativa da Ordem dos Médicos Dentistas com o apoio da Ordem dos Nutricionistas e Comunidade Intermunicipal Viseu Dão-Lafões, que desde o início do ano tem levado a promoção da saúde às escolas dos 14 concelhos da região. Esta segunda-feira, 5 de dezembro, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde visitou a carrinha-consultório, desta vez aparcada no Centro Escolar de Nelas, e participou na apresentação de resultados do primeiro semestre deste projeto de inovação social, que já chegou a cerca de 2500 crianças do primeiro ciclo. “Este é um projeto que toca duas áreas importantíssimas para a saúde e para todo o bem-estar. Uma pessoa com uma alimentação saudável, com um bom peso corporal e com um sorriso bonito é uma pessoa em vantagem na nossa sociedade, em todos os aspetos, sociais e económicos. Terá um futuro muito mais risonho e temos de fazer isto pelas nossas crianças”, afirmou Margarida Tavares.

Em cada sessão, as crianças fazem jogos educativos e respondem a um inquérito sobre hábitos e literacia sobre saúde oral e alimentação. Por fim, é hora da visita ao gabinete na unidade móvel do projeto, onde é feito um rastreio de saúde oral. Nestes primeiros seis meses, em linha com os resultados de estudos nacionais, apurou-se uma prevalência de 39,2% de excesso de peso nas crianças avaliadas e 51% de prevalência de cáries, indicaram os responsáveis, chamando a atenção para os desafios da literacia e acesso equitativo a informação e cuidados.

Na sua intervenção, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde reconheceu a importância das atividades de promoção da saúde em ambiente escolar e sublinhou que esta é uma área onde a descentralização de competências para as autarquias pode trazer benefícios. “As soluções para esta comunidade não são necessariamente iguais às de uma comunidade em Lisboa, no Algarve ou em Trás os Montes. Cada região tem as suas especificidades e esta descentralização de competências para os municípios e comunidades intermunicipais tem esta vantagem de permitir moldar da melhor forma as respostas às necessidades da comunidade”, afirmou Margarida Tavares.

“Queremos que cada criança tenha o melhor começo para ter o melhor futuro”

Destacando o papel central das atividades de promoção da saúde na infância, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde reiterou que as intervenções dirigidas a crianças são uma aposta do Ministério da Saúde. “Queremos que cada criança tenha o melhor começo para ter o melhor futuro”, sublinhou a governante, vincando o compromisso da tutela em apoiar iniciativas como este projeto região Centro do país. Um compromisso patente na criação, na atual equipa ministerial, de uma Secretaria de Estado da Promoção da Saúde. “O que este nome nos traz é esta visão do Ministério e do Ministro da Saúde de que não é possível continuarmos uma trajetória sustentável sem investir mais na promoção da saúde, porque sabemos que é isso que pode levar a que os nossos cidadãos, para além de terem uma vida mais longa, tenham esses longos anos preenchidos com mais saúde.”

Margarida Tavares saudou ainda a parceria estabelecida entre as duas ordens profissionais, sublinhando o compromisso do Ministério da Saúde no reforço da saúde oral nos cuidados saúde primários e também da área da nutrição. “É muito bom poder contar com esta disponibilidade das ordens profissionais”, enalteceu a governante, reconhecendo que os recursos nestas duas áreas no Serviço Nacional de Saúde ainda são insuficientes. “Temos de conseguir recrutar estas duas classes profissionais e dar-lhes uma profissão digna no SNS, onde ainda é escassa e reduzida”, afirmou.

No âmbito do PRR, está prevista, até 2026, a abertura de 130 novos gabinetes de saúde oral nos cuidados primários de saúde, aumentando a cobertura nacional e aproximando-se a resposta no SNS dos 300 gabinetes. O cheque-dentista é outra área que será avaliada e consolidada no âmbito do Programa Nacional de Promoção de Saúde Oral.

Serviço de Cardiologia implantou o mais pequeno pacemaker do mundo

A Equipa de Arritmologia do Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) implantou, no dia 16 de novembro, o mais pequeno pacemaker do mundo, o Micra-AV leadless pacemaker, num doente com várias anomalias congénitas.

Em comunicado, o CHTMAD refere que o dispositivo implantado é 93% menor do que os pacemakers tradicionais. «Trata-se de uma pequena cápsula, implantada diretamente no coração, mais propriamente no ventrículo direito, através de uma pequena incisão na pele. Esta nova intervenção não deixa a cicatriz da cirurgia convencional.» refere a nota.

Com uma tecnologia que permite a sincronia auriculoventricular (AV), o Micra-AV possui vários algoritmos adicionais de deteção auricular interna, que ao detetarem o movimento cardíaco, fazem com que o dispositivo ajuste a estimulação no ventrículo para coordenar com a aurícula, promovendo, desta forma, a sincronia AV.

Além disso, pelo facto de não ter elétrodos, este dispositivo é menos suscetível de complicações a longo prazo, nomeadamente infeções ou disfunção dos elétrodos.

Para Paulo Fontes, cardiologista responsável pela Equipa de Arritmologia, «este novo modelo permite alargar o espectro de doentes candidatos a implante», uma vez que inclui os «doentes com alto risco de infeção e/ou sem acessos venosos para implante de um sistema de pacemaker convencional».

Para saber mais, consulte:

CHTMAD – https://www.chtmad.min-saude.pt/

Sistema inovador tem como objetivo apoiar a investigação científica

A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda adquiriu um dispositivo de Edge Computing, que permitirá à instituição dar os primeiros passos para a condução de investigação científica com os registos clínicos, de forma segura e sem partilha de dados.

Este dispositivo, denominado AWS Snowball Edge, foi utilizado pela primeira vez por investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e da ULS de Matosinhos para o desenvolvimento dos primeiros estudos de representatividade populacional feitos em Portugal, e dos quais têm resultado diversas publicações científicas que caracterizam a prevalência, incidência, outcomes e custos com a saúde das populações servidas pelas instituições.

Na ULS da Guarda, este tipo de abordagem inovadora vai permitir a caracterização rigorosa das necessidades de saúde das populações da sua área de influência e contribuirá para a capacitação dos seus profissionais e sua integração na rede de investigação clínica internacional EHDEN (European Health Data and Evidence Network), fomentando a produção científica de alto impacto e contribuindo, com base na sua própria evidência, para a tomada de decisão.

Para saber mais, consulte:

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Ministro da Saúde presidiu à Sessão de Abertura do XX Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação

Para o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a qualificação dos profissionais e a dedicação das equipas multiprofissionais são dois dos ingredientes chave para o sucesso atingido por Portugal na área da transplantação. “Temos resultados que comparam muito bem no plano internacional. Portugal apresenta uma posição liderante e temos condições para que isso se reforce”, afirmou o governante na Sessão de Abertura do XX Congresso Luso-Brasileiro de Transplantação, que decorreu quinta-feira, dia 1 de dezembro, em Cascais.

Manuel Pizarro elogiou, depois, o “caráter humanista” subjacente à área da transplantação, lembrado os desafios éticos e a diferenciação necessária para que a atividade decorra com bons resultados. O Ministro acrescentou, também, que são inegáveis os ganhos para os doentes que recebem órgãos, tanto em termos de salvar a vida, mas sobretudo pelo “peso decisivo na qualidade de vida das pessoas”, ao mesmo tempo que há um resultado economicamente favorável para o Estado.

O Ministro elencou que sucesso alcançado nesta área trouxe consigo novos desafios, como o existirem agora mais doentes para acompanhar. Ainda assim, garantiu que esta é uma área que apenas o Serviço Nacional de Saúde pode desempenhar com a diferenciação necessária. “É uma atividade em que não conheço nenhum serviço que não seja o público para a fazer. Não há um seguro de saúde disponível para remunerar esta atividade”, evidenciou, mas assegurando que as boas práticas de gestão são também utilizadas no SNS, dando como exemplo a concentração de serviços para garantir mais qualidade no acompanhamento dos casos.

A terminar, Manuel Pizarro voltou a elogiar as equipas multiprofissionais e a colaboração interinstitucional que tem permitido elevar a transplantação feita em Portugal. “Sem esta colaboração a atividade da transplantação não existiria com o sucesso e a relevância que tem hoje”, reforçou, desafiando a que o caminho de “ética” e “sofisticação” dê mais passos no dador vivo e no dador de coração parado.

A intervenção foi finalizada com um elogio ao médico Domingos Machado, que se celebrizou nesta área tanto como médico como por ter sido dador, num ato anónimo que acabou por ser desvendado e que serviu para inspirar mais pessoas a seguirem este caminho generoso e este “exemplo profissional e cívico”.