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Notícias em 03/02/2023

Despacho n.º 1691-A/2023 – Diário da República n.º 24/2023, 2º Suplemento, Série II de 2023-02-02
Presidência do Conselho de Ministros, Negócios Estrangeiros, Administração Interna, Saúde e Infraestruturas – Gabinetes dos Ministros dos Negócios Estrangeiros, da Administração Interna, da Saúde e das Infraestruturas e do Secretário de Estado dos Assuntos Europeus
Prorroga a vigência do Despacho n.º 301-A/2023, de 6 de janeiro, que determina as medidas aplicáveis em matéria de tráfego aéreo e aeroportos e define os termos e requisitos do respetivo sistema de verificação, bem como a supervisão do seu funcionamento a passageiros de voos provenientes da República Popular da China

Relatório n.º 8 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (23/01/2023 a 29/01/2023) – INSA

03-02-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, dia 26 de janeiro, o Relatório n.º 8 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, que incide sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população. O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

  • Na semana em análise (semana 04 de 2023), observou-se uma redução das temperaturas do ar, abaixo do esperado para esta época do ano;
  • As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (74%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC e pela OMS (75%) para as pessoas com 65 ou mais anos;
  • Foi reportada uma tendência decrescente da atividade gripal epidémica. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (88,3%). Foi reportado um aumento do subtipo A(H1)pdm09 (9,9%);
  • Na região europeia, na semana 03 de 2023, a atividade gripal manteve-se estável (22% de positividade). Ambos os vírus influenza, tipo A e tipo B, foram detetados, com o vírus A(H1)pdm09 a dominar nos sistemas de vigilância sentinela e não sentinela;
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A variante Ómicron BA.5 manteve-se dominante, com diminuição da prevalência da sublinhagem BQ.1;
  • A nível mundial, relativamente aos últimos 28 dias (02 a 29/01/2023), o número de novos casos de COVID-19 diminuiu (-78%) e o número de óbitos aumentou (+65%). As últimas semanas foram dominadas por uma grande onda de casos e óbitos na Região do Pacífico Ocidental, sobretudo na China. A linhagem BA.5 mantém-se dominante;
  • Face à semana 04/2023, observou-se uma diminuição do número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde e um aumento da proporção de consultas por síndrome gripal.;
  • A procura geral do SNS24 diminuiu e a do INEM aumentou, face à semana anterior (03/2023);
  • Verificou-se uma redução das proporções de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal e por infeção respiratória. Os episódios reportados por síndrome gripal corresponderam sobretudo a adultos. A proporção de episódios de urgência por síndrome gripal com destino o internamento também diminuiu;
  • Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), a ocupação de camas dedicadas a COVID-19 aumentou e a proporção de casos com gripe manteve-se estável;
  • Verificou-se uma tendência decrescente do número de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade;
  • A mortalidade geral esteve dentro do esperado para a altura do ano, embora apresente uma tendência crescente. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar do ECDC;
  • Atendendo à redução da temperatura do ar, no âmbito das medidas previstas nos planos de contingência ativados, foi reforçada junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde, a importância de acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo aos mais vulneráveis, como pessoas sem abrigo, e de divulgar as recomendações e informação sobre os abrigos e a sua localização. Foi reforçada ainda a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o frio através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais;
  • Recomenda-se à população que adote medidas de proteção individual contra o frio: evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura; manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa; proteger as extremidades do corpo (mãos e pés); manter-se hidratado; prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou mais isoladas, trabalhadores com atividade no exterior e pessoas sem abrigo); acautelar a prática de atividades no exterior; seguir as recomendações do médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação para doenças crónicas; adotar uma condução defensiva; verificar o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento; manter a casa quente, e se utilizar braseiras ou lareiras, garantir uma adequada ventilação das habitações (renovação do ar); ter especial atenção aos aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação por monóxido de carbono e levar à morte; e desligar os dispositivos de aquecimento ao deitar. As recomendações podem ser consultadas aqui;
  • A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19;
  • Reforça-se a necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde;
  • A atividade dos vírus respiratórios sustenta a comunicação da adoção de medidas de proteção individual pela população, sobretudo com grupos vulneráveis. Mais informação disponível aqui;
  • Recomenda-se manter os planos de contingência ativados e medidas previstas.

Norma nº 021/2011 de 28/09/2011, atualizada a 02/02/2023 – Cuidados Respiratórios Domiciliários: Prescrição de Aerossolterapia por Sistemas de Nebulização – DGS

Norma nº 021/2011 de 28/09/2011, atualizada a 02/02/2023 – Cuidados Respiratórios Domiciliários: Prescrição de Aerossolterapia por Sistemas de Nebulização,


Atualização da Norma sobre Cuidados Respiratórios Domiciliários – DGS

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou uma atualização da Norma nº 021/2011 de 28/09/2011 sobre a aerossolterapia por sistemas de nebulização à luz da disponibilidade de novos dispositivos para prescrição no âmbito dos cuidados respiratórios domiciliários.

Esta Norma revê as indicações clínicas para a utilização prolongada destes dispositivos em ambulatório e vem alargar o acesso dos doentes com Fibrose Quística ao tratamento, nas situações que requerem mais do que um nebulizador.

Atendendo à complexidade dos sistemas de nebulização, a DGS apresenta recomendações práticas de suporte à decisão clínica, de modo a auxiliar a prescrição do dispositivo mais adequado a cada doente.

Perante a diversidade de dispositivos e técnicas associadas, a DGS vem reforçar a importância de capacitar as pessoas que necessitam destes tratamentos durante longos períodos da sua vida, por forma que lhes seja assegurado um acompanhamento frequente e em proximidade.

Nesse sentido, a presente Norma vem recomendar avaliações frequentes da adesão ao tratamento e da execução das técnicas de nebulização, assim como um vasto conjunto de serviços a prestar pelas entidades prestadoras de cuidados técnicos respiratórios domiciliários ao doente e ao cuidador.

Consulte a Norma aqui.

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Portugal ultrapassa meta prevista para 2025 no rastreio do cancro da mama – DGS

O número de utentes convidados a participar nos programas de rastreio oncológico de base populacional (cancro da mama, do colo do útero, e do cólon e reto) registou um aumento expressivo em 2022, em Portugal. No rastreio do cancro da mama já foi ultrapassada a meta europeia para 2025 de 90% de cobertura, tendo sido convidadas 98% das mulheres elegíveis.

Os dados são divulgados hoje – 3 de fevereiro de 2023 -, na sessão comemorativa do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, e constam no relatório de avaliação e monitorização dos rastreios oncológicos organizados de base populacional, elaborado pelo Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção-Geral da Saúde.

Os dados provisórios revelam que em 2022 foram convidadas para rastreio do cancro da mama 773.360 mulheres (655.040 em 2021), das quais 390.767 realizaram uma mamografia, o que representa um acréscimo de 10% face a 2021 (+35.488 rastreios), tendo-se apurado uma taxa de adesão de 51%.

Relativamente ao rastreio do cancro do colo do útero foram convocadas 342.223 mulheres (255.593 em 2021), das quais 321.888 foram rastreadas, o que representa um aumento de 32,2% face a 2021 (+78.340 rastreios) e uma taxa de adesão de 94%.

Quanto ao rastreio do cancro do cólon e reto, foram convidadas 486.140 pessoas (376.703 em 2021), das quais 177.203 foram rastreadas com pesquisa de sangue oculto nas fezes. Neste caso particular regista-se uma quebra de 6,1%, com menos 11.519 rastreios realizados. A taxa de adesão a este rastreio é de 36,5%. A taxa de cobertura por ACeS nos três rastreios oncológicos é de 100% em todo o país.

O número de consultas na área oncológica, em 2021, teve um acréscimo de 12% face a 2019 (600.035 em 2021; 527.820 em 2019), mantendo-se a tendência de crescimento.

Ao nível da cirurgia oncológica, em 2022 registou-se um aumento de 31,5% do número de doentes operados face a 2019, com um total de 64.030 doentes operados (mais 15.354 que em 2019). Estes resultados foram obtidos num momento em que o Serviço Nacional de Saúde registou o maior número de pessoas inscritas para cirurgia – 72.258  (66.744 em 2021) – , e o maior número de operados de sempre – 64.030 em 2022. Este aumento de inscrições parece resultar da retoma da atividade após o período pandémico.

Entre os objetivos do Ministério da Saúde está o acompanhamento dos doentes com a máxima qualidade, para diminuir a mortalidade e aumentar a qualidade de vida dos doentes e dos sobreviventes.

Consulte os relatórios:

Avaliação e Monitorização dos Rastreios Oncológicos organizados de base populacional 2021

Recursos do SNS em Oncologia 2021


Novo Centro de Mama do São João

03/02/2023

Ministro da Saúde inaugurou novas instalações no CHUSJ

O Ministro da Saúde inaugurou esta sexta-feira, 3 de fevereiro, as novas instalações do Centro de Mama do Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), uma unidade quase a completar 15 anos e que é, desde fevereiro do ano passado, um Centro de Responsabilidade Integrado (CRI) do Serviço Nacional de Saúde na resposta à patologia mamária.

“Se fizeram o que fizeram estando alojados em contentores durante mais de uma década, imaginem o que vão fazer daqui para frente”, sublinhou Manuel Pizarro, enaltecendo o investimento feito pela instituição e os resultados alcançados ao longo destes 15 anos, como serem o primeiro e único centro de tratamento do cancro da mama no SNS com certificação clínica europeia (EUSOMA).

O Ministro da Saúde destacou o desempenho do Serviço Nacional de Saúde na resposta à doença oncológica, realçando as taxas de sobrevivência a cinco anos em Portugal acima da média europeia, como revelou um recente relatório europeu.

“O cancro é uma das principais prioridades nacionais para os próximos anos, em Portugal e na União Europeia”, sublinhou Manuel Pizarro. “Diagnosticámos em 2019, o último ano com números fechados, 57 878 casos de cancro em Portugal. Dá-nos bem a dimensão do trabalho imenso que temos para fazer porque felizmente, ao contrário do que acontecia no passado, hoje temos soluções a oferecer à grande maioria dos doentes. Isto é positivo mas é também exigente para o serviço de saúde, por isso temos de otimizar recursos, funcionar em rede e potenciar a resposta para que haja aquilo que só o SNS garante: equidade territorial e social no acesso à inovação tecnológica na área da medicina e da oncologia”.

Na intervenção dirigida aos profissionais e responsáveis do Centro Hospitalar Universitário de São João, o Ministro da Saúde anunciou que, em breve, será apresentada a Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro 2030, centrada no cidadão e estruturada em quatro pilares: Prevenção; Deteção Precoce; Diagnóstico e Tratamento e Sobreviventes.

Melhorar a adesão aos rastreio do cancro do colo do útero e do cancro colorretal, aproximando-os do sucesso do rastreio do cancro da mama, são outros objetivos da tutela, a par do desenvolvimento de projetos-piloto para o alargamento dos rastreios oncológicos ao cancro do pulmão, estômago e próstata. O plano passa por desenvolver esse trabalho ao longo de 2023 e 2024, no quadro das novas recomendações da União Europeia, que propõe como meta 2025.

Manuel Pizarro destacou ainda os resultados do SNS em 2022, ano em que alcançou níveis históricos de atividade, também na área da oncologia. Ao nível da Cirurgia Oncológica, registou-se um aumento de 31,5% do número de doentes operados face a 2019, com um total de 64.030 doentes operados (+15.354 que em 2019). Foram mais 5.860 doentes operados do que no ano anterior (+10,1%).

“O SNS fecha o ano 2022 com muitas dificuldades e problemas, mas sem dúvida nenhuma com uma enorme demonstração da força da sua capacidade de trabalho”, concluiu o Ministro da Saúde.

O Ministro da Saúde anunciou que, em breve, será apresentada a Estratégia Nacional de Luta Contra o Cancro 2030.

Reforço da qualidade da prestação de cuidados

03/02/2023

IPO Lisboa adquire material no valor de 350 mil euros

O Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) arrancou esta semana com um processo de aquisição de equipamentos no valor de 350 mil euros.

O investimento realizado permitirá ao Instituto ganhos em saúde, bem como o reforço da qualidade da prestação de cuidados. Os novos equipamentos serão dirigidos para os Serviços de Pneumologia e Farmacêutico e servirão, respetivamente, para alargar a resposta clínica, ao nível das técnicas endoscópicas de diagnóstico e terapêuticas, e aumentar a eficácia da gestão do medicamento, através da automatização de processos.

Na véspera do Dia Mundial da Luta contra o Cancro, a aquisição destes equipamentos materializa o generoso donativo de uma benemérita do IPO Lisboa.


HVFX com aumento da atividade

03/02/2023

Mês de janeiro com crescimento na prestação de cuidados

A atividade assistencial realizada no Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) apresentou um aumento no primeiro mês de 2023, comparativamente com o mesmo período do ano de 2022.

De acordo com o HVFX, a Consulta Externa teve um aumento de 7,6% em janeiro de 2023, tendo sido realizadas 13.881 consultas, face a 12.300 consultas realizadas no período homólogo.

A Cirurgia Programada teve um aumento de 191 atos cirúrgicos, com um total de 1002 cirurgias realizadas em janeiro de 2023, o que representa um aumento de 23,6% face a janeiro de 2022.

Também os atendimentos no Serviço de Urgência registaram um crescimento de 17,9%, tendo sido realizados 11.195 atendimentos, em comparação com os 9.497 atendimentos realizados em janeiro de 2022. A Urgência Pediátrica foi a que representou um crescimento maior, com 3.855 atendimentos, mais 1.291 atendimentos do que em janeiro de 2022.

As sessões de Hospital de Dia cresceram 4,1% (809) e as sessões de Hemodiálise tiveram um aumento de 16,1%, num total de 621 sessões.

No que se refere a Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica, foram realizados, em janeiro de 2023, 150.049 atos, o que representa um crescimento de 14,4%.

Para saber mais, consulte:

HVFX > Notícias


Aumento da resposta assistencial

03/02/2023

CHEDV com níveis históricos em todas as áreas de atividade

O Centro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga (CHEDV) ultrapassou, em 2022, os níveis máximos históricos em todas as linhas de atividade, superando os níveis de produção alcançados no período anterior à pandemia, nomeadamente os de 2019, onde já se tinham sido superados os máximos de produção.

Em comunicado, o CHEDV referiu ainda que o nível de satisfação dos utentes com os serviços prestados manteve-se em níveis muito elevados, sendo que 45,04% dos utentes classificam a sua experiência com a instituição com a pontuação de 9 ou 10 (numa escala de 0 a 10).

De acordo com o CHEDV, 2022 foi também um ano muito positivo em termos de valorização e diferenciação da resposta assistencial aos doentes da região, com destaque para a qualificação do apoio à urgência, com alargamento da presença de cardiologistas ou a introdução do apoio de gastroenterologistas, com o início da atividade de podologia, com especial destaque para o tratamento dos doentes com Pé Diabético.

Para saber mais, consulte:

CHEDV – https://www.chedv.min-saude.pt/


Dar saúde à vida

03/02/2023

Secretária de Estado destaca importância da prevenção na área da oncologia

A resposta na área da oncologia apresenta indicadores muito positivos em Portugal, mas ainda é preciso melhorar o circuito, desde a fase da prevenção da doença até ao acesso a medicamentos inovadores. A ideia foi partilhada pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, que falava esta sexta-feira, dia 3 de fevereiro, numa sessão organizada pela Direção-Geral da Saúde, através do Programa Nacional para as Doenças Oncológicas, para assinalar a Comemoração do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro.

Na sua intervenção, a Secretária de Estado reforçou que “temos excelentes programas e estratégias”, reconhecendo, ainda assim, que é possível adaptar melhor a implementação do terreno às diferentes realidades nacionais. “Precisamos de reforçar a efetividade do programa e para isso precisamos de mais ferramentas, autonomia, capacidade de adaptação e abrangência”, frisou.

Para Margarida Tavares, a área da Promoção da Saúde é crítica, com Portugal a precisar de “dar mais saúde à vida”, já que a evolução da qualidade de vida não tem acompanhado a sobrevida em igual proporção. “Sem promoção da saúde não há serviço nem sistema que vá conseguir responder às necessidades dos doentes”, asseverou.

A governante elencou alguns desafios para o futuro do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a melhoria das respostas regionais para aumento da equidade da resposta. “Temos de ter uma rede inteligente e de qualidade”, afirmou, sublinhando que “o desafio da Direção Executiva é levar o Serviço Nacional de Saúde de forma mais efetiva e igual a todo o território”.

Sobre a área do medicamento, a Secretária de Estado disse que as novas terapêuticas são cruciais para melhorar os resultados em oncologia, mas lembrou que enfrentamos também o “desafio da sustentabilidade no tratamento” – considerando que esse desafio só pode ser ultrapassado com “a partilha de risco e com uma negociação com uma posição forte do SNS na defesa do interesse dos nossos doentes”.

Margarida Tavares lembrou que a oncologia é uma área muito sensível e que merece uma atenção especial em todas as decisões. Neste contexto, defendeu a importância dos rastreios e comprometeu-se com o seu alargamento, testando, por exemplo, algumas soluções com projetos piloto, mas reforçou que é preciso cautela em alguns dossiers, em que o sofrimento trazido ao doente pode superar eventuais ganhos.

Na sessão foram apresentados os dados da atividade de 2021 e 2022 dos rastreios de base populacional já implementados em Portugal, e o “Relatório do Censos de Recursos em Oncologia 2021”.

Os “Novos Rastreios Oncológicos de Base Populacional” (Cancro do Pulmão, Cancro do Estômago e Cancro da Próstata), preconizados na nova recomendação europeia emitida pelo Conselho da União Europeia em dezembro de 2022, em alinhamento com o Europe´s Beating Cancer Plan, foram outros dos temas da sessão.

O evento contou, ainda, com a participação da Agência de Investigação Clínica e Investigação Biomédica (AICIB), que fez uma apresentação sobre “Investigação em Oncologia”.


Articulação Saúde e Segurança Social

03/02/2023

Mecanismo mais célere dá resposta a utentes que permanecem nos hospitais por motivos sociais

“A dignidade humana é central nas respostas que a sociedade deve dar aos seus cidadãos”, disse o Ministro da Saúde, manifestando satisfação com a criação de uma nova resposta social que resulta da colaboração com setor social e entre setores do governo.

Manuel Pizarro falava na sessão pública de apresentação da portaria que reforça a resposta aos utentes que não precisam de permanecer hospitalizados, mas que necessitam de uma resposta residencial de acolhimento, uma iniciativa que teve lugar quinta-feira, dia 2 de fevereiro, na Residência para Idosos do Centro de Bem Estar Social de Alcanena.

Este reforço na articulação entre a Saúde e a Segurança Social foi firmado na presença do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, da Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e dos secretários de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, e da Inclusão, Ana Sofia Antunes.

A medida garantirá, de forma progressiva, uma resposta mais célere, adequada e segura aos utentes que já não precisam de permanecer hospitalizados mas que necessitam de uma resposta residencial e, ao mesmo tempo, permite maior resolução na gestão do internamento hospitalar, libertando camas para os doentes que precisam de internamento e permitindo que os hospitais e os seus profissionais possam focar-se na missão de responder às necessidades de saúde da população.

O Ministro da Saúde recordou que “os hospitais são sítios bons para se estar quando necessita de cuidados, são sítios maus quando não existe essa necessidade”, referindo-se a razões de foro clínico, como o risco de infeção, a perda de autonomia, ou as feridas de pressão.

De acordo com Manuel Pizarro, apesar de as pessoas em situação de internamento hospitalar desnecessário ocuparem a resposta a outros doentes, “jamais podem ser abandonadas”, salientado que o protocolo cria um “aconchego” para todos os que estão nesta situação.

Na sua intervenção, o governante referiu que apesar de a portaria sair no dia 2 de fevereiro, “o setor social está há muito tempo a aumentar capacidade para receber utentes”. Desde a pandemia, a articulação entre o SNS e a Segurança Social permitiu dar resposta a cerca de 5.800 utentes que permaneciam internados nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde por motivos sociais. Já este ano, só no mês de janeiro, esta rede de vagas permitiu acolher 155 utentes, libertando o correspondente número de vagas nos hospitais.

A par da assinatura desta Portaria, estão a ser ultimadas medidas que reforçam a conjugação das respostas do setor social com as respostas do setor da saúde, tais como o alargamento do serviço Balcão SNS24 às estruturas sociais e solidárias para pessoas em situação de dependência, e a criação na Linha SNS24 de um serviço de atendimento e de resposta médica para populações mais vulneráveis, salvaguardando assim a saúde, o bem-estar e o conforto da pessoa idosa e dependente.

Para saber mais, consulte:

Portaria n.º 38-A/2023
Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e Saúde
Estabelece os termos e condições em que é efetuada a articulação interinstitucional, para efeitos de referenciação e acompanhamento de pessoas que, por motivos sociais, permanecem internadas após a alta clínica, em hospital do Serviço Nacional de Saúde (SNS), através do recurso a um acolhimento temporário e transitório em resposta social


Prevenir acidentes com bicicletas e trotinetas

03/02/2023

CHULC e Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária assinam protocolo

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) e a Autoridade Nacional de Segurança (ANSR) assinaram esta sexta-feira, dia 3 de fevereiro, um protocolo de cooperação para melhorar a informação relativa aos acidentes envolvendo os utilizadores de velocípedes e equiparados, nomeadamente trotinetas com motor.

No âmbito deste protocolo, o CHULC irá fornecer dados detalhados destes utilizadores, nomeadamente a idade, género, grau da gravidade das lesões, traumas sofridos, local do acidente, veículos intervenientes, entre outros, que irão permitir à ANSR, em complemento dos dados recolhidos pelas forças de segurança, aprofundar o conhecimento sobre a sinistralidade associada a estes veículos e desenvolver as medidas mais adequadas.

Para saber mais, consulte:

CHULC – https://www.chlc.min-saude.pt/


Dia Mundial de Luta Contra o Cancro

03/02/2023

Data assinala no dia 4 de fevereiro e visa sensibilizar para a doença

Assinala-se no sábado, dia 4 de fevereiro, o Dia Mundial de Luta Contra o Cancro, uma data instituída em 2000 pela União Internacional de Controlo do Cancro.

Esta data tem como objetivo sensibilizar a população para esta doença, bem como melhorar a educação e promover a ação pessoal e coletiva na luta contra o cancro.

Entre 2022 e 2024 esta efeméride tem como tema «Close the Care Gap – Por cuidados mais justos». Trata-se de uma campanha que, durante três anos, visa lembrar que o acesso a diagnóstico precoce e a tratamentos oncológicos salvam vidas e que este acesso deve ser igual para todos, independentemente do nível de instrução, rendimento ou o local de residência.

A incidência de cancro tende a aumentar em todo o mundo, morrendo anualmente cerca de 10 milhões de pessoas. No entanto, mais de um terço dos casos de cancro pode ser evitado. Outro terço pode ser curado se detetado precocemente e tratado adequadamente.

Para saber mais, consulte:

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