Notícias a 4 e 06/10/2023

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Relatório n.º 42 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (18.09.2023 a 24.09.2023) – INSA

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06-10-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 42 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 38/2023 (18 a 24 de setembro). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

  • Na semana em análise (semana 38 de 2023), observou-se uma ligeira descida da temperatura, dentro do esperado para a época. Prevê-se uma subida da temperatura do ar na semana seguinte à semana em análise. Foi reportado um risco moderado a elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), em todo o país;
  • Na semana em análise, a procura do SNS24 e INEM diminuiu, não obstante o aumento de atendimentos por “exposição solar”, “queimaduras” e “náuseas e vómitos”;
  • Face à semana anterior, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde aumentou tal como a proporção de consultas por infeções respiratórias agudas. A proporção de consultas por gastroenterite estabilizou e a proporção de consultas por desidratação diminuiu;
  • Face à semana anterior, os episódios de urgência hospitalar aumentaram, assim como a proporção de episódios por infeções respiratórias agudas e por vómito, diarreia ou gastroenterite aguda. As proporções de episódios por desidratação e de episódios com destino internamento diminuíram;
  • A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional. A mortalidade por COVID-19 apresentou uma tendência crescente, ainda que se encontre abaixo do limiar recomendado pelo ECDC;
  • Não foi reportada circulação do vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe;
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 diminuiu. A sublinhagem XBB mantém-se dominante desde a semana 10 de 2023, com uma prevalência estável e uma frequência de 92,95% nas semanas 35 a 37 de 2023, sobretudo pela XBB.1.9., em particular a sua descendente EG.5.1 (50,7% das amostras). Foram reportadas cinco sequências da linhagem BA.2.86 na semana 37 de 2023;
  • A nível mundial, nos 28 dias anteriores (31/07 a 27/08/2023), verificou-se um aumento dos novos casos de infeção por SARS-CoV-2 (+38%), mantendo-se a tendência decrescente de novos óbitos (-50%), em relação ao período anterior. A EG.5 foi a variante mais prevalente, representando 26,1% das sequências na semana 32 de 2023 (15,4% na semana 28/2023), seguida da XBB.1.16 com 22,7% (22,9% na semana 28/2023);
  • A 22/09/2023, a OMS publicou um alerta sobre um possível início precoce da época de vírus respiratórios;
  • Na semana 38, foi reportado o primeiro caso, desde sempre, de Vírus do Nilo Ocidental em Barcelona.

RECOMENDAÇÕES

  • A análise sustenta a adoção de medidas de proteção, incluindo evitar exposição ao sol entre as 11h e as 17h, aplicar protetor solar, utilizar óculos de sol com filtro UV, procurar locais à sombra e climatizados e utilizar roupas frescas que cubram o corpo;
  • Informar-se quanto às previsões meteorológicas e seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde. Mais informação pode ser consultada aqui;
  • Reforça-se a necessidade de utilização da Linha SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Em caso de emergência, ligar 112;
  • Face à previsão, por parte do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, de tempo quente para o próximo mês, a Direção-Geral da Saúde prolongou o período de vigência do Plano de Contingência para a Resposta Sazonal em Saúde – Módulo Verão até 15 de outubro.

Comemoração dos 58 anos do Programa Nacional de Vacinação – DGS

Comemoração dos 58 anos do Programa Nacional de Vacinação

O Subdiretor-Geral da Saúde, André Peralta-Santos, defendeu que o Programa Nacional de Vacinação (PNV) se transformou “numa das mais poderosas armas de defesa da Saúde Pública. Não é simplesmente um Programa. É um pacto de solidariedade”. Durante a sessão comemorativa dos 58 anos do PNV, que decorreu a 4 de outubro de 2023, no Auditório do INFARMED I.P., em Lisboa, André Peralta-Santos sublinhou que “quando nos vacinamos ou optamos por vacinar os nossos filhos, estamos a dar corpo a uma manifestação de empatia e de cuidado”.

Implementado em 1965, o PNV já resultou na eliminação de doenças como a poliomielite e o sarampo, e o controlo de doenças como o tétano e a tosse convulsa. Em 2022, “no primeiro ano de vida, 99% das crianças receberam todas a vacinas recomendadas no PNV. E até aos sete anos, estes números mantêm-se muito elevados, superando os 95%. Estes números representam milhares de vidas salvas”, frisou o Subdiretor-Geral da Saúde.

Os desafios da vacinação, entender o passado e olhar para o futuro, estiveram em destaque na intervenção da anterior Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas. “Eu tive muitos privilégios na minha vida profissional e um deles foi em 1996, quando cheguei à DGS, ter ficado responsável pelo PNV. Foi uma sorte imensa que me coube”, começou por referir. Lembrando que não podemos ignorar os desafios e as ameaças, importa também “não desperdiçar a inovação e ciência” na vacinação.

Graça Freitas referiu que as vacinas ideais tenderão para uma maior eficácia e uma imunidade mais duradoura. “O preço acessível, a sustentabilidade financeira dos programas de vacinação e a proteção de grupo” são outras das questões relacionadas com a vacinação. “Há muito trabalho a fazer, temos que nos orgulhar. Mas também pensar no futuro, em novos modelos”, terminou.

O evento promoveu uma reflexão sobre os desafios futuros, nomeadamente a adesão e a confiança na vacinação, e o papel da inovação e da ciência. Carlos Alves, Vice-Presidente do INFARMED I.P., destacou que “é necessário garantir que as novas vacinas enquanto tecnologias de saúde assentam nas necessidades dos cidadãos, em pressupostos de razão científica e de um claro custo benefício. É inevitável a robustez no PNV”. “Solidamente implantado no terreno, está alicerçado com empenho dos profissionais e da confiança dos cidadãos”, disse Carlos Alves.

O legado destes 58 anos do PNV tem um forte impacte na saúde dos portugueses, mas também a nível internacional, nas doenças evitáveis pela vacinação, papel que as emergências de saúde pública mais recentes vieram evidenciar.

Na sessão de encerramento, que contou com uma homenagem à anterior Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, destacou que temos dos programas nacionais de vacinação com mais sucesso no mundo, e no qual “Graça Freitas construiu muitas peças. Este programa é um tesouro, uma preciosidade. Temos que continuar a cuidá-lo”.

Margarida Tavares frisou que “o PNV é um investimento do país. Há a confiança das pessoas e essa confiança tem de ser muito bem tratada por todos nós. E essa confiança é mantida com a entrega dos nossos profissionais”.

A sessão comemorativa contou ainda com duas mesas redondas. A primeira, sobre inovação e ciência na vacinação, foi moderada pela jornalista Anabela Góis, da Rádio Renascença, com participação de Marta Valente Pinto, da Comissão Técnica de Vacinação, Ana Correia, da Comissão Técnica de Vacinação contra a COVID-19, Baltazar Nunes, do INSA, Paulo Teixeira, da APIFARMA e Carlos Alves, do INFARMED I.P.

A segunda mesa, sobre as conquistas e desafios do PNV, moderada por Diana Costa, Coordenadora do Núcleo de Vacinação da DGS, contou com a participação de Miguel Telo de Arriaga, Chefe de Divisão de Literacia, Saúde e Bem-Estar da DGS, Teresa Fernandes, Coordenadora do Programa Nacional de Vacinação da DGS, Francisco Goiana da Silva, da Direção Executiva do SNS, Etelvina Calé, da ACES Amadora, Luciana Bastos, da ACES Loures-Odivelas e Dina Pascoal, da ACES Pinhal Interior.


Ricardo Mestre defende “mais parcerias para proteger a saúde das populações e das comunidades”

“No dia em que celebramos 58 anos do Programa Nacional de Vacinação é importante celebrar as parcerias que, em proximidade, protegem a Saúde das populações e das comunidades”, disse o Secretário de Estado da Saúde, no dia 4 de outubro, no âmbito da campanha de vacinação sazonal contra a gripe e a COVID-19, que decorre desde 29 de setembro, nas farmácias comunitárias e nos centros de saúde.

Ricardo Mestre falava numa farmácia centenária da cidade de Tomar, onde acompanhou o processo de vacinação de uma utente. “É muito gratificante ver que o poder local, as autoridades de saúde, as farmácias, a distribuição, estão unidos em prol de um bem maior, que é a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas”, afirmou.

Na sua intervenção, o Secretário de Estado da Saúde agradeceu “a dedicação dos parceiros” envolvidos no processo de vacinação, salientando que “são as parcerias e o trabalho em equipa que dão vida à resposta em rede do SNS”, permitindo garantir “cuidados de saúde de qualidade e em proximidade, independentemente da condição económica, social ou geográfica”.

A Campanha de Vacinação Sazonal do Outono-Inverno 2023-2024 contra a gripe e a COVID-19 arrancou no dia 29 de setembro, em cerca de 3.500 pontos de vacinação em todo o país. Envolve doze entidades, Direção Executiva do SNS, Direção-Geral da Saúde, Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, INFARMED, Serviço de Utilização Comum dos Hospitais, Administração Central do Sistema de Saúde, Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, Ordem dos Farmacêuticos, Associação Nacional das Farmácias, Associação das Farmácias de Portugal, Associação de Distribuidores Farmacêuticos e Associação de Grossistas de Produtos Farmacêuticos.

Cerca de 2 milhões de pessoas, todos os que têm 60 anos de idade ou mais, poderão recorrer ao seu Centro de Saúde habitual ou agendar a vacinação diretamente na farmácia comunitária ou online, através da plataforma de agendamento, sem custos para a população elegível. Os restantes utentes com indicação para vacinação serão convocados pelos respetivos centros de saúde do SNS onde estão inscritos. O objetivo é vacinar 2,5 milhões de pessoas entre as 2.500 farmácias e as 1.000 unidades de cuidados de saúde primários do SNS.

Para mais informação sobre a campanha de vacinação, consulte: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc23/comunicacao/noticia?i=vacinacao-contra-a-gripe-e-covid-19-perguntas-e-respostas


CHTS lança campanha de sensibilização conjunta com municípios

O Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (CHTS) lançou uma campanha de sensibilização para a eliminação de comportamentos violentos visando os profissionais de saúde, numa iniciativa que envolve os municípios da área de influência deste centro hospitalar, a Administração Regional de Saúde (ARS) Norte e a GNR, para assinalar o Dia Internacional da Não-Violência, que se celebra anualmente a 2 de outubro, data do aniversário de Mahatma Gandhi.

No âmbito do Plano de Ação para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde, o CHTS tem vindo a implementar diversas ações que visam prevenir a violência no local de trabalho e apoiar os profissionais.

O lançamento oficial desta campanha, que decorreu no dia 2 de outubro, contou com a presença de representantes de alguns municípios, nomeadamente Sónia Soares, Vereadora da Saúde de Cinfães, Carla Marques, Vereadora da Saúde do Marco de Canaveses, Maria do Céu Rocha, Vereadora da Ação Social de Lousada, Mariana Cunha, Chefe de Divisão Ação Social de Paços de Ferreira, bem como os Comandantes dos Destacamento Territoriais de Amarante e Penafiel, Capitão Luís Alves e Capitão Sandra Bessa, respetivamente, e ainda Manuel Rosas do Grupo Operativo Regional da ARS do Norte, que apontou o trabalho feito no CHTS como um exemplo de boas práticas a replicar.

A abertura da sessão ficou a cargo de José Ribeiro, Enfermeiro Diretor do CHTS, e Luciana Guimarães, Coordenadora do Gabinete de Gestão de Risco Hospitalar e Ponto Focal Institucional para a Prevenção da Violência no Setor da Saúde.

Para saber mais, consulte:

CHTS – https://www.chts.min-saude.pt/

Cartaz


Instituto Ricardo Jorge coorganiza workshop sobre ferramenta para gestão de riscos espaciais em situações epidémicas

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04-10-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, promoveu, dia 28 de setembro, em Lisboa, um workshop sobre Ciência de Dados Espaciais. A iniciativa foi realizada no âmbito do projeto SCOPE, que visa demonstrar que a Ciência de Dados Espaciais pode ser utilizada com sucesso para fornecer um protótipo de software funcional para gestão de riscos espaciais durante eventos epidémicos, com atualizações diárias de mapas de indicadores de risco para apoio à tomada de decisão do médico de Saúde Pública em futuras situações epidémicas/pandémicas.

Organizado em colaboração com as Unidades de Investigação CERENA e ITI do Instituto Superior Técnico (IST), o evento teve como objetivo permitir o contacto com o protótipo por médicos de saúde pública dos níveis local, regional e nacional, bem como promover a aprendizagem na utilização desta ferramenta, explorando e analisando dados espaciais. O workshop possibilitou ainda identificar possíveis aspetos de melhoria tendo em conta a experiência profissional dos utilizadores, nomeadamente, avaliando-o quanto à sua utilidade, exequibilidade nos serviços de saúde e potenciais custos associados.

Para além da equipa técnica do projeto, participaram nesta ação 39 médicos de saúde pública representantes de vários Agrupamentos de Centros de Saúde do país, das Administrações Regionais de Saúde do Norte, do Centro e do Algarve e ainda da Direção-Geral da Saúde. Financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, o SCOPE pretende demonstrar que a Ciência de Dados Espaciais pode ser utilizada com sucesso para fornecer um protótipo de software funcional para gestão de riscos espaciais durante eventos epidémicos, fornecendo à administração pública da saúde novos recursos para preparação e resposta a futuras situações epidémicas e apoio à tomada de decisão.

O projeto SCOPE foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar, que reúne investigadores de ciência de dados, geoestatística, ciência da computação e gestão, nomeadamente do IST, bem como epidemiologistas e médicos de saúde pública do INSA. Para além disso, conta também com o apoio institucional da DGS e do Instituto Português do Sangue e Transplantação como potenciais utilizadores das ferramentas desenvolvidas.

Este protótipo de software funcional (Dashboard) permitirá atualizações diárias dos mapas dos indicadores de saúde e a respetiva incerteza associada às previsões espaciais, recuperando o histórico da pandemia do COVID-19, o que possibilitará trazer novas perspetivas sobre a dispersão espacial da doença ao longo do tempo. A Ciência de Dados Espaciais permite extrair informação relevante sobre os padrões espaciais de doenças infeciosas, bem como sobre a previsão da dinâmica de transmissão espácio-temporal e do impacto das intervenções para gestão de risco, incorporando a componente espacial e analisando desigualdades em saúde com base na geografia.


Instituto Ricardo Jorge publica dados sobre transmissão do vírus mpox na revista científica Nature Medicine

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04-10-2023

Uma equipa de investigadores do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) publicou na revista científica Nature Medicine as principais conclusões de um estudo que permitiu um melhor entendimento da dinâmica de transmissão da mpox em Portugal. Através da identificação das principais linhagens do vírus mpox responsáveis pela epidemia de 2022, os dados recolhidos possibilitaram uma melhor caracterização das cadeias de transmissão, sublinhando o papel do surto em Portugal nas primeiras fases de disseminação da doença a nível internacional.

Publicado numa das mais prestigiadas revistas científicas a nível mundial, este estudo beneficiou da integração de dados genómicos e epidemiológicos em larga escala. Com a sequenciação do genoma viral em mais de 50% dos casos confirmados em Portugal em 2022, os especialistas do INSA identificaram as sublinhagens do vírus mpox com maior impacto no número de casos e encontraram evidência de que várias sublinhagens internacionais terão provavelmente emergido em Portugal, com subsequente disseminação a nível internacional.

Em estrita colaboração com a Direção-Geral da Saúde e com as equipas clínicas, foram ainda apresentadas evidências importantes sobre os fatores que potencialmente mais contribuíram para a disseminação das várias linhagens do vírus, tais como múltiplos contactos sexuais em eventos, nomeadamente em saunas. De acordo com João Paulo Gomes, responsável da Unidade de Investigação do Núcleo de Genómica e Bioinformática do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, este estudo “demonstra, mais uma vez, a importância da utilização da epidemiologia genómica para a monitorização e controlo de epidemias, gerando evidência científica de relevo para a tomada de decisão em Saúde Pública”.

Portugal, através do Núcleo de Genómica e Bioinformática do DDI do INSA, já tinha sido o primeiro país a sequenciar o genoma do vírus mpox, fornecendo importantes contributos para a compreensão da evolução do vírus e apresentando a teoria mais provável para a origem do surto de 2022. Os primeiros casos de mpox em Portugal foram detetados em meados do mês de maio, poucos dias após ter sido dado o alerta de alguns casos no Reino Unido, tendo a rápida deteção realizada pela Unidade de Resposta a Emergências e Biopreparação (UREB) do INSA sido possível devido às metodologias implementadas para a deteção de múltiplos agentes microbiológicos que possam constituir ameaças à Saúde Pública.

Concluído esse processo, as amostras biológicas foram encaminhados de imediato para o Núcleo de Genómica e Bioinformática e para a Unidade de Tecnologia e Inovação e, poucos dias depois, Portugal tornava-se o primeiro país a sequenciar o genoma do vírus mpox. Este primeiro trabalho foi o alicerce para o estabelecimento de uma vigilância contínua do vírus mpox, cujos resultados são espelhados no artigo científico agora publicado.

O agente tem como hospedeiro principal os roedores, podendo transmitir-se entre animais, de animais para pessoas e entre pessoas, sendo a infeção humana caracterizada pela apresentação localizada ou disseminada de lesões cutâneas, sendo transmitida de pessoa a pessoa, não exclusivamente mas essencialmente através do contacto físico com as lesões. À data de 28 de setembro de 2023, já foram reportados mais de 90 000 casos e infeção em 115 países, tendo originado 161 mortes.

O artigo “Viral genetic clustering and transmission dynamics of the 2022 mpox outbreak in Portugal ” pode também ser consultado no repositório científico do INSA.


EMA publica revisão das regras de transparência de informações sobre ensaios clínicos – Infarmed

Notícias 6

06 out 2023

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) publicou uma revisão das regras de transparência da publicação de informações sobre ensaios clínicos, apresentadas através do  Sistema de Informação sobre Ensaios Clínicos (CTIS). As simplificações introduzidas darão acesso às informações dos ensaios clínicos às partes interessadas, incluindo os cidadãos, pessoas com doença e os profissionais de saúde, de uma forma mais rápida e eficiente.

Uma das principais alterações das regras revistas é a supressão do mecanismo de diferimento, salvaguardando dados pessoais e informações comerciais confidenciais.

Esta atualização pretende estabelecer um equilíbrio entre a transparência das informações e a proteção das informações comerciais confidenciais, beneficiando cidadãos e pessoas com doença, os promotores de ensaios clínicos e os profissionais de saúde.

As atualizações foram desencadeadas pelo feedback das partes interessadas e da experiência após o lançamento do sistema. Foi realizada uma consulta pública de oito semanas, entre maio e junho de 2023.

As regras de transparência revistas serão aplicadas depois da sua implementação técnica no CTIS, incluindo o seu portal público. A data efetiva de conclusão do processo e de entrada em vigor das novas regras será comunicada aos utilizadores do sistema antes de se tornarem aplicáveis.

O CTIS é o ponto de entrada único na União Europeia  para a apresentação e avaliação de pedidos de ensaios clínicos para promotores e reguladores, onde se inclui o INFARMED, I.P.. O sistema inclui uma base de dados pública pesquisável para os profissionais de saúde, pessoas com doença e o público em geral, a fim de assegurar o elevado nível de transparência previsto no regulamento europeu de ensaios clínicos.

Saiba mais no Comunicado oficial da EMA.


DGS e OMS apresentam Programa Nacional para as Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas

DGS e OMS apresentam Programa Nacional para as Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas

A Direção-Geral da Saúde (DGS), em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e com o apoio do Município de Loulé, apresentam a 9 de outubro de 2023, às 10:00, no Cineteatro Louletano, o “Programa Nacional para as Cidades e Comunidades Amigas das Pessoas Idosas”.

Neste encontro será apresentada a proposta de implementação do projeto Age-friendly Cities and Communities da OMS em Portugal, e promovida a discussão sobre políticas de saúde e iniciativas implementadas nos diferentes estados-membros da região Europeia da OMS, que visem promover a saúde, bem-estar e qualidade de vida das pessoas idosas.

Complementarmente, irá realizar-se em Lisboa, nos dias 10 e 11 de outubro de 2023, o Summit on Healthy Ageing, um evento técnico internacional do qual resultará o Lisbon Statement, que contém propostas para o futuro dentro da área do Envelhecimento Ativo e Saudável. Este evento visa promover uma discussão e partilha de políticas inovadoras, que respondam às necessidades de saúde e de suporte social da população envelhecida.

A criação de ambientes propícios ao envelhecimento saudável, e o debate sobre cuidados de longo prazo e modelos de promoção de uma vida ativa e de dietas saudáveis, serão alguns dos outros pontos abordados no encontro.

Estas duas iniciativas pretendem constituir-se como importantes marcos para o futuro da Promoção do Envelhecimento Ativo e Saudável.

As sessões serão transmitidas em streaming, com tradução simultânea, nas redes sociais da DGS.

Mais informação aqui.


DGS assinala Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023

DGS assinala Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) associa-se à World Alliance for Breastfeeding Action (WABA) na comemoração Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023, que em Portugal se assinala de 1 a 7 de outubro, sendo o tema deste ano “Apoie a amamentação: faça a diferença para mães e pais que trabalham”.

Os recém-nascidos que são amamentados na primeira hora têm benefícios insubstituíveis. A amamentação é um dos melhores investimentos em saúde das mulheres e sobrevivência das crianças. Cuidar de um recém-nascido é uma responsabilidade partilhada por todos os pais, daí a importância do direito à licença de paternidade para promover um maior envolvimento dos pais na responsabilidade dos cuidados.

A Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023 realça a importância da amamentação e o emprego ou trabalho. Tem como objetivo mostrar o efeito da licença remunerada, do apoio no local de trabalho e de normas de amamentação para os pais. O público-alvo inclui governos, decisores políticos, setor da saúde, empregadores, comunidade e pais, stakeholders com relevância no empoderamento das famílias, na promoção de ambientes favoráveis à amamentação e na conciliação com a vida profissional e pessoal.

No âmbito desta iniciativa, a DGS esteve presente no V Encontro Amadora e Sintra Juntos no Aleitamento Materno, subordinado ao tema “Fazer a diferença no regresso ao trabalho”, que decorreu no dia 4 de outubro de 2023, no anfiteatro do Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca, EPE.

Para saber mais consulte os documentos:

– Objetivos da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023

– Mensagens chave da Semana Mundial do Aleitamento Materno 2023

– Apoie a Amamentação


Ministro da Saúde destacou “agenda ambiciosa” da tutela, em conferência da Escola Nacional de Saúde Pública

Portugal enfrenta desafios exigentes em termos do Serviço Nacional de Saúde, desafios esses que são comuns a todos os países europeus e que exigem ações conjuntas e uma mudança de paradigma, colocando um foco maior na prevenção da doença e na promoção da saúde, destacou o Ministro da Saúde. Manuel Pizarro falava na terça-feira, dia 3 de outubro, na sessão de abertura na conferência “Leading the way to a healthy future”, em Lisboa, organizada pela Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa, sob o mote “Inovação ao Serviço da Saúde Pública”.

“Não conseguiremos assegurar a manutenção e a melhoria dos ganhos em saúde que o SNS nos trouxe nestes 44 anos de sucesso sem uma agenda ambiciosa em termos de prevenção da doença e promoção da saúde”, disse Manuel Pizarro.

A recente pandemia, a par do surgimento de outras doenças emergentes e não emergentes, evidenciou de forma clara a necessidade dos ecossistemas de saúde se reinventarem, exigindo, por um lado, uma abordagem ágil, colaborativa, adaptável e tecnologicamente avançada, que garanta a saúde e o bem-estar das populações e, por outro, a importância de promover a inovação em saúde, ao nível tecnológico, digital, inteligência artificial, análise de dados, entre outros, que permita consolidar a capacidade de resposta e criar um ambiente propício à inovação. Este foi, por isso, o mote da conferência da Escola Nacional de Saúde Pública.

“Leading the Way to a Healthy Future” reuniu líderes e profissionais inspiradores, pioneiros na área da saúde, inovadores em tecnologia e investidores de impacto, entre outros, tendo como objetivo impulsionar a inovação, transformar os modelos de liderança e de força de trabalho e repensar a adoção de estratégias em saúde para enfrentar os desafios emergentes, visando contribuir para um futuro saudável para as comunidades.

O Ministro da Saúde aproveitou a conferência para enaltecer o papel que a Escola Nacional de Saúde Pública tem tido na formação de profissionais e na produção de conhecimento para melhorar o sistema de saúde. Depois, Manuel Pizarro lembrou que as dificuldades que o SNS atravessa não se relacionam com a prestação de poucas consultas ou cirurgias, contrapondo que temos a maior produção de sempre, mas ainda assim a um ritmo inferior ao crescimento das necessidades. “O SNS teve a maior atividade de sempre em 2022”, disse. “A Europa, como um todo, está a ter grandes dificuldades em acertar o passo com as necessidades dos cidadãos”, insistiu.

Em termos de reformas, o Ministro frisou que “temos uma população com uma idade mais avançada e com uma carga de doença muito significativa”, com a literacia das pessoas a também levar a que procurem mais cuidados e mais cedo. O governante reiterou que “temos mesmo de modificar a centralidade que atribuímos no sistema de saúde à promoção da saúde”, avançando o exemplo da Lei do Tabaco como uma das alterações em curso para criar gerações livres de tabaco.

Independentemente das alterações que se venham a introduzir no SNS, o Ministro garantiu que “vamos manter os valores de humanismo e de solidariedade” que caracterizam o sistema criado em 1979 – mas manter esse mesmo sistema passa por reorganizar os cuidados, dividir melhor as tarefas e potenciar o trabalho em rede, e mudar os processos.

Ainda no campo dos exemplos de transformações já bem-sucedidas, Manuel Pizarro falou da hospitalização domiciliária, que no ano passado chegou a 9000 pessoas, com 329 lugares, o equivalente a um hospital de média dimensão, feito “sem betão”. “É uma combinação que permite obviar problemas dos nossos hospitais e dar mais satisfação e conforto”, disse.


CNPSM assinala data com sessão comemorativa na Fundação Calouste Gulbenkian

A Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental (CNPSM) assinala, no dia 10 de outubro, o Dia Mundial da Saúde Mental, este ano com o mote “A Saúde Mental é um Direito Universal”, com uma sessão comemorativa.

A sessão decorrerá na Fundação Calouste Gulbenkian, a partir das 11 horas, e contará com a presença do Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, da Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares e do Coordenador Nacional das Políticas de Saúde Mental, Miguel Xavier.

Além da intervenção de investigadores e especialistas na área da saúde e justiça, o evento integrará ainda uma mesa redonda e a assinatura de um protocolo entre o Ministério da Saúde e a Fundação Gulbenkian.

Programa


Ministro da Saúde destacou papel do poder local na Apresentação Pública do Atlas dos Municípios Saudáveis

O Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, defendeu que Portugal conta hoje com indicadores de saúde de excelência em muitas áreas, nomeadamente em termos de longevidade, mas disse que há ainda um longo caminho a fazer em termos de promoção da saúde e de prevenção da doença, para que os ganhos na esperança média de vida sejam acompanhados por mais qualidade de vida. Esta foi uma das principais ideias defendidas pelo governante na sexta-feira, dia 29 de setembro, na Apresentação Pública do Atlas dos Municípios Saudáveis, que decorreu no Seixal, e em que defendeu o papel crucial que o poder local pode ter.

“É especialmente verdade que, em alguns países, e em Portugal também, as condições sociais e económicas continuam a ser um dos determinantes em saúde com maior impacto na vida das pessoas, o que significa que isso interpela os dirigentes e a ação política, para intensificar a correção desses determinantes económicos, que fazem com que as pessoas tenham piores resultados em saúde, em função do local onde vivem ou da sua condição”, disse o Ministro da Saúde.

“Precisamos dramaticamente das comunidades para este combate pela saúde dos portugueses, que vai ser ganho pela ação conjunta do Serviço Nacional de Saúde e do poder local democrático. Não podemos viver a fazer este trabalho de costas voltadas uns para os outros”, acrescentou Manuel Pizarro.

O governante acrescentou que “a saúde em Portugal é mesmo um caso de sucesso” e recordou vários indicadores que melhoraram muito desde a década de 1970, graças à criação do SNS. “Temos agora o desafio enorme de alargar e tornar mais homogéneos os ganhos em saúde”, disse, reforçando o trabalho que há a fazer na promoção da saúde, para combatermos a obesidade, a diabetes e a hipertensão, entre outras patologias com relação direta com o estilo de vida.

“Se não formos capazes de resolver isto, não há sofisticação do sistema de saúde que responda ao aumento da procura”, reforçou, concluindo que “precisamos dramaticamente das comunidades”. “Temos de trabalhar com os municípios e com as escolas e ter uma agenda de estilos de vida saudável que não seja uma agenda de punição”.

A obesidade, ausência de exercício físico, consumo de alimentos não saudáveis e de tabaco, são precisamente alguns dos problemas identificados no Atlas dos Municípios Saudáveis. Este foi um trabalho realizado pelo Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra, em 64 municípios aderentes da Rede Portuguesa de Municípios Saudáveis, com o objetivo de proporcionar um quadro de referência da avaliação da saúde de forma integrada, para a definição das estratégias de promoção da saúde e da equidade em saúde.

Na plataforma do Atlas dos Municípios Saudáveis, com base no trabalho do GEGOT, em que foram realizados 11.474 inquéritos, há sinais que constituem um alerta e que exigem uma intervenção multissetorial. De acordo com os dados recolhidos com base em 94 indicadores previamente definidos, foram avaliadas as características socioeconómicas, estado de saúde, estilos de vida e comportamentos, participação social, condições da habitação, qualidade do meio envolvente, acesso a transportes, serviços, equipamentos e perceção de insegurança por parte dos inquiridos.

Segundo os dados recolhidos e agora disponíveis no Atlas dos municípios Saudáveis, 73% das pessoas inquiridas não praticam exercício físico regularmente, 54% tem excesso de peso ou obesidade, 21% consome diariamente alimentos processados e 15,6% são fumadores.


GenomePT Symposium 2023: prazo de submissão de resumos de comunicações alterado para 10 de outubro – INSA

imagem do post do GenomePT Symposium 2023: prazo de submissão de resumos de comunicações alterado para 10 de outubro

06-10-2023

O prazo de submissão de resumos de comunicações para o “3rd Symposium of the National Research Infrastructure for Genome Sequencing and Analysis” foi alterado para 10 de outubro. A iniciativa, que terá lugar dia 17 de novembro, nas instalações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, será dedicada aos desenvolvimentos científicos e tecnológicos em Genómica e terá como foco o uso das tecnologias de sequenciação de nova geração e de métodos computacionais de análise de dados para abordar diversas questões científicas.

Organizado no âmbito do GenomePT, este simpósio pretende ser um fórum de contacto entre investigadores, académicos, profissionais de saúde e estudantes que trabalham em Genómica, onde os participantes terão oportunidade de conhecer os últimos avanços em plataformas tecnológicas de sequenciação e suas aplicações nas ciências da vida. Além da apresentação de comunicações orais, o evento contará também com palestras de cientistas convidados e uma mesa redonda que abordará temas atuais da Genómica, bem como desafios futuros.

No site GenomePT estão reunidas informações sobre o programa, formulário de inscrição, prazos de submissão de resumos de comunicações orais e detalhes sobre as condições de submissão, assim como informação sobre edições anteriores do evento. A participação no evento carece de inscrição prévia, que poderá ser efetuada até dia 1 de novembro. O submissão de resumos de comunicações poderá agora ser feita até dia 10 de outubro, através do mail genomept@insa.min-saude.pt.

O GenomePT é uma infraestrutura nacional de sequenciação e análise de genoma integrada no Roteiro Português de Infraestruturas de Investigação. Reúne mais de 50 investigadores e pessoal técnico especializado, acumulando importantes conhecimentos em bioinformática num único consórcio de genómica, tendo como missão construir capacidade de investigação e alinhar a sua estratégia com as prioridades de desenvolvimento regional e nacional, dando contributos tangíveis para o desenvolvimento da economia e para a fixação de recursos humanos altamente qualificados em Portugal.


9ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal: continuam abertas as inscrições – INSA

imagem do post do 9ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal: continuam abertas as inscrições

06-10-2023

Continuam abertas as inscrições para a 9ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal, que decorre dia 17 de outubro, no auditório do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa. Organizado pelo INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, o encontro tem como principal objetivo divulgar a análise dos dados da época de gripe de 2022/2023, bem como fortalecer a comunicação entre todos os interessados nas questões da vigilância epidemiológica da gripe e no Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG).

A participação na 9ª Reunião da vigilância epidemiológica da gripe e de outros vírus respiratórios em Portugal, que será transmitida online, é gratuita, mas sujeita a registo prévio e limitada ao número de vagas. Os interessados em participar no evento, presencialmente ou online, deverão efetuar a sua inscrição, até ao dia 13 de outubro, através do preenchimento do respetivo formulário.

Na reunião serão divulgados os dados clínicos e laboratoriais referentes à época de gripe de 2022/2023, incluindo a informação sobre a deteção do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório, severidade, efetividade vacinal, bem como a importância da vigilância e caraterização de outros vírus respiratórios. incluindo dados de morbilidade e mortalidade associada à gripe, vacinação antigripal e redes de vigilância. O programa da reunião prevê também a apresentação de uma comunicação intitulada “Epidemiology and Virological Situation Related to Zoonotic Influenza in Animals and Humans”, da autoria de Cornelia Adlhoch (Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças [ECDC]).

A Gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta todos os invernos a população portuguesa, com especial importância os grupos dos mais jovens e idosos e portadores de doença crónica podendo originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, que é reativado todos os anos a seguir ao verão.

O PNVG tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, assim como a identificação e caracterização dos vírus da gripe em circulação em cada época e a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.