Projeto do HGO visa minimizar a ansiedade das crianças internadas e dos seus acompanhantes

Foi inaugurado esta semana o projeto “Sobre Rodas” desenvolvido pelo Grupo de Humanização da Pediatria do Hospital Garcia de Orta (HGO), que tem como objetivo minimizar a ansiedade das crianças internadas e dos seus acompanhantes, transformando a sua passagem pela instituição, incluindo as deslocações dentro da instituição, numa divertida aventura sobre rodas.

De acordo com o HGO, as crianças têm agora a oportunidade de conduzir um dos veículos elétricos (oferecidos pela Auchan, Feber, Colégios das Faias e Atlantic Spare Parts Group) pelas “autoestradas” que ligam o Internamento de Pediatria e Cirurgia Pediátrica ao bloco operatório e a outros serviços de adultos, onde as crianças se deslocam para a realização de exames complementares de diagnóstico.

A sessão de inauguração contou com a presença da Presidente do Conselho de Administração, Teresa Machado Luciano, da Enfermeira Diretora, Paula Franco, e com os parceiros APSI e Essilor.

Para saber mais, consulte:

HGO – https://www.hgo.min-saude.pt/

Secretário de Estado da Saúde participou em colóquio do Conselho Português para a Saúde e Ambiente

O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, participou esta terça-feira, 27 de junho, no colóquio Estratégias de Sustentabilidade Ambiental nas Organizações de Saúde, promovido pelo Conselho Português para a Saúde e Ambiente (CPSA). O governante sublinhou a importância de haver um fórum de discussão sobre este tema em Portugal, reiterando o apoio dado à iniciativa pelo Ministério da Saúde desde a constituição do CPSA em outubro de 2022.

Ricardo Mestre sublinhou a necessidade de conhecer e replicar as boas práticas nesta área, no setor privado, social e no Serviço Nacional de Saúde, de que é exemplo o investimento superior a 100 milhões de euros feito nos últimos anos nos hospitais públicos no âmbito do POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos) para projetos de eficiência energética. Um dos casos de estudo apresentados no colóquio foi precisamente o do Centro Hospitalar Lisboa Norte, que auferiu de 15 milhões de euros – a maior candidatura financiada – e fez uma profunda remodelação nas suas instalações e equipamentos térmicos. A intervenção permitiu reduzir o consumo energético em 30%, somando-se a poupanças significativas que já tinham sido obtidas no consumo de água, nomeadamente com a reativação de antigos poços no perímetro hospitalar.

“Temos de nos deixar contagiar pelas boas práticas e contagiar outros com os exemplos de excelência do SNS”, frisou Ricardo Mestre, que referiu ainda que a maior parte dos investimentos apoiados pelo PRR na Componente do SNS concorrem para a melhoria da eficiência energética no sector da Saúde, onde se destaca a construção de mais de uma centena de novos centros de saúde e remodelações em mais de 300 unidades, bem como a aquisição de 780 viaturas elétricas. Também o processo de desmaterialização no SNS, iniciado há 10 anos com a aplicação PEM – Prescrição Eletrónica Médica, deu passos no sentido de uma maior sustentabilidade ambiental da prestação de cuidados. “Neste período foram emitidas cerca de 360 milhões de receitas eletrónicas, das quais mais de 207 milhões foram Receitas sem Papel (desmaterializadas)”, vincou Ricardo Mestre.

O governante defendeu a necessidade de continuar a acompanhar a evolução das boas práticas nesta área, por forma a definir uma estratégia global que envolva as diferentes instituições. “Esta é uma agenda que interessa a todos”, concluiu.

Ministro da Saúde esteve na sede do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, futura agência da UE

O Ministro da Saúde participou esta segunda-feira, 26 de junho, na cerimónia do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência que assinalou o Dia Internacional Contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas. Na receção na sede do organismo europeu em Lisboa, o Ministro da Saúde reiterou o compromisso nacional nesta área. “O tema deste ano, ‘As pessoas em primeiro lugar: acabar com o estigma e a discriminação, fortalecer a prevenção”, é central e deve ser sempre a nossa prioridade”, afirmou Manuel Pizarro, recordando que Portugal foi um país pioneiro na descriminalização do uso e posse de drogas em 2001.

“Ao fazer isso, não estabelecemos apenas um precedente internacional. Conseguimos mitigar uma ameaça social profunda que afetava famílias de todas as origens, independentemente de seu estatuto socioeconómico. Essa abordagem teve também um papel crucial na resposta às epidemia do VIH e hepatite”, vincou.

O Ministro da Saúde salientou que está em curso uma reorganização da resposta nacional às dependências e comportamentos ativos, que pretende reforçar a cooperação entre todas as partes, incluindo a sociedade civil, e fortalecer os serviços locais para melhor responder às pessoas. Destacou também a emergência de novos desafios, não só em Portugal mas a nível internacional, como o aparecimento de novas drogas sintéticas ou o envelhecimento dos utilizadores, que representa necessidades acrescidas de saúde.

“Para superar estes desafios, temos de permanecer unidos, demonstrando solidariedade e colocando o bem-estar e os direitos humanos em primeiro lugar. Não podemos ceder a perspetivas simplistas, mas sim esforçarmo-nos para compreender as complexidades desta realidade”, apelou Manuel Pizarro, sublinhando que a transformação do atual observatório europeu numa nova agência da EU contra as drogas é uma oportunidade para estreitar a cooperação e o trabalho nesta área. “O nosso foco deve ser apoiar aqueles que lidam com a dependência e envolvê-los nas decisões sobre a sua recuperação, em vez de estigmatizá-los ou culpá-los. Combatemos as drogas, não as pessoas que as usam”, concluiu o Ministro da Saúde.

A nova Agência da União Europeia sobre Drogas, aprovada esta semana pelo Conselho Europeu, iniciará funções em 2024 e vai manter a sede em Lisboa.

Saiba mais em: https://www.consilium.europa.eu/pt/press/press-releases/2023/06/27/council-gives-final-green-light-to-creation-of-eu-drugs-agency/

Ministro da Saúde anunciou que esta nova unidade de saúde será construída num prazo de cinco anos

O novo hospital do Oeste vai ser construído na Quinta do Falcão, no Bombarral, num prazo estimado de cinco anos, anunciou esta terça-feira, dia 27 de junho, o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro.

“Não há nenhuma dúvida de que a população do Oeste merece um hospital muito mais diferenciado e de muito maior dimensão”, afirmou Manuel Pizarro, nas Caldas da Rainha, onde anunciou a escolha da Quinta do Falcão, no Bombarral, distrito de Leiria, como a melhor localização para a nova unidade hospitalar.

Isto, acrescentou o ministro da Saúde, “só é possível transformando o atual centro hospitalar, com várias unidades dispersas em várias cidades, num único edifício que tenha um certa centralidade e que permita essa concentração [de serviços] que vai permitir a diferenciação técnica do hospital”.

De acordo com o governante, esta decisão, comunicada aos 12 municípios do Oeste “não é unânime”, mas é aquela que o Ministério considerou a ideal dada a localização “no centro geográfico da região, com uma belíssima acessibilidade rodoviária, a dois minutos da autoestrada 8 e a menos de quatro minutos de uma estação de caminho-de-ferro”.

O Ministro da Saúde adiantou ainda que irá ser estudado o modelo de financiamento, admitindo poder “optar por um sistema de parceria público-privada para a construção e manutenção futura do hospital”, ou, em alternativa, “por um sistema de financiamento baseado no Orçamento do Estado”.

A previsão do ministro é de que o estudo esteja concluído até outubro, após o que será anunciado o lançamento do concurso para o projeto, de acordo com “o sistema de financiamento economicamente mais vantajoso”.

Segundo Manuel Pizarro, o novo hospital “vai ter cerca de 480 camas (..) e praticamente todas as especialidades médicas em adição a todas que já existem” nos três hospitais do Centro Hospitalar do Oeste, entre as quais, exemplificou, “urgência de psiquiatria e um laboratório de hemodinâmica para os exames de intervenção cardíaca urgentes”.

O novo hospital irá substituir o atual Centro Hospitalar do Oeste, que integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche, tendo uma área de influência constituída pelos concelhos de Caldas da Rainha, Óbidos, Peniche, Bombarral, Torres Vedras, Cadaval e Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra.