VACINAÇÃO COVID-19 | Norma Comirnaty BA.4-5 pediátrica (5-11 anos) – DGS
A DGS publica hoje a norma 016/2022, relativa à vacina COMIRNATY ADAPTADA (ORIGINAL/OMICRON BA.4-5)® pediátrica, que foi aprovada para
prevenção da COVID-19, como dose de reforço em crianças dos 5 aos 11 anos de idade.
Consulte a norma aqui.
Consulte ainda o folheto da norma aqui.
Monitorização do setor convencionado de Hemodiálise
15/12/2022
No âmbito dos objetivos de regulação definidos nos seus Estatutos, a ERS tem vindo a acompanhar com particular atenção a área de cuidados de saúde de hemodiálise. Desde 2020 esta é a segunda área com maior volume de encargos no setor convencionado com Estado, visto que, por força da situação pandémica, a primeira posição passou a ser detida pelos convencionados em Análises Clínicas.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) é o principal financiador de tratamentos de hemodiálise, cujos cuidados são prestados essencialmente por prestadores privados com contrato de convenção com o SNS. Adicionalmente, a situação concorrencial deste setor caracteriza-se por elevada concentração de mercado, o que requer atenção acrescida por parte da ERS.
Das principais conclusões da presente monitorização destaca-se que, em 2022, o peso relativo dos encargos com a área da hemodiálise no total de encargos com o setor convencionado sofreu uma descida de 5 pontos percentuais comparativamente com o ano 2021. Em termos concorrenciais, há 5 regiões (NUTS III) cujos mercados se apresentam com estrutura de monopólio e, a nível nacional, os dois maiores grupos empresariais detêm uma quota conjunta de 71,4% do mercado. Constata-se também que 61,2% do total de utentes são seguidos na unidade mais próxima da sua residência, o que representa uma melhoria neste indicador, em relação aos anos anteriores.
O documento integral com a informação da monitorização está disponível aqui.
Monitorização do Setor convencionado de Análises Clínicas
15/12/2022
O mercado de análises clínicas em Portugal representa, desde 2020, a maior despesa com serviços convencionados com o Serviço Nacional de Saúde (SNS): no ano de 2021 foram gastos 378 milhões de EUR em exames laboratoriais, mais 109% em relação ao período pré-pandemia (2019), aumento decorrente maioritariamente do alargamento da convenção para diagnóstico de doentes infetados por SARS-CoV-2 (COVID-19), para realização de testes PCR e de testes rápidos de antigénio de uso profissional (TRAg).
Dando cumprimento aos seus objetivos de regulação, conforme estabelecidos nos seus estatutos, a ERS deu continuidade à monitorização que tem vindo a fazer deste setor, tendo concluído que mais de 95% dos estabelecimentos não públicos registados na ERS como prestadores de cuidados na área das análises clínicas e patologia clínica têm convenção com o SNS. Constatou-se também que cerca 30% dos operadores não públicos apresentaram cerca de 90% da totalidade de requisições aceites no ano de 2021. Tendo em consideração os 4 grupos mais representativos em cada região de saúde, o cálculo do rácio de concentração revelou tendência para uma estrutura em oligopólio.
O documento integral com a informação da monitorização está disponível aqui.
Digitalização ao serviço das pessoas
Secretário de Estado da Saúde fez balanço sobre importância da transição digital para o SNS
Ciência, saúde, tecnologia e inovação são áreas com uma relação de grande proximidade e essenciais para mais acesso e qualidade nos cuidados de saúde proporcionados aos cidadãos, defendeu o Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, na Sessão de Abertura da Conferência Inovação, Dados e Digital: como definem o futuro da nossa Saúde?, que decorreu esta quinta-feira, 15 de dezembro, em Lisboa.
“Os cuidados de saúde são por excelência um fórum em que a tecnologia tem um espaço fundamental”, começou por afirmar o Secretário de Estado, no encontro organizado pela Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade da Informação (APDSI). A conferência pretendeu fazer um ponto de situação sobre as principais tendências em termos de tecnologia no setor da saúde e do bem-estar, em Portugal e no mundo, designadamente ao nível da chamada Saúde Digital.
De acordo com a APDSI, a saúde digital e a inovação tecnológica, e tudo o que as possibilitam, podem permitir que Portugal seja uma montra de inovação e de ehealth em diferentes áreas, como por exemplo, telecuidados, genómica, análise de dados, inteligência artificial e integração de cuidados.
Neste contexto, Ricardo Mestre lembrou que os serviços digitais da saúde ocupam os cinco principais serviços digitais da Administração Pública em volume de acessos e utilização, o que tem vindo a contribuir para a evolução positiva do Índice de Digitalidade da Economia e da Sociedade (DESI). E lembrou que o Plano de Recuperação e Resiliência conta com 300 milhões de euros para a área da transição digital.
O Secretário de Estado reforçou, depois, que as conclusões dos mais recentes estudos realizados sobre a transformação digital no setor da saúde em Portugal revelam que os portugueses recorrem com frequência a serviços digitais na área da saúde, muito embora as aplicações móveis ainda não tenham adesão significativa. Ricardo Mestre defende que há muito espaço para aproveitar mais a tecnologia e “tornar os sistemas de saúde cada vez mais acessíveis, resolutivos e eficientes”. “Há assimetrias e desigualdades na população que temos de acautelar, mas a população está muito disponível para que possamos fazer esta evolução”, acrescentou.
O governante asseverou que a tecnologia não pode ser um fim em si mesmo, mas sim um “instrumento para cumprir os desideratos da política de saúde” – considerando que a aposta não deve ser apenas no tratamento da doença, existindo um grande potencial de investimento na promoção da saúde e prevenção da doença. Ricardo Mestre adiantou que há várias áreas que podem beneficiar com a transição digital, desde a eficiência à qualidade dos cuidados prestados, passando pela satisfação dos profissionais de saúde e pelos utentes.
Conferência Grupo Pompidou
Ministro da Saúde destacou importância dos direitos humanos na conferência do Grupo de Cooperação do Conselho de Europa sobre Drogas e Dependências
Lisboa acolheu esta semana a 18ª Conferência Ministerial do Grupo de Cooperação do Conselho da Europa sobre Drogas e Adições, evento que assinala o encerramento da Presidência Portuguesa do Grupo Pompidou. O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, presente em vários momentos da conferência, salientou o entusiasmo do Governo Português em receber o evento e destacou que, “ao longo destes 4 anos, a Presidência procurou desenvolver e consolidar uma abordagem humanista e multidisciplinar que prioriza a dignidade dos indivíduos, juntamente com medidas para promover a saúde pública, combater a discriminação e o estigma das pessoas que usam drogas e prevenir o crime organizado e o desvio de precursores”.
A conferência decorreu nos dias 13 e 14 de dezembro, em Lisboa, e teve como foco a promoção de políticas sustentáveis relativas às drogas e dependências, em conformidade com os Direitos Humanos. Esta Conferência marcou o final da presidência do Grupo exercida por Portugal desde 2019 e a assunção da presidência por Itália, para os próximos três anos. A conferência reuniu cerca de 150 participantes, incluindo ministros, representantes de 46 governos e 6 organizações ou agências internacionais, bem como especialistas em políticas de drogas, autoridades policiais, autoridades de saúde e de justiça e representantes da sociedade civil.
Presente na abertura da conferência, juntamente com o secretário-geral adjunto do Conselho da Europa, Björn Berge, e em vários momentos do programa, o Ministro da Saúde lembrou que Portugal assumiu a Presidência dos Correspondentes Permanentes em dezembro de 2018, aquando da 17ª Conferência Ministerial em Stavanger, com o mandato de implementar o programa de trabalho “Políticas de drogas sustentáveis, respeitando os direitos humanos”.
O governante reafirmou na conferência da principal plataforma europeia em matéria de política de drogas e adições, a abordagem centrada nos direitos humanos para enfrentar as adições e frisou que, “graças à cooperação de todos os membros, conseguimos implementar com sucesso o ambicioso programa de trabalho adotado em Stavanger”. Para Manuel Pizarro foi fundamental “a adoção, em junho de 2021, do novo estatuto do Grupo Pompidou, que reafirma a necessidade de uma abordagem multidisciplinar, a centralidade da promoção dos direitos humanos, a promoção de sinergias com parceiros, dentro e fora do Conselho da Europa, incluindo organizações da sociedade civil.”.
“Um elemento substantivo importante do novo estatuto é a extensão do mandato do Grupo para incluir comportamentos aditivos relacionados com substâncias lícitas (como o álcool e o tabaco) e novas formas de adição (como o jogo e o jogo online)”, reforçou. Depois, lembrou o impacto da pandemia nesta área, mencionando “o trabalho pioneiro conduzido pelo Grupo Pompidou durante a crise pandémica, para criar uma plataforma online dando voz às pessoas que usam drogas e outras comunidades marginalizadas, bem como aos profissionais, a qual permitiu a partilha de experiências para a melhor prestação possível de cuidados de saúde em condições desafiantes”.
Exclusão da Rússia
Na sua intervenção, o Ministro da Saúde enfatizou alguns marcos, como o facto de o ano de 2021 ter sido marcado pela decisão do governo ucraniano de aderir ao Grupo Pompidou, após dez anos de cooperação bem-sucedida. Esta decisão seguiu-se a decisões semelhantes tomadas pelas autoridades arménias e georgianas, que aderiram ao Grupo no ano anterior.
Apenas algumas semanas mais tarde, os seus membros diminuíram novamente para 41, na sequência da decisão (a 16 de março) do Comité de Ministros do Conselho da Europa de excluir a Federação Russa da Organização, após a sua agressão contra a Ucrânia. “Esta foi uma decisão histórica: foi a primeira vez (nos 73 anos de história do Conselho da Europa) que o artigo 8º do estatuto, que prevê a possibilidade de excluir um Estado membro que viole os valores que a Organização defende, foi implementado. Como consequência, a Federação Russa também deixou de ser membro do Grupo Pompidou (a 23 de março deste ano)”, afirmou Manuel Pizarro.
O governante aproveitou ainda a ocasião para fazer um balanço do trabalho de Portugal nesta área. “A descriminalização é a componente mais conhecida da nossa política, mas devo salientar que é apenas um dos elementos de uma abordagem abrangente e integrada que inclui a prevenção, o tratamento, a redução de danos e a reintegração social. Ao mesmo tempo, reafirmamos o compromisso de redução da oferta e medidas conexas, incluindo a aplicação da lei, o combate ao branqueamento de capitais e a cooperação judicial”, adiantou.
“Ao longo dos últimos 22 anos, Portugal tem vindo a implementar uma política alicerçada nos princípios do humanismo e do pragmatismo. Enquanto Presidência, o nosso objetivo foi o de promover o intercâmbio de lições aprendidas e partilha de conhecimento sobre esta abordagem centrada na saúde pública, inteiramente de acordo com o respeito pelos direitos humanos tão valorizado pelo Conselho da Europa e pelo Grupo Pompidou”, reforçou.
Ainda no âmbito da conferência, e na presença do Ministro da Saúde, com base no relatório elaborado pelos correspondentes permanentes, os ministros e participantes de alto nível dos 41 estados-membros do Grupo Pompidou recordaram as atividades e realizações do Grupo sob presidência portuguesa, nos últimos quatro anos, adotaram o novo programa de trabalho para 2023-2025 e elegeram a próxima Presidência (Itália) e Vice-Presidência (Suíça).
Declaração de Lisboa
Na “declaração de Lisboa” adotada na Conferência Ministerial, os Ministros apelaram à exploração de estratégias para abordar as dependências relacionadas com a utilização das tecnologias de comunicação e informação, como parte de uma orientação política ampla a ser seguida pelo Grupo Pompidou num futuro próximo. No final da Conferência, o Ministro da Saúde de Portugal Manuel Pizarro entregou a Presidência do Grupo Pompidou ao Subsecretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros de Itália, Alfredo Mantovano.
Portugal aderiu ao Grupo Pompidou em janeiro de 1980 e, desde então, tem participado de forma empenhada nas suas atividades, exercendo a Presidência pela primeira vez de 1997 a 2000. Em 2000, quando Portugal organizou a Conferência Ministerial, uma nova abordagem nacional ao fenómeno da droga foi implementada na sequência da adoção da Primeira Estratégia Nacional de Luta contra a Droga, um marco na política nacional de drogas que incluía a proposta de descriminalização do uso e posse para uso pessoal de todas as drogas, abaixo de quantidades definidas.
Hospitalização Domiciliária
Hospital de Ovar celebra protocolo com residência sénior
O Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar (HFZ-Ovar) celebrou um protocolo de cooperação com «Margarida Maria – Residências Sénior», que visa a prestação de cuidados de saúde pela Unidade de Hospitalização Domiciliária aos utentes daquela instituição.
Em comunicado, o Presidente do Conselho Diretivo do HFZ-Ovar, Luís Miguel Ferreira, refere que «a hospitalização domiciliária tem o potencial de contribuir para melhorar o acesso aos cuidados de saúde hospitalares e para uma melhor gestão das camas disponíveis para o tratamento de doentes agudos no Serviço Nacional de Saúde», sublinhando que este serviço oferece «uma maior humanização dos cuidados».
«Estamos, permanentemente, empenhados em prestar cada vez mais e melhores serviços de proximidade e, por isso, damos grande importância ao trabalho em rede para chegar às pessoas mais desprotegidas. Este protocolo é a demonstração desse paradigma, sempre com o enfoque em garantir qualidade de vida à comunidade vareira», acrescenta o dirigente.
Este é o quarto protocolo de cooperação no contexto do serviço de hospitalização domiciliária, dando seguimento ao compromisso público estabelecido pelo HFZ-Ovar com o Ministério da Saúde, em outubro de 2018.
A unidade de hospitalização domiciliária do HFZ- Ovar disponibiliza uma equipa que garante a cobertura médica e de enfermagem, durante 24 horas, em regime de presença física e prevenção, para apoio a doentes que reúnem as condições de internamento no seu domicílio.
Para saber mais, consulte:
HFZ- Ovar – https://www.hovar.min-saude.pt/
Valorização dos enfermeiros
Ministro da Saúde destacou evolução dos profissionais de enfermagem no sistema de saúde
Os sistemas de saúde são cada vez mais complexos, até pelas respostas diferenciadoras que proporcionam aos cidadãos, e os profissionais de enfermagem têm tido uma evolução muito significativa neste contexto, destacou o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na Sessão de Abertura do IV Congresso Regional do Sul da Ordem dos Enfermeiros.
“Não há nenhum sistema de saúde que não esteja baseado na profissão de enfermagem, uma profissão multifacetada”, afirmou o governante, no encontro que decorreu em Santarém, na terça-feira, dia 6 de dezembro. “O SNS tem hoje mais 11.672 enfermeiros do que em 2015”, prosseguiu o Ministro da Saúde, lembrando o grande investimento que tem sido feito, mas reconhecendo que ainda é necessário ir mais longe.
“Aproveito este momento para fazer um agradecimento público aos enfermeiros portugueses pelo papel decisivo que têm nos cuidados de saúde à população, em especial no contexto do SNS”, prosseguiu, aproveitando ainda a ocasião para enaltecer o papel que a classe tem tido na concretização com sucesso do plano de vacinação contra a Covid-19. “É um caso de sucesso sem paralelo na Europa”, disse.
Num balanço do que tem sido feito para valorizar o capital humano que concretiza o SNS, o Ministro da Saúde recordou que foi recentemente fechado um acordo com os sindicatos para que os enfermeiros recuperem a progressão salarial com efeitos retroativos a janeiro de 2022. O Governo aprovou em Conselho de Ministros o decreto-lei, que levará, ainda este ano, ao descongelamento da progressão salarial dos enfermeiros, o maior grupo profissional do Serviço Nacional de Saúde, e ao pagamento das devidas atualizações salariais, com efeitos retroativos a janeiro de 2022.
Para Manuel Pizarro, este era um compromisso central do Programa do Governo, representando um passo decisivo no caminho da valorização das carreiras dos profissionais, resultado de negociações com as estruturas representativas dos trabalhadores e de um enorme esforço de aproximação e diálogo, dentro do quadro de sustentabilidade e responsabilidade orçamental do SNS.
O Ministro da Saúde considerou ser “da mais elementar justiça” valorizar a experiência dos profissionais, terminando com situações em que enfermeiros com 10 a 20 anos de experiência recebiam o mesmo que os colegas que acabavam de ingressar no SNS. “Vamos conseguir que os enfermeiros subam uma ou duas posições remuneratórias”, explicou, alertando que estamos perante uma tarefa processualmente complexa e apelando a que os enfermeiros reportem nas respetivas instituições eventuais problemas ou dúvidas que mereçam análise individual.
Este diploma deu corpo à recuperação de pontos obtidos em sede de avaliação do desempenho, para efeitos de progressão salarial dos enfermeiros, descongelando a progressão, que estava suspensa desde 2004, há quase 20 anos. Este diploma legal repõe assim a justa progressão na carreira aos enfermeiros, distinguindo e recompensando estes profissionais do SNS. São abrangidos cerca de 20 mil enfermeiros e, para muitos, é a primeira vez que mudarão de posição remuneratória.
Por fim, e a propósito do congresso, o governante salientou que o tema escolhido – “Investir em Enfermagem dar Valor à Saúde” – está em linha com as prioridades da tutela, que pretende dar uma nova ambição à promoção da saúde, contando a atual equipa com uma Secretaria de Estado da Promoção da Saúde. “Acrescentar ganhos de saúde às pessoas exige uma recentragem nas necessidades dessas pessoas e nos profissionais de saúde”, disse.
“112 transfronteiriço” lançado em Valença
Memorando prevê a criação de um projeto-piloto a implementar nas Regiões Norte de Portugal e Galiza
Foi assinado na quarta-feira, dia 14 de dezembro, em Valença, o memorando de entendimento que cria o primeiro serviço de emergência médica interregional entre Portugal e Espanha, o serviço “112 Transfronteiriço”, através de um projeto-piloto a implementar nas Regiões Norte e Galiza, e que envolve o INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica e a instituição homóloga galega, a AXEGA.
O novo serviço “112 Transfronteiriço” tem como principal objetivo garantir uma melhor e mais rápida resposta a emergências médicas nas regiões transfronteiriças, assegurando o acionamento dos meios mais próximos de quem precisa de ajuda. Permite, ainda, agilizar a assistência médica no território escolhido pelo utente.
Margarida Tavares, Secretária de Estado da Promoção da Saúde, considera que a assinatura do protocolo confirma “o benefício da cooperação e da criação de sinergias em prol das pessoas”, destacando que o protocolo “garante a continuidade da assistência pré-hospitalar nas zonas fronteiriças, contribuindo para a segurança dos doentes e para a qualidade de vida das populações que vivem nas regiões fronteiriças”.
Para a Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, o “112 transfronteiriço Galiza-Norte de Portugal é um exemplo paradigmático da otimização de recursos, serviços e equipamentos entre estas duas regiões”, e acrescenta que este é “um projeto emblemático na cooperação territorial entre os dois países e terá impactos diretos na melhoria da qualidade de vida das populações raianas, podendo até ser determinante para o salvamento de vidas”.
A criação de um serviço “112 Transfronteiriço” é uma das medidas identificadas como prioritária na Estratégia Comum de Desenvolvimento Transfronteiriço. Apresentada em outubro de 2020, a primeira estratégia comum de desenvolvimento entre Portugal e Espanha prevê medidas concretas para colocar o Interior de Portugal no centro do mercado ibérico, criar uma nova centralidade económica e contrariar o abandono destes territórios.
A sessão contou com as presenças da Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Presidente da Câmara Municipal de Valença, José Manuel Carpinteira, do Presidente da CCDR-Norte, António Cunha, do Presidente do INEM, Luís Meira, do Conselleiro de Sanidade da Xunta de Galicia, Julio García Comesaña e do Diretor-geral para as Relações Externas e com a União Europeia da Junta da Galiza, Jesus Gamallo.
Carreira de técnico auxiliar de saúde
Ministério da Saúde iniciou as reuniões formais com as estruturas sindicais para a criação da carreira de técnico auxiliar de saúde
O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, recebeu esta terça-feira, 13 de dezembro, três estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da saúde, dando início ao processo de criação da carreira de técnico auxiliar de saúde no Serviço Nacional de Saúde. Este consubstancia um passo decisivo no reconhecimento dos diferentes profissionais que trabalham diariamente nos serviços e estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde.
A ronda negocial com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e Entidades com Fins Públicos (SINTAP), a Fede
overno Constitucional, com vista a uma maior valorização dos trabalhadores do SNS. O Ministério da Saúde saúda nesta ocasião o trabalho, empenho e cooperação de todos os interlocutores neste processo, na certeza de que só a valorização dos profissionais permitirá a requalificação do Serviço Nacional de Saúde e prosseguir o trabalho de mais e melhor acesso à saúde para todos os portugueses.
13 de dezembro de 2022
ração Nacional dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais (FNSTFPS) e o Sindicato Independente dos Técnicos Auxiliares de Saúde (SITAS) contou ainda com a presença de representantes das áreas governativas da Administração Púbica e das Finanças.
O compromisso de criar a carreira de técnico auxiliar de saúde, trabalho que agora se inicia, está inscrito no programa do XXIII Governo Constitucional, com vista a uma maior valorização dos trabalhadores do SNS. O Ministério da Saúde saúda nesta ocasião o trabalho, empenho e cooperação de todos os interlocutores neste processo, na certeza de que só a valorização dos profissionais permitirá a requalificação do Serviço Nacional de Saúde e prosseguir o trabalho de mais e melhor acesso à saúde para todos os portugueses.
13 de dezembro de 2022
Suporte Básico de Vida
ARSLVT ministrou 564 horas de formação em 5 anos de acreditação
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) completou cinco anos de acreditação enquanto entidade formadora em Suporte Básico de Vida, tendo realizado, durante esse período, 102 ações de formação, o que equivale a 564 horas de formação.
A ARSLVT está acreditada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) como entidade formadora desde janeiro de 2017, nas valências de Suporte Básico de Vida (SBV) e Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa.
Nestas ações de formação foram envolvidos 1.281 profissionais das carreiras médica e de enfermagem, bem como das carreiras gerais, que exercem funções nos agrupamentos de centros de saúde da região e na sede da ARSLVT.
A ARSLVT realizou também, em parceria com o INEM, diversos mass traning em SBV para alunos de diversos agrupamentos de escolas e população em geral.
Considerando o sucesso desta iniciativa, a ARSLVT refere que está em curso o processo de renovação da sua acreditação por mais cinco anos.
Para saber mais, consulte:
ARSLVT > Notícias
Competências Digitais na Saúde
Secretária de Estado defende investimento na literacia digital da Saúde ao serviço da qualidade de vida das populações
“Os serviços digitais contribuem para aumentar a literacia em saúde, pelo que é necessário garantir que são utilizados com garantias de inclusão, usabilidade e acessibilidade”, disse Margarida Tavares, dia 13 de dezembro, em Santarém, na Iniciativa Nacional Competências Digitais e.2030 – Portugal INCoDe.2030.
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde destacou que a INCoDe.2030 representa uma oportunidade de analisar a Saúde “numa lógica de valorização, promoção e capacitação das competências digitais da população em toda a sua diversidade”.
Margarida Tavares felicitou esta iniciativa, que se replicará em 25 cidades, por ser “um espaço de investimento na promoção e literacia na saúde, com consequências diretas na qualidade de vida da população, bem como na melhoria da prestação dos cuidados em Portugal”.
Na sua intervenção, a governante disse esperar que o Programa INCoDe.2030 possibilite o desenvolvimento de ações no âmbito das competências digitais, “que respondam às carências diagnosticada pelas unidades de saúde na área da capacitação do cidadão e dos profissionais de saúde”.
Para Margarida Tavares, existe uma “responsabilidade coletiva de aprender com a pandemia de COVID-19”, sendo por isso necessário “universalizar o acesso a cuidados de saúde através de meios remotos”, referindo-se à disponibilização de atendimentos telefónicos automáticos, de agendamentos online e de respostas de telessaúde, como “o Centro de Contacto e os Balcões SNS 24”.
Instituto Ricardo Jorge participa em projeto europeu de preparação e resposta a emergências em saúde pública
15-12-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através da Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB) do seu Departamento de Doenças Infeciosas, é um dos parceiros do projeto BE READY, promovido pela União Europeia (UE) com vista à preparação dos Estados-membros para uma resposta conjunta e eficaz a futuras emergências em saúde pública. A iniciativa, que conta com 24 parceiros de 13 países europeus, permitirá também a criação de uma agenda estratégica para a investigação e inovação.
Este projeto centrar-se-á na melhoria da preparação dos países da UE ao nível da prevenção, deteção e resposta a ameaças infeciosas emergentes em saúde pública, através de uma melhor coordenação do financiamento nas áreas da investigação e inovação a nível europeu, nacional e regional. A parceria entre os Estados-membros possibilitará ainda consolidar a abordagem One Health, quer através da criação da agenda estratégica como de outras ferramentas que permitam aos diversos países enfrentar futuras emergências em saúde pública.
Apresentada oficialmente em setembro de 2022, a iniciativa BE READY é uma Coordination and Support Action (CSA), financiada em 2 milhões de euros pela Comissão Europeia, liderada pela agência francesa ANRS | Maladies infectieuses émergentes e alicerçada na expertise de organizações de saúde pública, ministérios e agências de investigação europeus. O consórcio é composto por 24 parceiros de 13 Estados-membros da UE e 2 países associados, estando a representação portuguesa a cargo do INSA e da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica (AICIB).
A UREB é responsável pela coordenação da resposta laboratorial especializada, rápida e integrada em situações de casos e surtos e que possam constituir um risco para a Saúde Pública, particularmente no contexto de casos de surtos de infeções por microrganismos emergentes e reemergentes de disseminação natural ou deliberada. Dispõe de diagnóstico laboratorial para mais de vinte agentes infeciosos, entre bactérias, vírus hemorrágicos, orthopoxvirus e toxinas.
Instituto Ricardo Jorge desenvolve projeto para controlo de espécie de mosquito vetor invasor Aedes albopictus
15-12-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) encontra-se a desenvolver um projeto de investigação que visa a integração da técnica do inseto estéril (SIT, Sterile Insect Technique) no controlo do mosquito vetor invasor Aedes albopictus em Portugal. O principal objetivo deste projeto é a implementação de um programa de controlo de vetores integrado para proteger a saúde pública, baseado numa nova abordagem de controlo ecológico que não cause impacto no ambiente.
A técnica do inseto estéril consiste na produção de mosquitos machos estéreis por irradiação e posterior libertação na região alvo, para que ao acasalarem com fêmeas selvagens não gerem descendência, levando progressivamente à supressão da população de insetos. Este estudo está a decorrer no Algarve, onde a espécie Ae. albopictus se encontra estabelecida e em disseminação, havendo por isso risco para a circulação de doenças associadas a mosquitos.
Os vírus potencialmente transmitidos por Ae. albopictus poderão ser introduzidos na região e, em condições favoráveis, ter início o ciclo de transmissão com ocorrência de casos de doença na população humana. A implementação atempada de uma gestão integrada de vetores que integre a tecnologia SIT para o controlo de Ae. albopictus reduz o risco associado a doenças, sendo esta abordagem recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Desenvolvido em articulação com os Serviços de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde do Algarve e financiado pela Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), este projeto permitirá reunir investigação científica com a produção de conhecimento ao desenvolvimento de medidas de Saúde Pública, tendo como base abordagens inovadoras para o controlo de mosquitos vetores e doenças associadas.
Com uma duração prevista de dois anos (2022-2023), este projeto inclui o desenvolvimento de várias atividades, nomeadamente a caracterização da fenologia e distribuição da população de Ae. albopictus, assim como a avaliação da capacidade de dispersão, taxa de sobrevivência e competitividade de machos estéreis irradiados. No âmbito deste trabalho, será ainda realizado um estudo piloto de SIT para a avaliação da aplicabilidade da técnica.
Os mosquitos representam uma ameaça à saúde pública por serem potenciais vetores doença. A espécie Aedes albopictus (mosquito Tigre Asiático) é considerada a principal espécie invasora a nível global, tendo competência para a transmissão de vírus como dengue, chikungunya, encefalite japonesa, Zika ou febre-amarela. Esta espécie foi introduzida na Europa e encontra-se estabelecida em várias regiões, estando associada a surtos de dengue, Zika e chikungunya reportados nos últimos 15 anos.
Em Portugal, esta espécie foi detetada pela primeira vez em 2017 como o resultado de duas introduções independentes, nas regiões Norte e Algarve. Estas populações de Ae. albopictus têm estado sob a monitorização da Rede Nacional de Vigilância de Vetores – REVIVE, um programa do Ministério da Saúde coordenado pelo INSA que tem como objetivos, entre outros, monitorizar a atividade de artrópodes hematófagos e caracterizar as espécies e sua ocorrência sazonal.
Foto: ARS Algarve
Futuro dos sistemas de saúde em debate na eHealth Sessions 2 – ACSS
A Fundação Eng.º António de Almeida, no Porto, acolheu a segunda “eHealth Session” – integrada na 5ª edição de eHealth Summit Portugal – que decorreu no final de novembro.
O presidente da ACSS, Victor Herdeiro, esteve na sessão de abertura, onde realçou “a evidente necessidade de criação de um Big Data, bem como a adoção de um modelo de gestão de informação, que permita o armazenamento estruturado dos dados e uma melhor articulação entre os diferentes intervenientes no percurso de saúde do utente, potenciando desta forma, a eficiência e sustentabilidade do nosso Serviço Nacional de Saúde”.
Para o presidente da ACSS “é prioritário reforçar a disponibilização de informação sem descurar o foco no Registo de Saúde Eletrónico (RSE)”, ferramenta estratégica para a prestação de cuidados e para a gestão do percurso de saúde do utente no SNS.
Ana Fonte, Administradora Hospitalar da ACSS, participou, por sua vez, no painel “Registo de Saúde Eletrónico” onde destacou o trabalho que tem sido feito, nos últimos anos, no âmbito do RSE.
“Este é um percurso que tem vindo a ser feito durante muitos anos e tivemos avanços muito significativos. O utente já tem, à distância de um telemóvel ou de um computador, grande parte da sua informação de saúde. É verdade que esta precisa de ser mais estruturada e precisamos de capacitar o utente para que possa auditar melhor quem acede aos seus dados e dar autorizações mais detalhadas. Tudo isto são questões que têm de ser vistas na perspetiva dos interesses do utente”, afirmou.
No que diz respeito à implementação tecnológica deste trabalho, Ana Fonte disse que “o percurso que está a ser feito já nos deu e vai-nos dar a capacidade de respondermos tecnicamente às exigências que temos pela frente.”
Neste processo de evolução e reformulação do RSE, a ACSS e a SPMS têm contado com os contributos importantes dos utentes, das Ordens e Associações Profissionais, bem como de unidades de saúde e demais instituições do SNS.
O “eHealth Sessions 2” visa fomentar o conhecimento, acrescentar valor e contribuir para soluções inovadoras e sustentáveis, quer para os profissionais de saúde, quer para os cidadãos.
Publicado em 15/12/2022