Estudo Acesso a serviços de saúde mental nos Cuidados de Saúde Primários
14/02/2023
Ao abrigo das atribuições estabelecidas nos seus estatutos, a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) realizou um estudo sobre o acesso a serviços de saúde mental nos cuidados de saúde primários do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O documento integral com a informação deste estudo está disponível aqui.
Estudo europeu sobre rotulagem de bebidas alcoólicas – OMS – DGS
O Escritório Regional para a Europa da Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou um projeto para o desenvolvimento de evidência científica de suporte ao desenho e implementação de informações de saúde nos rótulos de bebidas alcoólicas.
Como parte deste projeto multifatorial, a OMS está a realizar uma primeira série de questionários online de resposta anónima, em Estados Membros selecionados, destinados a utilizadores atuais (ou seja, pessoas que consumiram álcool nos últimos 12 meses), para estudar a perceção de diferentes designs de rótulos nas bebidas alcoólicas.
Os dados deste estudo online contribuirão para uma melhor compreensão da perceção dos utilizadores de álcool sobre os rótulos que integram advertências de saúde e seu potencial impacto no conhecimento, perceções de risco e atitudes.
O questionário, anónimo, está disponível em diferentes idiomas e tem uma duração estimada de preenchimento de 10 minutos.
Preencha o questionário aqui.
Dia do Enfermeiro Perioperatório
CHL promove projetos de melhoria centrados na Segurança do Doente
Os enfermeiros perioperatórios do Centro Hospitalar de Leiria (CHL) assinalam o Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que se celebra a 15 de fevereiro, com a criação de quatro projetos de melhoria contínua na área da Segurança do Doente.
Assim, entre os dias 13 e 19 de fevereiro, um grupo de enfermeiros perioperatórios do CHL junta-se num desafio da Associação dos Enfermeiros de Sala de Operações Portugueses de divulgar nas redes sociais vídeos sobre os seus projetos, focados no mote das comemorações deste ano «Aprender, Liderar, Inspirar», como um contributo para a melhoria das práticas centradas no doente com ganhos de saúde.
Em comunicado, a enfermeira Paula Bagagem, coordenadora da comemoração da efeméride no CHL, explica que os projetos centram-se em quatro temas principais: contribuir para a melhoria da experiência cirúrgica, anestésica da criança, do jovem em situação perioperatória; promover a melhoria contínua da comunicação eficaz, na transição de cuidados do doente cirúrgico; promover uma melhoria no desempenho profissional das assistentes operacionais em Sala de Cirurgia Ortopédica, assegurando que realizam as suas funções de forma eficiente e responsável, aumentando a qualidade e segurança dos procedimentos cirúrgicos; e melhorar o desempenho dos enfermeiros em sala operatória, otimizando através do treino a resposta do enfermeiro instrumentista na mesa operatória.
O enfermeiro perioperatório avalia a necessidade dos cuidados, executa-os, previne complicações e zela pela segurança e conforto dos doentes no período perioperatório. A sua missão é acompanhar a pessoa, tendo em conta a sua individualidade e vulnerabilidade, antes, durante e após a cirurgia.
Para saber mais, consulte:
CHL > Notícias
Dia do Enfermeiro Perioperatório
Hospital de Guimarães com projetos de capacitação para assinalar data
Assinala-se esta quarta-feira, 15 de fevereiro, o Dia Europeu do Enfermeiro Perioperatório, que este ano tem como mote «Aprender, Liderar, Inspirar» («Learn, Lead, Inspire»).
O Hospital de Guimarães associou-se a esta efeméride e, este ano, os seus serviços de Anestesiologia, Bloco Operatório e Unidade de Cirurgia do Ambulatório desenvolveram quatro projetos de formação em serviço, todos relacionados com a melhoria continua na área da Segurança do Doente: «Prevenção de fogo cirúrgico nas salas de cirurgia»; «Prevenção de lesões, no doente, decorrentes do posicionamento em litotomia, em cirurgia de ambulatório»; «Consulta de Enfermagem, não Presencial, Pós-Operatório 24h em Cirurgia de Ambulatório»; e «Preparação e Administração de injetáveis no peri-operatório, em cirurgia de ambulatório».
Estes processos visam o desenvolvimento e aperfeiçoamento das competências dos profissionais que atuam em ambiente perioperatório, capacitando-os na atuação em situações de perigo que ocorram durante uma cirurgia; no posicionamento do doente no intra e pós operatório; no controlo e despiste de complicações pós-cirúrgicas, de avaliação da eficácia e qualidade dos cuidados prestados; e na adoção de práticas seguras na preparação e administração de injetáveis para uma prestação de cuidados de enfermagem de qualidade e com maior segurança quer para os doentes quer para os enfermeiros.
A execução destes projetos de capacitação está a ser realizada nos meses de janeiro e fevereiro de 2023.
Para saber mais, consulte:
Hospital de Guimarães – https://www.hospitaldeguimaraes.min-saude.pt/
Dia Internacional da Criança com Cancro
Hospital Pediátrico de Coimbra assinala data com dinamização de atividades
Assinala-se, a 15 de fevereiro, o Dia Internacional da Criança com Cancro, uma data criada em 2002 pela Childhood Cancer International que tem como objetivo ajudar todas as crianças vítimas de cancro a aceder a melhores tratamentos e medicamentos, bem como dar apoio às famílias e amigos.
Para assinalar a data, o grupo de Educação de Infância do Hospital Pediátrico do Centro Hospitalar Universitário de Coimbra (CHUC) vai realizar, no dia 15 de fevereiro, atividades destinadas aos mais novos. Assim, no período da manhã, tem lugar uma visita dos Doutores Palhaços e, no período da tarde, várias personagens do imaginário infantil da Animadora Mafarrica vão percorrer os serviços do Hospital Pediátrico, levando momentos de muita animação e cor às crianças que se encontram internadas.
Em comunicado, o CHUC relembra que todos os anos são diagnosticados em Portugal 350 novos casos de cancro em crianças. Os especialistas defendem que o diagnóstico precoce é fundamental, permitindo salvar 8 em cada 10 crianças.
Para saber mais, consulte:
Sustentabilidade do Sistema de Saúde
“Portugal tem bons resultados em Saúde em qualquer comparação internacional”
“O setor público e os setores privados e sociais podem e devem relacionar-se, em complementaridade, mas não podemos tratar igual o que é manifestamente diferente”, disse o Ministro da Saúde, terça-feira, 14 de fevereiro, em Lisboa, numa iniciativa promovida pelo Conselho Estratégico Nacional da Saúde da CIP – Confederação Empresarial de Portugal.
Manuel Pizarro lembrou que “Portugal tem bons resultados em Saúde em qualquer comparação internacional” porque “o setor público cumpre tarefas, tem ónus e tem obrigações que não se podem impor ao setor privado e social”. O primeiro “trata doenças catastróficas, doenças raras, tem urgências abertas em locais de baixa densidade e assegura a emergência médica em terra e no ar”, disse o Ministro.
O mote da conferência da CIP, “A Sustentabilidade do Sistema de Saúde entre a Pandemia Covid-19 e a Guerra da Ucrânia”, permitiu ao governante salientar que o Índice de Desenvolvimento Humano diminui dois anos consecutivos, pela primeira vez desde que foi criado, em consequência dos efeitos da pandemia.
O Ministro da Saúde relembrou que “as dificuldades adensaram-se porque o momento destinado à recuperação da crise sanitária” foi “substituído pelo drama humano provocado pela invasão da Ucrânia pela Rússia” e por todo o “cortejo de problemas colaterais induzidos na cadeia logística”.
Neste contexto, Manuel Pizarro espera que “a resposta coletiva aos desafios presentes se mantenha”, alertando que “a cooperação é fundamental”, insistindo na necessidade do país adotar “respostas de curto prazo que permitam que a economia, as empresas e o tecido social resistam”, sem perder de vista o “plano de longo prazo necessário ao desenvolvimento da competitividade nacional”.
Numa referência ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Ministro da Saúde afirmou que a Transição Digital na Saúde deve ser “centrada nas pessoas e não nos sistemas”, considerando que no final do processo “deve existir um registo de saúde eletrónico que é propriedade de cada cidadão”.
O PRR para a Saúde prevê um investimento 1,3 mil milhões de euros para requalificar os nossos serviços públicos de saúde, 300 milhões destinados à componente digital.
Governo cria grupo de trabalho para desenvolver plano de saúde nas prisões
OMS/Europa lança relatório e debate intervenções em Portugal
O Governo criou um grupo de trabalho encarregado de preparar um Plano Operacional para a Saúde no Sistema Prisional português, que visa reforçar o acesso aos cuidados de saúde, identificar barreiras subsistentes e colmatar lacunas relativas à prevenção, acesso e continuidade de cuidados.
O Plano Operacional para a Saúde em Contexto de Privação da Liberdade para o período 2023-2030 pretende assegurar que a saúde em contexto prisional e em outros contextos de privação da liberdade (como os centros educativos para jovens ou as unidades para o internamento de inimputáveis) é garantida com igualdade, qualidade e efetividade no que respeita à vigilância epidemiológica, promoção da saúde e prevenção da doença, acesso, retenção e continuidade de cuidados de saúde, medidas de organização no Serviço Nacional de Saúde e no Sistema Prisional, recursos financeiros e humanos necessários, até à investigação e desenvolvimento.
O despacho conjunto do Ministério da Saúde, do Ministério da Justiça e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior que cria este grupo de trabalho é publicado na semana em que Portugal acolhe a apresentação do relatório O Estado da Saúde nas Prisões para a Região Europeia da Organização Mundial de Saúde (OMS), em sessões que têm lugar esta quarta-feira no Infarmed, I.P., em Lisboa, e, amanhã, no Auditório do Museu Nacional Soares dos Reis, no Porto.
Este instrumento de trabalho do Programa para a Saúde nas Prisões da OMS (Health in Prisons Programme – HIPP) caracteriza a resposta em saúde nos sistemas prisionais da região europeia, permitindo fazer um ponto de situação sobre a saúde em ambiente prisional. Temas como a melhoria dos sistemas de informação e o envolvimento de todos os parceiros no desenvolvimento de políticas de saúde em contexto prisional vão estar em debate, sendo a primeira vez que a OMS/Europa apresenta um relatório neste formato participativo, com diversos painéis que contemplam a intervenção de peritos internacionais e do país anfitrião.
Portugal é um dos 15 Estados-Membros da Organização Mundial de Saúde (41,7%) na região europeia onde os cuidados de saúde prestados à população reclusa são garantidos pelo Serviço Nacional de Saúde, em condições semelhantes às oferecidas a todos os outros cidadãos. Tais cuidados têm tutela conjunta do Ministério da Justiça e do Ministério da Saúde, sendo que esta articulação – cujas parcerias se têm revelado profícuas – não é comum em todos os países europeus.
O acesso à vacinação é uma área em que os estabelecimentos prisionais portugueses comparam favoravelmente com os dos restantes países da região europeia da OMS. O mesmo acontece relativamente aos rastreios de VIH, hepatite B e C e infeções sexualmente transmissíveis, que são efetuados em todas as prisões numa base de adesão voluntária, o que também não é prática comum em todos os países europeus.
O relatório resulta de um conjunto de inquéritos dirigidos a 36 países e tem como referência o ano 2020, marcado pelo surgimento da pandemia de COVID-19 e por medidas excecionais de prevenção e controlo da infeção, com repercussões também nos sistemas prisionais. E revela que Portugal foi, em 2020, o quarto país europeu com menos novas admissões no sistema prisional, tendo a taxa de ocupação dos Estabelecimentos Prisionais (EP) diminuído de 114%, em 2016, para 90,4% no ano em análise. Não obstante o contexto de regresso à normalidade vivido desde 2021, mantém-se uma trajetória positiva para este indicador.
Empenhado em aprofundar o trabalho de articulação dos Ministérios da Saúde e da Justiça, o Governo aproveita para destacar a iniciativa conjunta Balcão SNS 24, que permite o acesso de todos os cidadãos privados de liberdade aos serviços digitais do Ministério da Saúde, nomeadamente a teleconsultas com qualquer unidade do SNS.
O relatório da OMS contou com a colaboração do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, nesta ocasião reconhecido como Centro Colaborador da OMS para os Determinantes Comportamentais e Sociais das Doenças Não Transmissíveis, sendo também este um reconhecimento do empenho da academia nacional no contínuo desenvolvimento e avaliação de políticas públicas de saúde que melhorem a qualidade de vida de todos os cidadãos.
15 de fevereiro de 2023
Infarmed Newsletter
15 fev 2023
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