Relatório N.º 7 da Vacinação Sazonal 2023/2024 – DGS
Entre 29 de setembro e 19 de novembro de 2023 foram vacinadas 1.521.123 pessoas com o reforço sazonal contra a COVID-19 e 1.926.329 pessoas contra a gripe.
Os dados constam do Relatório N.º 7 da Vacinação Sazonal 2023/2024, publicado semanalmente pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).
O Relatório da Vacinação Sazonal 2023/2024 de 21 de novembro de 2023 está disponível aqui:
Relatório de situação sobre diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 em Portugal – 21-11-2023 – INSA
21-11-2023
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Genómica e Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, disponibiliza o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal. Até à data, foram analisadas 48.723 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 307 concelhos de Portugal.
Segundo o relatório do INSA, a linhagem recombinante XBB (e suas descendentes) foi dominante em Portugal desde semana 10 de 2023 até à semana 41. Na última amostragem (semanas 43 a 45), registou uma frequência relativa de 46,7%, maioritariamente devido às suas sub-linhagens XBB.1.5, XBB.1.9 e XBB.1.16 (e suas descendentes).
A linhagem BA.2 da variante Omicron foi dominante em Portugal nos primeiros meses de 2022, tendo, desde então, mantido uma circulação discreta. Recentemente, apresenta novamente uma frequência relativa com tendência crescente, sobretudo devido ao surgimento da linhagem BA.2.86 (e suas descendentes). A sua frequência relativa atingiu 52,2% entre as semanas 43 e 45, sobretudo devido à circulação da sua sublinhagem JN.1.
Embora as frequência relativas apresentadas devam ser interpretadas com prudência devido baixa amostragem atual, a linhagem BA.2.86 tem vindo a apresentar tendencialmente um aumento de frequência, substituindo as linhagens recombinantes XBB, à semelhança do que se tem observado internacionalmente. A linhagem BA.2.86 tem suscitando interesse internacional devido ao seu perfil mutacional, o qual representa um “salto evolutivo” em relação à sua ancestral BA.2, sendo também divergente em termos antigénicos das variantes XBB. Estas características conferem-lhe uma maior capacidade de fuga ao sistema imunitário, e, potencialmente, uma maior transmissibilidade.
Desde abril de 2020, o INSA tem vindo a desenvolver o “Estudo da diversidade genética do novo coronavírus SARS-CoV-2 (COVID-19) em Portugal”, com o objetivo principal de determinar os perfis mutacionais do SARS-CoV-2 para identificação e monitorização de cadeias de transmissão do novo coronavírus, bem como identificação de novas introduções do vírus em Portugal. Atualmente, esta monitorização contínua assenta em amostragens semanais de amplitude nacional. Os resultados deste trabalho podem ser consultados aqui.
Vacinas Gripe e Covid-19
Portugal administrou mais de 3 milhões de vacinas no último mês
Mais de 3.4 milhões de vacinas contra a gripe e a Covid-19 já foram administradas em Portugal, no último mês, de acordo com o último relatório da Vacinação Sazonal 2023/2024, publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).
Na última semana vacinaram-se mais 145.192 pessoas contra a Covid-19, perfazendo um total acumulado de 1.521.123 vacinas administradas, das quais 1.078.246 em farmácias e 442.848 no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
No que respeita ao número de pessoas vacinadas contra a gripe nos últimos sete dias, o relatório indica que foram 181.171 pessoas, num total acumulado de 1.926.329. Os dados indicam ainda que um total de 1.387.305 pessoas se vacinaram nas farmácias e 538.868 no SNS.
Na faixa etária acima dos 80 anos, a cobertura vacinal contra a gripe é superior a 66% e contra a Covid-19 ultrapassa os 55%. Entre os 70 e os 79 anos de idade a cobertura vacinal ultrapassa os 62% na vacina da gripe e os 51% na da Covid-19. Já entre os 60 e os 69 anos, a cobertura vacinal ultrapassa os 38% e contra a Covid-19 os 33%.
Para saber mais, consulte:
Apresentação da coleção de Manuais de Atividade Física Adaptada – DGS
O Programa Nacional de Promoção da Atividade Física (PNPAF), da Direção-Geral da Saúde (DGS), apresenta uma coleção de Manuais de Atividade Física Adaptada a 28 de novembro de 2023, pelas 14h30, no Auditório dos Marqueses da Praia, em Loures.
Esta coleção procura dar resposta à escassez de recursos para profissionais no âmbito da promoção da atividade física adaptada, com o objetivo de generalizar o conceito de estilo de vida fisicamente ativo como sinal vital de saúde e bem-estar.
A Professora da Universidade de Lisboa Leonor Moniz Pereira, incontornável especialista nesta área, é a editora desta coleção que conta com autores chave em cada uma das áreas.
Visando a promoção de estilos de vida ativos, essenciais para a melhoria da condição física, da qualidade de vida e do bem-estar, a coleção de Manuais e o vídeo de lançamento serão divulgados na página da DGS e do PNPAF, ficando disponíveis para download depois do evento.
O evento poderá ser acompanhado nas redes sociais aqui.
O Programa está disponível aqui:
Reuniões com estruturas representativas dos trabalhadores
Governo continua a reunir-se com os sindicatos representantes dos diferentes grupos profissionais
- Jornada de reuniões com sindicatos dos enfermeiros e estruturas representativas das carreiras gerais da função pública.
- Reuniões visam concluir a regulamentação das USF e CRI.
- Reorganização dos serviços vai permitir valorizar os profissionais e melhorar resposta aos cidadãos.
O Governo continua a reunir-se com os sindicatos representantes dos diferentes grupos profissionais, tendo para hoje agendado reuniões com os sindicatos dos enfermeiros e com estruturas sindicais representativas das carreiras gerais da função pública.
Em causa está a conclusão da regulamentação dos regimes de incentivos das Unidades de Saúde Familiar (USF) e a criação de um novo regime de organização, funcionamento e incentivos dos Centros de Responsabilidade Integrados (CRI).
O Governo reitera o empenho em finalizar esta reorganização do Serviço Nacional de Saúde, valorizando os profissionais e equipas da saúde e garantindo melhor resposta às pessoas.
OMS: Migrantes e Saúde
Organização Mundial da Saúde reuniu em Lisboa para debater os desafios de saúde associados à detenção de migrantes
“Num mundo interligado, a migração é um aspeto essencial da condição humana”, disse Margarida Tavares, no dia 22 de novembro, em Lisboa, relembrando que “Portugal não pode ignorar o significado das migrações face ao contexto histórico do país”.
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde falava na abertura de uma reunião de trabalho da Organização Mundial de Saúde dedicada aos desafios de saúde associados aos cenários de detenção de migrantes.
Margarida Tavares afirmou que “a complexidade e a urgência de soluções” no que diz respeito às políticas de saúde, refugiados e migração, “são evidentes”. Neste contexto, a governante salientou a necessidade de “acolher e fixar migrantes, porque a diversidade nos torna todos melhores”, considerando “o acesso e a cobertura universal de Saúde”.
Portugal deu um passo proativo em 2019 ao criar um Plano Nacional de Implementação do Pacto Global das Migrações, tornando-se a principal estratégia nacional. O plano, que agrega várias dimensões, inclui medidas relacionadas com a saúde entre as suas 97 ações, entre as quais a recolha sistemática de dados, a simplificação do acesso a serviços básicos como cuidados de saúde e a realização de programas de formação para profissionais com o objetivo de reduzir as desigualdades existentes.
“O acesso à saúde é um direito constitucional em Portugal, independentemente do estatuto de imigração”, lembrou Margarida Tavares, sem deixar de referir que “devem ser feitos esforços contínuos para continuar a reduzir as barreiras estruturais”.
Os objetivos das ações a nível nacional estão alinhados com a Estratégia e Plano de Ação para a Saúde de Refugiados e Migrantes na Região Europeia da OMS 2023-2030.
OMS destaca Portugal
Secretária de Estado da Promoção da Saúde fala sobre resposta a populações vulneráveis
A resposta de saúde às populações mais vulneráveis é o mote de uma entrevista à Secretária de Estado da Promoção da Saúde, publicada esta semana pela Organização Mundial de Saúde. A OMS destaca o trabalho desenvolvido em Portugal nesta área, nomeadamente o relançamento das intervenções em meio prisional.
A apresentação de um relatório europeu da OMS em Portugal sobre saúde em meio prisional, no passado mês de fevereiro, coincidiu com a criação de um grupo de trabalho encarregado de preparar um Plano Operacional para a Saúde no Sistema Prisional português, sendo esta uma das áreas que a OMS pretende dinamizar nos próximos anos.
“As pessoas nas prisões, geralmente antes de estarem na prisão, estavam em desvantagem. Perder a liberdade quando se está na prisão não deveria significar perder o direito à saúde”, afirma Margarida Tavares.
“As emergências de saúde afetam sempre de forma desproporcional os mais frágeis, os mais pobres e os mais vulneráveis da nossa sociedade”, acrescenta a Secretária de Estado.
Leia o artigo aqui: https://www.who.int/europe/news-room/feature-stories/item/you-start-with-the-most-vulnerable—reflections-on-pandemic-preparedness-and-prisons-from-an-infectious-disease-expert
Prevenção em oncologia
Ministro da Saúde salientou importância da mudança de paradigma em conferência da Liga Portuguesa contra o Cancro
Portugal tem resultados de excelência no tratamento das doenças oncológicas, mas ainda há muito trabalho a fazer em termos de promoção da saúde, para que as pessoas possam alterar os seus comportamentos e não chegar a adoecer. Esta foi uma das mensagens deixadas na sexta-feira, dia 17 de novembro, pelo Ministro da Saúde, Manuel Pizarro, que presidiu à sessão de abertura do 5.º Congresso Nacional de Prevenção Oncológica e Direitos dos Doentes, organizado pela Liga Portuguesa contra o Cancro, e que decorreu no Porto.
A propósito do tema do congresso, dedicado à prevenção e aos direitos dos doentes oncológicos, o Ministro da Saúde começou por reconhecer que é possível organizar melhor a resposta do Serviço Nacional de Saúde para corresponder às necessidades das pessoas. “Temos de fazer com que o percurso dos doentes após o diagnóstico seja otimizado”, afirmou Manuel Pizarro.
O governante lembrou que todos os anos diagnosticamos quase 60 mil pessoas com cancro e que conseguimos curar metade, pelo que há também o desafio positivo de continuar a acompanhar estas pessoas.
Manuel Pizarro destacou algumas taxas de sobrevivência a cinco anos, referidas no relatório do Registo Europeu de Desigualdades do Cancro e que demonstram o sucesso de Portugal nas várias patologias, por comparação à média europeia: Próstata 91% (UE 87%); Leucemia em idade pediátrica 90% (82%); Mama 88% (83%); Colo do Útero 66% (64%); Cólon 61% (60%); Pulmão 16% (15%), sendo este um dos tumores particularmente difíceis de diagnosticar precocemente, estando, por isso, o Governo a trabalhar para implementar respostas mais eficazes no futuro.
Ainda a propósito do cancro do pulmão, o Ministro aproveitou o momento para explicar que a proposta de Lei do Tabaco apresentada pelo Governo visa precisamente inverter estes números e criar uma geração livre de tabaco. Isso passa por impedir o fumo em espaços públicos e por limitar os espaços de venda acessível, bem como por equiparar as novas formas de tabaco às tradicionais.
O Ministro lembrou o caminho de Portugal na redução ou erradicação de vários cancros, nomeadamente com a vacinação contra o cancro do colo do útero ou com a vacinação e tratamentos para as hepatites víricas. No caso dos rastreios, Manuel Pizarro assumiu que há uma desigualdade regional que importa reverter, tendo ainda adiantado que no primeiro semestre de 2024 irão arrancar experiências piloto de rastreios contra o cancro do pulmão em grandes fumadores e do cancro gástrico em certas comunidades. Por outro lado, importa aumentar a adesão aos rastreios já vigentes.
“O sistema de organização dos rastreios tem de ser muito organizado e ponderado para não criarmos ainda mais angústia nas pessoas. Intervir sobre todos os casos pode ser apenas ruído”, alertou o governante, que elogiou o papel que a Liga Portuguesa contra o Cancro tem tido como aliada no SNS nesta causa.
CHUCB | Desfibrilhadores cardíacos
Serviço de Cardiologia iniciou a implantação de cardioversores desfibrilhadores implantáveis
O Serviço de Cardiologia do Centro Universitário Hospitalar Cova da Beira (CHUCB) iniciou a implantação de cardioversores desfibrilhadores implantáveis, vulgarmente conhecidos por desfibrilhadores cardíacos, usados na prevenção da morte súbita e no tratamento de arritmias malignas.
Após o sucesso da inauguração da Unidade de Pacing e Arritmologia, em maio de 2016, que permitiu realizar até ao momento cerca de 980 procedimentos, nesta área, o CHUCB tem consolidado a sua experiência no implante e acompanhamento de dispositivos cardíacos, situação que lhe permitiu agora a progressão para a implementação desta nova técnica fundamental.
O cardioversor desfibrilhador implantável (CDI), semelhante a um pacemaker, mas com funcionalidades adicionais e indicações específicas, desempenha um papel crucial na prevenção da morte súbita, pois monitoriza continuamente o coração, fazendo o diagnóstico e permitindo o tratamento imediato de arritmias potencialmente fatais.
De acordo com o CHUCB, os candidatos a receber o CDI são doentes com risco cardiovascular elevado, abrangendo diversas patologias cardíacas, incluindo doença coronária, doenças do músculo cardíaco e doenças arrítmicas primárias.
Para a implantação destes dispositivos no CHUCB, o Serviço de Cardiologia conta com uma equipa multidisciplinar, composta por um médico cardiologista, enfermeiros, técnicos de cardiopneumologia e técnicos de radiologia. Após o implante, o acompanhamento é feito pela Unidade de Pacing e Arritmologia do hospital, em colaboração com o médico cardiologista assistente do utente.
Bruno Rodrigues, coordenador da Unidade e responsável pela introdução da técnica, refere que “este investimento potencia a diferenciação atual do Serviço de Cardiologia do CHUCB”, considerando que tudo evoluiu de forma equilibrada e que “nada seria possível sem o apoio de todas as pessoas envolvidas desde maio de 2016, altura em que foi implantado o primeiro pacemaker no CHUCB”.
Para saber mais, consulte:
Cirurgia endoscópica à coluna vertebral
Serviço de Ortopedia do CHUC realizou cirurgia com a técnica de endoscopia Biportal Unilateral
O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) realizou uma cirurgia com a técnica de endoscopia Biportal Unilateral, tratando com sucesso um caso de hérnia discal lombar extrusa com migração caudal.
O Diretor do Serviço de Ortopedia do CHUC, Fernando Fonseca, afirma que “esta abordagem terapêutica foi previamente preparada e treinada por uma equipa do Serviço de Ortopedia do CHUC para introduzir esta nova técnica. Trata-se de um procedimento cirúrgico complexo que é feito através de incisões com menos de 1 cm, recorrendo a uma câmara de alta definição e um canal de trabalho, possibilitando a extração de fragmentos do disco extrusados ou alargamento do canal vertebral.”
Fernando Fonseca acrescenta que “com a introdução de mais uma opção terapêutica na cirurgia da coluna no Serviço de Ortopedia, os utentes do CHUC dispõem, a partir de agora, de uma nova técnica que, fruto da constante melhoria dos instrumentos e o avanço das técnicas cirúrgicas nesta área permitem oferecer uma técnica diferenciadora a pacientes, devidamente selecionados, com patologias da coluna vertebral, tais como a Hérnia Discal ou o Canal Estreito e mostra também o empenho do Serviço em melhorar e implementar novas técnicas para tratar os doentes, sua principal missão.”
“A cirurgia da coluna vertebral tem conhecido nos últimos anos desenvolvimentos importantes, permitindo a sua realização por métodos minimamente invasivos, bem como uma recuperação mais rápida, com os mesmos padrões de segurança, permitindo que o doente regresse ao domicílio em menos de 24 horas, habitualmente no próprio dia da cirurgia, como é o caso da técnica de cirurgia endoscópica”, refere o Diretor de Serviço.
A equipa deste procedimento bem sucedido, foi constituída por João Moreno, ortopedista do CHUC com diferenciação na cirurgia da coluna, Carla Olim Castro (Interna de 6º ano de Formação Específica de Ortopedia do Hospital Central do Funchal em formação no CHUC) e contou com o apoio do ortopedista Eduardo Moreira Pinto do Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga.
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