Investimento na Saúde Mental
PRR permite acelerar a reforma da Saúde Mental e levar cuidados às comunidades
“A Saúde Mental é uma prioridade do Ministério da Saúde e está em curso uma importante reforma desta área de cuidados”, disse o Secretário de Estado da Saúde, na conferência “O Futuro das Neurociências”, que decorreu esta manhã de 9 de maio, em Lisboa.
Ricardo Mestre disse que a implementação da reforma, que se espera concluir até 2026, “vai dotar o país de Cuidados de Saúde Mental em tempo, proximidade, equidade e qualidade”.
Para o secretário de Estado, “o desafio presente passa por continuar a transformar o Serviço Nacional da Saúde”, garantido que “os portugueses continuam a ter os cuidados de saúde que atingimos em quase meio século de democracia”.
Segundo o secretário de Estado, os fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) “permitem acelerar” a reforma em curso, possibilitando criar “40 novas equipas comunitárias de saúde mental, até 2025, distribuídas por todo o território nacional.”
Estas equipas, formadas por médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos de serviço social, terapeutas ocupacionais e assistentes técnicos, “levam cuidados de saúde mental a casa dos portugueses, levam saúde às comunidades”, disse Ricardo Mestre.
O processo de reforma da saúde mental em curso recorre também aos recursos do PRR, que prevê um investimento de 88 milhões de euros dedicados à conclusão desta reforma, estando prevista a execução de vasto plano de investimentos, nos cuidados hospitalares, nos cuidados continuados, através da criação de Centros de Responsabilidade Integrada e da requalificação das instalações de Serviços Locais de Saúde Mental.
Aposta nos Recursos Humanos afetos à Saúde Mental
“O investimento em recursos humanos é também evidente. No final de 2022, o SNS contabilizava 785 psiquiatras, mais 131 profissionais face a 2018”, sinalizou Ricardo Mestre, referindo que a evolução do número de Psicólogos é igualmente positiva. “Em 2022 eram 1114 os psicólogos a trabalhar no SNS, um acréscimo de 13,2% face a 2018”, disse.
No final sua intervenção, o governante salientou que “nunca é demais sublinhar a necessidade de continuarmos a modernização do SNS”, referindo o reforço do financiamento público em saúde, “14,5 mil milhões de euros, mais 40% face a 2019”, o investimento em instalações e equipamentos, e a reorganização da resposta do SNS à população.
CHBV alarga capacidade de resposta
Hospital de Aveiro vai poder realizar cerca de mil cateterismos por ano
O Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV) inaugurou esta terça-feira, dia 9 de maio, a Unidade de Cardiologia de Diagnóstico e Intervenção Cardiovascular no Hospital de Aveiro, que vai permitir realizar cateterismos a cerca de mil doentes por ano.
Segundo o CHBV, a nova Unidade de Intervenção Cardiovascular “alarga e diferencia a capacidade de resposta do CHBV, permitindo, para além de outros, a realização de cateterismos programados” que, até agora, obrigavam à deslocação dos doentes para Coimbra, ou para o Porto.
De acordo com a Presidente do Conselho de Administração do CHBV, Margarida França, citada pela agência Lusa, a nova unidade, constituída por uma equipa com dois médicos, vai trabalhar três tardes por semana e, numa primeira fase, irá fazer apenas cateterismos programados, que até agora, obrigavam à deslocação dos doentes para Coimbra, ou para o Porto.
Para saber mais, consulte:
Representação Timor Leste ONU
Cooperação no planeamento familiar, na saúde materno-infantil e nas respostas à violência sexual e de género
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, recebeu a Representação em Timor Leste do Fundo das Nações Unidas, agência para a Saúde Sexual e Reprodutiva, no dia 8 de maio, no Ministério da Saúde, em Lisboa.
O encontro permitiu debater oportunidades de cooperação e parceria nas áreas do planeamento familiar, na saúde materno-infantil e no papel dos cuidados de saúde na resposta à violência sexual e de género.
Foram ainda discutidas oportunidades de trabalho conjunto na área do VIH, hepatites virais e outras infeções sexualmente transmissíveis.
Hospitalização Domiciliária na Guarda
Unidade celebra o seu 2.º aniversário com balanço muito positivo
A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) da Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda, comemora, no dia 12 de maio, o seu segundo ano de atividade efetiva, desde o internamento do primeiro doente em casa.
Ao longo deste período estiveram internados um total de 276 doentes com patologia médica e do foro cirúrgico, principalmente doenças infeciosas e agudização de patologia crónica (insuficiência cardíaca, renal).
Tendo iniciado atividade com cinco camas, desde janeiro de 2023 que a sua lotação foi aumentada para sete camas, permitindo chegar a um maior número de doentes.
A UHD dispõe de uma lotação de cinco doentes e conta com uma equipa médica e de enfermagem disponível 24 horas por dia, sete dias da semana, e é constituída por médico de segunda a sexta-feira, uma equipa de seis enfermeiros a que acresce formação em enfermagem de reabilitação, assistentes operacionais, farmacêutico, assistente social, nutricionista e psicóloga.
Em comunicado, a Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda revela ainda que a UHD apresenta elevadas taxas de satisfação, tanto por parte dos doentes como dos cuidadores que a tem avaliado.
A Hospitalização Domiciliária surge como alternativa ao internamento convencional, proporcionando assistência clínica de modo contínuo e coordenado àqueles doentes que, necessitando de admissão hospitalar, cumprem também uma série de critérios clínicos, sociais e geográficos que permitem o internamento no domicílio sob a vigilância de uma equipa de profissionais de saúde, sempre de acordo com a vontade do doente e da sua família.
Para saber mais, consulte:
ULS da Guarda – https://www.ulsguarda.min-saude.pt/
Instituto Ricardo Jorge e Câmara Municipal de Lisboa celebram protocolo de cooperação
09-05-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Câmara Municipal de Lisboa (CML), através do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa (RSBL) e do Departamento de Desenvolvimento e Formação (DDF), celebraram, dia 8 de maio, um protocolo de cooperação e de colaboração no âmbito da formação profissional e em programas, projetos e atividades de interesse comum. O acordo estabelecido visa a criação de sinergias para o desenvolvimento da cooperação técnica e pedagógica, tendo em conta as valências de cada uma das instituições.
Com o protocolo agora assinado, está previsto o desenvolvimento de programas pedagógicos e cursos de formação para a qualificação e especialização dos profissionais de ambas as entidades em áreas de interesse institucional, bem como a garantia da frequência de cursos/ações de formação contínua constantes nos Planos Anuais de Formação (PAF) das instituições e considerados relevantes para o cumprimento da missão das mesmas.
Além disso, encontra-se também contemplada a colaboração no intercâmbio de recursos humanos qualificados para o desenvolvimento de atividades pedagógicas e operacionais, a participação em programas de desenvolvimento e de prestação de serviços à comunidade, e a organização conjunta ou participação na organização de eventos pedagógicos nas áreas e atribuições de interesse comum, como seminários, conferências ou workshops, entre outros.
Com a celebração deste acordo, será responsabilidade do INSA a colaboração na formação do RSBL, sempre que necessário, em áreas como noções de Microbiologia, Biossegurança, Recolha de produtos biológicos, Manipulação e transporte de agentes biológico, entre outras. Além disso, o INSA irá colaborar no desenvolvimento de cursos de formação a desenvolver pela Escola do RSBL/CML e na realização de eventos pedagógicos, bem como a dar apoio em recursos didáticos e manuais de formação em substâncias perigosas.
Por seu lado, a CML, através do RSB/DDF, compromete-se a disponibilizar instalações para eventuais apresentações de programas/projetos, ações pedagógicas e atividades de treino, assim como a garantir vagas para profissionais do INSA nos cursos de formação contínua – Especialização/qualificação e Aperfeiçoamento/atualização, constantes em PAF, designadamente, Suporte Básico de Vida, Suporte Avançado de Vida, Primeiros Socorros, Combate a Incêndios e Evacuação de Edifícios, entre outros.
O protocolo de colaboração foi assinado nas instalações do INSA em Lisboa, pelo presidente do Conselho Diretivo do INSA, Fernando de Almeida, pelo comandante do RSBL, Tenente-Coronel Tiago Manuel Lopes, e pela diretora do Departamento de Desenvolvimento e Formação da Câmara Municipal de Lisboa, Maria Luísa Cysneiros.