DGS publica novo relatório de monitorização das infeções respiratórias e potenciais efeitos do frio na saúde
A Direção-Geral da Saúde (DGS) inicia hoje a publicação de um novo relatório semanal que incide sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população. A vigilância e monitorização da resposta sazonal em saúde e a avaliação do risco apoiarão a gestão e a comunicação do risco neste âmbito.
A publicação será às quintas-feiras, deixando de ser publicado o relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica da COVID-19 e o relatório de situação.
A incidência das infeções respiratórias (gripe, COVID-19 ou infeção por vírus sincicial respiratório), a evolução da cobertura vacinal contra a gripe cuidados de saúde primários, episódios de urgência e de internamentos, ocupação das unidades de cuidados intensivos, contacto com o SNS 24 e INEM) integram os indicadores analisados no relatório.
O documento surge na sequência da criação do Plano Estratégico do Ministério da Saúde para a Resposta Sazonal em Saúde – Inverno 2022-2023, no âmbito do eixo da vigilância epidemiológica das infeções respiratórias e monitorização do sistema de saúde. Surge ainda no âmbito das atribuições da Direção-Geral da Saúde, entre as quais monitorizar o estado de saúde da população e seus determinantes, produzindo informação para o planeamento da saúde; coordenar e assegurar a vigilância epidemiológica de doenças transmissíveis e não transmissíveis; divulgar informação, comunicar o risco e as medidas a adotar no âmbito do Plano de contigência da saúde sazonal; bem como coordenar e assegurar os sistemas de alerta e resposta apropriada a emergências de saúde pública, a nível nacional.
Nesta nova fase, importa vigiar a evolução das infeções respiratórias agudas, concluir o programa de vacinação sazonal para a COVID-19 e para a gripe e utilizar o SNS 24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Devem ainda ser promovidas medidas de proteção individual, boas práticas no âmbito da prevenção e controlo da infeção, sobretudo em contextos onde estejam pessoas de maior vulnerabilidade como sejam os hospitais e as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas.
A situação atual suporta o reforço da comunicação das orientações já emitidas aos serviços de saúde, no sentido de ativar as medidas previstas nos respetivos planos de contingência e responder ao aumento da procura dos serviços de saúde (incluindo adequação das escalas dos recursos humanos, alargamento de horários e ajuste da atividade programada).
Este relatório integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersectorial, incluindo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IP, a Administração Central do Sistema de Saúde, IP, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, as Administrações Regionais de Saúde, as Autoridades de Saúde de nível regional e local, o Instituto Nacional de Emergência Médica, IP, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera,IP, a Agência Portuguesa do Ambiente, IP e outros parceiros institucionais e académicos.
Consulte o relatório aqui:
Estudo: Perceção de infelicidade nos jovens aumentou depois da pandemia por COVID-19 – DGS
A grande maioria dos jovens portugueses considera-se feliz (72,3%), apesar da perceção de infelicidade ter aumentado de 13,3% (2018) para 27,7% (2022), referem os resultados nacionais do Estudo Health Behaviour in School-aged Children / Organização Mundial de Saúde (HBSC/OMS), apresentado a 14 de dezembro de 2022.
O estudo, realizado pela equipa Aventura Social, em parceria com a Direção-Geral da Saúde, a Direção-Geral das Estatísticas da Educação e Ciência, o Instituto de Saúde Ambiental da Universidade de Lisboa, a Universidade Lusíada de Lisboa e o Instituto Politécnico de Beja, analisa os estilos de vida dos adolescentes em idade escolar nos seus contextos de vida. Entre as conclusões está o agravamento da perceção de bem-estar em Portugal: 21% sentem-se nervosos, 15,8% irritados ou de mau humor, e 11,6% tristes quase todos os dias.
Quase um quinto (18,8%) dos adolescentes refere ter uma doença prolongada, problema de saúde ou incapacidade diagnosticada por um médico, dos quais 54,5% diz ter necessidade de tomar medicação. Já sobre a vacinação, 71,9% acha que as vacinas protegem a saúde.
O estudo da HBSC/OMS destaca ainda alguns comportamentos de risco para a saúde, com impacto no aumento do excesso de peso, que subiu de 28,3% para 31,8%. A percentagem que refere que não está a fazer dieta, mas precisava, subiu em quatro anos para 25,3%. Comparando com o estudo realizado em 2018, verifica-se um aumento da prática de atividade física – mais de 3 dias por semana – entre os jovens: de 43,1% para 55,7%. No entanto, dois em cada dez jovens diz nunca ter praticado qualquer desporto.
Sobre sexualidade, 84,8% dos adolescentes do 8.º e 10.º anos de escolaridade referem ainda não terem tido relações sexuais. A primeira relação sexual ocorreu acima dos 14 anos para 71,1% dos jovens. Dois terços (64%) diz ter usado preservativo na última relação e 27,3% pílula contracetiva. Mais de 13% tiveram relações sexuais associadas a álcool ou drogas.
Em relação ao gosto pela escola, a percentagem baixou ligeiramente para 69,7%, em parte devido às dificuldades com a escola e pressão com os trabalhos escolares, que aumentaram em quatro anos. A matéria continua a ser considerada demasiada, aborrecida ou difícil para mais de 80% dos jovens inquiridos.
No presente estudo da HBSC/OMS, regista-se um aumento na frequência de não fumadores, de 93,7% em 2018 para 95,1% em 2022. O consumo de bebidas alcoólicas também diminuiu em todos os tipos.
Em 2022 o estudo HBSC/OMS integrou 51 países. Realizado em Portugal desde 1998, incluiu 5.809 jovens do 6.º, 8.º, 10.º e 12.º anos, de 40 agrupamentos escolares.
Consulte o relatório aqui.
DGS lança campanha “Proteja-se do frio”
A Direção-Geral da Saúde iniciou uma campanha de informação com medidas de proteção individual para enfrentar as baixas temperaturas.
A Campanha “Proteja-se do frio” apresenta recomendações gerais, que alertam para comportamentos a ter em conta com a chegada das temperaturas mais baixas.
Evitar a propagação de algumas doenças, como a gripe, e outras infeções respiratórias (pneumonia, bronquite, entre outras), bem como o agravamento das doenças crónicas, nomeadamente cardíacas e respiratórias, são alguns dos objetivos.
Com esta campanha alerta-se ainda que, de forma indireta, o frio pode causar acidentes rodoviários, quedas devido ao gelo, incêndios e intoxicações por monóxido de carbono devido ao uso incorreto ou mau funcionamento de lareiras ou de outros sistemas de aquecimento.
Consulte aqui algumas recomendações.
Visita ao SNS 24
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Secretários de Estado visitam SNS 24 e apelam a que serviço seja sempre usado antes da ida a uma unidade de saúde
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, e o Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, visitaram esta sexta-feira, 16 de dezembro, as instalações do Centro de Contacto do Serviço Nacional de Saúde (SNS 24), em Lisboa. O serviço de triagem, aconselhamento e encaminhamento do Serviço Nacional de Saúde funciona 24 horas por dia e já respondeu a cerca de nove milhões de chamadas só este ano.
Na visita, os governantes apelaram a que todos os cidadãos contactem sempre o 808 24 24 24 antes de se dirigirem a uma unidade de saúde. Esta visita teve como finalidade observar a operação e funcionamento da Linha SNS 24, desde o atendimento geral aos diferentes serviços que integra e presta à população, designadamente a Linha de Aconselhamento Psicológico e a plataforma de atendimento por videochamada para os cidadãos surdos.
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“Estes profissionais estão disponíveis e capazes para nos orientarem o melhor possível quando tivermos um problema de saúde. Apelamos, por isso, a que liguem para o SNS 24 antes de recorrerem a algum serviço de saúde e serão encaminhados para o sítio mais adequado se existir essa necessidade”, frisou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde. “Ainda há um grande número de pessoas que acorre aos serviços de urgência hospitalares sem ter feito um contacto prévio com o SNS 24 e é isso que pretendemos evitar”, reforça Margarida Tavares.
“No contacto com a linha, vão ser direcionados com os meios e para o local mais adequado”, garantiu a governante, lembrando a vantagem de chegar a uma unidade de saúde já com a “pré-triagem que vai permitir que dentro do serviço de saúde seja mais fácil ser recebido e direcionado de acordo com a prioridade”.
Por seu lado, o Secretário de Estado da Saúde asseverou que a linha telefónica tem capacidade de se expandir e ajustar a mais procura, insistindo na importância deste contacto prévio. “A linha representa uma resposta muito ágil e útil, que é importante para o funcionamento de todo o sistema de saúde”, afirmou Ricardo Mestre, elogiando o tempo médio de resposta de atendimento das chamadas, que se tem situado nos 15 segundos.
Aproveitando o contexto da visita, o governante adiantou que a ideia é que o SNS 24 possa evoluir e incorporar mais respostas que permitam densificar e agilizar a capacidade do SNS de ir ao encontro das necessidades das pessoas. “Durante o mês de janeiro a linha passará a ter alguns serviços médicos para as populações mais vulneráveis, e pretendemos começar pelas pessoas que estão nas residências para idosos”, concretizou, explicando que a ideia é colocar as ferramentas de telessaúde ao serviço dos idosos, reduzido as deslocações desnecessárias.
As chamadas da Linha SNS 24 são atendidas por enfermeiros, estudantes de Medicina e Enfermagem, dentistas, psicólogos, farmacêuticos, administrativos e intérpretes de LGP, distribuídos pelos postos de atendimento em Lisboa, Porto, Braga, Covilhã, Algarve e Coimbra, e a trabalhar remotamente. Só em dezembro já foram atendidas perto de 95 mil chamadas, sendo 2022 o ano com o maior número de chamadas atendidas de sempre. Em 2021 tinham sido atendidas mais de seis milhões de chamadas e em 2020 mais de 4 milhões. Antes da pandemia, em 2019, foram atendidas 1,5 milhões de chamadas.
Infeções respiratórias
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DGS publica relatório semanal de monitorização das infeções agudas
A Direção-Geral da Saúde (DGS) iniciou na quinta-feira, 15 de dezembro, a divulgação de um novo relatório semanal que incide sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população.
O relatório, que passará a ser publicado às quintas-feiras, em substituição do relatório semanal de monitorização da situação epidemiológica da Covid-19 e o relatório de situação, visa apoiar a gestão e a comunicação do risco no âmbito da resposta sazonal em saúde.
Entre os indicadores analisados no relatório estão a incidência das infeções respiratórias (gripe, Covid-19 ou infeção por vírus sincicial respiratório), a evolução da cobertura vacinal contra a gripe, episódios de urgência e de internamentos, ocupação das unidades de cuidados intensivos, contacto com o SNS 24 e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), entre outros.
De acordo com o comunicado divulgado pela DGS, nesta nova fase importa vigiar a evolução das infeções respiratórias agudas, concluir o programa de vacinação sazonal para a Covid-19 e para a gripe e utilizar o SNS 24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Devem ainda ser promovidas medidas de proteção individual, boas práticas no âmbito da prevenção e controlo da infeção, sobretudo em contextos onde estejam pessoas de maior vulnerabilidade como sejam os hospitais e as Estruturas Residenciais para Pessoas Idosas.
A situação atual suporta o reforço da comunicação das orientações já emitidas aos serviços de saúde, no sentido de ativar as medidas previstas nos respetivos planos de contingência e responder ao aumento da procura dos serviços de saúde.
Este relatório integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersectorial, incluindo o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, a Administração Central do Sistema de Saúde, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, o Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, as administrações regionais de saúde, as autoridades de saúde regionais e locais, o INEM, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, a Agência Portuguesa do Ambiente, e outros parceiros institucionais e académicos.
Para saber mais, consulte:
DGS > Destaques
PR no Hospital de Santa Maria
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Ministro da Saúde acompanhou visita do Presidente da República ao Serviço de Urgência
O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, acompanhou na noite desta quinta-feira, 15 de dezembro, a visita do Presidente da República ao Serviço de Urgência do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Deixando uma palavra de agradecimento e apoio a profissionais e utentes, foi um momento de reconhecimento do papel das instituições do Serviço Nacional de Saúde, em particular das mais diferenciadas como o Centro Hospitalar Universitário LIsboa Norte, nos momentos de maior pressão e afluência aos serviços de urgência, como é o caso do período de outono-inverno.
Nesta ocasião, o Ministro da Saúde agradeceu o esforço dos profissionais e o trabalho desenvolvido pelo Hospital de Santa Maria, reiterando o compromisso do Governo em contribuir para uma resposta sólida do SNS às necessidades de saúde da população.
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Boletim Epidemiológico Observações – Especial 14 Biomonitorização humana – INSA
16-12-2022
Encontra-se disponível para consulta novo número especial do Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) em acesso aberto. Este número especial é dedicado à Biomonitorização humana, destacando-se trabalhos desenvolvidos pelo INSA nas áreas da Saúde Ambiental e Ocupacional.
O Boletim Epidemiológico Observações tem como objetivo contribuir para o conhecimento da saúde da população, os fatores que a influenciam, a decisão e a intervenção em Saúde Pública, assim como a avaliação do seu impacte na população portuguesa, divulgando resultados científicos gerados por atividades de observação em saúde, monitorização e vigilância epidemiológica nas áreas de atuação do INSA.
Dando especial atenção à disseminação rápida de informação relevante para a resposta a temas de relevo para a saúde, a publicação tem como principal alvo todos os profissionais de saúde, investigadores e decisores intervenientes na área da Saúde Pública em Portugal, dirigindo-se igualmente à comunidade em geral.
Consulte aqui o número especial do Boletim.
SUMÁRIO:
- Editorial
- O papel da biomonitorização humana na geração do conhecimento para a avaliação dos efeitos cumulativos dos diferentes químicos
- Saúde Ambiental
- Perceções da população portuguesa sobre biomonitorização humana segundo o inquérito aos cidadãos do HBM4EU
- Biomonitorização humana de micotoxinas no âmbito do projeto HBM4EU: um estudo sobre desoxinivalenol e fumonisina B1
- Utilização de biomonitorização humana para avaliação da exposição a cádmio na população portuguesa
- Exposição a arsénio em Portugal continental: resultados preliminares do estudo INSEF-ExpoQuim
- Saúde Ocupacional
- Biomonitorização da exposição profissional ao crómio hexavalente: contributo para proposta de valores-limite biológicos
- Caracterização de biomarcadores de genotoxicidade em trabalhadores expostos a crómio hexavalente: um estudo no âmbito da Iniciativa Europeia em Biomonitorização Humana
- Avaliação do risco da mistura de crómio hexavalente, níquel e hidrocarbonetos aromáticos policíclicos a partir de dados de exposição ocupacional extraídos da literatura
- Aplicação da biomonitorização humana para avaliação da exposição ocupacional a hidrocarbonetos aromáticos policíclicos na Europa: uma revisão da literatura
- O treino intensivo pode levar ao aumento de dano oxidativo no ADN em bailarinos profissionais?
- Matrizes de exposição ocupacional e biomonitorização humana