CHBM | Requalificação do bloco de partos
Obra tem prazo de execução estimado de 3 meses e início em 6 de julho
A Urgência Obstétrica e Ginecológica/Bloco de Partos do Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) vai realizar obras de requalificação, no seguimento da candidatura efetuada ao Programa de Incentivo Financeiro à Qualificação dos Blocos de Partos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). O investimento atribuído, que será na ordem dos 900 mil euros, será utilizado para aquisição de equipamentos e intervenção em infraestruturas.
Durante este período, que se estima de 3 meses, a Urgência Obstétrica e Ginecológica/Bloco de Partos irá funcionar no piso 5 em instalações próprias, a partir das 8 horas do dia 6 de julho, garantindo a prestação de cuidados com segurança clínica a todas as utentes.
Segundo o CHBM, a atual estrutura da Urgência Obstétrica e Ginecológica/Bloco de Partos resultou de obras muito significativas realizadas em 2001, nas quais se incrementou de forma significativa toda a capacidade instalada à data, passando de 2 salas de partos, para as atuais 7 boxes de parto individualizadas; mais 2 salas de Bloco Operatório para cirurgia Obstétrica e Ginecológica; Unidade de Cuidados Pós-Anestésicos e toda a restante estrutura adaptada às exigências de segurança, qualidade, humanismo e respeito pela individualidade/especificidade da missão a que se destina.
“Agora este investimento representa uma nova oportunidade de atualização e renovação; melhoria na qualidade da prestação de cuidados de saúde e na segurança das utentes; mais conforto e cuidados humanizados”, frisa a Diretora do Serviço de Obstetrícia e Ginecologia e da Urgência Obstétrica e Ginecológica, Ana Paula Lopes, acrescentando que “vai também melhorar as condições de trabalho para todos os profissionais, permitindo desta forma proporcionar a retenção/captação de profissionais de saúde para as áreas clínicas envolvidas”.
O serviço de Urgência Obstétrica e Ginecológica/Bloco de Partos dá resposta às utentes que se deslocam ao CHBM em situação de urgência, quer do foro ginecológico, quer obstétrico. Dispõe de apoio de Anestesia dedicado 24 horas/dia, para realização de todas as analgesias/anestesias necessárias; apoio de Pediatra para todos os partos distócicos 24 horas/dia; equipas de enfermagem com elevada percentagem de Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica; existência de salas operatórias dedicadas no espaço físico do serviço; proximidade do Bloco Operatório Central e da Unidade de Cuidados Intensivos; e serviços de apoio em permanência e proximidade de Imunohemoterapia, Imagiologia e Patologia Clínica.
O CHBM destaca ainda que, ao longo do ano de 2022, o Serviço registou o nascimento de 1.603 bebés, mais 178 do que em 2021. Realizou, ainda, 8.621 consultas médicas (3.914 de Obstetrícia e 4.707 de Ginecologia), 9.573 consultas de enfermagem (7.280 consultas de Obstetrícia e 2.293 de Ginecologia), 3.338 CTG, 1.298 ecografias e 51 amniocenteses.
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Nomeado Conselho de Administração do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca
Luís Miguel Gouveia é o novo Presidente do Conselho de Administração
O Governo nomeou o novo Conselho de Administração (CA) do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca, na Amadora, após término do mandato dos anteriores membros. A nova equipa entra em funções esta quarta-feira, 5 de julho, sendo liderada pelo administrador hospitalar Luís Miguel Gouveia.
Bárbara Flor de Lima será a nova Diretora Clínica do hospital e Maria de Fátima Neves é nomeada Enfermeira Diretora. Julieta Dias Ribeiro assume o cargo de Vogal Executiva.
O novo Conselho de Administração foi proposto pela Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde e é designado por despacho dos membros do Governo responsáveis pelas áreas das Saúde e das Finanças, para um mandato de três anos.
O Ministério da Saúde reconhece e agradece todo o trabalho e empenho da equipa que agora cessa funções, renovando o compromisso na consolidação da gestão das unidades do Serviço Nacional de Saúde em 2023 e o caminho de defesa de um serviço público de saúde que responda às necessidades da população.
NOTAS CURRICULARES
Luís Miguel Ferreira Rodrigues Gouveia é licenciado em Gestão de Marketing pelo Instituto Português de Administração de Marketing – Lisboa, com uma Pós-Graduação em Administração Hospitalar pela Universidade Nova de Lisboa – Escola Nacional de Saúde Pública. Ao longo dos últimos 28 anos, exerceu funções executivas em diferentes instituições da saúde, no setor público e privado, tendo sido Vogal do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, Administrador Executivo do Hospital de Cascais e Administrador Executivo do Hospital Lusíadas Amadora.
Bárbara Silveira Dias Flor de Lima é Mestre em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, com a Especialidade de Doenças Infeciosas. Iniciou a carreira como assistente hospitalar de Infeciologia no Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, onde coordenou a partir de 2021 o Grupo Coordenador Local do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistência aos Antimicrobianos. Integrou também a Comissão de Qualidade e Segurança do doente e Equipa de Prevenção e Controlo de Legionella. É Assistente Convidada de Microbiologia Clínica Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.
Julieta Dias Ribeiro do Carmo Ribeiro é licenciada em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na menção de Ciências Jurídicas, com o Curso de Estudos Avançados em Gestão Pública pelo Instituto Nacional de Administração. Iniciou a carreira na Inspeção-Geral das Atividades em Saúde, onde exerceu funções como Inspetora e integrou as equipas multidisciplinares de Auditoria do Desempenho Organizacional e Controlo Financeiro e de Controlo dos Procedimentos de Contratação Pública, sendo posteriormente Chefe de Equipa. Integrou, como técnica especialista, gabinetes do XXII Governo Constitucional e XXIII Governo Constitucional no Ministério da Educação e no Ministério da Justiça. Em janeiro de 2023 assumiu o cargo de subdiretora-Geral da Direção-Geral de Política do Mar, em regime de substituição.
Maria de Fátima Brua da Assuda das Neves é licenciada em Enfermagem pela Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa, com uma Pós-Licenciatura em Enfermagem Médico-Cirúrgica pela Escola Superior de Enfermagem Maria Fernanda Resende. Tem um percurso profissional de 34 anos em Instituições do Serviço Nacional de Saúde, tendo exercido funções na área da gestão desde 1996 no Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca em diferentes serviços de Internamento, Consulta Externa, Bloco Operatório e Cuidados Intensivos.
Saúde Aberta no Baixo Alentejo
Ministro e Secretários de Estado percorreram os vários concelhos para conhecer problemas e trabalhar soluções
“Não é possível projetar o Serviço Nacional de Saúde para o futuro sem o envolvimento das autarquias. O SNS vale em larga medida pela sua proximidade”. Foi desta forma que o Ministro da Saúde encerrou na segunda-feira, dia 3 de junho, a quarta edição da iniciativa Saúde Aberta, no Hospital José Joaquim Fernandes, em Beja. Manuel Pizarro apresentou um balanço das visitas que fez, juntamente com a Secretária de Estado da Promoção da Saúde e com o Secretário de Estado da Saúde a todos os concelhos do Baixo Alentejo.
A Saúde Aberta está a percorrer todos os distritos do país e permite que os três governantes conheçam projetos e iniciativas nos vários concelhos, ouvindo também os problemas relatados pelas autarquias, pelos profissionais e pelos cidadãos. No caso do Baixo Alentejo, o Ministro da Saúde deslocou-se a Serpa, Moura, Barrancos e Beja. Já a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, esteve na Vidigueira, Cuba, Alvito, Ferreira do Alentejo e Beja. Por seu lado, o Secretário de Estado da Saúde esteve em Mértola, Almodôvar, Ourique, Castro Verde, Aljustrel e Beja.
O Ministro da Saúde reuniu com os presidentes de todos os municípios por onde passou e visitou várias unidades de saúde. Pelo caminho, ouviu profissionais de saúde e utentes, que elogiaram o Serviço Nacional de Saúde, mas que também aproveitaram para pedir um reforço do investimento na região, sobretudo em termos de recursos humanos. O governante reconheceu as dificuldades e comprometeu-se a melhorar a resposta do SNS no Baixo Alentejo.
Para isso, Manuel Pizarro adiantou que é crucial melhorar a resposta em rede do SNS, para que municípios vizinhos cooperem mais em matéria de saúde, bem como criar condições para que os cuidados de saúde primários formem mais especialistas.
Em termos de investimento, o Ministro recordou a construção de novos centros de saúde e a renovação de algumas unidades, como Vidigueira, Ourique e Vila Nova de São Bento, e a aquisição de novos equipamentos para vários concelhos, tanto através do Plano de Recuperação e Resiliência como de outros fundos.
Sobre o hospital, o Ministro da Saúde comprometeu-se também a avançar com o plano funcional do novo edifício, e deu garantias de que outros investimentos estão já bem encaminhados, como o novo bloco de partos e a instalação de um equipamento de ressonância magnética.
“É muito diferente ler um relatório ou vir ao terreno e falar com as pessoas. Não há nada que no SNS substitua a proximidade em relação às pessoas”, rematou o Ministro da Saúde, reforçando, ainda, a importância de uma “profunda interação da saúde com o setor social e com o poder local”.
Novo Centro de Saúde de Ourique
Ricardo Mestre visitou seis concelhos do Baixo Alentejo no âmbito da iniciativa Saúde Aberta
“É um dia muito importante para Ourique, para o Baixo Alentejo e para o Serviço Nacional de Saúde”, disse Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, na cerimónia de lançamento da obra do novo Centro de Saúde de Ourique, promovida pela Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA).
O investimento estimado em mais de três milhões de euros, que se espera concretizado até final de 2024, foi lançado no dia 3 de julho, no âmbito da iniciativa Saúde Aberta que o Ministério da Saúde dedicou ao Baixo Alentejo para dialogar com a população, profissionais de saúde, órgãos dirigentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e autarcas.
A empreitada do novo Centro de Saúde “permitirá criar condições de exceção e de grande qualidade para servir esta população”, realçou o secretário de Estado da Saúde presente na cerimónia de lançamento da obra. “Este investimento permite, essencialmente, valorizar os profissionais do SNS e deste centro de saúde, que passarão a ter melhores condições para responder à população”, reforçou Ricardo Mestre.
A construção do novo Centro de Saúde de Ourique é financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Durante a cerimónia que marcou o arranque oficial das obras de construção do novo Centro de Saúde, Ricardo Mestre anunciou ainda que a extensão de saúde na freguesia de Panóias, no concelho de Ourique, também vai ser requalificada, utilizando também financiamento do PRR.
Captação e fixação de médicos para a região é prioridade do Governo
O roteiro da comitiva do Secretário de Estado da Saúde começou em Mértola, onde Ricardo Mestre teve oportunidade de conversar com o autarca deste concelho alentejano e visitar a Unidade de Cuidados de Saúde Primários de Mértola, tendo sido identificada a preocupação com o funcionamento regular da Extensão de Saúde da Mina de São Domingos. Neste contexto, Ricardo Mestre reiterou o empenho na aplicação de medidas de longo prazo para aumentar a capacidade formativa de médicos, sem deixar de procurar soluções para responder aos desafios imediatos.
“O Ministério da Saúde tem reforçado a capacidade de resposta do SNS com a contratação de médicos de várias especialidades, tendo introduzido nos recentes recrutamentos alterações que visam uma maior fixação dos médicos”, disse o governante, salientando que “o último concurso de recrutamento de médicos de família permitiu contratar 314 especialistas em Medicina Geral e Familiar, o que representa uma retenção de 91%”. No final de junho verifica-se uma descida na população sem médico de família atribuído, totalizando 1.594.062, -9,3% face ao mês anterior.
Ricardo Mestre percorreu ainda os concelhos de Almodôvar, Castro Verde e Aljustrel, reunindo com os presidentes destes municípios. Contactou com os profissionais de saúde que asseguram as respostas nestas comunidades, testemunhando “a importância fundamental das respostas de proximidade” da rede de Cuidados de Saúde Primários do SNS.
“No Baixo Alentejo pude constatar como autarcas e profissionais de saúde trabalham, juntos, em prol da qualidade de vida e bem-estar das suas populações e isso é o espírito subjacente à criação do nosso SNS”, disse o Secretário de Estado da Saúde.
Instituto Ricardo Jorge promove workshop de epidemiologia de campo para eventos de massas
05-07-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, promoveu, dias 3 e 4 de julho, nas suas instalações em Lisboa, uma edição especial do workshop de epidemiologia de campo vocacionado para eventos de massas. Destinado a profissionais de saúde, designadamente médicos, enfermeiros, técnicos de Saúde Ambiental e outros das Administrações Regionais de Saúde/Unidades de Saúde Pública, o curso procurou responder à necessidade adicional de formação destes profissionais, em virtude da realização da Jornada Mundial da Juventude.
Tendo como pano de fundo a realização da Jornada Mundial da Juventude na cidade de Lisboa, bem como a recente publicação da Norma dos Eventos de Massas, que prevê a quantificação do risco sanitário neste género de iniciativas, o workshop permitiu aos formandos desenvolver competências ao nível de gestão da vigilância epidemiológica em eventos de massas, com base na experiência prévia dos profissionais do INSA em diferentes tipologias de eventos, como por exemplo festivais de música e iniciativas semelhantes que envolvam grandes concentrações de pessoas.
Eventos de massas ou multidões (mass gatherings) reúnem mais do que um determinado número de pessoas num local específico para uma dada finalidade e por um período definido de tempo. Nestes contextos, os riscos para a saúde são potenciados pela concentração elevada de participantes oriundos de diferentes regiões ou países e pelo aumento do número de contactos interpessoais.
Estas situações podem implicar ainda estruturas temporárias, nomeadamente de restauração, sanitários e/ou alojamentos, que podem contribuir para um maior risco de doenças transmissíveis e, quando associadas a consumos de álcool ou outras substâncias psicoativas, propiciarem comportamentos de risco. Portugal é, nesse sentido, um país particularmente vocacionado para grandes ajuntamentos de pessoas, devido ao seu clima, ao peso do turismo e também à sua cultura.
Investigadora do INSA participa em teste operacional de rede internacional de resposta a emergências em Saúde Pública
05-07-2023
Isabel Lopes de Carvalho, investigadora do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), participou num teste operacional dos padrões mínimos dos Laboratórios Móveis de Resposta Rápida (RRML) e da coordenação com outros recursos operacionais para responder a emergências de saúde. Organizado pela Região Europeia da Organização Mundial da Saúde (OMS Europa) e pela rede internacional de resposta a emergências em Saúde Pública GOARN (Global Outbreak Alert and Response Network), o exercício foi o segundo de uma série de três e decorreu entre os dias 19 e 22 de junho em Istambul, Turquia.
Convidada a integrar a iniciativa na qualidade de membro da Unidade de Resposta a Emergência e Biopreparação (UREB) do Departamento de Doenças Infeciosas (DDI) do INSA, Isabel Lopes de Carvalho participou como validadora dos padrões operacionais mínimos definidos para os RRML, num exercício focado especificamente no teste operacional destes padrões e na interoperabilidade e coordenação com outros recursos operacionais, como as Equipas de Emergência Médicas e as Equipas de Resposta Rápida, para responder a emergências de saúde. O primeiro destes exercícios realizou-se em Berlim, onde foi definida a base para o ciclo de exercícios e preparados o segundo e terceiro exercícios, numa série que será concluída em Israel, no final deste ano.
Os Laboratórios Móveis de Resposta Rápida (RRML) são uma rede inclusiva e orientada por parceiros da Rede Global de Alerta e Resposta a Surtos (GOARN), que serve as comunidades fornecendo capacidade de emergência aos sistemas de saúde pública. Estes laboratórios assumem-se como uma parte essencial da força de trabalho de emergência global da Organização Mundial de Saúde (OMS) em todas as fases do ciclo de gestão de emergências.
Coordenada pela OMS, a GOARN é uma rede internacional de alerta e resposta a surtos e emergências na área da saúde, formada por organizações e instituições de todo o mundo, que que agrega e disponibiliza recursos humanos e técnicos para identificação rápida, confirmação e resposta a surtos de importância internacional. O Instituto Ricardo Jorge é um dos membros da GOARN, através da UREB do seu DDI, sendo que os elementos da UREB e o coordenador do DDI são pontos focais desta rede em Portugal.
A UREB é responsável pela coordenação da resposta laboratorial especializada, rápida e integrada em situações de casos e surtos e que possam constituir um risco para a Saúde Pública, particularmente no contexto de casos de surtos de infeções por microrganismos emergentes e reemergentes de disseminação natural ou deliberada. Dispõe de diagnóstico laboratorial para mais de vinte agentes infeciosos, entre bactérias, vírus hemorrágicos, orthopoxvirus e toxinas.