41 gabinetes de saúde oral na região Norte
Investimento com verbas do PRR vai avançar
A região Norte vai ter 41 novos gabinetes de medicina dentária nos centros de saúde, num investimento superior a dois milhões de euros distribuídos por três anos. Uma portaria publicada esta segunda-feira em Diário da República autoriza a Administração Regional de Saúde do Norte, I. P., a proceder à repartição de encargos, com vista ao lançamento dos procedimentos para a execução dos projetos, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). A portaria, assinada pelo Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, estabelece os montantes até 2025.
“O XXIII Governo Constitucional pretende um Serviço Nacional de Saúde (SNS) cada vez mais justo e inclusivo, que responda às necessidades da população. A recente pandemia de COVID-19 evidenciou a importância de mantermos um serviço público de saúde forte, acessível a todos e tendencialmente gratuito, que assegure o direito fundamental à proteção da saúde, independentemente da condição social, situação económica ou localização geográfica de cada um”, lê-se no diploma.
Em julho do ano passado, o Governo anunciou a criação de 130 novos gabinetes de medicina dentária nos centros de saúde e a requalificação ou adaptação de 193 instalações nos cuidados primários. Estes investimentos estão integrados no PRR, que prevê 475 milhões de euros para aumentar as respostas nos cuidados de saúde primários. Um grupo de trabalho criado em março para relançar a saúde oral no SNS, coordenado pela Direção Executiva do SNS, apresentou recentemente recomendações nesta área, nomeadamente a necessidade de reforço de recursos humanos.
Aplicação móvel MyULSBA
Nova app da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo visa reforçar a comunicação com utentes
No âmbito de um percurso para a transição digital e de melhoria na acessibilidade da comunicação com os utentes, a Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA) apresenta a aplicação para dispositivos móveis – a App MyULSBA.
De acordo com a ULSBA, a MyULSBA surge com o objetivo de melhorar a experiência de acesso dos utentes ao Hospital de Beja e aos Centros de Saúde da área de influência da ULSBA, dando-lhes a possibilidade de aceder, através do seu dispositivo móvel, a um conjunto de funcionalidades, de forma fácil, cómoda e segura.
Ao mesmo tempo, a app MyULSBA pretende ligar mais as pessoas às suas equipas de saúde, reforçando a confiança, a rapidez de contactos e a comodidade de quem reside longe da sua unidade de saúde.
De forma gratuita, simples e confidencial, através da MyULSBA, pode saber as consultas e exames que tem marcados, consultar informações úteis para a sua permanência no Hospital de Beja, receber informações que o ajudam a tomar as melhores decisões sobre a sua saúde, pedir relatórios médicos, obter declarações de presença, consultar referências para pagamento de taxas moderadoras e pedir o cancelamento e reagendamento de consultas e exames.
Esta aplicação poderá ser descarregada, através do Google Play para telemóveis Android e da App Store para telemóveis Apple, após pesquisa por “MyULSBA”.
Para saber mais, consulte:
“Juntos por um Verão seguro” reuniu DGS e parceiros de saúde na apresentação do Referencial Técnico Verão 2023 – DGS
O Subdiretor-geral da Saúde em regime de substituição, André Peralta-Santos, defende que “a forma como nos vamos adaptar e moldar às alterações climáticas é fundamental para conseguirmos promover a saúde e o bem-estar das nossas comunidades”. Durante a apresentação do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde – Referencial de Verão pela Direção-Geral da Saúde (DGS), que decorreu no Centro Cultural de Montargil (Ponte de Sor) no dia 14 de julho de 2023, André Peralta-Santos destacou que “a crise climática é talvez o maior desafio geracional que enfrentamos”.
O Plano de Contingência tem como finalidade prevenir e minimizar os efeitos negativos do calor extremo e a ocorrência de outros acontecimentos com impacto na saúde, e desde 2004 que mobiliza “todos os parceiros da saúde e não só, para capacitar os portugueses para viver um verão seguro”. O Subdiretor-geral da Saúde enfatizou, também, que “os serviços de saúde têm de se preparar para estes efeitos, nomeadamente quando há eventos extremos como ondas de calor, pois pode haver sempre um acréscimo da procura dos cuidados de saúde. As unidades já estão bem cientes daquilo que têm de fazer para se preparar”. O documento define as medidas que devem ser concretizadas por diversos parceiros e entidades de vários setores.
Durante a sessão de apresentação deste referencial técnico, foram discutidos alguns temas sobre saúde sazonal e a resposta que deve ser dada. Numa conversa com os diferentes parceiros de saúde, moderada pela Chefe de Divisão de Comunicação e Relações Públicas da DGS, Diana Mendes, foi destacada a relevância da antecipação de problemas de saúde sazonal concretos e a proximidade às populações. A aposta ou o reforço nas respostas de prevenção e de educação da população, nomeadamente, as recomendações e mudanças legislativas que podem se feitas, por exemplo, para uma melhor segurança em piscinas, e a relevância das previsões meteorológicas, foram outros dos temas explorados. Participaram nesta sessão o 2ª Comandante Operacional Regional de Emergência de Proteção Civil do Alentejo, José Guilherme Marcos, o Diretor do Instituto de Socorros a Náufragos – Autoridade Marítima Nacional, Paulo Rodrigues Vicente, o Coordenador da Resposta Sazonal em Saúde do Ministério da Saúde, Pedro Sá Moreira, o Chefe da Divisão de Previsão Meteorológica e Vigilância do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Nuno Lopes, a Diretora do Núcleo de Emergência Social da Segurança Social, Marta Borges, a responsável pela Comunicação e Relações Institucionais da Associação para a Promoção da Segurança Infantil, Rosa Afonso, e o Chefe da Divisão de Literacia, Saúde e Bem-estar da DGS, Miguel Telo de Arriaga.
A importância da reforma da saúde, destacada por Mário Jorge Santos, da ARS Alentejo, e a apresentação do estudo ‘Conforto térmico e saúde’, realizado com residentes no concelho de Lisboa por Isabela Sousa, do Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, foram também discutidos.
No encerramento da sessão, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, frisou que “precisamos de, juntos, ser vigilantes e pôr o máximo de medidas no terreno, sabendo que nunca vamos conseguir prevenir todas as situações e que os humanos são sempre imaginativos. Às vezes, por mais que façamos, é difícil evitar algumas situações”. A incorporação das lições da pandemia, com destaque do trabalho em rede, é importante na resposta em saúde sazonal, disse.
A Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, foi também homenageada pelo Município de Ponte de Sor, recebendo a Medalha de Bronze do Município, entregue pelo Presidente de Câmara Hugo Hilário. Graça Freitas, que iniciou em 1981 o trabalho como médica em Ponte de Sor, confessou que “é uma felicidade imensa completar um círculo e vir acabar a minha carreira no sitio onde a comecei, [nesta que é] talvez a última vez que falo em público enquanto Diretora-Geral”.
Uma aula de fitness, um momento de showcoking com propostas de comida saudável para o verão pelo chef Fábio Bernardino, e a visita aos meios técnicos e operacionais do concelho de Ponte de Sor completaram o dia em Montargil.
O Referencial Técnico Verão 2023 está disponível aqui.
Pode ver ou rever a sessão aqui:
– Showcooking: Alimentação Saudável – Propostas para o Verão, com Chef Fábio Bernardino
Investigadora do Instituto Ricardo Jorge participa em ação de formação sobre Health Impact Assessment
17-07-2023
Luciana Costa, investigadora na Unidade de Promoção da Saúde do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, participou como formadora no módulo “Health Impact Assessment” (HIA) no âmbito da Ação COST “European Burden of Disease Network”. A iniciativa decorreu entre 31 de maio e 2 de junho na Egas Moniz School of Health and Science, em Almada, e contou com a participação de mais de 30 profissionais de saúde pública e de outras áreas de investigação envolvidos neste projeto europeu.
Incluído na ação de formação “Risk factors, Health Impact Assessment and Knowledge Translation”, o módulo sobre HIA teve como objetivo apresentar aos participantes uma visão geral dos conceitos e métodos gerais das áreas em foco, à qual se seguiram um conjunto de módulos práticos para a utilização das várias ferramentas disponíveis, tais como a Avaliação Comparativa do Risco para fatores de risco, o início de um processo de HIA, e a tradução do conhecimento para as partes interessadas relevantes no contexto das temáticas em estudo.
As Ações COST (European Cooperation in the field of Scientific and Technical Research) visam fomentar o intercâmbio entre cientistas numa área científica muito específica e são projetos financiados através da União Europeia, cobrindo uma grande variedade de tópicos, desde a investigação fundamental às colaborações entre os setores académico e industrial. A “European Burden of Disease Network” tem como objetivo integrar diferentes disciplinas e conhecimento numa plataforma técnica para integrar e fortalecer a capacidade de avaliação da carga de doença, na Europa e no resto do mundo.
O HIA é uma metodologia que permite avaliar políticas, programas ou projetos e utilizar os seus resultados para aumentar o conhecimento sobre a proposta, informar os decisores e a população afetada, minimizar os efeitos potenciais negativos e maximizar os efeitos positivos sobre a saúde e o bem-estar. É também um meio de avaliar os impactes na saúde das políticas, planos e projetos em diversos setores económicos, sociais e ambientais, usando técnicas quantitativas, qualitativas e participativas.
Entre as diferentes competências da Unidade de Promoção da Saúde do DPS do INSA, destaca-se a sua contribuição para a capacitação de profissionais de saúde e de outros setores na área de HIA, bem como o desenvolvimento de iniciativas para a sensibilização da importância da sua implementação efetiva e sistemática em Portugal, como uma ferramenta de apoio à decisão na resposta aos objetivos de desenvolvimento sustentável.
