Mpox em Portugal e no Mundo – Informação Mensal Junho 2023 – DGS
A 30 de junho de 2023 confirmam-se 12 novos casos de mpox em Portugal. Desde o início do surto de infeção humana por vírus mpox e até 30 de junho de 2023 foram reportados em Portugal um total de 965 casos confirmados laboratorialmente, incluindo um óbito. Desde 27/03/2023 que não eram reportados novos casos em Portugal. Os 12 novos casos foram reportados entre 19 e 30 de junho de 2023.
Desde 16 de julho de 2022 a 28 de junho de 2023 foram vacinadas 4.574 pessoas, a maioria das quais na região de LVT. Das 7.440 inoculações, 6.490 ocorreram em contexto de pré-exposição.
Face ao ressurgimento de novos casos em Portugal, a DGS reforça a necessidade de interromper as cadeias de transmissão no contexto dos festivas de verão. Mantêm-se ativas a Orientação nº 004/2022 e a Norma 006/2022, com enfoque na deteção precoce, a confirmação laboratorial de casos e o seu isolamento, assim como a vacinação com duas doses. A DGS reforça ainda a pertinência da Informação nº 003/2022 no contexto do envolvimento da comunidade na redução das cadeias de transmissão.
A lista de locais de vacinação encontra-se atualizada no site da DGS na página de Perguntas Frequentes. O site da DGS permite ainda o acesso a diferentes materiais de divulgação sobre vacinação, podendo a versão impressa dos mesmos ser solicitada à DGS através do email comunicacao@dgs.min-saude.pt.
Aceda ao documento “Mpox em Portugal e no Mundo – Informação Mensal Junho 2023” na íntegra aqui.
Relatório n.º 29 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (19.06.2023 a 25.06.2023) – INSA
30-06-2023
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 29 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 25/2023 (19 a 25 de junho). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os pontos do resumo desta semana são:
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
- Na semana em análise (semana 25 de 2023), observou-se um aumento da temperatura do ar. Prevê-se a manutenção de tempo quente e seco e um aumento da média da temperatura do ar na semana seguinte à semana em análise. Foi reportado um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), para todo o país;
- Não foram detetados casos positivos para o vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe;
- Na semana em análise, a notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 diminuiu. A sublinhagem XBB mantém-se dominante desde a semana 10 de 2023 e a prevalência estabilizou, registando uma frequência relativa de 95,6% nas semanas 21 e 22 de 2023;
- Relativamente à infeção por SARS-CoV-2/COVID-19, a nível mundial, durante os últimos 28 dias (22/05 a 18/06/2023), o número de novos casos e de novos óbitos diminuiu (-48% e -58%, respetivamente), em comparação com os 28 dias anteriores. Globalmente, a prevalência da XBB.1.5 tem diminuído, representando 23,3% na semana 22 de 2023 (36,7% na semana 18/2023); a XBB.1.16 continua a aumentar em prevalência, representando 21,9% das sequências na semana 22 de 2023 (14,1% na semana 18 de 2023);
- Face à semana anterior, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde diminuiu. A proporção de consultas por infeções respiratórias agudas diminuiu e a proporção de consultas por síndrome gripal estabilizaram;
- A procura geral do SNS24 diminuiu e do INEM aumentou;
- Observou-se uma diminuição dos episódios de urgência hospitalar, acompanhado de uma diminuição da proporção de episódios de urgência hospitalar por infeção respiratória e de um aumento (ainda que sem expressão) da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal;
- Desde a semana 14 de 2023 que não são reportados casos de internamentos em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório em crianças com menos de 2 anos;
- A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional.
RECOMENDAÇÕES
- A análise sustenta a adoção de medidas de proteção contra os efeitos do calor intenso, nomeadamente beber água ou sumos de fruta naturais, mesmo sem sede, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas; fazer refeições frias, leves e comer mais vezes ao dia; utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV; manter-se em ambientes frescos arejados, pelo menos 2 a 3 horas por dia; evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas; utilizar protetor solar, com fator igual ou superior a 30; evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior; escolher as horas de menor calor para viajar de carro e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol; ter especial atenção a doentes crónicos, grávidas, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Os trabalhadores no exterior devem ainda hidratar-se frequentemente e trabalhar acompanhados, porque em situações de calor extremo pode ficar confusos ou perder a consciência;
- No período de maior calor, correr as persianas ou portadas. Ao entardecer deixar o ar circular pela casa;
- Informar-se quanto às previsões meteorológicas e seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde. Mais informação pode ser consultada aqui;
- Reforça-se a necessidade de utilização da Linha SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Em caso de emergência, ligar 112;
- Atendendo ao aumento da temperatura do ar, reforçou-se junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde a importância de divulgar as recomendações da Direção-Geral da Saúde e acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo às populações de risco. Reforçou-se a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o calor através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais.
Força Operacional Conjunta
Equipa portuguesa de 140 operacionais enviada para ajudar no combate aos incêndios no Canadá está de regresso a Portugal
A Força Operacional Conjunta (FOCON) composta por 140 operacionais que Portugal enviou para o Canadá, para ajudar a combater os incêndios florestais que assolam aquele país da América do Norte, chegou a Lisboa, quinta-feira, dia 29 de junho.
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, acompanhou o Ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, e o Ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, no momento da chegada da força operacional portuguesa, 15 dias depois de ter iniciado a missão, integrada no âmbito do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
“Deixo um agradecimento especial ao INEM pelo apoio médico que deram a cada um dos operacionais desta força”, disse Margarida Tavares. A equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica foi constituída por 7 profissionais e teve como principal missão a prestação de apoio médico.
A equipa disponibilizou todo o equipamento e material clínico necessários para garantir o apoio médico diferenciado ao nível de Suporte Avançado de Vida e Suporte Avançado de Vida em Trauma. A equipa do INEM foi constituída por dois médicos, dois enfermeiros e dois técnicos de emergência pré-hospitalar e um logístico.
A Focon, composta por 140 operacionais da Associação Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), da Força Especial de Proteção Civil da ANEPC, da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro (UEPS) da Guarda Nacional Republicana (GNR), do Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), elementos das corporações de bombeiros da Região Centro e da Região Autónoma da Madeira, e do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), partiu de Lisboa em 14 de junho.
Grupo de Resolução dos High Users
HGO criou projeto para identificar doentes que recorrem mais vezes às urgências
O Hospital Garcia de Orta (HGO) criou em 2016 um projeto para acompanhar os utentes que recorrem às urgências 10 ou mais vezes num ano (os chamados high users ou utilizadores muito frequentes), conseguindo o acompanhamento individualizado de 400 doentes e a redução da procura daquele serviço.
Segundo o HGO, a ideia de criar o projeto Grupo de Resolução dos High Users (GRHU) surgiu depois de ter sido identificado que este problema nacional e internacional de utilização inadequada dos Serviços de Urgência estava a ocorrer na unidade.
Um balanço do projeto revela que em 31 de dezembro de 2022 se registava uma redução de 63,9% de utentes ‘high users’, face a dezembro de 2016, o que correspondeu a um decréscimo de 67% do número de episódios em urgência.
No âmbito da sua atividade, o GRHU elabora um plano individual de integração para cada high user, com a colaboração de todos os intervenientes, incluindo as equipas de família das unidades de saúde a que os utentes pertencem.
O GRHU é um grupo de trabalho multidisciplinar, constituído com o apoio do Conselho de Administração do HGO e da Direção do Agrupamento de Centros de Saúde Almada-Seixal, e integra cinco médicos, cinco enfermeiros e três assistentes sociais, das duas instituições.
Os principais objetivos do GRHU são: a promoção da gestão integrada dos cuidados centrados nas pessoas; a melhoria do encaminhamento e acessibilidade aos cuidados de saúde, incluindo o apoio social; a adequada e efetiva articulação e integração das diferentes estruturas prestadoras de cuidados; a promoção de ganhos em saúde e atitudes preventivas e a otimização da resposta do Serviço de Urgência Geral aos utentes efetivamente urgentes e emergentes.
Os utilizadores muito frequentes apresentam, genericamente, necessidades complexas – problemas de saúde mental e física, doenças crónicas múltiplas, suporte social insuficiente e dificuldades socioeconómicas. No plano individual são identificadas as necessidades e os recursos disponíveis para cada utente e é atribuído um gestor de caso de entre os elementos dos GRHU, com o objetivo de avaliar e monitorizar a sua execução.
O projeto, que conta com uma parceria com a Value for Health CoLAB, da Nova Medical School, é um modelo de integração de cuidados centrados na pessoa, articulando recursos sociais (IPSS e outras instituições da comunidade), recursos familiares (rede de suporte e habitação), cuidados hospitalares (serviço de urgência geral e especialidades) e cuidados de saúde na comunidade (equipa de família e equipas de cuidados na comunidade).
Os high users têm alta quando, cumulativamente, tenham menos de quatro episódios de urgência nos 12 meses anteriores e menos de três episódios nos seis meses anteriores.
Para saber mais, consulte:
Governo prolonga incentivos para aumentar atividade hospitalar no SNS
Regime de incentivos permitiu a realização de mais de 100 mil cirurgias e de mais de 240 mil consultas adicionais
O Governo decidiu prorrogar, até ao final do primeiro trimestre de 2024, o regime excecional de incentivos aplicável à recuperação da atividade assistencial nas unidades de saúde hospitalares. O Ministério da Saúde reconhece desta forma a importância de manter este programa enquanto decorre o período de implementação das alterações estruturais na organização interna dos hospitais, nomeadamente o alargamento dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRIs), que visam uma maior eficiência no planeamento e resposta às necessidades de saúde da população.
Uma portaria assinada pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, prolonga este regime de incentivos até março de 2024, procedendo ao ajuste dos modelos que vigoraram até esta sexta-feira, 30 de junho.
Depois das fases agudas da pandemia, que obrigaram a uma profunda reorganização dos serviços, o SNS tem registado uma forte dinâmica de recuperação de atividade, com um aumento significativo das diferentes linhas de prestação de cuidados, acompanhado por um aumento da procura.
Em 2023, até maio, foram feitas mais de 7,9 milhões de consultas presenciais nos cuidados de saúde primários, um aumento de 9,4% face a 2022. Nos hospitais foram feitas quase 1,7 milhões de primeiras consultas hospitalares, mais 6% do que em 2022. Ultrapassaram-se as 355 mil intervenções cirúrgicas, um crescimento de 11,1% face ao registado no ano passado.
Esta recuperação de atividade tem-se traduzido num aumento das referenciações, uma realidade expectável após o período da pandemia que condicionou a procura e acesso aos serviços de saúde e a que importa responder, o que motivou a decisão de prolongar os incentivos neste nível de cuidados, onde podem ter mais impacto no cumprimento dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos. Mantém-se também a valorização positiva da atividade feita pelos Centros de Responsabilidade Integrados dos hospitais, introduzida este ano, por forma a incentivar a reorganização interna dos hospitais do SNS.
O programa de incentivos agora prorrogado teve início em julho de 2020, contribuindo para impulsionar a trajetória de recuperação de atividade nos termos previstos no Programa de Estabilização Económica e Social (PEES). Desde então, foram realizadas mais de 100 mil cirurgias ao abrigo deste programa e mais de 240 mil primeiras consultas hospitalares.
O Ministério da Saúde reitera o seu compromisso com uma requalificação da resposta do Serviço Nacional de Saúde que cumpra os objetivos de aumentar o acesso da população à saúde, um processo indissociável da valorização das carreiras profissionais e da reformulação de modelos de organização da prestação de cuidados.
Projeto “Ligue Antes, Salve Vidas”
SNS 24 agendou 62% de utentes para consultas dos cuidados de saúde primários
“Ligue Antes, Salve Vidas” é a mensagem de apelo à população de Póvoa de Varzim e Vila do Conde lançada há 1 mês, para ligar para o SNS 24 (808 24 24 24) antes de se deslocar ao Serviço de Urgência. O piloto foi lançado no dia 24 de maio, através de uma campanha de multimeios, centrando-se em sensibilizar e informar os utentes para a correta utilização dos serviços de saúde.
De acordo com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em 28 dias de serviço, os números registados são considerados positivos. Das mais de 6.100 triagens realizadas pelo SNS 24 aos utentes inscritos no Centro Hospitalar Póvoa de Varzim – Vila do Conde (CHPVVC), mais de 54% foram encaminhados para os cuidados de saúde primários e com consulta agendada em menos de 24h, sendo que 62% tiveram a consulta marcada através do SNS 24. Ou seja, foram agendadas mais de 2 mil consultas nos cuidados de saúde primários no mesmo dia ou no dia seguinte. Mais de 10% das pessoas permaneceram em autocuidados em domicílio.
O “Ligue Antes, Salve Vidas” inclui medidas no âmbito da literacia em saúde, cuja finalidade é reforçar a utilização preferencial do contacto com a linha SNS 24 como porta de entrada no SNS, pela possibilidade de organização e gestão dos serviços de saúde disponíveis para a resposta à doença aguda, através de um encaminhamento adequado: autocuidados em domicílio, consulta aberta em cuidados de saúde primários (com consulta agendada no mesmo dia ou no dia seguinte) e Serviço de Urgência.
Sob a coordenação da Direção Executiva do SNS, o Agrupamento dos Centros de Saúde (ACeS) Póvoa do Varzim/Vila do Conde e o Centro Hospitalar Póvoa do Varzim/Vila do Conde (CHPVVC) este projeto-piloto, integrado e multi-institucional , foi construído conjuntamente com a SPMS, Direção-Geral da Saúde, Instituto Nacional de Emergência Médica, Administração Regional de Saúde do Norte e Administração Central do Sistema de Saúde.
Para saber mais, consulte:
Direção Executiva do SNS – Ligue Antes, Salve Vidas
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Novo sistema de aviso em tempo real alerta para o risco dos ocupantes de edifícios durante eventos climáticos extremos – INSA
30-06-2023
O Instituto Superior Técnico (IST) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) apresentaram, dia 30 de junho, nas instalações do INSA em Lisboa, o portal CLIMAEXTREMO, uma plataforma que identifica em tempo real os municípios onde os edifícios apresentam maior risco de saúde para os seus ocupantes durante a ocorrência de eventos climáticos extremos, como ondas de calor ou de frio.
O sistema utiliza um modelo de risco do aumento da mortalidade com base na previsão meteorológica e nos dados de saúde de todos os municípios de Portugal Continental. Esses dados são cruzados com outro modelo que considera as características de construção de mais de 2 milhões de edifícios em todo o país e que tem como propósito prever as temperaturas dentro das habitações.
Este portal poderá ser usado pela Proteção Civil e pelos serviços de saúde para sinalizar populações em maior risco e ajudar a desenhar estratégias de intervenção e sinalização das populações mais vulneráveis. Esta plataforma permite ainda o registo de instituições e organizações para acesso a informação detalhada de locais pré-selecionados, com o índice de risco, vulnerabilidade e recomendações da Direção-Geral de Saúde.
“O Portal CLIMAEXTREMO permite às autoridades e ao cidadão comum conhecer o risco de morte entre os ocupantes de uma habitação durante uma onda de frio ou calor. Podem registar-se no portal e receber um email de aviso caso o nível de alerta seja médio ou elevado. A resolução espacial destes mapas poderá ir no futuro ao nível da subsecção estatística, que no caso de uma cidade como Lisboa representa um conjunto de edifícios”, explica Carlos Santos Silva, professor do Instituto Superior Técnico, investigador do LARSyS / Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+), e coordenador do projeto.
Susana Pereira da Silva, investigadora do Departamento de Epidemiologia do INSA e cocoordenadora do projeto, sublinha que este portal vem “robustecer a área dos sistemas de vigilância e alerta precoce em duas dimensões: aperfeiçoando os modelos de previsão de risco e aumentando a resolução espacial”.
O portal CLIMAEXTREMO decorre do trabalho desenvolvido no projeto RELIABLE “REal tIme dAshboard on BuiLdings occupants risk during extreme weather Events”, da responsabilidade do INSA, na área da saúde e da epidemiologia, e do IST, na área das características dos edifícios e da meteorologia/clima. O portal foi desenvolvido pelo Centro de Estudos em Inovação, Tecnologia e Políticas de Desenvolvimento (IN+) do IST, em parceria com o INSA e os também centros de investigação do IST Maretec, ITI e ISR-Lisboa. O projeto RELIABLE teve ainda a colaboração da ADENE – Agência para a Energia e o Agrupamento de Centros de Saúde de Trás-os-Montes – Alto Tâmega e Barroso e contou com o financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma onda de calor corresponde a um período de pelo menos seis dias consecutivos em que a temperatura máxima diária é 5ºC superior ao valor médio das temperaturas máximas do período de referência. De modo simétrico, as ondas de frio correspondem ao mesmo período com a temperatura mínima diária 5ºC inferior ao valor de referência. Estes fenómenos meteorológicos extremos representam os riscos naturais mais mortíferos das últimas décadas, afetando particularmente a população mais idosa.
Portugal é considerado um dos países europeus mais vulneráveis à alteração do padrão climático, apesar de se registar uma diminuição do risco de mortalidade associada ao calor após a implementação dos planos de contingência para ondas de calor em 2004. Os atuais sistemas nacionais de alerta para as ondas de calor (ÍCARO) e para as ondas de frio (FRIESA), preveem o aumento do risco de morte com base na previsão das temperaturas e são utilizados pelas autoridades de saúde, proteção civil e outras entidades tendo em vista a implementação precoce de medidas preventivas que possam minimizar o impacto.