27-06-2023 Está disponível o n.º 24 (2011-2022) do Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP)
No final de 2022, em cada 100 trabalhadores que constituem a população ativa (empregados e desempregados) 14,1 trabalhavam numa entidade das administrações públicas.
Em cada 10 trabalhadores nas administrações públicas, mais de 6 eram mulheres, em resultado de uma elevada taxa de participação feminina nas administrações públicas (61,8%), quando comparada com o índice de participação das mulheres no mercado de trabalho em geral (49,9%). A taxa de participação feminina era mais expressiva nas administrações regionais da Madeira (69,9%) e dos Açores (66,2%).
A idade média estimada para o total dos trabalhadores das administrações públicas era de 48,1 anos, tendo aumentado 4,5 anos em comparação com o final de 2011. Não considerando as carreiras das Forças Armadas e de Segurança, onde se verificam os maiores índices de juventude e de renovação, a idade média dos trabalhadores civis das administrações públicas aumentou, de forma geral, para os 49,1 anos de idade, sendo mais elevada nos homens (49,4 anos) do que nas mulheres (48,9 anos).
O nível de tecnicidade do emprego nas administrações públicas (medido pelo peso dos trabalhadores com ensino superior) era elevado (55,3%), situando-se 23,0 p.p. acima do mesmo indicador registado para a população ativa. Por subsetor, o valor máximo deste indicador registava-se na administração central (61,3%) e o mínimo na administração local (30,0%). O nível de tecnicidade das mulheres nas administrações públicas era superior ao verificado para os homens: 62,6% e 43,6%, respetivamente.
Entre dezembro de 2011 e dezembro de 2022, observou-se um crescimento contínuo dos postos de trabalho ocupados por trabalhadores com deficiência (com incapacidade permanente igual ou superior a 60%) nas administrações públicas, destacando-se o maior aumento das mulheres, as quais representavam 68,6% do total dos trabalhadores com deficiência no final de 2022.
Segundo os dados recolhidos no SIOE, o Norte era a região NUTS II que abrangia maior número de estabelecimentos de educação e de ensino básico e secundário públicos em dezembro de 2022 (290). Neste tipo de estabelecimentos, o Algarve registava, em média, o maior número de docentes por estabelecimento (183,9), seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (172,5) e o Norte (158,3).
No território português, o emprego público na “Atividade de saúde humana” concentrava-se, considerando as regiões NUTS II, no Norte, na Área Metropolitana de Lisboa e na região Centro (no conjunto, 82,1% do total de emprego em saúde).
No indicador Pessoal de saúde por 1 000 residentes, destacam-se as regiões autónomas por apresentarem os valores mais elevados (13,5 na Região Autónoma dos Açores e 12,1 na Região Autónoma da Madeira) enquanto nas restantes regiões NUTS II os valores se aproximavam da média nacional (9,4 trabalhadores da saúde por 1 000 habitantes).
O emprego nas empresas públicas e demais entidades públicas que integram o sector público (sociedades financeiras e não financeiras) caracterizava-se por uma estrutura maioritariamente masculina, sendo este indicador particularmente relevante nas entidades detidas pela administração regional da Madeira (83,9% de homens e 16,1% de mulheres).
A 31 de dezembro de 2022, a idade média estimada dos trabalhadores de empresas públicas e demais entidades públicas detidas pela administração central era 44,9 anos. Nas mesmas entidades, 65,2% do total de trabalhadores eram assistentes técnicos/administrativos e assistentes operacionais/operários/auxiliares. Nas entidades detidas pela administração local, a idade média dos trabalhadores nas carreiras de assistentes técnicos e operacionais (83,6% do total de trabalhadores) era de 46,3 e 47,1 anos, respetivamente.
Veja neste BOEP n.º 24 um conjunto de dados e indicadores de caracterização de emprego público e remunerações a partir da informação recolhida através do Sistema de Informação da Organização do Estado (SIOE): estrutura etária e níveis de escolaridade dos trabalhadores das administrações públicas e nas sociedades não financeiras e financeira do sector público; emprego e remunerações por atividade económica; distribuição geográfica do emprego por NUTS, entre outros indicadores.
O BOEP n.º 24 inclui informação complementar dos dados da série desde 2011 publicados na SIEP do 1.º trimestre 2023.
boletim estatístico do emprego público (BOEP)
Boletim Estatístico do Emprego Público (BOEP), através do qual a DGAEP pretende contribuir para a divulgação de dados e indicadores estatísticos sobre emprego público no âmbito das estatísticas do mercado de trabalho: estrutura etária e níveis de escolaridade por sexo dos trabalhadores das administrações públicas e nas sociedades não financeiras e financeiras do sector público; emprego e remunerações por atividade económica; distribuição geográfica do emprego nos estabelecimentos de educação e de saúde públicos, entre outros indicadores.
BOEP n.º 24 – Quadros Cap1 Administrações públicas