INEM encaminhou 19 doentes por dia através da via verde do AVC, em 2022

Em 2022, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) encaminhou para os hospitais mais adequados 6.876 utentes com sinais e sintomas de Acidente Vascular Cerebral (AVC), através da Via Verde do AVC.

A propósito do Dia Nacional do Doente com AVC, que se assinala a 31 de março, o INEM recorda que perante sinais e sintomas de AVC (falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldade em falar), os utentes devem ligar de imediato o Número Europeu de Emergência – 112 e transmitir todas as informações solicitadas, para que possam receber o tratamento mais adequado.

Dados de 2022 indicam que o INEM encaminhou, no ano passado, 6.876 doentes com suspeita de AVC para os hospitais mais adequados, através da Via Verde do AVC, mais 1.060 do que em 2021, o que representa uma média de 19 casos diários. Já em 2023, até 29 de março, o INEM encaminhou 1.815 casos.

O distrito do Porto continua a registar o número mais elevado de casos encaminhados através da Via Verde AVC, 1.456 doentes em 2022, seguido de Lisboa e Braga, com 1.267 e 537 casos, respetivamente.

A idade média dos doentes incluídos na Via Verde do AVC em 2022 é de 73 anos. Do total de casos registados, 49.3% são do sexo feminino e 46.8% do sexo masculino. Em 3.9% dos casos não está disponível a informação referente ao género.

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por isquemia (deficiência de irrigação sanguínea) ou hemorragia no cérebro e continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal, sendo também a principal causa de morbilidade e de potenciais anos de vida perdidos no conjunto das doenças cardiovasculares.

Para prevenir o AVC devem ser adotados hábitos de vida saudáveis, evitar o tabaco e a vida sedentária e ter especial atenção a doenças como a hipertensão, diabetes ou arritmias cardíacas.

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Portaria facilita o acesso dos utentes ao SNS e reduz a carga administrativa dos médicos de família

Os medicamentos e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica prescritos pelos médicos vão passar a ter automaticamente um prazo de validade de doze meses, alargando-se o prazo que até agora existia para a realização de exames e análises e generalizando a validade de 12 meses nas prescrições de medicamentos.

A portaria que introduz o novo prazo de validade, assinada pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, foi publicada esta sexta-feira, vigorando a partir do dia 1 de abril de 2023. Será aplicada nas prescrições no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e nos restantes prestadores do setor privado e social, estando previsto para esse efeito um prazo de adaptação de 90 dias.

Com esta medida, o Ministério da Saúde pretende simplificar e facilitar o percurso dos cidadãos no sistema de saúde, evitando deslocações desnecessárias ao médico. Ao mesmo tempo, permite reduzir a carga administrativa do trabalho dos médicos, desburocratizando o atendimento.

A implementação será progressiva e a expetativa é que a adaptação dos sistemas informáticos fique operacionalizada, no SNS, no decurso da próxima semana. O prolongamento dos prazos de validade aplica-se a todo o tipo de receitas e credenciais (desmaterializadas e impressas).

Esta alteração resulta de uma proposta da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, em articulação com a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), o INFARMED – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, e a Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS), visando uma melhor utilização dos recursos, nomeadamente nos cuidados de saúde primários.

31 de março de 2023

Primeiro prémio atribuído pela Sociedade de Psiquiatria e Saúde Mental

O Serviço de Psiquiatria do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) recebeu o primeiro prémio da «Bolsa Psiquiatria: Intervenção Comunitária em Saúde Mental», atribuído pela Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental (SPPSM), em parceria com a Altermédica.

O projeto integrado de proximidade em saúde mental, que foi implementado pelo CHMT desde maio de 2021, em pleno contexto pandémico adverso, destacou-se entre mais de duas dezenas de projetos candidatos à bolsa.

O primeiro prémio desta bolsa, no valor de 2500€, foi entregue no âmbito do IV Encontro Nacional das Secções da SPPSM, que se realizou no dia 11 de março, em Lisboa.

O trabalho que está a ser desenvolvido há cerca de dois anos pela Equipa Comunitária de Saúde Mental da População Adulta (ECSM-PA) do CHMT destaca-se pela multidisciplinariedade da equipa e pela prestação e promoção de cuidados individualizados e de proximidade na área da Saúde Mental.

Esta equipa é constituída por dois médicos, duas enfermeiras, uma psicóloga, uma assistente social, uma terapeuta ocupacional, uma assistente técnica, contando ainda com outros técnicos em formação.

O trabalho é articulado em rede e sempre em parceria com as unidades de cuidados de saúde primários, as autarquias locais, com especial relevância para a Câmara Municipal de Ourém entre outras instituições e forças vivas da comunidade, para a promoção da saúde mental junto de uma área de abrangência de população de mais de 40 mil habitantes.

A atividade assistencial desta equipa assume igualmente uma polivalência e dinamismo, assente nos desafios da saúde mental da sociedade atual. Reparte-se entre consultas, visitas domiciliárias, intervenção junto de grupos vulneráveis e famílias, e no desenho e acompanhamento individualizado de reabilitação na doença mental grave.

A promoção da saúde mental e da literacia que lhe é inerente, com o combate ao estigma e ao carácter inclusivo que é necessário incutir na sociedade são outros pilares da atuação desta equipa do CHMT.

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Manuel Pizarro diz ser “motivo de orgulho ver profissionais e utentes do Serviço Nacional de Saúde felizes”

“O Serviço Nacional de Saúde nunca vacilou, em momento nenhum, na sua capacidade de responder aos portugueses durante a pandemia”, disse o Ministro da Saúde, acrescentando que “o SNS é o porto de abrigo de todos os portugueses”. Para Manuel Pizarro, esse sentimento resulta, em larga medida, do empenho dos profissionais de saúde, “o verdadeiro coração do SNS”.

O Ministro da Saúde falava no primeiro dia do roteiro “Governo Mais Próximo” dedicado ao distrito de Setúbal, 29 de março, na inauguração da nova Unidade de Saúde Familiar (USF) Aldegalega, no Montijo. Antes Manuel Pizarro tinha visitado a unidade de Cirurgia de Ambulatório do Hospital do Montijo, onde revelou ter encontrado pessoas felizes. “A satisfação dos utentes e dos profissionais é uma coisa linda de se ver”, disse.

Para Manuel Pizarro “os afetos contam e muito”. Por isso, “apesar das dificuldades”, o ministro disse que o SNS responde com cuidados de saúde, mas também “generosidade, solidariedade, tolerância e compreensão pelos outros”, referindo que estes “são princípios essenciais” da vida em sociedade. “Estes valores são expressos, como em nenhum outro lugar, no Serviço Nacional de Saúde”, salientou.

Manuel Pizarro mostrou compreensão pelas pessoas que ainda não têm médico de família, classificando como “natural que estas pessoas se sintam desprotegidas”. Sem ignorar as dificuldades, o Ministro da Saúde escolheu mostrar as melhorias em curso no SNS. Assumiu que “o trabalho de modernização e requalificação da Saúde não tem solução de um dia para o outro”, mas disse que é possível inverter a situação. “Hoje vi profissionais empenhados e mobilizados e isso vai fazer a diferença”, disse.

Na sua intervenção, Manuel Pizarro valorizou ainda o papel das autarquias na Saúde. “Não é possível imaginar o sistema de saúde separado do poder local”, sinalizou o governante, para destacar a seguir “a ligação profunda e exemplar” entre a Saúde e o poder local na margem sul. “Não tem faltado ao SNS apoio do poder local no distrito de Setúbal”, disse.

O Ministro da Saúde tinha já sinalizado, em Sesimbra, que o Governo “tem um verdadeiro em curso um plano transformador para a saúde no distrito de Setúbal”, com “mais respostas, mais inovadoras, e que melhoram as condições de trabalho dos profissionais de saúde.”

Na visita à obra do novo Centro de Saúde de Sesimbra, ao qual se seguiu a assinatura do contrato de construção da nova Unidade de Saúde da Quinta do Conde, o governante defendeu que a construção de novas instalações potencia a atração de novas equipas e novos profissionais para o serviço público de saúde. “Quando melhoramos as condições de trabalho e renovamos os equipamentos estamos a contribuir para cativar jovens profissionais”, disse.

Primeira pedra do novo Serviço de Urgência do Hospital de Setúbal

Manuel Pizarro rumou depois a Setúbal para lançar a primeira pedra e assinalar o arranque da construção do novo edifício do Serviço de Urgência do Hospital de São Bernardo.

O investimento de 27 milhões de euros “vai permitir relocalizar em melhores condições a urgência geral e pediátrica, a maternidade e o internamento das mães e das crianças”, disse o ministro. A obra permitirá dar continuidade à requalificação dos vários espaços de apoio assistencial e libertar áreas dentro do hospital para que outros serviços sejam melhor acondicionados, “com mais espaço e maior capacidade de atendimento”.

Manuel Pizarro disse que o novo edifício “assinala o compromisso do Governo com o desenvolvimento do Hospital de São Bernardo” e adiantou que a obra deverá ficar concluída no prazo de 20 meses.

Concurso para a construção do novo hospital do Seixal avança no final do ano

O Ministro da Saúde anunciou também que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deve ser lançado no último trimestre deste ano ou no início de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.

“Diria que entre o último trimestre de 2023 e o primeiro de 2024 vamos finalmente pôr a concurso a obra do novo Hospital do Seixal, que desta vez vai passar do papel para a realidade e que bem necessário é”, explicou Manuel Pizarro.

“O novo hospital no Seixal vai contribuir para diminuir a pressão exercida sobre o Hospital Garcia de Orta”, unidade que serve uma vasta população e com uma procura significativa, referiu Manuel Pizarro. “Cada problema, de cada cidadão, é uma preocupação. O nosso estado de espírito é dar a melhor resposta possível a todos”, concluiu.

No âmbito do “Governo Mais Próximo” dedicado ao distrito de Setúbal, o Ministro da Saúde visitou ainda o Hospital Garcia de Orta, em Almada, conheceu o projeto “Via Verde do Seixal” na USF Santa Marta do Pinhal, em Corroios, e visitou o Hospital do Barreiro.