Total de 1050 casos reportados desde maio de 2022 – Informação mensal sobre mpox – DGS
Entre 3 de maio de 2022 e 30 de agosto de 2023, foram identificados 1050 casos laboratorialmente confirmados de Mpox em Portugal, incluindo 1 óbito.
Em junho de 2023, foi identificado um novo surto, após cerca de 3 meses sem casos reportados. Relativamente a este novo surto, entre 1 de junho e 30 de agosto de 2023, foram identificados 97 casos laboratorialmente confirmados, numa média de 5 novos casos por semana a serem reportados.
Reforça-se a necessidade dos profissionais de saúde e da sociedade civil moverem os seus esforços na deteção precoce de novos casos, o isolamento (evicção de contacto físico íntimo) de doentes durante o período de contagiosidade e a vacinação com duas doses num intervalo de 28 dias de grupos elegíveis, inclusive por autoproposta.
A lista de locais de vacinação nas diferentes regiões do país encontra-se no website da DGS. O site da DGS permite ainda o acesso a diferentes materiais de divulgação sobre vacinação, podendo a versão impressa dos mesmos ser solicitada à DGS através do email comunicacao@dgs.min-saude.pt.
Fim da recomendação de não consumo de broa de milho em áreas de risco do país – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS), a Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) e a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) informam que deixa de vigorar a recomendação de não consumo de broa de milho nas áreas antes consideradas de risco, nos distritos de Leiria, Santarém, Coimbra e Aveiro.
O fim desta recomendação deve-se à inexistência de novos casos suspeitos associados a esta toxinfeção, em resultado da intervenção das autoridades competentes, e da ausência de circulação, à data, de produtos potencialmente contaminados no mercado.
Foram registados, no total, 209 casos de toxinfeção alimentar associados ao consumo de broa de milho, dos quais apenas dois foram registados após a data do primeiro comunicado, efetuado a 10 de agosto. A evolução positiva deveu-se à estratégia adotada pelas autoridades competentes e à adesão às medidas estabelecidas pelos operadores económicos e pelos consumidores.
A investigação laboratorial foi direcionada tendo em conta a sintomatologia clínica apresentada pelos casos de toxinfeção alimentar (sobretudo do foro neurológico), o curto período de incubação, a duração dos sintomas, a bibliografia consultada e o contributo de peritos. Tanto nas amostras de farinhas como na broa e nos produtos biológicos (sangue e outros fluidos orgânicos das pessoas com sintomas) verificou-se a presença de atropina e escopolamina em níveis muito elevados, resultado compatível com o quadro clínico apresentado pelos casos.
Os dados recolhidos demonstram haver fortes indícios de contaminação das farinhas com sementes de plantas do género Datura, infestante que pode estar presente nos campos de milho. A contaminação por sementes desta infestante pode ocorrer durante a colheita do milho.
Na sequência desta evidência, a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) vai elaborar uma recomendação técnica, a difundir pelos produtores de milho, para um melhor controlo desta infestante nos campos e após colheita.
A investigação epidemiológica tem sido conduzida pelos Departamentos de Saúde Pública das Regiões Centro e Lisboa e Vale do Tejo, DGS, ASAE, Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge e Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
A avaliação de risco não justifica a manutenção da recomendação de não consumo de broa nas áreas geográficas acima identificadas. No entanto, caso surjam novos casos, será emitida, se oportuno, nova informação sobre esta ocorrência.
Artigo: Motivos para a não adesão à toma da vacina antigripal na época 2020/2021 na população portuguesa com 65 e mais anos – INSA
01-09-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, publicou um artigo onde são analisados os motivos de não adesão à vacina antigripal sazonal (VAG) na época 2020/2021 nos indivíduos com 65 e mais anos. Segundo as conclusões deste trabalho, os portugueses com 65 e mais anos que não aderem à VAG, não pareceram fazê-lo por desconhecerem a recomendação, mas porque desconfiaram da vacina e não se consideraram vulneráveis a contrair gripe.
Desenvolvido no âmbito do ECOS (Em casa observamos Saúde), o estudo teve como principal objetivo analisar os motivos de não adesão à vacina antigripal sazonal na época 2020/2021 nos indivíduos com 65 e mais anos, de acordo com as dimensões do Modelo de Crenças em Saúde (suscetibilidade, gravidade, barreiras, benefícios e pistas para a ação). Os dados foram obtidos através de um inquérito telefónico a uma amostra aleatória de unidades de alojamento, estratificada por região NUTs II com alocação homogénea. Os dados foram recolhidos através de um questionário estruturado via entrevista telefónica assistida por computador, entre julho a setembro de 2021.
No presente estudo, estimou-se para população com 65 ou mais anos residente em Portugal em 2021 uma frequência de não adesão à VAG de 33,8%, comparável com as estimativas obtidas na avaliação de adesão à VAG pela população portuguesa alvo da vacinação na época 2013/2014 (31,3%). As dimensões “Barreiras” e “Suscetibilidade” percebidas foram as dimensões mais evocadas para a opção pela não toma da vacina antigripal na população com 65 e mais anos, o que vai ao encontro de outros estudos em populações alvo para a vacinação, sobretudo pela importância da “Suscetibilidade”.
Observou-se também a importância das “Barreiras”, sobretudo a perceção de efeitos adversos que podem advir da toma da vacina, bem como a perceção e crenças sobre a própria doença, considerando-se a população com 65 e mais anos pouco suscetível. Estes resultados sugerem possíveis lacunas no conhecimento que a população tem acerca da vacina e da doença, podendo as campanhas de vacinação potenciar a sua adesão se forem tomados em consideração os fatores que são mais relevantes para a população na sua tomada de decisão.
“Motivos para a não adesão à toma da vacina antigripal na época 2020/2021 na população portuguesa com 65 e mais anos” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo INSA em acesso aberto. Para consultar o artigo de Teresa Folha, Ana João Santos, Irina Kislaya, Ausenda Machado e Carlos Matias Dias, clique aqui.
DICAD sensibiliza para consumo responsável
ARSLVT com ação de sensibilização em contexto recreativo
A Divisão de Intervenção nos comportamentos Aditivos e Dependências (DICAD) da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) vai levar a cabo mais uma ação de promoção de literacia em saúde e sensibilização dos participantes para a necessidade da adoção de comportamentos que se traduzam em consumos responsáveis, nomeadamente em bebidas alcoólicas. Pretende-se ainda sensibilizar e apoiar os responsáveis e colaboradores dos locais de venda ou disponibilização gratuita de bebidas alcoólicas para atitudes de venda responsável.
Esta ação insere-se no âmbito da Redução de Riscos e Minimização de Danos (RRMD) e da Prevenção e vai decorrer na 2ª edição do festival Meo Kalorama, no Parque da Bela Vista, Lisboa
Saiba mais no Portal da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo
Técnica inovadora chega ao HDS
Técnica inovadora no tratamento do derrame pleural chega ao Serviço de Pneumologia do HDS
O Hospital Distrital de Santarém (HDS) iniciou recentemente uma técnica inovadora para o tratamento e alívio de sintomas em doentes com derrame pleural recorrente (acumulação de líquido no espaço pleural).
Esta técnica será maioritariamente utilizada no tratamento dos doentes com cancro do pulmão ou de outros órgãos, em que ocorra envolvimento pleural com acumulação de líquido e também doentes com insuficiência cardíaca que podem, também, desenvolver esta condição.
O procedimento consiste na colocação de drenos tunelizados de longa duração em regime de ambulatório. Demora cerca de 20-30 minutos e o doente pode voltar ao domicílio imediatamente após a realização do mesmo.
Nova organização dos cuidados de saúde
Conheça a grande reforma do SNS para 2024
Novas Unidades Locais de Saúde, gestão conjunta de hospitais e centros de saúde e financiamento em função dos doentes. Estas são algumas das novidades que constam no anteprojeto de decreto-lei que vai mudar a forma como o SNS se organiza
O Governo decidiu integrar os hospitais, centros hospitalares e os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACeS) já existentes no modelo das Unidades Locais de Saúde. Esta é uma das maiores reformas na organização do SNS desde a sua criação, que procura responder ao aumento das necessidades em saúde e bem-estar da população, associados ao envelhecimento, à carga de doença, e às suas crescentes exigências e expetativas.
Infarmed Newsletter
01 set 2023
Aceda à nova edição da Infarmed Newsletter, Nº 231
Infarmed Newsletter – Edições anteriores.