Relatório n.º 24 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (15.05.2023 a 21.05.2023) – INSA
01-06-2023
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 24 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 20/2023 (15 a 21 de maio). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os pontos do resumo desta semana são:
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
- Na semana em análise (semana 20 de 2023), observou-se um aumento da temperatura do ar, nomeadamente das temperaturas máximas e mínimas, sobretudo no início e no final da semana;
- Não foram detetados casos positivos para o vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (77,9%), seguido do subtipo A(H1) (12,7%) e do tipo B (9,3%);
- Observou-se um aumento da notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2. A sublinhagem XBB tornou-se dominante na semana 10 de 2023 e tem vindo a aumentar, registando uma frequência relativa de 93,6%;
- Relativamente à infeção por SARS-CoV-2/COVID-19, a nível mundial, durante os últimos 28 dias (17/04 a 14/05/2023), o número de novos casos e de novos óbitos diminuiu (-14% e -26% respetivamente), em comparação com os 28 dias anteriores. Globalmente, embora a XBB.1.5 continue a ser a variante dominante, a sua prevalência tem diminuído, representando 43,8% na semana 17 de 2023 (51,9% na S13/2023); a XBB.1.16 continua a aumentar em prevalência, representando 11,6% das sequências na semana 16 de 2023 (4,9% na semana 13 de 2023);
- O número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde estabilizou face à semana anterior. A proporção de consultas por infeções respiratórias agudas aumentou e a proporção de consultas por síndrome gripal estabilizou;
- A procura geral do SNS24 e do INEM aumentou;
- Observou-se um aumento do número total de episódios de urgência hospitalar, acompanhado de um aumento da proporção de episódios de urgência hospitalar por infeção respiratória e uma estabilização da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal;
- O número de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos de idade manteve uma baixa incidência;
- A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional;
RECOMENDAÇÕES
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- A análise sustenta a adoção de medidas de proteção contra o calor. Mais informação pode ser consultada aqui;
- A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação contra a COVID-19;
- Reforça-se a necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde.
“Exploradores da Saúde”: DGS lança jogo de cartas sobre saúde para crianças
“Exploradores da Saúde” é o novo jogo lançado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) no Dia Mundial da Criança (1 de junho), criado no âmbito de uma parceria entre a Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar com os Programas Nacionais e as restantes Direções e Divisões da DGS, com o objetivo de promover de forma lúdica e divertida a literacia em saúde de crianças do 1º ciclo do ensino básico.
Este jogo de cartas aborda vários temas na área da saúde, nomeadamente, vacinação, saúde oral, prevenção e controlo de infeções, acidentes, saúde mental, alimentação saudável e atividade física.
Constituído por 18 cartas e uma roleta, tem dois modos de jogo: desafios (quiz, verdadeiro ou falso, mímica e desenho) e memória (pares de imagens alusivas aos temas de saúde).
O jogo foi produzido pela Ideias com História e não é comercializado. Em breve estará disponível em vários Agrupamentos de Escolas do país no âmbito da parceria com o projeto “Bola Mágica“ da Federação Portuguesa de Futebol, bem como da intervenção realizada pelas equipas de Saúde Escolar.
O lançamento público do “Exploradores da Saúde” decorreu na Escola EB1/JI da Portela, com a presença da DGS, da Direção-Geral da Educação e de Pedro Pauleta, em representação da Federação Portuguesa de Futebol, no âmbito da parceria entre esta entidade e a DGS no projeto “Bola Mágica”.
Veja o vídeo de apresentação do jogo “Exploradores da Saúde” aqui.
Maioria dos alimentos publicitados para crianças nas redes sociais não são saudáveis
Em Portugal, 81% dos alimentos promovidos para crianças através de publicidade digital não são saudáveis. De acordo com um estudo promovido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável, desenvolvido com o apoio da Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS), as crianças do sexo feminino, com idades entre os 13 e os 16 anos, e de contextos socioeconómicos mais baixos, são as mais expostas.
Desenvolvido em simultâneo em Portugal, Noruega e Reino Unido, este estudo, divulgado no Dia Mundial da Criança, revela que são os refrigerantes que ocupam o topo das categorias que mais são promovidas para crianças (29,9%), seguidas das refeições pré-preparadas ou prontas a consumir (19,3%). Seguem-se os chocolates (8,6%), os bolos (6,5%) e os sumos e néctares (5,6%).
No que diz respeito ao tipo de plataforma, a rede social Instagram ocupa uma posição de destaque no canal da publicidade, representando mais de metade dos anúncios (56%). Seguem-se o YouTube e o TikTok, com 17,5% e 14,5%. Respetivamente, e, com menor representatividade, o Twitter, com 6,4%, e o Facebook, com 5,6%. Estes resultados refletirão as redes e plataformas sociais que são frequentemente mais utilizadas pelas crianças.
A propósito do conteúdo analisado, destacam-se, ainda, algumas possíveis estratégias de adaptação à legislação portuguesa que restringe a publicidade alimentar dirigida a crianças, apostando em anúncios que apenas fazem referência à marca, sem que seja identificado um produto alimentar específico, e em sistemas de verificação de idade para aceder a conteúdos.
O estudo da DGS acompanhou crianças entre as crianças entre os 3 e os 16 anos e destaca se pelo seu caráter inovador, uma vez que fez uma monitorização direta do conteúdo publicitado diretamente para crianças através dos dispositivos das crianças.
Conheça o estudo aqui.
Nova unidade de saúde mental de Oeiras
Ministro da Saúde participou na inauguração do novo espaço da equipa do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental
A equipa comunitária de saúde mental de Oeiras já está a trabalhar no novo edifício cedido pela autarquia para acolher esta resposta. O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, visitou a nova unidade na última terça-feira, 30 de maio, presidindo à cerimónia de inauguração ao lado do presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais. Nesta sessão foi também assinada a cedência das instalações por parte da autarquia ao Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, pelo período de cinco anos, com o propósito de reforçar a resposta em saúde mental à população.
A nova unidade resulta de uma remodelação completa do antigo edifício dos bombeiros de Paço de Arcos, que passa a acolher uma equipa com 30 anos de história e que segue atualmente mais de 2 mil pessoas.
“Temos de tratar a saúde mental fora dos espaços concentracionários e dos espaços fechados que perpetuam o estigma”, sublinhou o Ministro da Saúde. “Precisamos de muitos exemplos como este da equipa de saúde mental de Oeiras para mostrar que isto é possível e é desejável”, acrescentou, agradecendo o empenho da autarquia ao colocar a unidade numa zona nobre de Paço de Arcos, dotando-a de instalações modernas e confortáveis.
“Em Oeiras a descentralização está em movimento há muito tempo”, frisou Manuel Pizarro. “Para o cidadão é muito difícil compreender porque é que o Estado está dividido aos bocados. O Estado é igual quer seja o poder central ou o poder local e a nossa obrigação é cooperarmos uns com os outros de forma leal e compreendendo, evidentemente, o grau de autonomia de cada um”, sublinhou.
O Ministro da Saúde destacou o investimento que está a ser feito no reforço das respostas em saúde mental com verbas do PRR, num valor global de 88 milhões de euros, que permitirão criar um total de 40 equipas comunitárias até 2026, requalificar enfermarias de internamento e avançar com a reforma do sistema forense da saúde, que dá resposta às pessoas declaradas inimputáveis por razões do foro mental.
Manuel Pizarro evocou a importância do trabalho da coordenação nacional e a recente aprovação da Lei da Saúde Mental na Assembleia da República, que considerou um momento decisivo da reorganização em curso nesta área. “Trata-se de valorizar os direitos humanos, a autonomia individual e a dignidade de quem sofre de doença mental”, afirmou.
Hospital de campanha pan-europeu
“Quando os países se unem, podemos alcançar resultados notáveis em resposta a emergências e gestão de desastres”, disse Margarida Tavares
“Portugal tem uma longa tradição de ajudar em cenários de catástrofe internacional. Somos uma nação solidária, sempre pronta e disponível para ajudar”, disse a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, que acrescentou que “justamente por isso, Portugal não poderia ficar de fora deste projeto”.
Margarida Tavares falava na apresentação do maior hospital de campanha pan-europeu, que integra sete países da União Europeia (UE) e a Turquia, no no âmbito da reunião do rescEU – Emergency Medical Team (EMT), que decorreu no dia 31 de maio, em Cascais.
Segundo a secretária de Estado, o hospital, que poderá ser acionado já a partir de 2024, “é uma prova do poder da união e colaboração. Quando os países se unem, podemos alcançar resultados notáveis em resposta a emergências e gestão de desastres”, disse.
Portugal vai ter acesso, através do INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica, a cerca de 6,7 milhões de euros para financiamentos específicos de duas das capacidades que serão atribuídas. Além do EMT, existirá uma célula especializada no transporte e outra célula especializada na produção de oxigénio.
A UE atribuiu diretamente 106 milhões de euros para execução do consórcio, que abrange a Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo, Portugal, Roménia e Turquia, visando o melhoramento do mecanismo europeu de proteção civil em caso de emergências médicas, na sequência de grandes catástrofes naturais ou provocadas pelo homem.
Os países envolvidos no projeto consideram que “o conflito no continente europeu, a par das condições climatéricas extremas e das ameaças emergentes como a COVID-19, reforçaram significativamente a necessidade de apoio mútuo dos Estados-Membros, nomeadamente quando vários países enfrentam em simultâneo o mesmo tipo de crise”.
Neste contexto, Margarida Tavares salientou que “o esforço coletivo do rescEU garante que nenhum país enfrenta uma situação de emergência sozinho” e que “reforça os valores fundamentais da União Europeia”.
Projeto Caminhos Brilhantes
Mini carros elétricos alegram crianças do Hospital de Vila Franca de Xira
O Serviço de Pediatria do Hospital de Vila Franca de Xira, EPE, recebeu uma oferta muito especial, na semana em que se celebra o Dia Mundial da Criança: uma oferta de 3 carrinhos elétricos.
O Tiago, a Beatriz e o Caio, foram as primeiras crianças a estrearem as novas viaturas do Serviço de Pediatria. E mostraram-se surpreendidos e felizes!
Esta oferta surge no âmbito do projeto “Caminhos Brilhantes”, desenvolvido pelo Serviço de Pediatria do Hospital de Vila Franca de Xira, EPE. A aceitação deste projeto pela Volkswagen Digital Solutions (VWDS), hub tecnológico do grupo alemão em Portugal, permite ao Serviço de Pediatria do HVFX,EPE concretizar um sonho antigo, nesta semana tão especial, em que se celebra o Dia Mundial da Criança.
Na sessão de entrega destes carrinhos estiveram presentes o Conselho de Administração do Hospital de Vila Franca de Xira, profissionais de saúde do Serviço de Pediatria e representantes da Volkswagen Digital Solutions.
O Serviço de Pediatria pretende, com este projeto “Caminhos Brilhantes”, aumentar a humanização dos cuidados prestados durante o percurso do Serviço de Urgência Pediátrica para o Internamento Pediátrico; do internamento pediátrico para o bloco operatório, transportando as crianças em carrinhos elétricos através da criação de uma estrada interativa nos corredores do Hospital. O projeto Caminhos Brilhantes tem como objetivos específicos diminuir a ansiedade e o medo e proporcionar memórias positivas sobre o período hospitalar, promover o conforto e o sentimento de segurança infantil.
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Tratamento do cancro do sangue
IPO Lisboa realiza primeiro tratamento com células CAR-T em crianças
O Instituto Português de Oncologia de Lisboa (IPO Lisboa) utilizou pela primeira vez em Portugal uma terapia inovadora no tratamento do cancro do sangue em crianças.
Assente na modificação genética de células, este tratamento pressupõe uma taxa de sucesso de 90% nas primeiras fases da doença e é pioneiro no nosso país, na área da leucemia pediátrica. Está indicado em casos de leucemia linfoblástica aguda B, mais concretamente em segundas recaídas, recaídas após transplante de medula ou em doença refratária.
De acordo com o IPO Lisboa, esta é uma forma de imunoterapia, ou seja, recorre ao próprio sistema imunitário do doente para combater a doença. O processo inicia-se com a colheita de linfócitos (células que fazem parte do grupo dos glóbulos brancos) dos doentes e encaminhamento para o laboratório de criobiologia, após o que seguem para os laboratórios dos Estados Unidos e Europa que fazem a modificação genética.
Posteriormente, as células modificadas são novamente infundidas no sangue do doente através de um cateter venoso, num processo semelhante a uma transfusão. Estas células modificadas, designadas como células CAR-T, conseguem detetar as células tumorais no organismo do doente e vão atacar diretamente as células malignas e ajudar a eliminá-las.
O processo envolve a preparação da criança com quimioterapia e um acompanhamento permanente do seu estado clínico.
O primeiro procedimento em crianças com recurso a células CAR-T foi realizado no IPO Lisboa em dezembro último a uma doente que se encontrava já na terceira recaída de uma leucemia linfoblástica aguda tipo B. Os tratamentos anteriores não conseguiram eliminar completamente as células tumorais, persistindo uma quantidade de doença residual que não permitia realizar um transplante de medula com garantias de sucesso.
Atualmente, a menina encontra-se estável e sem sinais de doença.
Nota: O IPO Lisboa é Centro de Referência (CR) de Oncologia Pediátrica, em colaboração com o Centro Hospitalar Lisboa Central e com o Centro Hospitalar Lisboa Norte.
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Hospitalização Domiciliária
CHMT reforça assistência médica de proximidade a idosos residentes em lares
O Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) continua a reforçar a assistência médica e cuidados de saúde diferenciados e de proximidade aos idosos que residem em lares de terceira idade, através da assinatura de protocolos de cooperação inovadores, no âmbito da sua unidade de hospitalização domiciliária.
Esta semana, o modelo de hospitalização alternativa foi alargado à ACATIM – Associação Comunitária de Apoio à Terceira Idade das Mouriscas, em Abrantes, que acolhe 30 idosos, e à Santa Casa da Misericórdia de Mação, abrangendo 46 utentes seniores.
A partir de agora, sempre que os médicos responsáveis pelo acompanhamento dos utentes destes lares de terceira idade considerarem que pode haver necessidade de recorrer aos serviços hospitalares, contactarão a equipa de Hospitalização Domiciliária do CHMT – e não o Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes.
A Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHMT avaliará o utente em questão num período máximo de 24 horas. Se este reunir os critérios para internamento, passará a ser seguido a partir da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHMT até à data da sua alta hospitalar. Note-se que, se estiver em causa doença aguda ou risco de vida iminente, deve manter-se a referenciação para o atendimento do Serviço de Urgência através da rede de emergência pré-hospitalar.
De acordo com o CHMT, a grande mais-valia do alargamento deste modelo é a prestação dos cuidados de saúde personalizados, sem expor os idosos que residem em lares aos diversos riscos associados ao seu internamento hospitalar.
Por outro, a hospitalização domiciliária liberta a pressão assistencial dos serviços de urgência e do internamento hospitalar das três unidades hospitalares da instituição, otimizando recursos para poder aumentar a atividade cirúrgica. Também na componente de internamento em enfermaria hospitalar, haverá maior eficiência, com mais camas disponíveis para doentes agudos.
Fátima Pimenta, Coordenadora da Unidade de Hospitalização Domiciliária do CHMT e Diretora do Serviço de Medicina Interna da Instituição, realçou o virtuosismo desta opção estratégica do CHMT: “O alargamento do projeto de hospitalização domiciliária permite cuidados de saúde de proximidade e centrados no doente. É uma metodologia de trabalho sustentável e com futuro”.
Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração do CHMT, reafirmou a vontade de abertura do CHMT à comunidade: “O CHMT existe para prestar o apoio necessário à comunidade. Este protocolo acrescenta segurança aos utentes dos Lares, trazendo conforto e estabilidade, e evitando deslocações”.
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CHULC | CAPO Pediatria
Clínica de Atendimento Pré-Operatório abre no Hospital de Dona Estefânia
O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) criou uma Clínica de Atendimento Pré-Operatório (CAPO), no início de maio, no Hospital de Dona Estefânia, destinada aos utentes pediátricos, cujo objetivo é concentrar todas as etapas prévias à cirurgia (consultas e exames) num único dia.
Desta forma, após o agendamento da cirurgia, são marcadas as consultas pré-operatórias (de anestesiologia, outras consultas médicas, sempre que solicitado, e as de enfermagem), e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica (análises e raio-x, por exemplo) para o mesmo dia, até 72 horas antes da intervenção cirúrgica.
À semelhança da CAPO para adultos que funciona no Hospital de São Lázaro desde junho de 2021, a CAPO Pediatria tem como objetivo oferecer uma resposta integrada no menor tempo possível, tornando o percurso assistencial mais fácil e cómodo para os utentes e respetivas famílias, com impacto na qualidade e na eficiência dos serviços.
Esta é uma nova forma de organização que permite melhorar o acesso e diminuir os cancelamentos de cirurgias no próprio dia, contribuindo para melhorar os agendamentos nos blocos operatórios.
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Nota à Comunicação Social
Bebés passam a ter cartão de cidadão gratuito até 1 ano de idade e a comunicação do nascimento na maternidade torna-se mais simples
Os bebés, até ao primeiro ano de vida, têm, a partir de hoje, acesso gratuito ao Cartão de Cidadão, assegurando que todos os portugueses nascem cidadãos e têm o direito à sua identidade sem custos. Nesta data, em que se assinala o Dia Mundial da Criança, foi também lançada a medida Nascer + Cidadã e + Cidadão, que vai simplificar a declaração de nascimento, permitindo que este seja realizado através de uma única interação com a Administração Pública e sem que os pais necessitem de se deslocar a um balcão físico. Desta forma, será possível proporcionar maior comodidade à família, num momento especial da sua vida.
Esta é uma medida do programa SIMPLEX, desenvolvida pelas áreas governativas da Justiça e da Saúde e financiada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Numa primeira fase de teste, o Nascer + Cidadã e + Cidadão estará disponível na maternidade do Centro Hospitalar de Setúbal, prevendo-se, até ao final deste ano, o seu alargamento gradual às restantes unidades de saúde públicas, onde já existem (e continuarão a existir) os balcões Nascer Cidadão, e às unidades de saúde privadas, onde os balcões Nascer Cidadão não foram reativados após a recente pandemia.
Com esta nova forma de efetuar a declaração de nascimento do recém-nascido, através das unidades de saúde, o serviço deixa de estar sujeito a um horário limitado, uma vez que não depende da disponibilidade dos funcionários da conservatória, promovendo-se a segurança e o contacto mais rápido e simplificado com o registo civil logo após o nascimento da criança. É o funcionário da unidade de saúde que procede ao preenchimento da declaração de nascimento, com a informação prestada presencialmente pelos pais, até ao momento em que a parturiente receba alta.
No mesmo momento, os pais pedem o cartão de cidadão, agora gratuito, que passa a poder ser remetido para a morada de casa. Em 2022, foram solicitados 61.713 cartões de cidadão para crianças até um ano de idade.
Após a saída da unidade de saúde e caso os pais tenham optado por não fazer o registo na maternidade, podem recorrer aos serviços já existentes: Nascimento online, em https://justica.gov.pt/Servicos/Registar-nascimento, e serviços presenciais ao balcão do Registo.
Esta medida será apresentada na maternidade do Centro Hospitalar de Setúbal, com a presença do Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, da Ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro, do Secretário de Estado da Justiça, Pedro Ferrão Tavares, e do Secretário de Estado da Digitalização e Modernização Administrativa, Mário Campolargo.
Com o mesmo propósito de tornar a Justiça mais próxima e acessível, foi também publicada uma alteração à lei que visa superar as dificuldades na comprovação da insuficiência económica de cidadãos privados da liberdade em estabelecimentos prisionais, para efeitos de isenção das taxas de emissão e renovação do cartão do cidadão.
Telemonitorização em doentes com DPOC
HDS reduziu em 44% o número de internamentos desde a implementação do programa
Passaram mais de dois anos desde a implementação de um programa de telemonitorização em utentes com doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) no Hospital Distrital de Santarém (HDS). Entre os principais resultados obtidos, destaca-se a redução em 44% do número de episódios de internamento.
Outro benefício apontado pelo diretor do Serviço de Pneumologia do HDS, Gustavo Reis, é a diminuição em 39% do número de dias de internamento, assim como a redução em 33% do número de episódios de idas à urgência e em 47% do número de exacerbações (agravamentos dos sintomas da doença).
Implementado em outubro de 2020, o programa já envolveu, até ao momento, 14 utentes, dos quais 86% do sexo masculino e 14% do sexo feminino. Atualmente, estão a ser monitorizados à distância oito doentes, pretendendo-se que sejam abrangidos neste programa cada vez mais doentes.
De acordo com Gustavo Reis, a seleção dos utentes envolvidos no programa é feita de modo “criterioso”, com base na gravidade dos casos, sendo escolhidos os doentes com mais idas às urgências e maior número de internamentos. Segundo o pneumologista, existem doentes com diversos internamentos por ano, o que representa, em muitos casos, uma duração total de dois meses.
Na prática, a telemonitorização consiste na monitorização à distância de determinados parâmetros fisiológicos, designadamente a frequência cardíaca, a saturação de oxigénio, a temperatura e o número de passos que o doente dá por dia. Esses sinais são registados periodicamente pelo doente e são recebidos automaticamente num centro de triagem, onde profissionais de saúde supervisionam os dados recebidos. Quando os dados relativos às medições que estão a ser monitorizadas ultrapassam os limites pré-definidos como os adequados é criado um alerta, e o centro de triagem contacta o doente para avaliar a situação.
Durante o período em que o programa de telemonitorização de doentes com DPOC está em desenvolvimento no HDS, foram gerados 2.142 alertas clínicos confirmados, que evoluíram para sete descompensações da doença leves, 10 moderadas e uma grave.
O Conselho de Administração considera que “a implementação deste projeto no HDS veio, sem dúvida, trazer mais ganhos em saúde para os doentes, na medida em que o Hospital passou a disponibilizar um serviço que permite ao doente monitorizado sentir-se completamente seguro e acompanhado, sem ter descompensações que o façam recorrer ao Serviço de Urgência”.
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ACSS comemora 16 anos
A Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) celebra hoje, 1 de junho, o seu 16º aniversário
Criada em 2007, a ACSS é a entidade pública responsável pela gestão dos recursos financeiros e humanos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com o objetivo de garantir uma melhor eficiência e eficácia do sistema. É ainda responsável pela gestão das instalações e equipamentos na área da saúde, bem como pela contratação da prestação de cuidados, em articulação com a Direção Executiva do SNS.
Nos últimos anos, a ACSS destacou-se pelo papel crucial que desempenhou durante a pandemia da COVID-19, sobretudo na coordenação das ações de resposta à crise. Em março de 2022 foi distinguida com a Medalha de Serviços Distintos do Ministério da Saúde – Grau Ouro pelos serviços prestados.
O trabalho desempenhado por este instituto público, ao longo dos 16 anos, tem tido reflexo na implementação de diversas medidas destinadas a melhorar a qualidade dos cuidados de saúde prestados aos portugueses. Realça-se o desenvolvimento de novos modelos de gestão hospitalar, a criação de centros de referenciação, dos centros de responsabilidade integrados, a melhoria dos sistemas de informação, a expansão da telemedicina, o planeamento e definição de estratégias para contratação de profissionais de saúde ou a gestão financeira do SNS.
Publicado em 1/6/2023