DGS publica Orientação sobre cuidados de saúde durante o trabalho de parto
A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou a Orientação 002/2023, de 10 de maio de 2023, relativa aos cuidados de saúde durante o trabalho de parto.
A matéria desta orientação foi proposta da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos, com o intuito de:
– uniformizar os cuidados de saúde hospitalares durante o trabalho de parto (TP);
– clarificar o papel dos vários profissionais de saúde intervenientes no TP;
– identificar tarefas, autonomias e responsabilidades, promovendo a partilha de um modelo de cuidados comum que favoreça o verdadeiro trabalho de equipa, a segurança e a qualidade dos cuidados prestados durante o TP.
Os principais objetivos a atingir são a promoção de cuidados de saúde de qualidade, com foco principal na segurança materno-fetal, bem como numa experiência positiva no parto para a grávida e para a família.
Os cuidados de saúde durante o trabalho de parto (TP) devem ser assegurados por uma equipa multidisciplinar, com uma clara definição de atividades, tarefas e responsabilidades dos diferentes intervenientes, tendo em conta as competências legalmente estabelecidas, de acordo com os riscos de saúde individuais de cada parturiente e a necessidade de resposta a cada momento.
A avaliação da implementação da presente Orientação deve ser contínua e executada através das Direções Clínicas Hospitalares e das Direções dos Serviços de Obstetrícia e Ginecologia.
Consulte a Orientação aqui.
Avaliação de Tecnologias de Saúde da UE
Presidente do Infarmed reeleito como Chair do Heads of HTA Agencies Group
Rui Santos Ivo, Presidente do Infarmed – Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P , foi reeleito pelos seus pares Chair do Grupo de Autoridades responsáveis pela Avaliação de Tecnologias de Saúde da União Europeia (HAG-Heads of HTA Agencies Group) , Agneta Karlsson (General Director TLV, Suécia) e Lionel Collet (Presidente HAS, França) serão os elementos que compõem a Direção como co-chairs.
A 29 de setembro de 2021 os líderes de 19 Agências de Avaliação de Tecnologias de Saúde de vários Estados-Membros da UE/EEE associaram-se e inauguraram o HAG, uma nova rede colaborativa focada em questões estratégicas relacionadas com a avaliação de tecnologias de saúde (ATS), de forma a permitir uma partilha e discussão de alto nível e apoiar o desenvolvimento de trabalho conjunto em todas as atividades de ATS na União Europeia (UE). Sob a liderança de Rui Santos Ivo, o HAG tem consolidado a sua importância para a implementação e adoção do Novo Regulamento de Avaliação de Tecnologias de Saúde, através da definição conjunta de objetivos estratégicos e operacionais e a partilha ativa de informações. Durante o primeiro mandato a HAG fortaleceu a sua representatividade – um dos objetivos fundadores do grupo – com o seu crescimento para 32 organizações de ATS. Este crescimento acrescenta legitimidade à participação do HAG na cena europeia.
Rui Santos Ivo continua assim à frente de um importante grupo europeu, algo de muito prestigiante para Portugal, em especial para a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, que integra Chefes de Agências de ATS de 21 países EU/EEA. “Estou ciente da importância desta rede para o sucesso do acesso aos medicamentos a nível da UE e do trabalho que temos pela frente. O HAG é fundamental para garantir o apoio estratégico das nossas agências às estruturas de governação da ATS e para desenvolver e reforçar a nossa colaboração, juntamente com a Comissão Europeia e todas as partes interessadas” refere Rui Santos Ivo, acrescentando que “Portugal, e o INFARMED em particular, contam com quase 25 anos de história de consolidação da Avaliação de Tecnologias de Saúde. Durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia coordenamos e promovemos o processo de discussão alargada que culminou na adoção do Novo Regulamento Europeu. Pelo que o trabalho que temos pela frente no HAG é o passo natural neste grande desígnio e um grande reconhecimento para todos nós, que contribuirá para o acesso de tecnologias de saúde aos cidadãos portugueses e europeus”.
Para além da sua missão a nível europeu, o trabalho do HAG continuará também apoiar a preparação das instituições e sistemas nacionais para a implementação do Regulamento sobre ATS.
Geração sem tabaco até 2040
Governo avança com Proposta de Lei que transpõe diretiva europeia e reforça a proteção das pessoas em relação à exposição ao fumo do tabaco
O Conselho de Ministros aprova esta semana uma Proposta de Lei que transpõe para o ordenamento jurídico português uma diretiva delegada europeia sobre produtos de tabaco aquecido, dando passos firmes na promoção da saúde e na proteção da população à exposição ao fumo ambiental do tabaco. A partir de outubro de 2023 passará a ser proibida a venda de produtos de tabaco aquecido que tenham aromatizantes nos seus componentes. Além disso, as embalagens de tabaco aquecido passarão a apresentar advertências de saúde combinadas, incluindo texto e fotografia, sendo assim equiparadas ao tabaco convencional.
Atendendo ao consumo de novos produtos de tabaco pela população mais jovem, a proposta de alteração à Lei do Tabaco (Lei n.º 37/2007, de 14 de agosto), que será submetida pelo Governo à Assembleia da República, aumenta as restrições ao fumo e à venda de produtos de tabaco, tendo por objetivo diminuir os estímulos ao consumo e contribuir para uma geração livre de tabaco até 2040.
A Proposta de Lei, que consta da agenda da Reunião de Conselho de Ministros desta quinta-feira, 12 de maio, introduz como principais alterações:
- Equiparar o tabaco aquecido ao tabaco convencional no que diz respeito a odores, sabores e advertências de saúde;
- Alargar a proibição de fumar ao ar livre dentro do perímetro de locais de acesso ao público em geral ou de uso coletivo, tais como estabelecimentos de saúde, estabelecimentos de ensino, recintos desportivos, estações, paragens e apeadeiros dos transportes públicos. Estas medidas produzem efeito a partir de 23 de outubro de 2023;
- Impossibilitar a criação de novos espaços reservados a fumadores nos recintos onde já é proibido fumar nas áreas fechadas, excetuando-se os aeroportos, as estações ferroviárias, as estações rodoviárias de passageiros e as gares marítimas e fluviais. Os recintos que possuem estes espaços ao abrigo da portaria que produziu efeitos no início de 2023, nomeadamente os estabelecimentos de restauração e similares, poderão mantê-los até 2030;
- Estender a proibição da venda de tabaco à generalidade dos locais onde é proibido fumar, redefinindo-se igualmente os espaços onde é permitido a instalação de máquinas de venda automática, as quais devem localizar-se a mais de 300 metros de estabelecimentos de ensino. As alterações às proibições de venda de tabaco produzirão efeitos a partir de janeiro de 2025.
Cerca de dois terços das causas de morte nos fumadores são atribuíveis ao consumo do tabaco e, em média, um fumador vive menos 10 anos do que um não fumador. O tabaco é o único fator de risco comum a quatro das principais de doenças crónicas: cancro, doença respiratória crónica, diabetes e doenças cérebro-cardiovasculares. Estima-se ainda que, em 2019, tenham ocorrido, em Portugal, cerca de 13.500 óbitos atribuíveis ao tabaco.
O Governo, no cumprimento do seu programa e comprometido com as políticas públicas europeias e internacionais neste domínio, entende que as medidas propostas são essenciais e adequadas aos objetivos de proteger a população da exposição aos produtos do tabaco, convencional e não convencional, nomeadamente a agentes carcinogénicos.
Pretende-se também que as gerações mais jovens possam viver em ambientes livres de tabaco, seja através da limitação de locais de venda ou da eliminação da publicidade, promoção e patrocínio aos produtos de tabaco e aos cigarros eletrónicos e produtos de tabaco aquecido, tendo em vista desincentivar a experimentação e dependência. Com a limitação dos locais onde é permitido fumar, pretende-se ainda incentivar que os fumadores ultrapassem a dependência tabágica
10 de maio de 2023
Workshop “Alternativa – Food and Sustainability” – INSA
10-05-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, promove, dia 20 de junho (14:30-17:15), o Workshop “Alternativa – Food and Sustainability”. O evento, que decorrerá em formato online, tem como objetivo apresentar os principais resultados do projeto “ALTERNATIVA: Alternative protein sources in the European diets – integrating health risk-benefit and sustainability”.
A iniciativa contribuirá para aumentar o conhecimento dos participantes ao nível das fontes alternativas ao consumo de carne vermelha e lacticínios, assim como da avaliação do impacto de fontes alternativas de proteína, integrando saúde e avaliação da sustentabilidade. O workshop permitirá ainda obter uma visão mais integrada da avaliação do risco-benefício de alimentos com vista o estabelecimento de dietas seguras, economicamente justas, acessíveis, nutricionalmente adequadas e saudáveis.
A participação no Workshop “Alternativa – Food and Sustainability” é gratuita, mas carece de inscrição prévia, até ao dia 15 de junho, após a qual será enviado link de acesso ao evento. Para mais informações, consultar o programa do workshop ou contactar a comissão organizadora do evento através do endereço eletrónico alternativa@insa.min-saude.pt.
Financiado pela European Food Safety Authority (EFSA), o projeto ALTERNATIVA visa estabelecer uma metodologia harmonizada e holística, reunindo e combinando conhecimento em avaliação do risco-benefício de alimentos para a saúde e avaliação da sustentabilidade, considerando para além da saúde, outros aspetos como o impacto ambiental, social e económico do consumo de determinados alimentos.
II Encontro Nacional de Centros de Formação do SNS – ACSS
A ACSS vai participar no II Encontro Nacional de Centros de Formação do SNS, a decorrer no próximo dia 26 de maio, no Centro de Ciência do Café, em Campo Maior, sob o tema “Porque importa pensar o futuro…” (ver programa em anexo).
Esta iniciativa, promovida pela APCEF – Associação Portuguesa de Centros de Formação do SNS, pretende trazer a debate o valor estratégico da formação nos serviços de saúde do SNS, a humanização com novas abordagens, as novas metodologias para a formação, entre muitos outros temas.
As inscrições estão abertas até 12 de maio.
Participe!
Publicado em 10/5/2023