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Notícias em 20/06/2023

imagem do post do Relatório n.º 27 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (05.06.2023 a 11.06.2023)

Relatório n.º 27 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (05.06.2023 a 11.06.2023) – INSA

20-06-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 27 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 23/2023 (5 a 11 de junho). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

  • Na semana em análise (semana 23 de 2023), observou-se um aumento da temperatura do ar. Prevê-se uma subida gradual das temperaturas do ar na semana seguinte à semana em análise, sobretudo no final da semana. Foi reportado um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), para todo o país;
  • Não foram detetados casos positivos para o vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe;
  • Na semana em análise, a notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 diminuiu. A sublinhagem XBB mantém-se dominante desde a semana 10 de 2023 e a prevalência estabilizou, registando uma frequência relativa de 95,6% nas semanas 21 e 22 de 2023;
  • Relativamente à infeção por SARS-CoV-2/COVID-19, a nível mundial, durante os últimos 28 dias (08/05 a 04/06/2023), o número de novos casos e de novos óbitos diminuiu (-38% e -47%, respetivamente), em comparação com os 28 dias anteriores. Globalmente, a prevalência da XBB.1.5 tem diminuído, representando 30,3% na semana 20 de 2023 (46,2% na semana 16/2023); a XBB.1.16 continua a aumentar em prevalência, representando 16,8% das sequências na semana 20 de 2023 (10,2% na semana 16 de 2023);
  • Face à semana anterior, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde diminuiu. A proporção de consultas por infeções respiratórias agudas e a proporção de consultas por síndrome gripal diminuíram;
  • A procura geral do SNS24 e do INEM diminuiu;
  • Observou-se uma diminuição dos episódios de urgência hospitalar, acompanhada de uma diminuição da proporção de episódios de urgência hospitalar por infeção respiratória e de uma estabilização da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal;
  • Desde a semana 14 de 2023, não são reportados casos de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos;
  • A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional.

RECOMENDAÇÕES

  • A análise sustenta a adoção de medidas de proteção contra os efeitos do calor intenso, nomeadamente beber água ou sumos de fruta naturais, mesmo sem sede, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas; fazer refeições frias, leves e comer mais vezes ao dia; utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV; manter-se em ambientes frescos arejados, pelo menos 2 a 3 horas por dia; evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas; utilizar protetor solar, com fator igual ou superior a 30; evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior; escolher as horas de menor calor para viajar de carro e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
  • Se trabalhar no exterior, hidratar-se frequentemente, proteger-se com roupa larga e chapéu e trabalhar acompanhado porque em situações de calor extremo pode ficar confuso ou perder a consciência;
  • Ter especial atenção com doentes crónicos, grávidas, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida; as grávidas devem moderar a atividade física, evitar a exposição direta ao sol e ingerir frequentemente líquidos; as crianças devem ingerir frequentemente água ou sumos de fruta naturais e permanecer em ambiente fresco e arejado; as crianças com menos de 6 meses não devem estar expostas ao sol, direta ou indiretamente; contactar e acompanhar os idosos e outras pessoas que vivam isoladas, assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado; doentes crónicos, ou sujeitos a terapêuticas ou dietas específicas, devem seguir as recomendações do médico assistente ou do SNS24: 808 24 24 24;
  • No período de maior calor, correr as persianas ou portadas. Ao entardecer deixar o ar circular pela casa;
  • Informar-se quanto às previsões meteorológicas e seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde. Mais informação pode ser consultada aqui;
  • Reforça-se a necessidade de utilização da Linha SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Em caso de emergência, ligar 112.

Recomendações da DGS para proteção contra o calor

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera, prevê um aumento gradual de temperatura a partir de 22 de junho, esperando-se a emissão de avisos de tempo quente a partir de 23 de junho, dia em que as máximas terão uma subida generalizada entre 4 a 7 graus. É expectável a ocorrência de valores acima de 30 graus e valores entre os 35 e os 40 graus no interior, em especial na região Sul.

É expectável, segundo o IPMA, a ocorrência de uma onda de calor no final do mês de junho e índices de radiação ultravioleta também muito elevados.

Face a esta previsão a Direção-Geral da Saúde recomenda:

  1. Procurar ambientes frescos e arejados ou climatizados;
  2. Aumentar a ingestão de água, pelo menos 1,5 litros/dia o equivalente a 8 copos. Beber sumos de fruta natural sem adição de açúcar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas;
  3. Evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas. Utilizar protetor solar com fator igual ou superior a 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas e após os banhos na praia ou piscina;
  4. Utilizar roupa solta, opaca e que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção ultravioleta;
  5. Evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente desportivas e de lazer no exterior;
  6. Escolher as horas de menor calor para viajar de carro. Não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol;
  7. Dar atenção especial a grupos mais vulneráveis ao calor, tais como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas, pessoas com mobilidade reduzida, trabalhadores com atividade no exterior, praticantes de atividade física e pessoas isoladas;
  8. Os doentes crónicos ou sujeitos a medicação e/ou dietas especificas devem seguir as recomendações do médico assistente ou do centro de contacto SNS 24: 808 24 24 24;
  9. Assegurar que as crianças consomem frequentemente água ou sumos de fruta natural e que permanecem em ambiente fresco e arejado. As crianças com menos de 6 meses não devem estar sujeitas a exposição solar, direta ou indireta;
  10. Contactar e acompanhar as pessoas idosas e outras pessoas que vivam isoladas. Assegurar a sua correta hidratação e permanência em ambiente fresco e arejado;
  11. Ter cuidados especiais, nomeadamente: moderar a atividade física, evitar a exposição direta ou indireta ao sol e garantir ingestão frequente de líquidos;

Para se proteger dos efeitos negativos do calor intenso mantenha-se informado, hidratado e fresco.

Mais informação pode ser obtida nas páginas da Direção-Geral da Saúde, em www.dgs.pt e do Instituto Português do Mar e da Atmosfera em www.ipma.pt .


PRR | Novo impulso ao investimento e requalificação nos cuidados de saúde primários

Nova fase de investimentos prevê a construção de mais 31 unidades de saúde e a remodelação de mais 176

Os avisos para apresentação de candidaturas a financiamento no âmbito do Plano De Recuperação e Resiliência (PRR), publicados pela Administração Central do Sistema de Saúde, disponibilizam verbas para a construção de mais 31 novos centros de saúde e para a remodelação de 176 unidades, cujos projetos podem agora ser submetidos pelas autarquias e outras entidades beneficiárias.

Os novos centros de saúde juntam-se aos 52 projetos de novas construções aprovados no aviso lançado em julho de 2022. O PRR tem como meta construir 100 novas unidades de saúde até 2026, ficando agora publicados e/ou aprovados um total de mais de 120 milhões de euros para novas construções, correspondentes a 81% da dotação total prevista para esta medida.

Relativamente às renovações, os 176 projetos previstos neste segundo aviso acrescem aos 132 projetos previamente aprovados. No total, o PRR permitirá renovar ou adaptar 326 instalações de saúde, que vão prestar melhores cuidados de saúde em proximidade, com instalações renovadas e adaptadas em termos de eficiência energética, acessibilidade, segurança e conforto, entre outras dimensões relevantes. Com este aviso, esta medida tem publicados e/ou aprovados 102 milhões de euros, representando 65% do valor total inscrito no PRR para remodelações.

O Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) é um programa de aplicação nacional, com prazo de execução até 2026, que visa implementar reformas e investimentos destinados a repor o crescimento económico sustentado após a pandemia, reforçando o objetivo de convergência com a Europa, ao longo da próxima década. A área da Saúde é central no PRR, com uma verba total prevista de cerca de 1300 milhões de euros para o fortalecimento de áreas como os cuidados de saúde primários, mas também a transição digital, os cuidados continuados integrados e os cuidados paliativos, e a saúde mental.

Na área da Saúde, a ACSS é a entidade Beneficiário Intermediário de diversas medidas e também a entidade responsável pelo acompanhamento e monitorização dos destinados a reforçar a capacidade do SNS.

Avisos publicados

Aviso Convite nº 14/C01-i01/2023
Investimento RE-C01-i01 – Cuidados de Saúde Primários com mais respostas: Requalificar ou adaptar edifícios para aumentar a eficiência energética, cumprir planos de contingência e/ou assegurar a acessibilidade, a segurança e o conforto de utentes e profissionais. – 2.ª Fase

Aviso Convite nº 13/C01-i01/2023
Investimento RE-C01-i01 – Cuidados de Saúde Primários com mais respostas: Construir novas unidades/polos de saúde, com necessidades de energia primária pelo menos inferiores em 20% ao padrão NZEB, para substituir edifícios desadequados. – 2 ª Fase

Consulte toda a informação sobre o PRR | Saúde aqui.

Publicado em 20/6/2023


Combater a Malária

20/06/2023

Secretária de Estado da Promoção da Saúde participou em conferência da Gavi, the Vaccine Alliance

Portugal tem um programa de vacinação de excelência em termos técnicos e logísticos e tem partilhado a sua experiência e o seu conhecimento com muitos outros países, nomeadamente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), proporcionando, por exemplo, formação de profissionais. Esta foi uma das principais mensagens transmitida pela Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, em Madrid, onde participou na conferência “Raising Generation immUnity: Global vaccine impact conference”, organizada pela Gavi, the Vaccine Alliance, entre os dias 13 e 15 de junho.

A Secretária de Estado começou por elogiar o trabalho da Gavi em termos de metas de vacinação alcançadas a nível mundial. “O mundo é um lugar mais justo e seguro graças à Gavi. É uma honra participar e contribuir para esse sucesso”, salientou Margarida Tavares. A governante participou num painel específico relacionado com o combate à malária, que focou o que é necessário fazer para que as novas vacinas contra a doença cheguem de forma rápida e equitativa a todos os países onde a infeção existe.

“Portugal é um país pequeno – somos apenas 10 milhões de habitantes. Conseguimos implementar um Programa Nacional de Vacinação há quase 60 anos, a partir de 1965. Naquela época, éramos um país pobre, sob uma ditadura. O nosso programa nacional de vacinação foi e é um tremendo sucesso, temos cobertura vacinal consistentemente acima de 95%”, destacou a Secretária de Estado, que manifestou a total disponibilidade de Portugal para partilhar a sua experiência e apoiar outros países.

“Mais uma vez, durante a Covid-19, fomos um dos primeiros países do mundo a atingir uma das maiores coberturas vacinais. Por isso, conseguimos abrir o país mais rapidamente e permitir uma recuperação da economia mais rápida. Estimamos ter evitado, com a vacinação contra a Covid-19, 12.000 mortes, 1,2 milhão de infeções e mais de 2 milhões de dias de internamento durante os dois anos de pandemia”, explicou Margarida Tavares. E acrescentou: “Mais do que nossos recursos financeiros, podemos partilhar os nossos conhecimentos em termos de investigação, logística, tecnologia, etc.”.

Relativamente à vacinação contra a malária, a governante defendeu que é preciso garantir a cobertura universal, o que passa por combater a hesitação vacinal de forma transversal, mas investindo sempre na formação dos cidadãos e envolvendo-os nas decisões, que sejam justas e adaptadas à realidade de cada país.

“Temos de criar parcerias com diversos setores da sociedade, promovendo uma rede de embaixadores da vacinação, com o objetivo de chegar cada vez a mais públicos-alvo, tornando mais eficiente a promoção da vacinação como um direito, um dever e um ato de cidadania”, reforçou Margarida Tavares.


Concurso da ONU destaca ilustrações sobre a inclusão de pessoas refugiadas

Assinala-se hoje, dia 20 de junho, o Dia Mundial do Refugiado, uma data designada pelas Nações Unidas para homenagear as pessoas refugiadas em todo o mundo. A efeméride celebra a força e a coragem das pessoas que foram forçadas a deixar seu país de origem em razão de conflitos ou perseguições.

Pelo interesse que reveste, nomeadamente junto da população juvenil, divulga-se o concurso “Youth with Refugees Art Contest”, com o tema escolhido para celebrar a efeméride deste ano: “Esperança longe de casa”. Serão motes: Ninguém escolhe sair de casa. Ninguém escolhe tornar-se refugiado/a. O que lhe daria esperança se um dia fosse forçado a sair de casa? Ou o que lhe deu esperança, no caso de ser refugiado/a?

O concurso, aberto até 30 de setembro, é dinamizado pela Agência da ONU para Refugiados (ACNUR) em parceria com a UNIQLO. Apela às/aos jovens de todo o mundo, entre os 10 e os 30 anos, que enviem um desenho que ilustre o poder de ações de inclusão de pessoas refugiadas. Este ano, os melhores designs serão transformados em t-shirts, cujas receitas reverterão para apoiar pessoas deslocadas em todo o mundo. Os/as vencedores/as serão divulgados nas plataformas e redes sociais do ACNUR e UNIQLO com milhões de seguidores/as. Os/as finalistas receberão prémios especiais e brindes do ACNUR.

Porque os Direitos Humanos também são uma questão de Saúde, participe e partilhe esta iniciativa!

Mais informações aqui.


Instituto Ricardo Jorge integra Conselho Português para a Saúde e Ambiente

20-06-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) integra, desde maio, o Conselho Português para a Saúde e Ambiente (CPSA), uma associação que tem como objetivo promover a intervenção dos profissionais de saúde nas questões da mudança climática, da degradação ambiental e do seu impacte na saúde, bem como alertar para a necessidade do setor da saúde reduzir a sua pegada ecológica. O INSA é representado no CPSA pelo Presidente do seu Conselho Diretivo, Fernando de Almeida.

Tendo em conta a relevância da missão do CPSA, assim como os interesses comuns na defesa da Saúde Pública, o INSA aceitou o convite para ser membro desta associação, juntando-se assim a um conjunto de mais de 40 organizações e entidades que pretendem contribuir para a redução da pegada ecológica do setor da saúde, capacitando o sistema de saúde para responder a esta e a eventuais eventos inesperados. É ainda objetivo do CPSA identificar oportunidades e disponibilizar-se enquanto parceiro para convocar a ciência para apoiar as decisões políticas neste âmbito.

Para isso, o CPSA pretende contribuir para a consciencialização da população e dos profissionais de saúde para as questões do ambiente e para a necessidade de mudança de comportamentos, fazendo das organizações ligadas à saúde agentes ativos na defesa de práticas sustentáveis e modelos na adoção de comportamentos ecologicamente corretos, para que em cada área da saúde sejam identificadas oportunidades de melhoria na redução das respetivas pegadas ecológicas. A adoção de uma ética ambiental por parte das empresas, a melhoria da educação dos profissionais de saúde neste âmbito e o incentivo à investigação são outros dos objetivos deste Conselho.

Oficialmente designado Conselho Português para Saúde Ambiente – Associação, o CPSA foi criado em outubro de 2022 com o objetivo de criar sinergias e uma estratégia comum para a defesa de medidas com vista à redução da emissão de gases com efeito de estufa e da degradação ambiental e suas consequências sobre a saúde das pessoas. Foram admitidas na primeira assembleia 39 organizações ligadas à saúde, com o estatuto de associados fundadores, entre elas cinco ordens profissionais, associações, sociedades científicas, laboratórios, grupos privados de saúde, a Santa Casa de Misericórdia de Lisboa e a indústria farmacêutica.

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