Relatório n.º 9 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (30/01/2023 a 05/02/2023) – INSA
13-02-2023
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou, dia 9 de fevereiro, o Relatório n.º 9 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, que incide sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população. O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os pontos do resumo desta semana são:
- Na semana em análise (semana 05 de 2023), observou-se uma redução das temperaturas do ar, abaixo do esperado para esta época do ano, exceto para a temperatura máxima;
- As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (74%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC e OMS (75%) para as pessoas com 65 ou mais anos;
- Foi reportada uma tendência decrescente da atividade gripal epidémica. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (87,5%). Foi reportado um aumento do subtipo A(H1)pdm09 (10,3%);
- Na região europeia, na semana 03 de 2023, a atividade gripal manteve-se estável (21% de positividade). Ambos os vírus influenza, tipo A e tipo B, foram detetados, com o vírus A(H1)pdm09 a dominar nos sistemas de vigilância sentinela e não sentinela;
- A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A variante Ómicron BA.5 manteve-se dominante, com aumento da prevalência da sub-linhagem BQ.1;
- A nível mundial, relativamente aos últimos 28 dias (02 a 29/01/2023), o número de novos casos de COVID-19 diminuiu (-89%), tal como o número de óbitos (-8%). As últimas semanas foram dominadas por uma grande onda de casos e óbitos na Região do Pacífico Ocidental, sobretudo na China. A linhagem BA.5 mantém-se dominante, mas a prevalência relativa diminuiu;
- Face à semana 04/2023, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde aumentou, e a proporção de consultas por síndrome gripal manteve-se estável;
- A procura geral do SNS24 e do INEM aumentou, face à semana anterior (04/2023);
- A proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal manteve-se estável e a proporção por infeção respiratória aumentou. Os episódios reportados por síndrome gripal corresponderam sobretudo a adultos. A proporção de episódios de urgência por síndrome gripal com destino o internamento diminuiu;
- Em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), a ocupação de camas dedicadas a COVID-19 e a proporção de casos com gripe diminuíram;
- Verificou-se uma tendência decrescente do número de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade;
- Verificou-se um excesso de mortalidade no grupo etário com 85 e mais anos. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar do ECDC;
- Atendendo à redução da temperatura do ar, no âmbito das medidas previstas nos planos de contingência ativados, foi reforçado junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde a importância de acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo aos mais vulneráveis como pessoas sem abrigo, e de divulgar as recomendações e informação sobre os abrigos e a sua localização. Foi reforçado ainda a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o frio através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais;
- Recomenda-se à população que adote medidas de proteção individual contra o frio: evitar a exposição prolongada ao frio e mudanças bruscas de temperatura; manter o corpo quente, utilizando várias camadas de roupa; proteger as extremidades do corpo (mãos e pés); manter-se hidratado; prestar atenção aos grupos mais vulneráveis (crianças nos primeiros anos de vida, doentes crónicos, pessoas idosas ou mais isoladas, trabalhadores com atividade no exterior e pessoas sem abrigo); acautelar a prática de atividades no exterior; seguir as recomendações do médico assistente, garantindo a toma adequada da medicação para doenças crónicas; adotar uma condução defensiva; verificar o estado de funcionamento dos equipamentos de aquecimento; manter a casa quente, e se utilizar braseiras ou lareiras, garantir uma adequada ventilação das habitações (renovação do ar); ter especial atenção aos aquecimentos com combustão (braseiras e lareiras), que podem causar intoxicação por monóxido de carbono e levar à morte; e desligar os dispositivos de aquecimento ao deitar. As recomendações podem ser consultadas aqui;
- A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19;
- Reforça-se a necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde;
- A atividade dos vírus respiratórios sustenta a comunicação da adoção de medidas de proteção individual pela população, sobretudo com grupos vulneráveis. Mais informação disponível aqui;
- Recomenda-se manter os planos de contingência ativados e medidas previstas.
Monitorização relativa ao acesso e atividade dos prestadores de cuidados de saúde de obstetrícia – partos
13/02/2023
No âmbito das suas competências regulatórias, a ERS tem vindo a monitorizar a prestação de cuidados de saúde na área da obstetrícia. Assim, é publicada a informação de monitorização relativa ao acesso e atividade dos prestadores de cuidados de saúde de obstetrícia, onde é analisada a atividade relativa à realização de partos em Portugal continental, por região, por natureza da prestação e por tipo de hospital, bem como o acesso das utentes numa ótica geográfica. Neste estudo destaca-se que a maioria dos 61 estabelecimentos que realizaram partos em 2021 se localiza nas regiões de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo e que a grande maioria dos partos (80,5%) foi realizada em estabelecimentos do SNS.
O documento integral com a informação deste estudo está disponível aqui.
DGS volta a assinalar Dia Mundial das Doenças Raras com evento virtual
A Direção-Geral da Saúde, em conjunto com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), a União das Associações das Doenças Raras de Portugal – RD Portugal, o National Mirror Group do European Joint Programme for Rare Diseases, Orphanet, a Fundação para a Ciência e Tecnologia, e a Associação de Investigação Clínica e Inovação Biomédica, organiza a sessão “Doenças raras: juntos somos mais fortes”, que vai decorrer online a 28 de fevereiro, entre as 14:00 e as 18:00.
A sessão acontece no Dia Mundial das Doenças Raras, e será transmitida através da plataforma Zoom, tendo como objetivo sensibilizar o público para a temática das doenças raras, assim como dar visibilidade ao trabalho desenvolvido nesta área, promovendo o debate sobre as doenças raras em Portugal, e divulgando visões diferentes sobre a temática.
Criado pela EURORDIS-Rare Diseases Europe em 2008, o Dia Mundial das Doenças Raras é comemorado em mais de 80 países. Reunindo mais de 700 associações de doenças raras, de mais de 60 países, a EURORDIS é uma aliança não-governamental, sem fins lucrativos, que tem como objetivo melhorar a vida dos 30 milhões de pessoas com doenças raras na Europa.
Na União Europeia, consideram-se doenças raras, por vezes também chamadas doenças órfãs, aquelas que têm uma prevalência inferior a 5 em 10 000 pessoas. Estima-se que existam entre 5.000 e 8.000 doenças raras diferentes afetando, no seu conjunto até 6% da população, o que, extrapolando, significa que existirão até 600.000 pessoas com estas patologias em Portugal.
As inscrições no evento encontram-se abertas aqui.
4,7 milhões de preservativos distribuídos em 2022 – DGS
Em 2022 foram distribuídos cerca de 4,7 milhões de preservativos masculinos (externos) e femininos (internos) e 1,6 milhões de embalagens de gel lubrificante, o que representa um aumento de 20% e de 280%, respetivamente, face a 2021.
Os resultados do programa de distribuição gratuita de materiais preventivos e informativos da Direção-Geral da Saúde (DGS), com o apoio de organizações não-governamentais, estabelecimentos de ensino, centros de saúde, hospitais e estabelecimentos prisionais, são divulgados no Dia Internacional do Preservativo, que se assinala a 13 de fevereiro.
Esta distribuição representa um esforço no sentido de recuperar a resposta em matéria de prevenção, que teve uma redução nos meios distribuídos nos anos marcados pela pandemia por COVID-19, com consequências na resposta dos serviços e estruturas que asseguram a distribuição de materiais preventivos pelas diferentes populações.
Para assinalar o Dia Internacional do Preservativo, a Direção-Geral da Saúde, através dos Programas Nacionais de Saúde nas áreas da infeção por VIH e SIDA, e das Hepatites Virais, lança uma campanha de incentivo ao uso consistente do preservativo, através da divulgação em redes sociais e sites.
A comemoração do Dia Internacional do Preservativo é realizada em articulação com as 10 cidades signatárias da Declaração de Paris que se comprometeram a acelerar, até 2030, a sua resposta local à infeção por VIH e por vírus da hepatite, com vista a eliminar estas infeções enquanto problemas de saúde pública.
A utilização do preservativo é uma das formas mais eficazes de proteção contra infeções sexualmente transmissíveis (IST). Além disso, o preservativo também pode ser utilizado para evitar a gravidez.
Durante o ano de 2021, e de acordo com as notificações ocorridas até 30 de setembro de 2022, foram diagnosticados 933 novos casos de infeção por VIH em Portugal. Em 92% dos casos a transmissão ocorreu por via sexual.
A DGS destaca a importância da promoção da educação sexual e da facilitação do acesso a preservativos, que apresentam uma elevada eficácia na prevenção de infeções sexualmente transmissíveis e de gravidezes não planeadas.
ACSS é a Autoridade Nacional Competente para a CIRCE-JA
A Administração Central do Sistema de Saúde é a entidade nacional escolhida para assumir a liderança em Portugal, na qualidade de Autoridade Nacional Competente, da Join Action transfer of best praCtices In pRimary CarE (CIRCE-JA), no período de 2023 a 2025.
O projeto, que teve o seu início oficial a 1 de fevereiro, visa melhorar e fomentar a saúde na União Europeia e reforçar os sistemas de saúde através do reforço de boas práticas nos cuidados de saúde primários.
A CIRCE-JA surge no âmbito do programa de financiamento EU4Health, com a duração de 36 meses, e será coordenada pelo Serviço Andaluz de Saúde (Espanha), tendo como objetivo transferir e implementar seis projetos de boas práticas selecionadas (BPs) em cuidados de saúde primários entre os Estados-Membros europeus. As BPs selecionadas são originárias de Portugal, Bélgica, Eslovénia e Espanha.
A participação portuguesa aplica-se em dois eixos:
- A boa prática ‘Health Action for Children and Youth at Risk’ & ‘Health Action for Gender, Violence and Lifecycle’, desenvolvida pela Direção-Geral da Saúde, será reproduzida noutros países.
- Portugal vai desenvolver um plano individual de cuidados, único, partilhado, partindo das boas práticas nacionais, em complemento como Plano Individual de Cuidados da Andaluzia.
O processo de replicabilidade será sustentado por uma metodologia baseada em evidência científica, sendo o projeto alvo de monitorização e avaliação, com vista a recomendações para o sucesso de duração e sustentabilidade desta Ação Conjunta (Join Action).
A CIRCE-JA inclui 49 organizações de 14 Estados-Membros da União Europeia. Em Portugal a Administração Central do Sistema de Saúde, através do Núcleo de Planeamento e Inovação, foi designada como a Autoridade Nacional competente para o seu desenvolvimento. Integram ainda este projeto, como entidades afiliadas, a Direção-Geral da Saúde, o Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Central, o Centro Hospitalar Lisboa Central, o Agrupamento de Centros de Saúde Lisboa Ocidental e Oeiras, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental e a Unidade Local de Saúde de Matosinhos.
Saiba mais em CIRCE-JA
Publicado em 13/2/2023
Gabinete de Atendimento ao Público: mais de 100 mil respostas em sete anos – ACSS
O Gabinete de Atendimento ao Público (GAP), criado pela Administração Central do Sistema de Saúde em fevereiro de 2016, já deu resposta a 111 969 pedidos de informação e de esclarecimentos, durante os seus sete anos de existência.
Integrado numa estratégia de proximidade com o público que procura os serviços da ACSS, nomeadamente profissionais de saúde e utentes do Serviço Nacional de Saúde, o gabinete de atendimento responde a diferentes pedidos de esclarecimento, sobretudo relacionados com a área de recursos humanos do SNS, como procedimentos concursais, acesso a carreiras no SNS, obtenção de cédulas profissionais ou emissão de certificados/diplomas. Este serviço da ACSS está também disponível para os utentes, através do esclarecimento de dúvidas sobre o acesso a cuidados de saúde.
Durante o último ano, o GAP prestou atendimento a um total de 8 288 pedidos (atendimento SIGIC não incluído). O pico de atividade deste serviço verificou-se em 2019, com 25 979 pedidos. Comparativamente, 2020 foi o ano em que se registou o menor número de solicitações, devido à pandemia Covid-19 que obrigou a uma reformulação do modelo de atendimento dos serviços do Estado, nomeadamente, a limitação do atendimento presencial (passando a ser possível apenas por marcação), dando cumprimento às orientações emanadas pela Direção-Geral da Saúde.
No ano passado, o GAP voltou ao modelo pré-pandemia, estando em funcionamento todos os dias úteis, entre as 09h00 e as 13h00 e entre as 14h00 e as 17h00, disponível para contacto em modo presencial e através de telefone ou por correio eletrónico, através do endereço atendimento@acss.min-saude.pt.
Publicado em 13/2/2023
Dia Europeu do 112
VMER do Hospital de Santarém registou mais de 2.100 saídas em 2022
Em 2022, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do Hospital Distrital de Santarém (HDS), parte integrante do Serviço de Urgência do hospital, registou 2.124 saídas, o que corresponde a um aumento de 7,6% face a 2021.
A informação foi avançada pelo HDS no sábado, dia 11 de fevereiro, data em que se assinalou o Dia Europeu do 112.
As estatísticas de 2022 revelam que os três principais motivos de acionamento de socorro foram dor torácica, paragem cardiorrespiratória e alteração do estado de consciência.
Os dados indicam ainda que mais de 59,1% das vítimas socorridas tinham mais de 65 anos e cerca de 3,2% tinham idade inferior a 16 anos. 51,2% das situações ocorreram no período da manhã.
Em funções desde 1 de junho de 2004, a VMER do HDS tem uma equipa constituída por 16 médicos e 17 enfermeiros e está disponível 24 horas por dia, contribuindo, diariamente, para a capacidade de resposta do número de emergência nacional 112.
O Dia Europeu do 112, criado em 2009 pela Comissão Europeia, pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho da União Europeia, tem como objetivo destacar a importância do 112 enquanto número comum de emergência gratuito, numa União Europeia sem fronteiras internas. Esta data pretende ainda sensibilizar para a importância dos serviços de emergência no dia a dia dos cidadãos.
Para saber mais, consulte:
HDS > Notícias
Linha de Aconselhamento Psicológico
Serviço do SNS 24 já atendeu mais de 200 mil chamadas
Mais de 200 mil chamadas já foram atendidas pela Linha de Aconselhamento Psicológico do SNS 24, sendo que mais de 13 mil chamadas foram realizadas por profissionais da área da Saúde, de acordo com informação disponibilizada pela SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.
Esta linha, lançada na fase inicial da pandemia, em abril de 2020, tem sido uma resposta de proximidade em saúde mental e um apoio para utentes e profissionais de saúde que a procuram em momentos mais difíceis.
Em comunicado, a SPMS refere que, desde 2022, a linha passou a estar também disponível em língua inglesa para dar resposta aos cidadãos não falantes de português, tendo atendido, nos últimos 9 meses, mais de 3.200 chamadas.
O atendimento nesta linha de atendimento é sempre feito por psicólogos. As chamadas recebidas estão relacionadas, na sua maior parte, com problemas e sintomatologia associados à ansiedade, ao agravamento de psicopatologia prévia, à gestão e adaptação em situação de crise. Nas situações emergentes, em que o psicólogo identifica que existe perigo para o próprio utente ou para terceiros, a chamada é transferida para o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), que assegura o acionamento dos meios de socorro adequados.
O psicólogo pode também identificar a necessidade de encaminhamento para o serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento do SNS 24, se considerar que a situação não ficou resolvida com o aconselhamento psicológico ou que apresenta outro tipo de sintomatologia.
Para saber mais, consulte:
SPMS > Notícias
HDFF com novo serviço
Hospital da Figueira da Foz inicia tratamento da paramiloidose
O Hospital Distrital da Figueira da Foz (HDFF) já tem disponível um serviço de tratamento de paramiloidose familiar (mais conhecida como «doença dos pezinhos») para doentes seguidos no Centro Hospitalar e Universitário do Porto (CHUP) e residentes na região Centro.
De acordo com HDFF, este novo serviço de assistência resulta de uma articulação com o CHUP, que é um dos dois centros de referência nacionais para o tratamento da paramiloidose familiar, e que recebe doentes de todos o país, especialmente do Norte e Centro.
O HDFF está a acompanhar 12 doentes da região centro litoral (Figueira da Foz, Leiria, Montemor-o-Velho e Marinha Grande), «que aceitaram o tratamento no Hospital de Dia, poupando-se a cíclicas viagens ao Porto e permitindo também ao CHUP receber outros utentes».
«O tratamento com o medicamento Patisiran é administrado em perfusão, por via endovenosa, em Hospital de Dia, a cada três semanas», explicou o HDFF.
Para saber mais, consulte:
OMS apresenta relatório sobre saúde nas prisões
15 e 16 de fevereiro, em Lisboa e no Porto
Portugal vai acolher, na próxima semana, a apresentação do relatório O Estado da Saúde nas Prisões na Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta iniciativa da OMS tem como coanfitriões o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça, com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, e terá lugar nos dias 15 e 16 de fevereiro, com programa repartido entre Lisboa e Porto.
Estabelecido em 1995, o Programa para a Saúde nas Prisões da OMS (Health in Prisons Programme – HIPP) promove cuidados de saúde e políticas de promoção da saúde junto da população reclusa, alinhados com as recomendações internacionais, nomeadamente as Regras Mínimas das Nações Unidas para o Tratamento de Reclusos, conhecidas como Regras de Nelson Mandela.
O relatório que será apresentado em Portugal incorpora dados obtidos junto de 36 países da região europeia da OMS, com referência ao ano de 2020, e caracteriza as ações e intervenções nesta área num ano marcado pelo surgimento da pandemia de COVID-19.
Trata-se da apresentação da segunda edição deste instrumento, que permite orientar a ação governamental e institucional para a garantia do direito de acesso à saúde e melhoria dos indicadores de saúde em contexto prisional. Em Portugal, a análise foi coordenada por pontos focais na Direção Geral da Saúde e na Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais. A análise de dados a nível europeu contou com o contributo doInstituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP), Centro Colaborador da OMS.
O lançamento do relatório terá lugar no dia 15 de fevereiro, no auditório do INFARMED I.P., em Lisboa, que acolhe o primeiro dia desta conferência da OMS e do HIPP em Portugal. Os ministros da Saúde, da Justiça e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior participarão na abertura do encontro, pelas 9h00 (programa em anexo). Durante a tarde será discutido o contributo deste instrumento e dos dados recolhidos para o aperfeiçoamento das políticas de saúde no sistema prisional, com o envolvimento de peritos nacionais, sendo que este novo modelo de apresentação do relatório visa alcançar uma maior concretização, no terreno, das suas conclusões e recomendações.
O segundo dia da iniciativa decorrerá no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto, com painéis de debate sobre temas como a prevenção de doenças em contexto prisional e novos caminhos para a investigação nesta área.
As sessões são abertas à comunicação social, solicitando-se a confirmação da presença ou pedido de acesso online para os emails da assessoria de comunicação dos Ministérios da Saúde, da Justiça e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.
11 de fevereiro de 2023
Para saber mais, consulte o Programa.
Centro Hospitalar Universitário de Santo António
Paulo Barbosa Carvalho é o novo Presidente do Conselho de Administração
O Centro Hospitalar Universitário de Santo António, EPE, criado no início de fevereiro pela fusão do Centro Hospitalar e Universitário do Porto, EPE e do Hospital Magalhães Lemos, EPE tem, a partir de 10 de fevereiro de 2023, o seu primeiro Conselho de Administração.
O Conselho de Administração do CHU Santo António será presidido por Paulo Carvalho, sendo Diretor Clínico o médico José Barros. Eduardo Alves será o Enfermeiro Diretor. Beatriz Borges e Rita Veloso serão Vogais Executivas, a primeira com o pelouro financeiro.
O novo Conselho de Administração foi designado por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Saúde e das Finanças, por proposta do Diretor Executivo do Serviço Nacional de Saúde, para um mandato de três anos.
Notas curriculares
Paulo Jorge Barbosa Carvalho é licenciado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Completou o Internato Complementar de Medicina Interna, em 1995, no Hospital Geral de Santo António. Percorreu todos os patamares da carreira médica como Assistente Hospitalar de Medicina Interna (1996), Assistente Graduado de Medicina Interna (2005) e Assistente Graduado Sénior de Medicina Interna (2016). Desempenhou diversos cargos de relevo no Centro Hospitalar do Porto, com destaque para as funções como Diretor do Serviço de Medicina Interna (2008/2009), Diretor Clínico (2009/2016) e Presidente do Conselho de Administração (2016/2023). Tem estado ligado à gestão na área da saúde, tendo frequentado, em 2007, o Mastering Health Care Finance da Harvard Medical International e, em 2009, o Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde (PADIS). É membro da British Society of Rheumatology e do American College of Rheumatology. É Professor Associado Convidado do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS).
José Fernando da Rocha Barros é doutorado em Ciências Médicas (2013) e licenciado em Medicina (1986) pelo Instituto de Ciências Biomédicas de Abel Salazar (ICBAS), da Universidade do Porto. Possui uma pós-graduação em Gestão de Serviços de Saúde pela Universidade Católica e competência em Gestão de Serviços de Saúde pela Ordem dos Médicos. Percorreu todos os patamares da carreira médica como Assistente de Neurologia (1995), Assistente Graduado (2004), e Assistente Graduado Sénior de Neurologia do Hospital de Santo António do Centro Hospitalar Universitário do Porto (2015). É Professor Catedrático Convidado do ICBAS desde 2017. Foi também Diretor Clínico e Diretor do Departamento de Neurociências do CHUP. Desenvolve diverso trabalho académico e científico na área da Neurologia. Foi presidente do Colégio de Neurologia da Ordem dos Médicos entre 2012 e 2016.
Alfredo Eduardo Argulho Alves é licenciado em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem D. Ana Guedes, Porto. É Enfermeiro Gestor do Centro Hospitalar Universitário do Porto (CHUP). Frequentou o Curso de Estudos Superiores Especializados (CESE) em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Escola Superior de Enfermagem Cidade do Porto e o CESE em Administração dos Serviços de Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem da Imaculada Conceição, Porto. Desempenhou diversas funções no Hospital Geral de Santo António, mais tarde CHUP, nomeadamente como Enfermeiro do Serviço de Cuidados Intensivos e Serviço de Urgência, Enfermeiro Especialista na área Médico-Cirúrgica no Serviço de Urgência e Serviço de Urologia e Enfermeiro Diretor. Frequentou o PADIS – Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde pela AESE Business School e o Mastering Health Care Finance-Internacional Executive Program, organizado pelo Institute of Health Economics and Management da Université de Lausanne.
Maria Beatriz da Silva Duarte Vieira Borges possui uma Licenciatura em Gestão de Empresas pela Faculdade de Economia (2004) e é Mestranda em Economia pela Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Católica Portuguesa. Desde 2014, e até agora, foi vogal do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Matosinhos (ULSM) com os pelouros financeiro e de contratualização, planeamento e controlo de gestão, compras, logística, codificação, bem como apoio ao cidadão, unidade local de gestão de acesso e acesso à informação. De 2009 a 2013, enquanto Diretora do Gabinete de Contratualização da ULSM, coordenou a implementação da metodologia Balanced Scorecard e o processo de contratualização interna e externa. Integrou, entre 2011 e 2013, a Equipa de Gestão do Contrato da Parceria Público-Privada do Hospital de Braga, da Administração Regional de Saúde do Norte. Leciona em diferentes instituições de ensino superior nas áreas da Gestão de Saúde, Contratualização e Negociação.
Rita Sofia da Silva Veloso é licenciada em Psicologia pela Universidade do Porto (2004) e membro efetivo da Ordem dos Psicólogos. Possui um Mestrado Integrado em Psicologia, área da Psicologia das Organizações, Social e do Trabalho (2020) e uma pós-Graduação em Psicologia Social (2006). Iniciou, em 2021, o Doutoramento em Tecnologias da Informação e Comunicação na Universidade da Corunha. É, desde 2021, Vogal Executiva do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Porto. Possui uma Especialização em Compras e Contratação Pública, pelo CEACAP – Comité de Estudos e Auditoria em Contratação Pública (2021) e frequentou o PADIS – Programa de Alta Direção de Instituições de Saúde pela AESE Business School (2019). É Docente Convidada em várias instituições de ensino superior nas áreas de Liderança, Gestão, Comportamento Organizacional, Ética e Deontologia e Experiência do Doente.
11 de Fevereiro de 2023
Portugueses em missão no Chile
Secretário de Estado da Saúde acompanhou partida de elementos do INEM para apoio no combate a incêndios
Portugal enviou para o Chile este sábado, dia 11 de fevereiro, uma Força Operacional Conjunta (FOCON) para ajudar a combater os incêndios florestais que estão a fustigar aquele país, que integra também elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, esteve presente no Terminal Militar de Figo Maduro (AT1), em Lisboa, acompanhando as horas finais antes da partida da missão, tendo tido oportunidade de saudar os vários elementos e de conhecer alguns pormenores do apoio que será dado.
“É uma honra estar aqui hoje convosco e quero agradecer a vossa disponibilidade para abraçarem esta nobre missão. O suporte clínico que vão dar no âmbito do combate aos incêndios que assolam o Chile será certamente decisivo e demonstra, uma vez mais, a capacidade técnica e o espírito de solidariedade de Portugal. Desejo-vos uma boa viagem, um bom trabalho e um regresso seguro, com satisfação da missão cumprida, afirmou o Secretário de Estado. No terminal militar, o governante conversou com os responsáveis das várias forças operacionais e com os seis elementos do INEM que estarão a apoiar as equipas no Chile.
A Força Nacional é composta por 144 operacionais da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, da Força Especial de Proteção Civil (FEPC) da ANEPC, da Guarda Nacional Republicana, do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (Sapadores Florestais), das Corporações de Bombeiros da região de Lisboa e Vale do Tejo e do Instituto Nacional de Emergência Médica. A viagem para o Chile é feita num avião comercial com destino à província de Concepción, na região de Bío-Bío.
O apoio ao Chile acontece ao abrigo da solidariedade que deve presidir ao relacionamento entre países amigos, pelo que, considerando o cenário em causa, Portugal envia uma equipa com valências no combate aos incêndios florestais com meios terrestres e ferramentas manuais e onde se inclui ainda uma equipa de comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC).
A ajuda de Portugal decorre do pedido de assistência internacional para combate a incêndios florestais formulado pelas autoridades chilenas via Mecanismo de Proteção Civil da União Europeia.
O Chile está a enfrentar uma vaga de incêndios florestais no centro e sul do pais e da qual há já a lamentar várias mortes, centenas de pessoas retiradas das suas habitações e danos consideráveis no edificado, sendo as regiões as regiões de Biobío, Ñuble e La Araucanía as mais afetadas. O estado de emergência no Chile foi já declarado em várias regiões.
Ambiente e doença cardiovascular
Secretária de Estado da Promoção da Saúde alerta para impacto das alterações climáticas em várias doenças
As alterações climáticas e a poluição têm um impacto cada vez mais visível e crescente em várias doenças, onde se inserem também as patologias cardiovasculares. Este foi o mote do Fórum SPC 2023 – Alterações Climáticas, Poluição e Doença Cardiovascular, cuja sessão de abertura foi presidida pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde. Margarida Tavares afirmou que os fenómenos extremos, como as ondas de calor e de frio, representam um desafio para os serviços de saúde, reiterando o compromisso com o investimento em mais literacia e promoção da saúde.
O fórum de reflexão decorreu na sexta-feira, dia 10 de fevereiro, em Lisboa, e foi organizado pela Sociedade Portuguesa de Cardiologia. O encontro pretendeu debater o enorme desafio que as alterações climáticas e poluição representam para a saúde global e para a doença cardiovascular em particular. A rápida evolução a que temos vindo a assistir, quer no aquecimento global quer na degradação da qualidade do ar, constitui uma ameaça para os mais vulneráveis onde se incluem os doentes com patologia cardiovascular.
“Este foi um inverno particular, porque saímos de dois anos de pandemia por Covid-19, em que todas as dinâmicas foram alteradas e a saída dessa forma de olhar para o inverno, passando a ter ma visão mais abrangente, não foi fácil e obrigou a mudar de novo as dinâmicas”, explicou a Secretária de Estado da Saúde. A governante adiantou, contudo, que, no âmbito do Plano Estratégico do Ministério da Saúde – “Resposta Sazonal em Saúde: Inverno 2022/2023, apresentado em novembro, tem sido possível analisar informação para extrair verdadeiro conhecimento e preparar o terreno para as reais necessidades.
A Secretária de Estado antecipou que o verão também trará outro tipo de desafios, pelo que a ideia será, uma vez mais, antecipar a apresentação de um plano que permita preparar os serviços e reduzir a morbilidade e a mortalidade. “Precisamos claramente de dar mais saúde e bem-estar nos anos que queremos que a nossa população sobreviva”, disse, asseverando também que é preciso investir mais em promoção da saúde e clarificando que a nova Secretaria de Estado da Promoção da Saúde vem dar esse sinal político.
Por ano, só na Europa, a exposição à poluição é associada a mais de 300 mil mortes prematuras. As Nações Unidas estimam que, atualmente, 1 em cada 4 mortes no Mundo esteja relacionada com riscos ambientais. E sabemos que as alterações climáticas aumentam o risco da incidência de doenças antigas e emergentes em novas geografias, menor sustentabilidade alimentar e agravamento das condições de pobreza, determinante maior da saúde e bem-estar da população
A qualidade do ar, é já considerada a 4ª causa de mortalidade global a nível mundial. De notar que, por ano, segundo a OMS, morrem 12,6 milhões de pessoas (24% de todas as mortes no mundo) devido a causas ambientais. Quase metade dos óbitos devido a causas ambientais deve-se à poluição atmosférica (cerca de 5 milhões de pessoas) sendo que 50% morrem por doença cardio ou cerebrovascular.
Projetar o SNS para o futuro
Ministro da Saúde encerrou Estados Gerais sobre Saúde – Salvaguardar e Transformar o SNS, da Fundação para a Saúde – SNS
“O SNS é um problema dos portugueses, é um problema dos profissionais do SNS, dos que são utentes do SNS e dos que podem vir a ser utentes do SNS, sendo que nenhum de nós está livre de ser um daqueles cuja qualidade de vida e sobrevivência depende do Serviço Nacional de Saúde”. O apelo ao debate e mobilização cívica em torno do Serviço Nacional de Saúde foi deixado pelo Ministro da Saúde este sábado, 11 de fevereiro, no encerramento da primeira reunião da iniciativa Estados Gerais sobre Saúde – Salvaguardar e Transformar o SNS, da Fundação para a Saúde – SNS.
“É possível e urgente contribuir para que o SNS se projete no futuro”, disse Manuel Pizarro, recorrendo a um repto lançado recentemente pelo presidente da Fundação para a Saúde – SNS, Victor Ramos, recentemente nomeado pelo Governo para as funções de presidente do Conselho Nacional de Saúde. “É isso que está em causa e é isso que nos deve mobilizar a todos.”
Na sua intervenção, o Ministro da Saúde reiterou o compromisso de construir soluções para as dificuldades diagnosticadas no SNS e destacou alguns acontecimentos destes primeiros cinco meses no exercício de funções, que se assinalaram na passada sexta-feira, 10 de fevereiro.
O governante referiu a implementação doPlano Estratégico do Ministério da Saúde (MS) para a Resposta Sazonal em Saúde, procurando contrariar a sobreutilização crónica dos serviços de urgências, mas também a entrada em funções plenas, a 1 de janeiro, da Direção Executiva do SNS. “É a maior reforma do SNS nos últimos 40 anos”, assinalou, destacando o envolvimento da DE-SNS numa solução para o funcionamento das 38 maternidades do país, os trabalhos com vista à criação de quatro novas Unidades Locais de Saúde ou a revisão das redes de referenciação das Urgências de Psiquiatria e Pedopsiquiatria, evidenciando a aposta do Governo na melhoria da resposta de saúde mental no SNS.
O Ministro da Saúde sublinhou ainda o compromisso no reforço das carreiras dos profissionais de saúde e mecanismos de maior atratividade laboral no SNS, evocando a recente retoma da progressão salarial nos enfermeiros e as negociações em curso com os sindicatos médicos.
Esta primeira sessão teve lugar no ICBAS, no Porto. Os próximos Estados Gerais vão realizar-se em Évora, a 1 de abril.
Consulta pública sobre desenvolvimento de plataforma de interação para Investigação clínica na Europa | ACT EU multi-stakeholder platform – Infarmed
13 fev 2023
Encontra-se a decorrer o período para consulta pública sobre o desenvolvimento de plataforma de interação entre parceiros envolvidos no desenvolvimento de investigação clínica na Europa – ACT EU multi-stakeholder platform que visa promover a realização de ensaios clínicos na União Europeia e conta com o suporte dos Chefes das Agências Nacionais, Agência Europeia de Medicamentos e Comissão Europeia.
O concept paper para a criação da ACT EU multi-stakeholder platform está acessível através do link EUSurvey – Survey (europa.eu) até 3 de março de 2023.
Para mais informações sobre a Iniciativa ACT EU, consultar Accelerating Clinical Trials in the EU (ACT EU) ou no site do Infarmed.