Dia Nacional do Dador de Sangue
Data, que se assinala a 27 de março, visa homenagear dadores
Assinala-se esta segunda-feira, dia 27 de março, o Dia Nacional do Dador de Sangue, uma data que tem como objetivo homenagear todos os que efetuam as suas dádivas benévolas de sangue em prol dos doentes.
Para assinalar a data, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) organizou uma cerimónia de agradecimento público aos dadores de sangue, decorre na manhã do dia 17 de março, na Biblioteca Almeida Garrett no Palácio de Cristal, no Porto.
Do programa destaca-se importância do Movimento Associativo na Promoção da Dádiva de Sangue e a homenagem a vários dirigentes associativos que se dedicaram a esta causa; o balanço da importância dos Mensageiros da Dádiva e o anúncio dos novos Mensageiros da Dádiva para 2023 (João Pedrosa e Hugo Campos, campeões nacionais de voleibol de praia); e a apresentação do Prémio de Voluntariado Digital na Promoção da Dádiva de Sangue e da nova campanha de Promoção da Dádiva.
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Valorizar o capital humano na saúde
Secretário de Estado da Saúde saudou debate “saudável e realista” e apontou caminhos para responder aos desafios
O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, encerrou este sábado, 25 de março, a 12ª Conferência de Valor APAH – Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, em Guimarães, dedicada ao tema do “capital humano”.
Ricardo Mestre destacou o papel da APAH e o debate “saudável e realista” promovido pela associação, reiterando que o Governo está empenhado em estabelecer um cronograma para a valorização dos administradores hospitalares, nomeadamente ao nível da carreira.
Escassez de 10 milhões de trabalhadores a nível mundial
“O tema do capital humano é um desafio que não é exclusivo de Portugal. A Organização Mundial de Saúde estima que, em 2030, vamos ter uma escassez de 10 milhões de profissionais de saúde a nível global, o equivalente à população de um país como o nosso”, afirmou Ricardo Mestre, chamando a atenção para um segundo número: os trabalhadores do SNS aumentaram 25% desde 2015. O Secretário de Estado notou, no entanto, que existem hoje também novas expectativas sobre a organização do trabalho, sobre o desenvolvimento profissional e sobre a conciliação com a vida familiar e tempos de lazer, que importa acautelar dentro das organizações e do planeamento da força de trabalho.
Seis eixos de ação
Para responder a estes desafios, e consolidar a resposta do SNS em torno das necessidades das pessoas, Ricardo Mestre identificou seis eixos em que o Governo está a trabalhar.
Em primeiro lugar, em garantir que o reforço orçamental do SNS é acompanhado de novas dinâmicas de planeamento e contratualização, com mais autonomia e flexibilidade para as instituições, nomeadamente na contratação.
Em segundo lugar, por forma a potenciar a utilização de recursos e a articulação dos diferentes níveis de cuidados, Ricardo Mestre destacou o já anunciado alargamento das Unidades Locais de Saúde (ULS) a nível nacional. Este modelo de governação clínica junta sob a mesma gestão hospitais e cuidados primários de uma ou mais localidades limítrofes, permitindo pensar as respostas às comunidades e aos utentes de forma integrada. Com as novas ULS, passará a ser tida em conta a carga individual de doença e as necessidades de saúde da respectiva comunidade, com a implementação de novas ferramentas de estratificação de risco, avançou o Secretário de Estado, por exemplo para efeitos de financiamento.
“Este movimento de concentração da gestão será acompanhado por um movimento de desconcentração da prestação de cuidados”, frisou Ricardo Mestre, apontando aqui para um terceiro ponto de ação: continuar a investir na criação de Centros de Responsabilidade Integrados (CRI) nos hospitais e Unidades de Saúde Familiar (USF) nos cuidados primários, modelos funcionais que dão mais autonomia e incentivos aos profissionais para atingirem os objetivos estabelecidos dentro das instituições.
Como quarto aspecto central, o Secretário de Estado da Saúde destacou os processos de negociação de carreiras em curso, a que se liga uma quinta dimensão de investimento estrutural no SNS. Nesse contexto, o governante destacou os 1200 milhões de euros alocados no PRR à saúde, que permitirão melhores condições de atendimento às pessoas mas também melhores condições de trabalho para os profissionais, contribuindo para a sua fixação.
Como sexto eixo de intervenção, o Secretário de Estado da Saúde destacou o Programa Mais Médicos, que espelha a preocupação de inverter, a médio/longo prazo, a desertificação de recursos médicos de zonas de baixa densidade populacional, parte de um planeamento plurianual de recursos humanos e investimentos que se encontra a ser vertido em diferentes instrumentos.
“Os diagnósticos estão feitos, as soluções estão identificadas e precisamos de agir, com uma estratégia integrada, potenciando o investimento dos portugueses no Serviço Nacional de Saúde e convertendo-o em melhores condições para o exercício profissional e para a prestação de cuidados”, afirmou Ricardo Mestre, apelando aos administradores hospitalares para que continuem a participar com o seu empenho e propostas na procura de soluções para os desafios do SNS.
Conferência sobre Políticas e Programas de Promoção de Bem-estar e Saúde Mental nos Jovens / DGS
No seguimento da apresentação dos resultados nacionais do estudo HBSC/OMS 2022, do qual a Direção-Geral da Saúde é parceira, está a ser organizada a conferência Políticas e Programas de Promoção de Bem-estar e Saúde Mental nos Jovens, a decorrer online no dia 8 de maio de 2023, entre as 16h00 e as 19h00.
O estudo HBSC/OMS realiza-se de quatro em quatro anos e analisa os estilos de vida dos jovens portugueses nos seus contextos de vida.
A participação na conferência é gratuita, mas a inscrição é obrigatória, aqui.
O programa da conferência pode se consultado aqui.
Reconfiguração da Rede Hospitalar do Serviço Nacional de Saúde – ACSS
Mais de uma centena de dirigentes dos hospitais do SNS assistiram à apresentação do projeto Reconfiguração da Rede Hospitalar do Serviço Nacional de Saúde, uma iniciativa promovida pela Administração Central do Sistema de Saúde, em articulação com a Direção Executiva do SNS, que decorreu dia 22 no auditório do Infarmed.
Além de uma radiografia feita ao Serviço Nacional de Saúde no período pré-pandémico (2017-2019), foram apresentados modelos de planeamento para o futuro, nomeadamente o Forecast Model | modelo de previsão da oferta e procura futura e o Masterplan Hospital | modelo de planeamento da reconfiguração da rede hospitalar.
A abertura deste evento foi feita pelo presidente do Conselho Diretivo da ACSS, Victor Herdeiro, que traçou o historial do projeto, sublinhou que este encontro visava partilhar e capacitar os dirigentes do SNS “com as melhores práticas internacionais, ferramentas e guidelines desenvolvidas neste projeto, tendo em vista a melhor reconfiguração e reorganização da nossa rede hospitalar e, consequentemente, proporcionar a melhor resposta assistencial.”
Presente na sessão, o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, disse os modelos de previsibilidade apresentados são fundamentais para a reorganização e modernização da nossa rede hospitalar.
O secretário de Estado, que fez o encerramento do evento, frisou a importância do planeamento, apelando a que sejam adotados modelos de contratualização e atividade assistencial “mais ajustados às necessidades e recursos existentes”. Para Ricardo Mestre uma das grandes vantagens do planeamento é articulá-lo com os ciclos orçamentais do Estado.
Ainda durante a sessão de encerramento, o Diretor Executivo do SNS, Fernando Araújo, afirmou que este estudo fornece ferramentas que vão ajudar a tornar a rede hospitalar mais homogénea e gerar maior equidade na saúde. A reestruturação da rede hospitalar “requer reformas paulatinas e consistentes, assim como decisões sustentáveis com argumentos robustos e com sensibilidade social”, disse Fernando Araújo, recordando que as reformas levam o seu tempo e não se fazem de um dia para o outro.
Este projeto resulta de um trabalho conjunto entre Portugal e a Comissão Europeia e contou com o apoio técnico da consultora KPMG. A apresentação do estudo, realizada no Infarmed, permitiu conhecer novas abordagens para a reorganização da rede hospitalar do SNS, de modo a prever e melhorar o nosso sistema de saúde como um todo.
Publicado em 27/3/2023