Notícias a 4 e 05/09/2023

imagem do post do Relatório n.º 38 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (21.08.2023 a 28.08.2023)

Relatório n.º 38 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (21.08.2023 a 28.08.2023) – INSA

imagem do post do Relatório n.º 38 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (21.08.2023 a 28.08.2023)

05-09-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 38 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 34/2023 (21 a 28 de agosto). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

  • Na semana em análise (semana 34 de 2023), observou-se uma subida da temperatura com valores médios semanais de temperatura acima do esperado para esta época. Prevê-se uma descida da temperatura do ar na semana seguinte à semana em análise, a nível nacional. Foi reportado um risco moderado a elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), para todo o país. O Índice-ÍCARO correspondeu a um efeito significativo na mortalidade no final da semana;
  • Na semana em análise, a procura geral do SNS24 e INEM aumentou. Observou-se uma diminuição dos atendimentos por “exposição solar”, e “queimaduras”, por “náuseas e vómitos” com uma diminuição da referenciação destes atendimentos para CSP e um aumento para o INEM;
  • Face à semana anterior, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde aumentou assim a como proporção de consultas por desidratação, acompanhado de uma diminuição da proporção de consultas por infeções respiratórias agudas e por gastroenterite;
  • Face à semana anterior, o número de episódios de urgência hospitalar diminuiu. Observou-se ainda uma diminuição dos episódios de urgência hospitalar por vómito, diarreia ou gastroenterite aguda e por infeções respiratórias agudas, acompanhado de um aumento da proporção de episódios por desidratação e da proporção de episódios com destino internamento;
  • A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado a nível nacional. Não obstante, ao analisar o excesso de mortalidade por região, obteve-se excesso nas regiões do Algarve e na Região Autónoma Madeira, bem como na análise do excesso de mortalidade por grupo etário identificou-se excesso no grupo etário dos 75 aos 84 anos;
  • Foi reportada uma circulação esporádica do vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe;
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 aumentou. A sublinhagem XBB mantém-se dominante desde a semana 10 de 2023, com uma prevalência estável e uma frequência de 96,2% nas semanas 31 a 33 de 2023, sobretudo pela XBB.1.9., em particular a sua descendente EG.5.1 (50% das amostras);
  • A nível mundial, nos últimos 28 dias (24/07 a 20/08/2023), o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 aumentou (63%) e o número de novos óbitos continuou a diminuir (-48%), comparativamente com o período anterior. Globalmente, a XBB.1.16 e a EG.5 são as variantes mais prevalentes, representando 23,9% e 23,8% das sequências da semana 31 de 2023, respetivamente (XBB.1.16: 23,0% na semana 27 de 2023; EG.5: 21,7% na semana 27 de 2023). A 17/08/2023, a WHO designou a nova variante BA.2.86 como variante sob monitorização, devido ao grande número de mutações da proteína spike (> 30).

RECOMENDAÇÕES

  • A análise sustenta a adoção de medidas de proteção contra os efeitos do calor intenso, nomeadamente beber água (pelo menos 1,5L por dia) ou sumos de fruta naturais, mesmo sem sede, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas; fazer refeições frias, leves e comer mais vezes ao dia; utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV; manter-se em ambientes frescos arejados, pelo menos 2 a 3 horas por dia; evitar a exposição direta ao sol, sobretudo entre as 11 e as 17 horas; utilizar protetor solar, com fator igual ou superior a 30; evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior; escolher as horas de menor calor para viajar de carro e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol; ter especial atenção a doentes crónicos, grávidas, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Os trabalhadores no exterior devem ainda hidratar-se frequentemente e trabalhar acompanhados, porque em situações de calor extremo pode ficar confusos ou perder a consciência;
  • No período de maior calor, correr as persianas ou portadas. Ao entardecer deixar o ar circular pela casa;
  • Informar-se quanto às previsões meteorológicas e seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde. Mais informação pode ser consultada aqui;
  • Reforça-se a necessidade de utilização da Linha SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Em caso de emergência, ligar 112;
  • Atendendo ao aumento previsto da temperatura do ar, reforçou-se junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde a importância de divulgar as recomendações da Direção-Geral da Saúde e acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo às populações de risco. Reforçou-se a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o calor através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais.

DGS publica informação sobre consentimento nos relacionamentos sexuais

consentimento

No Dia Mundial da Saúde Sexual, que se assinala hoje, a Direção-Geral da Saúde publica uma informação subordinada ao tema “Entender o Consentimento no âmbito dos relacionamentos sexuais”.

Este documento é uma versão adaptada de uma factsheet da Associação Mundial de Saúde Sexual, que definiu que o “Consentimento” seria o tema do Dia Mundial em 2023.

A definição do que é o consentimento, a sua associação com a contraceção ou as infeções sexualmente transmissíveis, são temas abordados no documento.

Porque o consentimento deve e pode ser pedido de forma regular, são deixadas algumas sugestões que tornam as interações mais simples e naturais.

Este é um contributo para ter uma experiência sexual psicológica e fisicamente saudável e deve ser promovida em qualquer idade, respeitando aspetos como a raça, capacidade física, género, orientação sexual ou qualquer outro fator.

Consulte aqui o documento “Entender o Consentimento no âmbito dos relacionamentos sexuais”.


Promover o conhecimento no Dia Mundial da Saúde Sexual – DGS

saúde sexual

No dia 4 de setembro celebra-se em muitos países do mundo o Dia Mundial da Saúde Sexual, uma comemoração a que a Direção-Geral da Saúde se associa.

Portugal foi o primeiro país a reconhecer legalmente o Dia Nacional da Saúde Sexual, através da Resolução da Assembleia da República n.º 187/2021, de 29 de junho.

Celebrar este dia é uma forma de promover uma maior consciencialização sobre a Saúde Sexual! Neste sentido, em 2023, a Associação Mundial de Saúde Sexual definiu o tema “Consentimento”.

O consentimento é a pedra angular de qualquer experiência sexual que se pretende psicológica e fisicamente saudável. Devemos promover a nossa aprendizagem e a dos outros, sobre o significado do consentimento, como expressá-lo e como obtê-lo. É essencial respeitar e valorizar a autonomia de cada pessoa nos seus valores e escolhas, na vertente sexual, independentemente da raça, capacidade física, género, orientação sexual ou qualquer outro fator.

À semelhança da Associação Mundial de Saúde Sexual, pretende-se promover o envolvimento da comunidade no conhecimento e na divulgação da importância desta temática.

Juntos podemos aumentar o conhecimento, diminuir o estigma e promover o acesso a recursos essenciais sobre saúde sexual, nas suas diversas vertentes. Vamos trabalhar para um mundo mais saudável e mais feliz com Saúde Sexual, Direitos, Justiça e Prazer para Todos!


Porto acolheu 2º simpósio da Organização Mundial da Saúde dedicado ao futuro digital

O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, assinou esta terça-feira, dia 5 de setembro, uma carta de intenções com o diretor regional da Organização Mundial da Saúde (OMS) para Europa, Hans Kluge, para instalar em Portugal, já em 2024, o primeiro escritório da OMS dedicado à tecnologia, à robótica e ao empreendedorismo em saúde. A assinatura decorreu no Porto, durante o 2º simpósio da OMS sobre o futuro digital.

Na conferência de imprensa conjunta, o Ministro da Saúde salientou que os países enfrentam desafios comuns neste setor, como a escassez de recursos humanos, defendendo que só a união entre os vários estados permitirá responder com sucesso e encontrar as melhores soluções.

Neste contexto, Manuel Pizarro manifestou a satisfação de Portugal por poder receber o primeiro escritório da OMS dedicado à temática da tecnologia e do empreendedorismo em saúde, sublinhando a capacidade e o conhecimento do país nesta área, em que poderá trabalhar de forma mais intensa e contribuir com conhecimento para toda a Europa.

Da prescrição desmaterializada, passando pelas teleconsultas, pela Linha SNS24 e por medidas como a desburocratização das baixas até três dias, foram vários os exemplos avançados pelo Ministro da Saúde de reformas bem-sucedidas em Portugal e que podem ajudar outros países.

O governante afirmou que a digitalização é crucial para a transformação dos sistemas de saúde e para o desenho de respostas que vão ao encontro das necessidades e expetativas das pessoas. “Temos que investir na digitalização, mas não perdendo o foco de que na sociedade, no seu conjunto, e no SNS, em particular, são as pessoas que estão no centro”, disse.

Para Manuel Pizarro, a tecnologia deve aproximar as pessoas e ser fator de equidade. “A transição digital não pode deixar parte da sociedade para trás”, disse, defendendo a importância da regulação e assegurando que “a tecnologia manterá os valores de sempre do nosso sistema de saúde. Esses valores, do acesso universal e da equidade, não são negociáveis”, asseverou.

O Ministro da Saúde já tinha firmado, em fevereiro, em Copenhaga, um compromisso para instalar em Portugal este escritório. A declaração conjunta foi assinada após uma reunião de trabalho entre a comitiva ministerial portuguesa e o diretor regional da OMS para a Europa, focada na promoção do acesso universal e equitativo à saúde.

A criação deste escritório em Portugal representa um passo importante na ação da OMS a nível internacional, e de um modo especial na região europeia, uma vez que a implementação de tecnologias de saúde, acompanhada de programas de literacia digital, contribuirá de um modo decisivo para a modernização dos serviços de saúde, garantindo acesso a cuidados de saúde mais inovadores que respondam às necessidades da população, especialmente dos mais vulneráveis. Para a concretização deste acordo contribuíram as vantagens estratégicas de Portugal e a vocação empreendedora e inovadora do País, objeto de diálogo ao longo dos últimos meses com a OMS/Europa.


Internalização das análises clínicas do Beatriz Ângelo no Centro Hospitalar Lisboa Central permite poupança anual de 400 mil euros

“Este é o valor da rede do Serviço Nacional de Saúde, um sistema verdadeiramente colaborativo”, disse Ricardo Mestre, na cerimónia de assinatura do protocolo entre o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) e o Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central (CHULC), para a prestação de serviços na especialidade de Patologia Clínica.

O protocolo de colaboração, assinado no dia 4 de setembro, em Loures, permite ao HBA poupar cerca de 400 mil euros/ano na realização de análises clínicas, uma redução de 8%, graças à internalização destes serviços no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no CHULC, atividade até aqui assumida por uma entidade privada externa ao serviço público.

A parceria visa a realização de colheitas de produtos biológicos do HBA, em regime de ambulatório, e consequente processamento dos mesmos no CHULC para as situações de urgência e emergência e para a atividade programada.

O Secretário de Estado da Saúde defendeu o alargamento “deste sistema colaborativo” e a colocação da capacidade instalada da rede pública de saúde ao serviço das pessoas. “A cooperação e as sinergias entre as unidades do SNS melhora a resposta aos utentes e reduz o recurso a entidades externas, em benefício dos cidadãos, dos utentes, dos profissionais e do serviço público de saúde”, disse.

O projeto de gestão partilhada de recursos, pioneiro em Portugal, sustentado numa avaliação da viabilidade económica e financeira, permite maior agilidade na disponibilização dos resultados, o que contribui para mais qualidade e eficácia nos cuidados de saúde prestados às pessoas.

O HBA realiza, todos os anos, mais de 225 mil colheitas e 2,3 milhões de análises de medicina laboratorial, um encargo anual superior a 5 milhões de euros para aquisição de Serviços de Patologia Clínica. Estima-se que a atividade de urgência e de rotina ascenda a uma média diária de 450 análises clínicas no âmbito da Bioquímica, Hematologia, Microbiologia, Imunologia, Biologia Molecular e Serologia.

Por sua vez, o CHULC – que integra o Hospital de Santo António dos Capuchos, o Hospital de Santa Marta, a Maternidade Alfredo da Costa, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de São José – reforça a condição de maior laboratório de Patologia Clínica do SNS, garantindo a realização de mais de 9 milhões de análises/ano.


Parceria no SNS permite poupança de 400 mil euros em análises clínicas

  1. Internalização das análises clínicas do Hospital Beatriz Ângelo no laboratório do Centro Hospitalar de Lisboa Central permite poupança de 400 mil euros/ano.
  2. Beatriz Ângelo realiza mais de 225 mil colheitas e 2,3 milhões de análises de medicina laboratorial todos os anos, um encargo superior a 5 milhões de euros.
  3. Lisboa Central reforça a condição de maior laboratório de Patologia Clínica do SNS, garantindo a realização de mais de 9 milhões de análises/ano.

O Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central (CHULC) e o Hospital Beatriz Ângelo (HBA) assinam hoje, dia 4 de setembro, na presença de Ricardo Mestre, Secretário de Estado da Saúde, um protocolo de parceria para a prestação de serviços na especialidade de Patologia Clínica.

A parceria permite ao HBA poupar cerca de 400 mil euros/ano na realização de análises clínicas, uma redução de 8%, graças à internalização destes serviços no Serviço Nacional de Saúde (SNS), no CHULC, atividade até aqui assumida por uma entidade privada externa ao serviço público. Ao mesmo tempo, a parceria permite maior agilidade na disponibilização dos resultados, o que contribui para mais qualidade e eficácia nos cuidados de saúde prestados às pessoas.

A parceria visa a realização de colheitas de produtos biológicos, em regime de ambulatório, e consequente processamento dos mesmos no CHULC para as situações de urgência e emergência (também com resposta avançada no HBA) e para a atividade programada.

O HBA realiza, todos os anos, mais de 225 mil colheitas e 2,3 milhões de análises de medicina laboratorial, um encargo anual superior a 5 milhões de euros para aquisição de Serviços de Patologia Clínica. Estima-se que a atividade de urgência e de rotina ascenda a uma média diária de 450 análises clínicas no âmbito da Bioquímica (1,7 milhões/ano), Hematologia (351 mil/ano), Microbiologia (76 mil/ano), Imunologia (69 mil/ano), Biologia Molecular (59 mil/ano) e Serologia (26 mil/ano).

Por sua vez, o CHULC – que integra o Hospital de Santo António dos Capuchos, o Hospital de Santa Marta, a Maternidade Alfredo da Costa, o Hospital Curry Cabral, o Hospital Dona Estefânia e o Hospital de São José – reforça a condição de maior laboratório de Patologia Clínica do SNS, garantindo a realização de mais de 9 milhões de análises/ano.

O projeto de gestão partilhada de recursos, pioneiro em Portugal, representa uma inovação de rentabilização da capacidade instalada no SNS, promovendo a cooperação e as sinergias entre estas duas unidades do SNS, permitindo melhorar a resposta aos utentes, rentabilizar a capacidade instalada na rede pública e reduzir o recurso a entidades externas, em benefício dos cidadãos, dos utentes, dos profissionais e do serviço público de saúde.

Tendo em vista uma utilização efetiva, eficiente e de qualidades dos recursos públicos disponíveis, a tutela solicitou ao HBA que desencadeasse um trabalho de negociação com o CHULC, no sentido de avaliar a possibilidade de articulação entre estas instituições hospitalares do SNS, tendo em vista a internalização do funcionamento do Serviço de Patologia Clínica do HBA no CHULC. A parceria agora firmada sustenta-se numa avaliação da viabilidade económica e financeira.

Será ainda desenvolvida uma integração dos sistemas de informação e informáticas das duas instituições para permitir acesso aos resultados em tempo real, de forma segura e com qualidade.


Nova campanha sobre farmacovigilância nas redes sociais – Infarmed

Setembro 2023

04 set 2023

“Juntos por medicamentos mais seguros” é o mote da nova campanha do Infarmed sobre farmacovigilância nas redes sociais .
Esteja atento!