OMS destaca Portugal como parceiro no âmbito do reforço de sistemas de informação para Emergências em Saúde Pública – DGS
No relatório mensal de atualizações de operações de reposta ao COVID-19, a OMS refere a visita do Azerbaijão a Portugal, como uma oportunidade para partilha de experiências sobre Sistemas de Informação e Gestão de Resposta a Emergências em Saúde Pública.
A visita ocorreu entre 24 e 28 de outubro de 2022 e foi organizada pela OMS/Europa e pelo Escritório da OMS no Azerbaijão, tendo-se deslocado a Portugal diferentes peritos e gestores do Ministério da Saúde do Azerbaijão e das agências nacionais TABIB (Unidade de gestão das Unidades Territoriais Médicas) e SAHMI (Agência Estatal de Seguro de Saúde Obrigatório).
Esta visita teve como objetivo a partilha de lições aprendidas com a pandemia e conhecer a infraestrutura, os procedimentos e a interoperabilidade de sistemas de informação em Portugal de apoio na preparação e resposta a emergências.
Destaca-se as abordagens a nível nacional, regional e local, com o envolvimento da Administração Regional de Saúde do Norte/Departamento de Saúde Pública e a Unidade de Saúde Pública de Matosinhos, abrangendo aspetos operacionais, nomeadamente indicadores-chave recolhidos pelas unidades de saúde e laboratórios, bem como a sua compilação e análise, incluindo os compromissos de notificação nos termos do Regulamento Sanitário Internacional (RSI).
Vacinação em “Casa aberta”
Modalidade disponível para pessoas com 50 ou mais anos
As pessoas com 50 ou mais anos podem, a partir de hoje, tomar a dose de reforço da vacina contra a covid-19 na modalidade de “casa aberta”.
Com a “casa aberta” para maiores de 50 anos, desceu-se a faixa etária, “para que mais utentes possam deslocar-se aos locais de vacinação sem ser necessário marcação”, segundo um comunicado da SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
A modalidade continua também disponível para grupos profissionais prioritários (com recurso a senhas digitais) e para a vacinação e reforço de pessoas entre os 18 e 59 anos e vacinação primária acima dos 12 anos.
O reforço da vacina da covid-19 define como grupos prioritários pessoas com 60 ou mais anos; grávidas com idade igual ou superior a 18 anos e doenças definidas pela norma publicada pela Direção-Geral da Saúde; pessoas com 12 ou mais anos com patologias de risco, estudantes em estágio clínico, bombeiros envolvidos no transporte de doentes e profissionais de Estabelecimentos Prisionais.
Dados da SPMS indicam que, até ao momento, mais de 2,9 milhões de pessoas já foram vacinadas contra a covid-19 e mais de 2 milhões contra a gripe.
Nascer em Segurança no SNS
Com o objetivo de promover a segurança e confiança de grávidas, crianças e profissionais de saúde do SNS
O Ministério da Saúde, através da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS), lançou na quinta-feira, dia 22 de dezembro, a operação “Nascer em Segurança no SNS”, com o objetivo de promover a segurança e confiança de grávidas, crianças e profissionais de saúde do Serviço Nacional de Saúde.
Portugal evidencia-se no panorama internacional pelas conquistas alcançadas em alguns indicadores de saúde ao longo dos últimos 40 anos, nomeadamente uma das mais baixas taxas de mortalidade perinatal do mundo. Tal realidade apenas foi possível graças à existência de um Serviço Nacional de Saúde (SNS) que privilegiou, desde sempre, a segurança dos cuidados prestados às grávidas e crianças face ao número de locais onde, no passado, era aceitável a realização de partos.
Pelo impacto direto que tem nas grávidas, recém-nascidos e suas famílias, a rede de serviços de urgência de ginecologia e obstetrícia merece atenção prioritária, sendo essencial salvaguardar os princípios da equidade, qualidade, prontidão, humanização e previsibilidade dos cuidados prestados no SNS.
O reforço do trabalho em rede entre as equipas de instituições hospitalares e dos cuidados de saúde primários, assim como o planeamento estratégico atempado da resposta, é uma das missões centrais da nova Direção Executiva do SNS, organismo responsável por estabelecer a estratégia adequada para assegurar uma cultura de previsibilidade, segurança e confiança na utilização dos serviços de saúde, bem como uma utilização que maximize os recursos disponíveis e induza um melhor planeamento.
Tendo sido identificadas contingências à plenitude de funcionamento da rede de maternidades no período de Natal e Ano Novo, e de acordo com as recomendações da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/ Obstetrícia e Bloco de Partos, constituída pelo Despacho n.º 7788/2022, de 17 de junho, foi organizada uma resposta articulada a nível regional para este período, garantindo-se a prestação de informação de forma proativa à população para informar sobre as melhores opções em saúde.
Foram ouvidos os Conselhos de Administração dos Hospitais, as direções dos respetivos serviços de Ginecologia/Obstetrícia, Pediatria e Anestesiologia, as Administrações Regionais de Saúde, I.P., e o Instituto Nacional de Emergência Médica.
Reitera-se a importância de, antes do recurso a unidades de saúde, contactar previamente o SNS 24 (808 24 24 24). Em situações de emergência, o contacto deve ser feito diretamente para o 112.
Neste contexto, divulga-se quinta-feira, dia 22 de dezembro, a organização da rede de obstetrícia para o período de Natal (23 a 25 de dezembro). Na próxima semana será oportunamente publicada a organização das maternidades para o período de Ano Novo, que está a ser ultimada.
Os resultados deste plano estratégico serão avaliados pela DE-SNS e irão informar as decisões seguintes, nomeadamente o funcionamento desta rede de referenciação no primeiro trimestre de 2023.
Informação útil para o período de Natal
1. Região Norte – todos os 13 blocos de parto irão funcionar de forma ininterrupta;
- ULS Nordeste – Bragança
- CHTMAD – Vila Real
- ULS Alto Minho – Viana Castelo
- Hospital de Braga – Braga
- Hospital Nossa Senhora da Oliveira – Guimarães
- CH Médio Ave – Vila Nova de Famalicão
- CHPV/VC – Póvoa de Varzim
- ULS Matosinhos – Matosinhos
- CHTS – Penafiel
- CHU São João – Porto
- CHUP – Porto
- CHVNG/E – Vila Nova de Gaia
- CHEDV – Santa Maria da Feira
2. Região Centro – seis blocos de parto irão funcionar de forma ininterrupta e apenas Guarda terá condicionamentos no dia 24 de dezembro
- CHBV – Aveiro
- CHUC – Coimbra
- CHTV – Viseu
- CH Leiria – Leiria
- ULS Guarda – Guarda (noite do dia 24)
- ULS Castelo Branco – Castelo Branco
- CHUCB – Cova da Beira
3. Região de Lisboa e Vale do Tejo
- O Centro Hospitalar do Oeste, E.P.E., o Centro Hospitalar do Médio Tejo, E.P.E., e o Hospital Distrital de Santarém, E.P.E., cooperam e partilham recursos no sentido de garantir o acesso a pelo menos um Serviço de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, na área de influência dessas unidades hospitalares.
- O Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, E.P.E., o Hospital Garcia de Horta, E.P.E., e o Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., cooperam e partilham recursos no sentido de garantir o acesso pelo menos a dois Serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia, na área de influência dessas unidades hospitalares.
- O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, E.P.E., o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central E.P.E., o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, E.P.E., o Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, E.P.E., o Hospital Beatriz Ângelo, E.P.E., o Hospital de Vila Franca de Xira, E.P.E., e o Hospital de Cascais, cooperam e partilham recursos no sentido de garantir o acesso pelo menos a quatro Serviços de Urgência de Ginecologia e Obstetrícia e aos Serviços/Unidades de Neonatologia, na área de influência dessas unidades hospitalares.
4 – Região do Alentejo – dois blocos de parto a funcionar de forma ininterrupta e apenas Beja terá constrangimentos no dia 25 de dezembro
- HES – Évora
- ULS Norte Alentejano – Portalegre
- ULS Baixo Alentejo – Beja (no dia 25)
5 – Região do Algarve – os dois blocos de parto a funcionar de forma ininterrupta
- CHUA – Faro
- CHUA – Portimão
#seguronascernoSNS
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Centro de Saúde da Baixa da Banheira
Ministro da Saúde assegurou financiamento para a construção do edifício
O novo Centro de Saúde da Baixa da Banheira vai avançar já em 2023. A garantia foi dada pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na sequência de uma reunião com a Câmara Municipal da Moita e visita ao local, que decorreu esta quarta-feira, dia 21 de dezembro.
“Esta é uma obra muito necessária que poderá servir até 30 mil pessoas. Além disso, para atrair os profissionais precisamos de melhores condições”, explicou o Ministro da Saúde, asseverando que as verbas necessárias para que a obra seja retomada em breve estão garantidas pelo Executivo.
“Este é um momento importante porque assinala a resolução de um problema. Todos os que estão envolvidos nas coisas públicas sabem que não há coisa pior do que uma obra pública interrompida a meio. Neste caso por falência do empreiteiro. Quando uma obra pública se interrompe a meio triplicam-se os problemas burocráticos para resolver o assunto”, explicou Manuel Pizarro, reforçando que há agora condições para avançar rapidamente com a empreitada.
Para o governante, estas novas estruturas são “muito necessárias”, tanto para prestar serviços de qualidade e em proximidade à população, como para atrair os novos profissionais. “É mais fácil atrair jovens especialistas de medicina geral familiar e outros profissionais para um edifício com melhores condições, substituindo o antigo, que é inadequado”, explicou.
O atual centro de saúde da Baixa da Banheira funciona há anos num edifício de habitação com vários andares. A ideia, avançou o Ministro, será que o edifício volte a funcionar como prédio de habitação, para ajudar a fixar médicos no concelho da Moita. O governante elogiou, depois, o “Estado de espírito de colaboração entre as autarquias e o Governo”, reforçando que “estamos a servir as mesmas pessoas” e lembrando que o Orçamento do Estado para 2023 é o maior de sempre do SNS, permitindo continuar este caminho de investimento.
Ministério da Saúde indica Nuno Sousa para vice-presidente da AICIB
Governo renova compromisso na promoção da investigação e desenvolvimento na área da saúde
O Ministério da Saúde indicou Nuno Sousa para o cargo de vice-presidente da AICIB – Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica. A proposta de designação é feita pelo Infarmed I.P. na qualidade de sócio fundador da AICIB, onde representa o compromisso do Ministério da Saúde na promoção da investigação e desenvolvimento na área da saúde, bem como da atividade científica de excelência tanto no campo básico como na vertente aplicada e multidisciplinar.
A investigação clínica é para o Governo uma área de cimeira importância, dela decorrendo maior qualidade e capacidade do SNS para responder aos desafios presentes e futuros ao nível do desenvolvimento do conhecimento e do acesso sustentável a novas tecnologias.
Nuno Sousa é Professor Catedrático na Escola de Medicina da Universidade do Minho e Professor visitante na Upstate Medical University, em Nova Iorque. Médico neuro-radiologista, é diretor do Centro Clínico Académico – Braga no Hospital de Braga e do Centro de Medicina Digital P5. É investigador no Domínio de Investigação em Neurociências no Instituto de Ciências da Vida e da Saúde (ICVS) da Universidade do Minho. Recebeu vários prémios pelas suas atividades de investigação e prestação de cuidados de saúde, incluindo o Prémio Janssen Neurociências e a Medalha de Ouro do Ministério da Saúde em 2011.
O Infarmed propôs ainda a designação, para secretário da mesa da Assembleia Geral da AICIB, de Carlos Alves, vice-presidente do Conselho Diretivo do Infarmed, I.P.
O Ministério da Saúde agradece nesta ocasião o trabalho e empenho dos anteriores titulares destes cargos na AICIB, Teresa Luciano e António Faria Vaz, sublinhando a determinação do Governo português em contribuir para o avanço da ciência e inovação em prol da saúde e bem-estar. Renova-se igualmente a aposta na missão da AICIB enquanto dinamizadora do ecossistema da investigação clínica e do seu desenvolvimento de um modo decisivo, garantindo que o conhecimento produzido em Portugal é colocado ao serviço da assistência aos doentes e da sustentabilidade do setor da saúde no país.
22 de dezembro de 2022
Instituto Ricardo Jorge participa em seminário dedicado ao tema One Health
22-12-2022
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através dos seus departamentos de Doenças Infeciosas (DDI) e de Saúde Ambiental (DSA), participou, dia 11 de novembro, no II seminário One Health, promovido pela Universidade Lusófona e pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa. A participação do INSA foi assegurada por João Paulo Gomes e Elisabete Valério, responsáveis pela Unidade de Bioinformática do DDI e pela área de Biologia Molecular da Unidade de Água e Solos do DSA, respetivamente.
“O que significa ‘One Health’? Perguntem à genómica” foi o título da comunicação proferida por João Paulo Gomes, onde o investigador do INSA explicou importância do conhecimento da sequenciação genética dos microrganismos infeciosos para uma melhor compreensão da relação entre a saúde humana, animal e ambiental.
Por seu lado, inserido na comunicação “Impacto das alterações climáticas na qualidade da água e areias – possíveis efeitos na ‘One health’”, Elisabete Valério apresentou um estudo realizado em areias de praias com indicadores de contaminação fecal elevados. A comunicação abordou também o efeito das alterações climáticas na distribuição de poluentes químicos e microbiológicos.
O estudo apresentado reporta ao verão de 2019, quando foram detetados valores elevados de bactérias indicadoras de contaminação fecal no areal da Prainha, em Angra do Heroísmo. Na altura, as autoridades locais pediram apoio ao INSA no sentido de determinar a fonte biológica da contaminação fecal encontrada, para com essa informação poderem mitigar a contaminação e evitar situações futuras semelhantes.
Entre várias fontes biológicas encontradas (cães, gaivotas e cavalos), concluiu-se que a principal contribuição correspondeu a fezes de canídeos, pelo que se interditou o acesso à praia durante a noite, durante o período de resolução do episódio. Desde então que a areia dessa praia é monitorizada pelo INSA e durante toda a época balnear da Região.
Évora acolhe a terceira edição das “eHealth Sessions” – INSA
22-12-2022
A terceira “eHealth Sessions”, dedicada às questões ligadas às infraestruturas tecnológicas no setor da saúde, realiza-se no próximo dia 28 de dezembro, no Palácio de D. Manuel, em Évora. Promovida pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) e integrada na 5ª edição da eHealth Summit Portugal, que terá lugar em março de 2023, a iniciativa tem como objetivo analisar um tema premente em torno da saúde digital e das soluções digitais para o cidadão.
Com vista a incrementar o diálogo entre os diversos parceiros e especialistas dos setores da tecnologia e da saúde, alinhando o compromisso de encontrar as soluções mais inovadoras e sustentáveis para os cidadãos, o sistema de saúde e os seus profissionais, a “eHealth Sessions” consistirá em duas palestras e um painel de debate em torno de temas como o desenvolvimento regional, a modernização dos postos de trabalho nos Cuidados de Saúde Primários e a criação de um Data Center para a Saúde.
Os trabalhos contarão com a participação do Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, da Presidente do Conselho Diretivo da Administração Regional de Saúde do Alentejo, Maria Filomena Mendes, do Presidente do Conselho de Administração da SPMS, Luís Goes Pinheiro, e do Presidente do Conselho Diretivo da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed), Rui Santos Ivo, bem como de outros dirigentes destas entidades e de especialistas na área dos sistemas de informação.
Este é um dos eventos de lançamento da 5ª edição da eHealth Summit Portugal, que terá lugar em março de 2023, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa. Trata-se da maior cimeira sobre transformação digital da saúde realizada em Portugal e terá como tema “O Futuro Agora”, apostando na valorização do conhecimento tecnológico e científico ao serviço das pessoas. Ao longo dos dois dias de evento, as várias palestras previstas terão a participação de especialistas nacionais e internacionais em matéria de telessaúde, cibersegurança, inteligência artificial, entre outras temáticas relevantes.