Dia 6 de fevereiro de 2023 – Dia da Tolerância Zero à mutilação Genital Feminina – DGS
A Mutilação Genital feminina, que envolve a alteração ou lesão dos genitais femininos sem qualquer razão médica, pode causar complicações de saúde, incluindo infeção grave, dor crónica, depressão, infertilidade e morte. Reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos, as suas origens não são claras, mas tem sido praticada pelas sociedades ao longo dos tempos.
Entre janeiro e dezembro de 2022, foram efetuados 190 registos de Mutilação Genital Feminina na plataforma Registo de Saúde Eletrónico (RSE-AP), tendo-se registado um aumento de 27,4% em relação ao período homólogo anterior. Desde 2014, foram registados um total de 853 casos em Portugal. Dos 190 casos de Mutilação Genital Feminina, foi registada a intervenção dos profissionais de saúde, em 84,2% (160) dos casos, no âmbito do esclarecimento dos direitos da mulher numa perspetiva educativa e preventiva.
Estes dados integram a “Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina – Ano de 2022”, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje, Dia da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Neste dia, a DGS associa-se a todas as mulheres e meninas submetidas à Mutilação Genital Feminina que vivem em Portugal.
Associa-se também a todos e todas que continuam ativamente a trabalhar para a eliminação desta prática e que mantêm o interesse por esta problemática.
Com o sentido de melhorar a caracterização e o conhecimento sobre esta prática (mutilação genital/corte) em Portugal, a DGS produziu a “Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina, referente ao ano de 2022”. Com esta publicação pretende-se disponibilizar dados importantes que contribuam para a reflexão de todos os profissionais e demais interessados no tema, trabalhando em prol de investigar, sinalizar necessidades e eliminar a prática.
Consulte aqui a Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina – Ano de 2022
Nota: A Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina, referente aos registos de Mutilação Genital Feminina no ano de 2022, foi elaborada pela Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, da DGS, com a análise dos casos introduzidos no portal “Registo de Saúde Eletrónico – Apoio ao Profissional” (RSE- AP).
DGS participou na Conferência do Tejo sobre 3.º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Departamento da Qualidade na Saúde (DQS), participou na sessão de abertura da 3.ª Conferência do Tejo, no âmbito do 3.º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 3. Saúde de Qualidade) das Nações Unidas, que decorreu no Auditorium da Startup do Barreiro, a 26 de janeiro de 2023.
Carla Pereira, Chefe de Divisão de Planeamento e Melhoria da Qualidade, referiu que a DGS através da sua missão e valores está comprometida com o ODS 3, que tem como propósito “garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos em todas as idades”.
Neste sentido, a DGS desenvolveu nos últimos anos um conjunto de atividades através de ações de Saúde Pública, do Plano Nacional de Saúde, dos Programas de Saúde, dos Programas de Saúde Prioritários, da Prevenção da Violência ao longo do Ciclo de Vida e da Qualidade e Segurança, entre outros.
No âmbito da Qualidade e Segurança, Carla Pereira destacou a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020, que teve como principal missão potenciar e reconhecer a qualidade e a segurança da prestação de cuidados de saúde, garantindo os direitos dos cidadãos na sua relação com o sistema de saúde. O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026, que tem por objetivo promover e consolidar a segurança na prestação de cuidados de saúde, foi também abordado na intervenção.
Durante a sessão, Carla Pereira acrescentou ainda que para melhorar continuamente a qualidade no setor da saúde, os cuidados devem ser efetivos, equitativos, seguros e prestados no momento adequado, a utilização dos recursos eficiente, e devem satisfazer os cidadãos correspondendo às suas necessidades e expectativas.
Esta conferência integrou um ciclo de conferências promovida pela StartUp Barreiro e pelos Territórios Criativos, e contou com a participação de especialistas de referência, com o objetivo de sensibilizar a audiência para as questões relacionadas com a sustentabilidade.
Ricardo Mestre visitou projeto pioneiro no Algarve que aproxima cuidados de saúde primários dos cidadãos.
Uma unidade de Raio X portátil, facilmente transportável numa viatura ligeira, que permite fazer diagnóstico por imagem aos utentes da região do Algarve, que estejam institucionalizados, com mobilidade condicionada ou sem mobilidade. Este é um dos serviços de proximidade disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde que Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, teve oportunidade de conhecer no Centro de Saúde de Olhão, no âmbito do programa “Saúde Aberta”, cuja primeira edição foi dedicada aos municípios do Algarve.
Este equipamento pioneiro integra o projeto “Radiologia na Comunidade” e garante o acesso inclusivo dos utentes a um serviço de radiologia sem exigir deslocações a uma unidade de saúde, com serviço de radiologia fixo, tendo em conta toda a logística associada ao transporte destes utentes e familiares.
O Secretário de Estado salientou que este serviço, “ao levar o Raio X a casa dos utentes, reforça as respostas de proximidade melhorando significativamente a capacidade e a qualidade dos cuidados prestados aos utentes da região”.
Ao mesmo tempo, a unidade portátil de Raio X garante mais conforto e comodidade aos utentes na realização de exames de radiologia, mas também contribui para a satisfação dos profissionais de saúde, uma vez que os exames são imediatamente disponibilizados ao médico numa plataforma digital, permitindo ainda comparar o exame radiológico com outro realizado anteriormente.
Esta solução representa uma resposta fundamental na luta contra doenças respiratórias que podem ocorrer em instituições de âmbito comunitário, como estruturas residenciais para pessoas idosas ou nos casos de internamento domiciliário.
A iniciativa Saúde Aberta, do Ministério da Saúde, arrancou a 23 de janeiro, no Algarve. O Ministro da Saúde, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde e o Secretário de Estado da Saúde percorreram a totalidade dos concelhos do Algarve para conhecer as unidades e investimentos em curso e dialogar com a população, profissionais de saúde, órgãos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e autarcas.
Hospital abre unidade para tratamento de feridas complexas.
O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, abriu uma unidade de tratamento de feridas complexas. De acordo com o HAJC, no país são «cinco os enfermeiros portugueses com certificação internacional» nesta especialidade, três dos quais integram esta nova unidade.
A ferida complexa traduz-se numa «falha no processo de cicatrização onde se incluem, por exemplo, úlceras por pressão, úlceras de perna, pé diabético e feridas oncológicas. Feridas que, pela sua complexidade e custos associados, carregam implicações muito negativas na qualidade de vida do doente e família», refere o HAJC.
Nas unidades de internamento do HAJC, o núcleo de prevenção e tratamento de feridas complexas já atuava no acompanhamento e tratamento destas patologias e, agora, com a criação desta unidade em regime de ambulatório, passa a ser prestado um serviço que constitui, nas palavras do enfermeiro diretor Artur Carvalhinho, «uma mais-valia na melhoria dos cuidados prestados e um importante contributo para a comunidade com elevados ganhos em saúde».
Esta iniciativa surgiu para dar resposta às necessidades de uma população cada vez mais envelhecida, com «maior probabilidade de sofrer uma ferida complexa e indo de encontro aos eixos estratégico da instituição, que tem como missão ser um hospital de proximidade e “Amigo dos Mais Velhos”», refere Artur Carvalhinho.
O HAJC possui vários profissionais com formação avançada no tratamento de feridas, sendo que os três que integram a unidade foram recentemente certificados com o título de “Expert” no cuidado de Úlceras Por Pressão e Feridas Crónicas pelo Grupo Nacional para el Estudio y Asesoramiento en Úlceras por Presión y Heridas Crónicas em Logroño, Espanha.
Para saber mais, consulte:
Formação destina-se profissionais dos Cuidados de Saúde Primários.
O auditório do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) vai acolher, no dia 19 de maio, a sexta edição do Curso de Gastrenterologia Oncológica, uma iniciativa que se destina a médicos e enfermeiros da área dos Cuidados de Saúde Primários.
Divulgar as recomendações atuais em torno de problemas clínicos da gastrenterologia oncológica e da endoscopia digestiva, bem como promover a discussão de casos clínicos e a interação entre gastrenterologistas do IPO Lisboa e colegas especialistas em medicina geral e familiar é o principal objetivo deste encontro.
Isabel Claro, diretora do Serviço de Gastrenterologia do IPO Lisboa, explica que «as neoplasias digestivas são muito frequentes, sendo uma causa major de mortalidade. A implementação de estratégias que visem a sua prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para a alteração desta realidade. De igual modo, a correta abordagem diagnóstica e terapêutica tem impacto na esperança e qualidade de vida dos doentes. Neste contexto, a integração entre os cuidados primários e hospitalares assume grande relevo e justifica a importância deste curso».
Este curso resulta de uma iniciativa conjunta dos Serviços de Gastrenterologia dos três Institutos Portugueses de Oncologia, tendo a primeira edição decorrido em 2015.
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa > Gastrenterologia para médicos de família
Solução imediata e temporária permite que utentes sem médico de família marquem consulta via telefone
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Almada-Seixal dispõe de um modelo inovador de saúde que permite responder aos utentes que não tem médico de família. Os utentes podem marcar consulta pelo telefone numa unidade que disponibiliza médicos e enfermeiros especialistas.
A Via Verde Seixal, criada há um ano, faz 150 consultas diárias, das 08:00 às 20:00, servindo 45 mil utentes sem médico de família atribuído. Ao mesmo tempo, foi também criada a Via Verde Almada, uma “gémea” de menor dimensão que atende 17 mil utentes. Ambas as unidades pertencem ao ACeS Almada-Seixal.
Alexandra Fernandes, que ao longo de 25 anos foi médica de família na unidade de saúde familiar de Fernão Ferro, é a coordenadora da Via Verde Seixal, localizada em Santa Marta do Pinhal (freguesia de Corroios), e uma das criadoras do projeto inovador que recebeu uma menção honrosa no Prémio Boas Práticas em Saúde e foi recentemente apontado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, como modelo a replicar. É com emoção e uma energia contagiante que fala de um projeto que considera poder ser uma solução imediata e temporária para a carência de médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar no concelho do Seixal, no distrito de Setúbal, tal como em todo o país.
Foi o inconformismo dos profissionais de saúde com anos de experiência em unidades de saúde familiar que fez nascer o modelo e no qual participam médicos e enfermeiros de outras unidades. “Com o entusiasmo de mais três ou quatro profissionais de unidades de saúde familiar do concelho, nomeadamente enfermeiras e uma colega minha também assistente graduada sénior, propusemos ao nosso ACES a criação de unidades fora do habitual às quais chamámos projetos Via Verde saúde”, explicou.
No modelo habitual de organização, a cada equipa de família (médico e enfermeiro) é atribuída uma lista de 1.650 a 2.000 utentes, mas neste modelo existe uma equipa fixa que serve a totalidade dos utentes. A intenção foi permitir prestar os melhores cuidados de saúde possíveis com os recursos humanos e materiais disponíveis, num contexto de carência de médicos de família.
Já estiveram em pavilhões pré-fabricados cedidos pela autarquia, mas hoje prestam cuidados num edifício novo, com 16 gabinetes onde são atendidos utentes de 90 nacionalidades.
Com Alexandra Fernandes está também desde o início a enfermeira especialista Olívia Matos, uma profissional que fez também a sua carreira na Unidade de Saúde Familiar de Fernão Ferro. “A grande motivação foi pensar que poderíamos contribuir para uma resposta e em termos de enfermagem este é um projeto muito interessante, um desafio, porque todos os dias chegam novos utentes e uma população muito jovem”, disse.
José Lourenço, da Comissão de Utentes do Seixal, reconhece a mais-valia do serviço, mas chama a atenção para a necessidade de fixar os profissionais, até porque os médicos que aqui prestam serviço auferem menos do que os que estão numa unidade de saúde familiar.
Entre as 09:00 e as 13:30, as consultas podem ser marcadas através do 963 739 496, um número que é desligado diariamente após o preenchimento de todas as vagas do dia.
Equipa Comunitária de Saúde Mental de Portalegre com nova viatura.
A Equipa Comunitária de Saúde Mental da população adulta, inserida na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), recebeu uma nova carrinha, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Estão já em atividade oito viaturas, estando prevista a entrega de mais uma viatura. Encontra-se, ainda, a decorrer um processo de aquisição para mais 11 veículos.
Para o Governo, a área da saúde mental é prioritária no âmbito do PRR, estando inscritos 88 milhões de euros de investimento público. A constituição de equipas comunitárias de saúde mental é um dos grandes objetivos do Ministério da Saúde, que prevê a criação de 40 equipas até ao final da implementação do PRR.
Para o ano de 2023, as Equipas Comunitárias de Saúde Mental serão definidas ainda durante o primeiro trimestre.
Para saber mais, consulte:
ULSNA – https://www.ulsna.min-saude.pt/
“Em 2022, assistimos a uma notável recuperação da atividade assistencial. É a maior atividade assistencial da sua história, mesmo comparando com o maior número anteriormente alcançado em 2019”, afirmou o Ministro da Saúde no Parlamento, no dia 1 de fevereiro, apresentado os resultados do SNS em 2022 durante o debate sobre o Estatuto do SNS requerido pelas bancadas do PSD e do Chega.
Nos hospitais do SNS “foi batido o recorde” das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%, afirmou Manuel Pizarro. Foi a primeira vez que o Serviço Nacional de Saúde fez mais de 750 mil cirurgias num ano.
Nos hospitais foi igualmente batido o anterior recorde de consultas médicas de especialidade, com 12 770 747 consultas, um aumento de 3% face a 2021, o melhor ano até aqui. No total foram mais 346 mil consultas. Comparando com 2015, hoje são feitas mais 770 mil consultas por ano nos hospitais do SNS do que há sete anos, um aumento de 6,4%.
Já ao nível dos cuidados de saúde primários, Manuel Pizarro avançou que o número de consultas presenciais aumentou, entre 2021 e 2022, 19%. As consultas presenciais aumentaram de 14.557.007 em 2021 para 17 271 186 em 2022 (+18%), registando-se uma diminuição dos atendimentos não presenciais que atingiram níveis recorde durante a pandemia mas que continuam hoje dar resposta à distância a mais situações, mantendo-se ainda acima dos níveis pré-pandémicos. Em 2022 foram feitas 16 milhões de consultas não presenciais, o que compara com 9,2 milhões em 2019.
No total, realizaram-se nos Cuidados de Saúde Primários 34 543 935 consultas médicas, mais 3 milhões (+9,4%) do que em 2019 e mais 4 milhões (+13,4%) do que em 2015.
Contabilizando as consultas nos hospitais e cuidados primários e também os episódios nas urgências, o SNS garantiu, em 2022, mais de 53,5 milhões de atendimentos.
Dia 6 de fevereiro de 2023 – Dia da Tolerância Zero à mutilação Genital Feminina – DGS
A Mutilação Genital feminina, que envolve a alteração ou lesão dos genitais femininos sem qualquer razão médica, pode causar complicações de saúde, incluindo infeção grave, dor crónica, depressão, infertilidade e morte. Reconhecida internacionalmente como uma violação dos direitos humanos, as suas origens não são claras, mas tem sido praticada pelas sociedades ao longo dos tempos.
Entre janeiro e dezembro de 2022, foram efetuados 190 registos de Mutilação Genital Feminina na plataforma Registo de Saúde Eletrónico (RSE-AP), tendo-se registado um aumento de 27,4% em relação ao período homólogo anterior. Desde 2014, foram registados um total de 853 casos em Portugal. Dos 190 casos de Mutilação Genital Feminina, foi registada a intervenção dos profissionais de saúde, em 84,2% (160) dos casos, no âmbito do esclarecimento dos direitos da mulher numa perspetiva educativa e preventiva.
Estes dados integram a “Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina – Ano de 2022”, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje, Dia da Tolerância Zero à Mutilação Genital Feminina. Neste dia, a DGS associa-se a todas as mulheres e meninas submetidas à Mutilação Genital Feminina que vivem em Portugal.
Associa-se também a todos e todas que continuam ativamente a trabalhar para a eliminação desta prática e que mantêm o interesse por esta problemática.
Com o sentido de melhorar a caracterização e o conhecimento sobre esta prática (mutilação genital/corte) em Portugal, a DGS produziu a “Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina, referente ao ano de 2022”. Com esta publicação pretende-se disponibilizar dados importantes que contribuam para a reflexão de todos os profissionais e demais interessados no tema, trabalhando em prol de investigar, sinalizar necessidades e eliminar a prática.
Consulte aqui a Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina – Ano de 2022
Nota: A Atualização dos Registos de Mutilação Genital Feminina, referente aos registos de Mutilação Genital Feminina no ano de 2022, foi elaborada pela Divisão de Saúde Sexual, Reprodutiva, Infantil e Juvenil, da DGS, com a análise dos casos introduzidos no portal “Registo de Saúde Eletrónico – Apoio ao Profissional” (RSE- AP).
DGS participou na Conferência do Tejo sobre 3.º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável da ONU
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Departamento da Qualidade na Saúde (DQS), participou na sessão de abertura da 3.ª Conferência do Tejo, no âmbito do 3.º Objetivo do Desenvolvimento Sustentável (ODS 3. Saúde de Qualidade) das Nações Unidas, que decorreu no Auditorium da Startup do Barreiro, a 26 de janeiro de 2023.
Carla Pereira, Chefe de Divisão de Planeamento e Melhoria da Qualidade, referiu que a DGS através da sua missão e valores está comprometida com o ODS 3, que tem como propósito “garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos em todas as idades”.
Neste sentido, a DGS desenvolveu nos últimos anos um conjunto de atividades através de ações de Saúde Pública, do Plano Nacional de Saúde, dos Programas de Saúde, dos Programas de Saúde Prioritários, da Prevenção da Violência ao longo do Ciclo de Vida e da Qualidade e Segurança, entre outros.
No âmbito da Qualidade e Segurança, Carla Pereira destacou a Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde 2015-2020, que teve como principal missão potenciar e reconhecer a qualidade e a segurança da prestação de cuidados de saúde, garantindo os direitos dos cidadãos na sua relação com o sistema de saúde. O Plano Nacional para a Segurança dos Doentes 2021-2026, que tem por objetivo promover e consolidar a segurança na prestação de cuidados de saúde, foi também abordado na intervenção.
Durante a sessão, Carla Pereira acrescentou ainda que para melhorar continuamente a qualidade no setor da saúde, os cuidados devem ser efetivos, equitativos, seguros e prestados no momento adequado, a utilização dos recursos eficiente, e devem satisfazer os cidadãos correspondendo às suas necessidades e expectativas.
Esta conferência integrou um ciclo de conferências promovida pela StartUp Barreiro e pelos Territórios Criativos, e contou com a participação de especialistas de referência, com o objetivo de sensibilizar a audiência para as questões relacionadas com a sustentabilidade.
Ricardo Mestre visitou projeto pioneiro no Algarve que aproxima cuidados de saúde primários dos cidadãos.
Uma unidade de Raio X portátil, facilmente transportável numa viatura ligeira, que permite fazer diagnóstico por imagem aos utentes da região do Algarve, que estejam institucionalizados, com mobilidade condicionada ou sem mobilidade. Este é um dos serviços de proximidade disponibilizados pelo Serviço Nacional de Saúde que Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, teve oportunidade de conhecer no Centro de Saúde de Olhão, no âmbito do programa “Saúde Aberta”, cuja primeira edição foi dedicada aos municípios do Algarve.
Este equipamento pioneiro integra o projeto “Radiologia na Comunidade” e garante o acesso inclusivo dos utentes a um serviço de radiologia sem exigir deslocações a uma unidade de saúde, com serviço de radiologia fixo, tendo em conta toda a logística associada ao transporte destes utentes e familiares.
O Secretário de Estado salientou que este serviço, “ao levar o Raio X a casa dos utentes, reforça as respostas de proximidade melhorando significativamente a capacidade e a qualidade dos cuidados prestados aos utentes da região”.
Ao mesmo tempo, a unidade portátil de Raio X garante mais conforto e comodidade aos utentes na realização de exames de radiologia, mas também contribui para a satisfação dos profissionais de saúde, uma vez que os exames são imediatamente disponibilizados ao médico numa plataforma digital, permitindo ainda comparar o exame radiológico com outro realizado anteriormente.
Esta solução representa uma resposta fundamental na luta contra doenças respiratórias que podem ocorrer em instituições de âmbito comunitário, como estruturas residenciais para pessoas idosas ou nos casos de internamento domiciliário.
A iniciativa Saúde Aberta, do Ministério da Saúde, arrancou a 23 de janeiro, no Algarve. O Ministro da Saúde, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde e o Secretário de Estado da Saúde percorreram a totalidade dos concelhos do Algarve para conhecer as unidades e investimentos em curso e dialogar com a população, profissionais de saúde, órgãos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e autarcas.
HAJC com nova valência
Hospital abre unidade para tratamento de feridas complexas.
O Hospital Arcebispo João Crisóstomo (HAJC), em Cantanhede, abriu uma unidade de tratamento de feridas complexas. De acordo com o HAJC, no país são «cinco os enfermeiros portugueses com certificação internacional» nesta especialidade, três dos quais integram esta nova unidade.
A ferida complexa traduz-se numa «falha no processo de cicatrização onde se incluem, por exemplo, úlceras por pressão, úlceras de perna, pé diabético e feridas oncológicas. Feridas que, pela sua complexidade e custos associados, carregam implicações muito negativas na qualidade de vida do doente e família», refere o HAJC.
Nas unidades de internamento do HAJC, o núcleo de prevenção e tratamento de feridas complexas já atuava no acompanhamento e tratamento destas patologias e, agora, com a criação desta unidade em regime de ambulatório, passa a ser prestado um serviço que constitui, nas palavras do enfermeiro diretor Artur Carvalhinho, «uma mais-valia na melhoria dos cuidados prestados e um importante contributo para a comunidade com elevados ganhos em saúde».
Esta iniciativa surgiu para dar resposta às necessidades de uma população cada vez mais envelhecida, com «maior probabilidade de sofrer uma ferida complexa e indo de encontro aos eixos estratégico da instituição, que tem como missão ser um hospital de proximidade e “Amigo dos Mais Velhos”», refere Artur Carvalhinho.
O HAJC possui vários profissionais com formação avançada no tratamento de feridas, sendo que os três que integram a unidade foram recentemente certificados com o título de “Expert” no cuidado de Úlceras Por Pressão e Feridas Crónicas pelo Grupo Nacional para el Estudio y Asesoramiento en Úlceras por Presión y Heridas Crónicas em Logroño, Espanha.
Para saber mais, consulte:
Curso de Gastrenterologia Oncológica
Formação destina-se profissionais dos Cuidados de Saúde Primários.
O auditório do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) vai acolher, no dia 19 de maio, a sexta edição do Curso de Gastrenterologia Oncológica, uma iniciativa que se destina a médicos e enfermeiros da área dos Cuidados de Saúde Primários.
Divulgar as recomendações atuais em torno de problemas clínicos da gastrenterologia oncológica e da endoscopia digestiva, bem como promover a discussão de casos clínicos e a interação entre gastrenterologistas do IPO Lisboa e colegas especialistas em medicina geral e familiar é o principal objetivo deste encontro.
Isabel Claro, diretora do Serviço de Gastrenterologia do IPO Lisboa, explica que «as neoplasias digestivas são muito frequentes, sendo uma causa major de mortalidade. A implementação de estratégias que visem a sua prevenção e diagnóstico precoce são fundamentais para a alteração desta realidade. De igual modo, a correta abordagem diagnóstica e terapêutica tem impacto na esperança e qualidade de vida dos doentes. Neste contexto, a integração entre os cuidados primários e hospitalares assume grande relevo e justifica a importância deste curso».
Este curso resulta de uma iniciativa conjunta dos Serviços de Gastrenterologia dos três Institutos Portugueses de Oncologia, tendo a primeira edição decorrido em 2015.
Para saber mais, consulte:
IPO Lisboa > Gastrenterologia para médicos de família
Modelo inovador no Seixal
Solução imediata e temporária permite que utentes sem médico de família marquem consulta via telefone
O Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Almada-Seixal dispõe de um modelo inovador de saúde que permite responder aos utentes que não tem médico de família. Os utentes podem marcar consulta pelo telefone numa unidade que disponibiliza médicos e enfermeiros especialistas.
A Via Verde Seixal, criada há um ano, faz 150 consultas diárias, das 08:00 às 20:00, servindo 45 mil utentes sem médico de família atribuído. Ao mesmo tempo, foi também criada a Via Verde Almada, uma “gémea” de menor dimensão que atende 17 mil utentes. Ambas as unidades pertencem ao ACeS Almada-Seixal.
Alexandra Fernandes, que ao longo de 25 anos foi médica de família na unidade de saúde familiar de Fernão Ferro, é a coordenadora da Via Verde Seixal, localizada em Santa Marta do Pinhal (freguesia de Corroios), e uma das criadoras do projeto inovador que recebeu uma menção honrosa no Prémio Boas Práticas em Saúde e foi recentemente apontado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, como modelo a replicar. É com emoção e uma energia contagiante que fala de um projeto que considera poder ser uma solução imediata e temporária para a carência de médicos especialistas em Medicina Geral e Familiar no concelho do Seixal, no distrito de Setúbal, tal como em todo o país.
Foi o inconformismo dos profissionais de saúde com anos de experiência em unidades de saúde familiar que fez nascer o modelo e no qual participam médicos e enfermeiros de outras unidades. “Com o entusiasmo de mais três ou quatro profissionais de unidades de saúde familiar do concelho, nomeadamente enfermeiras e uma colega minha também assistente graduada sénior, propusemos ao nosso ACES a criação de unidades fora do habitual às quais chamámos projetos Via Verde saúde”, explicou.
No modelo habitual de organização, a cada equipa de família (médico e enfermeiro) é atribuída uma lista de 1.650 a 2.000 utentes, mas neste modelo existe uma equipa fixa que serve a totalidade dos utentes. A intenção foi permitir prestar os melhores cuidados de saúde possíveis com os recursos humanos e materiais disponíveis, num contexto de carência de médicos de família.
Já estiveram em pavilhões pré-fabricados cedidos pela autarquia, mas hoje prestam cuidados num edifício novo, com 16 gabinetes onde são atendidos utentes de 90 nacionalidades.
Com Alexandra Fernandes está também desde o início a enfermeira especialista Olívia Matos, uma profissional que fez também a sua carreira na Unidade de Saúde Familiar de Fernão Ferro. “A grande motivação foi pensar que poderíamos contribuir para uma resposta e em termos de enfermagem este é um projeto muito interessante, um desafio, porque todos os dias chegam novos utentes e uma população muito jovem”, disse.
José Lourenço, da Comissão de Utentes do Seixal, reconhece a mais-valia do serviço, mas chama a atenção para a necessidade de fixar os profissionais, até porque os médicos que aqui prestam serviço auferem menos do que os que estão numa unidade de saúde familiar.
Entre as 09:00 e as 13:30, as consultas podem ser marcadas através do 963 739 496, um número que é desligado diariamente após o preenchimento de todas as vagas do dia.
Investimento ao abrigo do PRR
Equipa Comunitária de Saúde Mental de Portalegre com nova viatura.
A Equipa Comunitária de Saúde Mental da população adulta, inserida na Unidade Local de Saúde do Norte Alentejano (ULSNA), recebeu uma nova carrinha, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Estão já em atividade oito viaturas, estando prevista a entrega de mais uma viatura. Encontra-se, ainda, a decorrer um processo de aquisição para mais 11 veículos.
Para o Governo, a área da saúde mental é prioritária no âmbito do PRR, estando inscritos 88 milhões de euros de investimento público. A constituição de equipas comunitárias de saúde mental é um dos grandes objetivos do Ministério da Saúde, que prevê a criação de 40 equipas até ao final da implementação do PRR.
Para o ano de 2023, as Equipas Comunitárias de Saúde Mental serão definidas ainda durante o primeiro trimestre.
Para saber mais, consulte:
ULSNA – https://www.ulsna.min-saude.pt/
SNS com recorde de atividade hospitalar
“Em 2022, assistimos a uma notável recuperação da atividade assistencial. É a maior atividade assistencial da sua história, mesmo comparando com o maior número anteriormente alcançado em 2019”, afirmou o Ministro da Saúde no Parlamento, no dia 1 de fevereiro, apresentado os resultados do SNS em 2022 durante o debate sobre o Estatuto do SNS requerido pelas bancadas do PSD e do Chega.
Nos hospitais do SNS “foi batido o recorde” das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%, afirmou Manuel Pizarro. Foi a primeira vez que o Serviço Nacional de Saúde fez mais de 750 mil cirurgias num ano.
Nos hospitais foi igualmente batido o anterior recorde de consultas médicas de especialidade, com 12 770 747 consultas, um aumento de 3% face a 2021, o melhor ano até aqui. No total foram mais 346 mil consultas. Comparando com 2015, hoje são feitas mais 770 mil consultas por ano nos hospitais do SNS do que há sete anos, um aumento de 6,4%.
Já ao nível dos cuidados de saúde primários, Manuel Pizarro avançou que o número de consultas presenciais aumentou, entre 2021 e 2022, 19%. As consultas presenciais aumentaram de 14.557.007 em 2021 para 17 271 186 em 2022 (+18%), registando-se uma diminuição dos atendimentos não presenciais que atingiram níveis recorde durante a pandemia mas que continuam hoje dar resposta à distância a mais situações, mantendo-se ainda acima dos níveis pré-pandémicos. Em 2022 foram feitas 16 milhões de consultas não presenciais, o que compara com 9,2 milhões em 2019.
No total, realizaram-se nos Cuidados de Saúde Primários 34 543 935 consultas médicas, mais 3 milhões (+9,4%) do que em 2019 e mais 4 milhões (+13,4%) do que em 2015.
Contabilizando as consultas nos hospitais e cuidados primários e também os episódios nas urgências, o SNS garantiu, em 2022, mais de 53,5 milhões de atendimentos.
SNS com recorde de atividade hospitalar
“Em 2022, assistimos a uma notável recuperação da atividade assistencial. É a maior atividade assistencial da sua história, mesmo comparando com o maior número anteriormente alcançado em 2019”, afirmou o Ministro da Saúde no Parlamento, no dia 1 de fevereiro, apresentado os resultados do SNS em 2022 durante o debate sobre o Estatuto do SNS requerido pelas bancadas do PSD e do Chega.
Nos hospitais do SNS “foi batido o recorde” das consultas médicas, com um total 12.770.000 em 2022, e foram feitas 758.313 cirurgias, um aumento de 7%, afirmou Manuel Pizarro. Foi a primeira vez que o Serviço Nacional de Saúde fez mais de 750 mil cirurgias num ano.
Nos hospitais foi igualmente batido o anterior recorde de consultas médicas de especialidade, com 12 770 747 consultas, um aumento de 3% face a 2021, o melhor ano até aqui. No total foram mais 346 mil consultas. Comparando com 2015, hoje são feitas mais 770 mil consultas por ano nos hospitais do SNS do que há sete anos, um aumento de 6,4%.
Já ao nível dos cuidados de saúde primários, Manuel Pizarro avançou que o número de consultas presenciais aumentou, entre 2021 e 2022, 19%. As consultas presenciais aumentaram de 14.557.007 em 2021 para 17 271 186 em 2022 (+18%), registando-se uma diminuição dos atendimentos não presenciais que atingiram níveis recorde durante a pandemia mas que continuam hoje dar resposta à distância a mais situações, mantendo-se ainda acima dos níveis pré-pandémicos. Em 2022 foram feitas 16 milhões de consultas não presenciais, o que compara com 9,2 milhões em 2019.
No total, realizaram-se nos Cuidados de Saúde Primários 34 543 935 consultas médicas, mais 3 milhões (+9,4%) do que em 2019 e mais 4 milhões (+13,4%) do que em 2015.
Contabilizando as consultas nos hospitais e cuidados primários e também os episódios nas urgências, o SNS garantiu, em 2022, mais de 53,5 milhões de atendimentos.
Conselho Local do Baixo Alentejo já iniciou atividade.
O Conselho Local de Saúde Mental do Baixo Alentejo realizou, no dia 2 de fevereiro, a sua primeira reunião, com a tomada de posse dos representantes das diversas entidades que o compõem, a apreciação do regulamento interno e a apresentação dos recursos da saúde mental no Baixo Alentejo.
Este é o primeiro Conselho Local de Saúde Mental a iniciar atividade em todo o país. É presidido por Paulo Arsénio, designado pela Comunidade Intermunicipal do Baixo Alentejo (CIMBAL) e composto por representantes dos municípios e de diversas entidades do território.
Trata-se de um órgão consultivo, que tem como missão emitir pareceres sobre os planos e relatórios de atividades do respetivo serviço local de saúde mental, assim como a apresentação de propostas para melhoria do seu funcionamento.