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Notícias a 16 e 17/10/2023

relatório

Realizadas 15870 interrupções da gravidez a pedido da mulher em 2022 – DGS

Em 2022, foram realizadas 15870 interrupções da gravidez (IG) a pedido da mulher em Portugal, números que traduzem um aumento de 15% face a 2021 e que estão em linha com a tendência verificada noutros países da União Europeia.

De acordo com os dados do Relatório de Análise dos Registos da Interrupção da Gravidez de 2022, que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje, dia 16 de outubro, foram registadas 16471 interrupções, mas a IG por opção da mulher nas primeiras 10 semanas de gravidez manteve-se como principal motivo em todas as idades, representando 96,4% do total. A doença grave ou malformação congénita do nascituro motivou 543 IG (3,3% do total de IG por todos os motivos).

A incidência da IG (por todos os motivos) por 1.000 Nados Vivos, por Região de Saúde de residência da mulher, aumentou de 180,3 para 196,9 a nível nacional, traduzindo o aumento verificado em todas as regiões. Este indicador é utilizado para comparações internacionais, sendo que Portugal tem mantido registos abaixo da média europeia que, em 2019 (últimos dados disponíveis) era de 209,9.

A maioria das IG por opção continua a realizar-se nos estabelecimentos de saúde públicos (68,6% do total). O procedimento mais utilizado nestas unidades foi o medicamentoso (98,9%) e, no privado, continuou a ser o cirúrgico (95,3%).

O tempo médio de espera entre a consulta prévia e a realização da IG por opção da mulher foi de 6,4 dias (com uma mediana de 5 dias) e a idade gestacional mediana de interrupção manteve-se nas 7 semanas.

As características sociodemográficas das mulheres que realizam IG por opção da mulher não têm variado significativamente. O grupo etário que realizou maior número absoluto de IG e onde se registou também maior incidência, continua a ser o dos 20-24 anos, logo seguido dos 25-29 anos. A percentagem de IG antes dos 20 anos manteve os valores de 2021 (8,6%). Nas IG por opção da mulher, à semelhança de anos anteriores, a mediana de idade da mulher manteve-se nos 28 anos.

O número de mulheres não portuguesas a interromper a gravidez por opção tem aumentado ligeiramente (28,9% em 2022, 25,9% em 2021 e 24,6% em 2020), em consonância com o aumento de mulheres estrangeiras a residir em Portugal.

A maioria das mulheres continua a recorrer por iniciativa própria à unidade em que realizou a IG, o que pode revelar maior autonomia e facilidade no acesso.

Mais de 90% das mulheres aderem a método contracetivo após interrupção

A adesão à utilização de um método contracetivo após IG por opção da mulher, em 2022, foi de 92,6%. A opção por métodos de longa duração apresentou um ligeiro decréscimo (cerca de 2,5 pontos percentuais) relativamente a 2021, tendo-se situado nos 35,1%. A opção por método hormonal oral ou injetável foi de 37,6%, aumentando 1 ponto percentual relativamente ao ano anterior.

Os registos obrigatórios da IG são essenciais para monitorizar e melhorar os cuidados e os direitos das mulheres e famílias. Promover e proteger o acesso a estes cuidados é essencial para uma decisão informada e segura.

O acesso a informação e o aconselhamento em saúde sexual e reprodutiva são fundamentais para promover escolhas e decisões esclarecidas que se ajustem às circunstâncias e necessidades específicas de cada pessoa.

A DGS disponibiliza no site um conjunto de informações sobre o aborto seguro e sobre planeamento familiar e contraceção:

–   Aborto/Interrupção da gravidezConsentimento livre e esclarecido para a interrupção da gravidez em várias línguas;  Planeamento FamiliarConsenso sobre ContraceçãoContraceção de Emergência.

Consulte o relatório aqui.


Reintrodução no mercado | Máscara cirúrgica (fabricante: Alliande – Cosméticos e Suplementos Alimentares, Lda.) – Infarmed

(Circular Informativa N.º 106/CD/550.20.001 de 16/10/2023)

Para: Divulgação geral

Tipo de alerta: dm

Contactos

  • Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444

17 out 2023

Em junho de 2021 foi identificada a notificação, no portal de registo de dispositivos médicos, da máscara cirúrgica do tipo IIR, marca 6BGen, com referência P21001, do fabricante Alliande – Cosméticos e Suplementos Alimentares Lda. ostentando marcação CE indevida, por se ter verificado que a documentação técnica se encontrava incompleta face ao estabelecido na legislação europeia aplicável ao setor dos dipositivos médicos, pelo que, à data, o INFARMED, I.P. determinou a imediata suspensão da comercialização no mercado do referido dispositivo.

Recentemente o fabricante Alliande – Cosméticos e Suplementos Alimentares Lda. notificou o INFARMED, I.P. de que já está em condições de garantir que, relativamente à máscara cirúrgica tipo IIR, com referência P21001, estão a ser cumpridos todos os requisitos legais aplicáveis, pelo que procedeu à aposição da marcação CE no seu dispositivo e à colocação/reintrodução do mesmo no mercado nos termos previstos no artigo 5º do Regulamento (UE) 2017/745, de 5 de abril de 2017.

Pelo acima exposto, o INFARMED, I.P. informa que, na presente data, o fabricante Alliande – Cosméticos e Suplementos Alimentares Lda., cuja atividade se encontra devidamente notificada a este Instituto, nos termos legalmente previstos, é responsável pela colocação/reintrodução no mercado do dispositivo médico supracitado, o qual apresenta aposta a marcação CE como símbolo da sua conformidade com os requisitos gerais de segurança e desempenho do Regulamento (UE) 2017/745, de 5 de abril de 2017.

O dispositivo médico máscara cirúrgica tipo IIR, com referência P21001, está coberto pela Declaração UE de Conformidade emitida em 12 de junho de 2023, pelo seu fabricante Alliande – Cosméticos e Suplementos Alimentares Lda., podendo ser comercializado sem restrição em Portugal, nos Estados Membros da União Europeia e/ou outros estados que tenham acordo contratual com o Espaço Económico Europeu.

O INFARMED, I.P. continuará, no âmbito das suas competências de fiscalização do mercado, a desencadear as medidas necessárias com vista a garantir que os dispositivos médicos colocados no mercado evidenciam estar em conformidade com os requisitos estabelecidos na legislação aplicável com vista à garantia da proteção da saúde pública.

A Vogal do Conselho Diretivo

(Erica Viegas)


HVFX integra base de dados de tumores raros

16/10/2023

Hospital de Vila Franca de Xira obteve certificação para integrar organização europeia

O Hospital de Vila Franca de Xira (HVFX) obteve certificação para integrar o EUROCRINE, uma organização, com sede na União Europeia, que consiste numa plataforma de recolha de dados e informação cirúrgica endócrina e que visa diminuir a morbilidade e mortalidade em tumores endócrinos.

De acordo com o HVFX, numa primeira fase, vão iniciar o registo de pacientes com patologia de Tiroide, Paratiroide e Tumores neuro endócrinos do trato gastrointestinal.

A base de dados do EUROCRINE tem um foco especial em tumores raros. No entanto, os dados para analisar processos diagnósticos, indicação de tratamento cirúrgico, tipo de procedimento cirúrgico, utilização de recursos e resultados serão de todas as patologias sendo elas mais frequentes ou mais raras. Os dados são, também, utilizados para investigação clínica e para identificar e divulgar as melhores práticas clínicas.

Segundo o HVFX, a recolha e análise de dados tem como objetivo elevar os padrões clínicos de cuidados e reduzir as diferenças existentes na prática de cirurgia endócrina. Este registo de pacientes fica sob a responsabilidade de elementos da Cirurgia Geral dedicados à cirurgia endócrina.

Para saber mais, consulte:

HVFX > Notícias


HFF recebe equipamentos de intensivismo neonatal

16/10/2023

Projeto de responsabilidade social doa dois novos equipamentos ao Serviço de Neonatologia

O Serviço de Neonatologia do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) recebeu dois novos equipamentos doados por um projeto de responsabilidade social, um aparelho de hipotermia terapêutica e um aparelho de fototerapia intensiva que tornam assim mais completos os cuidados prestados por esta unidade por onde passam mais de 350 bebés anualmente.

De acordo com a Diretora do Serviço de Neonatologia do HFF, Rosalina Barroso, citada no comunicado divulgado pelo instituição, “apesar da diminuição da natalidade, a taxa de prematuridade mantém-se mais ou menos constante, sendo a prematuridade considerada um grave problema de saúde pública. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em 2020 nasceram antes das 37 semanas de idade gestacional 13.4 milhões de recém-nascidos.”

A Diretora de Serviço de Neonatologia do HFF explica, ainda, que “a doação [dos aparelhos oferecidos pela iniciativa Chicco Dá Vida] vai permitir intervir na ‘janela terapêutica’, sem necessidade de transferência dos recém-nascidos para outras instituições da Grande Lisboa, como até agora acontecia. Graças a este apoio poderemos também receber bebés de outros, porque com o equipamento de hipotermia terapêutica escalamos a nossa Unidade de Cuidados Intensivos Especiais e Neonatais para outro nível de diferenciação.”

Para saber mais, consulte:

HFF > Notícias


Prémio Maria José Nogueira Pinto

16/10/2023

Ministro da Saúde destacou importância dos projetos que nascem nas comunidades

As respostas locais e os projetos que nascem nas comunidades são fundamentais para conseguirmos ir ao encontro das necessidades das pessoas, defendeu o Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na quarta-feira, dia 11 de outubro, na Cerimónia de Entrega da 11.ª Edição do Prémio MSD | Maria José Nogueira Pinto.

“É inequívoco que as desigualdades e a pobreza são determinantes essenciais na nossa saúde”, disse o Ministro da Saúde. Apesar da grande evolução social que Portugal tem tido, muito pelo impulso que o Serviço Nacional de Saúde deu em quatro décadas a vários indicadores de saúde, Manuel Pizarro reconheceu que ainda há muito caminho a fazer para reduzir as desigualdades e aumentar a coesão social.

Neste contexto, saudou os três premiados no evento e as “respostas locais quase individualizadas” que conseguiram implementar com sucesso. Aliás, o Ministro recordou as lições recentes da pandemia, em que só a articulação entre os diferentes setores, em particular entre o setor público, o setor social e o setor solidário, é que permitiram vencer melhor os desafios.

Na edição deste ano, foi entregue uma menção honrosa à Associação para o Planeamento da Família, que desde a década de 1960 ajuda as pessoas nas escolhas livres e conscientes relativamente às suas vidas sexuais e reprodutivas. A associação tem sabido adaptar-se às evoluções sociais e às novas necessidades, agora com este projeto “Melhorar as respostas às vítimas de Tráfico de Seres Humanos – Portugal contra o TSH”.

A segunda menção honrosa foi para a Associação Pista Mágica, de Gondomar, que se dedica, há 15 anos, à capacitação em voluntariado através de atividades de capacitação, formação, consultoria e implementação de projetos junto de grupos vulneráveis, utilizando o voluntariado como ferramenta de inclusão social, distinguida aqui com o projeto “VolunTalento”, de apoio a pessoas com deficiência.

Já o prémio vencedor foi entregue à Associação Pró-Partilha e Inserção do Algarve, que, também há mais de 15 anos, tem conseguido que o Banco Alimentar do Algarve passasse de 400 para 3.500 toneladas anuais de alimentos distribuídos. Hoje é distinguida pelo projeto E-integrar, uma iniciativa inovadora de sinalização e gestão dos destinatários do apoio alimentar na região do Algarve, que visa melhorar a distribuição de alimentos aos mais carenciados através de uma plataforma digital integrada.

O Ministro da Saúde aproveitou, ainda, a sua intervenção para sublinhar que o país está também a fazer este caminho de valorização das respostas locais. Como exemplo, lembrou que está em curso a descentralização de competências na área da saúde. E deu ainda o exemplo da campanha de vacinação contra a gripe e a Covid-19, que está a ser feita em parceria com 2500 farmácias, privilegiando-se a proximidade da resposta.

A terminar, partilhou palavras especiais sobre Maria José Nogueira Pinto, que foi diretora da Maternidade Alfredo da Costa, evocando “o percurso notável desta cidadã em todos os aspetos da sua vida cívica” e a “forma combativa e empenhada, mas serena e muitíssimo elevada” como exerceu todas as funções a que se entregou.


Secretário de Estado presidiu à Sessão de Abertura das 1.ªs Jornadas de Eficiência Energética e Hídrica do Ministério da Saúde

A eficiência energética e hídrica são duas áreas em que o SNS tem sido reforçado, com o objetivo de contribuir para a sustentabilidade financeira e ambiental. Esta foi uma das ideias que o Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, partilhou na quarta-feira, dia 11 de outubro, quando presidiu à Sessão de Abertura das 1.ªs Jornadas de Eficiência Energética e Hídrica do Ministério da Saúde.

As jornadas, organizadas pela Administração Central do Sistema de Saúde, pretenderam refletir e debater os desafios do presente e do futuro do Programa de Sustentabilidade Ambiental no Ministério da Saúde (ECO@SAÚDE). O encontro visou ainda promover a partilha de experiências e o encontro entre os responsáveis máximos das entidades deste Ministério e os stakeholders do setor público e privado.

Em comentário ao ranking da eficiência energética e hídrica apresentado nas jornadas, o Secretário de Estado da Saúde disse que deve ser encarado como uma partilha de boas práticas que estimula a melhoria contínua. “Devemos partilhar as boas práticas de forma transparente para perceber os comportamentos que temos e continuar a melhorar”, disse Ricardo Mestre.

O Secretário de Estado da Saúde defendeu que a proposta de Orçamento do Estado para 2024, apresentada esta semana, “vai no sentido do reforço do SNS com mais financiamento, mais capacidade de investimento e uma organização diferente e com novos instrumentos de gestão” – ferramentas fundamentais para responder também aos desafios da eficiência energética.

Para o governante, a saúde e o ambiente devem ser olhados de uma perspetiva mais conjunta. Ricardo Mestre recordou que as Nações Unidas estimam que, atualmente, 1 em cada 4 mortes no Mundo esteja relacionada com riscos ambientais. As alterações climáticas aumentam o risco da incidência de doenças antigas e emergentes em novas geografias, e levam também a menor sustentabilidade alimentar e ao agravamento das condições de pobreza, determinante maior da saúde e bem-estar da população, explicou.

O Secretário de Estado referiu também o impacto que a saúde tem em termos de pegada ambiental. Estima-se que, a nível global, o setor de saúde represente quase 5% das emissões de gases com efeitos de estufa – se fosse um país, seria o quinto maior poluidor mundial. “Portugal tem condições para ser, uma vez mais, um exemplo nesta transição para um planeta mais sustentável”, afirmou.

O governante lembrou que só o SNS proporciona 2000 cirurgias por dia, dá alta a 2000 pessoas, faz 132 mil consultas e tem 2400 pontos de resposta em todo o país, o que por si só são momentos geradores de grandes consumos e com potencial de melhoria. A este propósito recordou que está em curso o Plano de Recuperação e Resiliência, com todas as obras a terem presentes a importância da transição energética. “Nos 124 novos centros de saúde e 347 unidades que estamos a requalificar nos cuidados de saúde primários, esta é uma marca transversal”, frisou. No próximo ano e meio serão adquiridas, ainda 780 viaturas elétricas.

Nos últimos anos, só no âmbito do Programa Operacional – Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (PO SEUR), foram aprovados projetos na saúde na casa dos 100 milhões de euros, maioritariamente financiados por fundos comunitários. Permitiram intervenções de fundo como alterar iluminação para LED, instalação de painéis fotovoltaicos ou melhoria de eficiência térmica nos edifícios dos hospitais. Estes projetos beneficiaram 34 entidades, lembrou o Secretário de Estado da Saúde.

A concluir, o governante assegurou que Portugal está comprometido com o Pacto Ecológico Europeu, que determina que Portugal e a Europa devem ser espaços neutros em carbono, até 2050, para melhorar o bem-estar e a saúde dos cidadãos e das gerações futuras. Da desmaterialização de processos à transição digital, foram vários os exemplos evocados.


134 Anos Instituto Gama Pinto

17/10/2023

“É como o pioneirismo do fundador deste instituto que devem encarar o futuro”, disse Manuel Pizarro

“O Instituto Gama Pinto está longe de ter percorrido a sua história de excelência na oftalmologia, esta é uma casa viva que honra o espírito fundador do Serviço Nacional de Saúde”, disse Manuel Pizarro, no dia 12 de outubro, na cerimónia comemorativa dos 134 anos do instituto de oftalmologia.

Manuel Pizarro recorreu depois a uma citação de Saramago – “o medo cega […] o medo nos fará continuar cegos” – para tranquilizar os profissionais da instituição centenária, pedindo para que não tenham receio da mudança. “A reorganização do funcionamento do SNS não significa nunca prescindir do conhecimento e sofisticação do Gama Pinto”, afirmou.

“É como o mesmo espírito pioneiro do fundador deste instituto que devem encarar o futuro”, disse o governante. “Ainda há caminho a fazer, queremos contar com todos para continuar a construir a história de sucesso do SNS, do qual faz parte este vosso Instituto”, acrescentou.

O Ministro da Saúde assinalou ainda que o instituto oftalmológico “recorre à mais essencial das tecnologias de saúde: o carinho e o humanismo”, características que Manuel Pizarro identifica no “empenho e orgulho diário com cada um dos seus profissionais realiza a sua missão”.

Inauguração do Laboratório de Atividades de Vida Diário

No mesmo dia, Manuel Pizarro inaugurou o Laboratório de Atividades de Vida Diário, um espaço destinado a ensinar, treinar e testar todas as atividades do quotidiano de uma pessoa com deficiência visual, supervisionadas e conduzidas por profissionais qualificados.

“Nunca deixaram de se renovar e de acompanhar as sucessivas inovações tecnológicas e científicas”, destacou o Ministro da Saúde, que agradeceu em nome do Estado Português à equipa que desenvolveu o equipamento e aos mecenas e entidades privadas que o apoiaram com os seus donativos.


Stop Infeção Hospitalar 2.0

17/10/2023

Margarida Tavares defende que parte do sucesso do combate às infeções hospitalares depende das lideranças

“Os resultados do projeto Stop Infeção Hospitalar mostram bem porque é melhor fazermos as coisas acompanhados do que sós”, afirmou Margarida Tavares, no encerramento de uma Sessão de Aprendizagem Colaborativa, que decorreu na Alfândega do Porto, no dia 10 de outubro. “A verdade é que as parcerias trazem mais sustentabilidade, mais qualidade e mais rigor aos projetos”, reforçou.

A iniciativa Stop Infeção Hospitalar permitiu reduzir em mais de 50 por cento a incidência de quatro infeções cujo combate foi considerado prioritário: a associada à algaliação; a relacionada com o cateter vascular central; a proveniente da intubação; e a associada à ferida operatória.
Margarida Tavares assinalou que “o ambicioso objetivo” de reduzir em 50% as infeções associadas aos cuidados de saúde, cujo compromisso foi renovado a 17 de outubro de 2022, “foi inclusivamente ultrapassado”, razão pela qual defendeu que chegou a altura de “partilhar experiências e fomentar novas práticas para vencer o desafio das resistências aos antimicrobianos”.

“Na Europa, todos os anos, morrem 35 mil pessoas no decurso de infeções resistentes aos antimicrobianos. São 100 mortes por dia”, recordou a secretária de Estado, alertando para a incapacidade de desenvolver novos antibióticos ao mesmo tempo que persistem obstáculos à “disponibilização de antibióticos mais antigos”.

Na sua intervenção, Margarida Tavares dirigiu-se aos cerca de 300 profissionais de saúde, destacando a importância de reforçar a capacitação e formação dos recursos humanos da Saúde, sem esquecer a aposta na criação de melhores condições de trabalho. A par, pediu investimento nas lideranças “Peço que levem a vossa capacidade de liderança e o vosso conhecimento para os vossos hospitais, para que vençamos a luta contra as infeções hospitalares e as resistências a antimicrobianos”, concluiu.

Iniciativa STOP Infeção Hospitalar expandiu-se a mais doze hospitais

A STOP Infeção Hospitalar 2.0 é um projeto do Programa de Prevenção e Controlo de Infeções e de Resistências a Antimicrobianos, da Direção-Geral da Saúde (PPCIRA/ DGS), em parceria com a Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) e com o apoio técnico-científico do Institute for Health Improvement (IHI). Tem como objetivo reduzir a incidência de cinco tipos de infeção hospitalar em 50%, no prazo de 3 anos.

Cinco anos após o início do projeto, constatou-se que as estratégias de sucesso ainda permaneciam em vários hospitais com resultados muito positivos, e entendeu-se necessário continuar a melhorar para que este sucesso seja partilhado pelo maior número possível de Hospitais.
Por isso, em outubro de 2022, através da renovação do Assinatura do Compromisso de Honra do programa, a iniciativa STOP Infeção Hospitalar expandiu-se a mais doze instituições hospitalares, passando a abranger um total de 22, e consolidou-se nas dez que participaram entre 2015 e 2018, alargando-se a cinco tipos de infeção hospitalar.

Em 2014 morriam sete vezes mais pessoas com infeções adquiridas nos hospitais do que em acidentes de viação e o tempo de internamento de doentes com infeções hospitalares era cinco vezes superior ao dos restantes. Portugal registava quase o dobro das infeções hospitalares do que a média dos países europeus, com custos estimados em 300 a 400 milhões de euros ao ano.


Saúde Mental é um Direito Universal

17/10/2023

“Não é possível combater o estigma e discriminação sem garantir o direito à participação na vida em comunidade”, defendeu Margarida Tavares

“Abordar a saúde mental na perspetiva dos direitos humanos impele-nos a tomar medidas concretas”, afirmou a Secretária de Estado da Promoção da Saúde, na abertura das comemorações do Dia Mundial da Saúde Mental, que decorreram no dia 10 de outubro, na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa.

Neste contexto, Margarida Tavares considera que é necessário “reduzir desigualdades sociais, garantir o direito a decidir sobre a própria vida e sobre o nível dos cuidados, conquistar o direto à participação na vida em comunidade sem barreiras”, concretizou.

Sem isto, considerou a governante, “não é possível combater o estigma e a discriminação que ainda persistem”, afirmou. E porque a Saúde Mental “é um direito humano fundamental e Universal”, Margarida Tavares considera que é necessário garantir o acesso a cuidados de saúde de qualidade no âmbito do tratamento, “mas também no âmbito da promoção da saúde e do bem-estar”.

Parte da solução, segundo a secretária de Estado, deriva do “redireccionamento dos serviços para uma lógica de proximidade e integração na comunidade”, condição que o governo considera salvaguarda na reforma da Saúde Mental em curso que, através da reforma da legislação, aposta na desinstitucionalização das pessoas que requer cuidados de saúde mental.

“É necessário um esforço coletivo para incorporar nas nossas práticas a participação e a decisão informada, a autonomia e a valorização dos determinantes sociais na saúde”, concluiu.

Por sua vez, na sessão de abertura das comemorações, Miguel Xavier, coordenador das Políticas Nacionais de Saúde Mental, referiu que Portugal “está no bom caminho” e agradeceu “o apoio político necessário” para prosseguir o trabalho de reforma da Saúde Mental. Miguel Xavier assinalou ainda a importância “simbólica” da inauguração da unidade de psiquiatria do Hospital de Santa Maria, “o primeiro serviço escolhido pela Coordenação Nacional de Políticas de Saúde Mental para ser requalificado”.


ACSS participa no 46.º Congresso Mundial dos Hospitais

A Federação Internacional dos Hospitais (IHF) realiza o 46.º Congresso Mundial dos Hospitais em Lisboa, entre os dias 25 e 27 de outubro, no Centro de Congressos de Lisboa, com atividades de pré-congresso agendadas para os dias 23 e 24 de outubro.

Sob o mote “Global Learning, Local Action”, este congresso irá focar-se no futuro (Tomorrow´s World), contando com sessões organizadas em 5 grandes temas: a liderança/governação em saúde, o bem-estar dos profissionais, as abordagens inovadoras para a prestação de cuidados, a transição digital na saúde e a sustentabilidade dos cuidados de saúde.

No âmbito das iniciativas pré-congresso, destaca-se a participação da ACSS, representada pela sua Unidade de Instalações e Equipamentos, na masterclass “O caminho para as emissões zero na Saúde – Liderar o presente e o futuro”, dando a conhecer o trabalho que tem vindo a ser realizado no setor público da saúde em Portugal, resultado da implementação do Programa de Sustentabilidade Ambiental no Ministério da Saúde (ECO@SAÚDE), assim como as perspetivas futuras de atuação para mitigação das emissões de carbono na saúde.

Esta marterclass pretende sensibilizar os participantes para a importância da liderança do setor da saúde nos processos de sustentabilidade ambiental, contribuindo para um mundo e uma população mais saudáveis.

O Congresso é coorganizado pelo consórcio português constituído pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares (APAH) e a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), e conta com o Alto Patrocínio do Presidente da República.

Para mais informações, consulte o programa aqui

Publicado em 17/10/2023

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