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Notícias a 24/11/2023

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Apresentação do Relatório “Infeção por VIH em Portugal 2023” – INSA

24-11-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgam, dia 27 de novembro (15:00), no auditório da Associação Abraço, em Lisboa, o relatório anual sobre a situação da infeção por vírus da imunodeficiência humana (VIH) em Portugal. O documento foi elaborado pela Unidade de Referência e Vigilância Epidemiológica do Departamento de Doenças Infeciosas do INSA, em colaboração com o Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH da DGS.

Este relatório apresenta os dados mais recentes referentes à infeção por VIH em Portugal, coligidos através das atividades de vigilância epidemiológica, mas também de iniciativas de prevenção, rastreio, combate ao estigma e discriminação. O evento, que contará com a presença da Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, e da Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, decorrerá em formato híbrido. Para assistir presencialmente (lugares limitados) deve inscrever-se aqui, e para assistir online deve acompanhar nas redes sociais aqui.

Além da apresentação do Relatório “Infeção por VIH em Portugal – 2023”, a cargo de Helena Cortes Martins (INSA) e Joana Bettencourt (DGS), o programa do evento prevê ainda uma mesa redonda intitulada 40 anos da infeção por VIH em Portugal, moderada pela jornalista Sara Tainha e que contará com a participação de Amílcar Soares (Associação Positivo), Representante das Pessoas que Vivem com VIH, Eugénia Saraiva (Liga Portuguesa Contra a SIDA), Representante das Organizações não-Governamentais, Fernando Maltez (Médico infeciologista), Representante dos Profissionais de Saúde, e Dulce Salzedas (Jornalista).

O INSA desenvolve, desde 1985, atividade na vigilância epidemiológica da infeção por VIH e SIDA, sendo atualmente a entidade responsável pela integração da informação relativa aos casos notificados, através dos sistemas SINAVE e SI.VIDA. Além de registar esta informação na base de dados nacional, é ainda responsável pela análise dos dados e a sua posterior divulgação, em articulação com o Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH da DGS.


Reforço da prevenção da violência contra as mulheres

No Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres (25 de novembro), a Direção-Geral da Saúde (DGS) através do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida, apela aos/às profissionais de saúde para o reforço do rastreio e deteção precoce de situações de violência, com recurso ao Registo Clínico de Violência em Adultos – RCVA, disponível no Registo de Saúde Eletrónico-Área do Profissional (RSE-AP) – separador DGS.

Enquanto ferramenta de registo de apoio às boas práticas dos/as profissionais de saúde, mapeando as etapas do Protocolo e Fluxograma Geral de Atuação em Violência Interpessoal, o RCVA inclui as seguintes funcionalidades:

• Rastreio e deteção precoce;

• Caracterização dos episódios de violência;

• Avaliação dos indicadores de risco;

• Atuação baseada em protocolos de suspeita, risco ou perigo;

• Elaboração de medidas de segurança em conjunto com a vítima;

• Sinalização à Equipa de Prevenção da Violência em Adultos da entidade de saúde ou ao Núcleo de Apoio a Crianças e Jovens em Risco, em caso de crianças envolvidas;

• Identificação de recursos de apoio;

• Realização de denúncia de crime junto dos serviços do Ministério Público.

Muito embora a elevada prevalência da violência contra as mulheres e violência doméstica e o papel privilegiado dos serviços de saúde pelo contacto em proximidade com as famílias ao longo do seu ciclo vital, este ainda persiste como um fenómeno subnotificado no SNS.

A DGS destaca, igualmente, a priorização da proteção das crianças e jovens, igualmente vítimas quando expostas a contextos violentos, fomentando a quebra dos ciclos de transmissão geracional de violência.

Mais informação:

Guia Prático – Registo Clínico de Violência em Adultos

Orientação nº 001/2022 de 09/02/2022

Versão materializada do Registo Clínico de Violência em Adultos


Investigadora do Instituto Ricardo Jorge vence projeto de investigação financiado pela Fundação “la Caixa”

24-11-2023

Um projeto liderado por Mafalda Bourbon, investigadora do Departamento de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças Não Transmissíveis do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), é um dos vencedores do prémio CaixaResearch de Investigação em Saúde 2023, um concurso promovido pela Fundação “la Caixa”. Este projeto irá receber um apoio financeiro de cerca de um milhão de euros para desenvolver ferramentas de medicina personalizada que permitam melhorar o diagnóstico precoce da hipercolesterolemia familiar (FH).

Desenvolvido em colaboração com investigadores da Universidade de Helsínquia (Finlândia), do Hospital Universitário de Roterdão (Países Baixos) e da Universidade de “La Réunion Medical School” (França), o projeto vencedor tem como objetivo a caracterização funcional de variantes genéticas e da atividade da proteína responsável pela remoção do colesterol da circulação, servindo para melhorar o diagnóstico, estratificar o risco cardiovascular e otimizar o tratamento de indivíduos com hipercolesterolemia familiar, de forma a personalizar o tratamento, aumentando a adesão à terapêutica contribuindo assim para a diminuição do risco de eventos cardiovasculares. Um modelo de medicina personalizada para aplicar na prática clínica irá ser cocriado por médicos, investigadores e indivíduos com FH.

“Estas ferramentas de medicina personalizada poderão ser aplicadas em protocolos clínicos para obter um diagnóstico precoce e medidas terapêuticas eficazes que permitam prevenir doenças cardiovasculares prematuras e a morte, promovendo, assim, a saúde cardiovascular e melhorando a qualidade e esperança de vida das pessoas afetadas”, explica a investigadora do INSA, acrescentando que “o diagnóstico precoce permite um tratamento adequado desde a infância o que é crucial para reduzir a probabilidade de sofrer um enfarte do miocárdio ou outros problemas cardiovasculares”.

A FH é a doença monogénica mais comum no mundo, estimando-se que afete cerca de 2,5 milhões de europeus (2 milhões de adultos e 500 mil crianças). É causada por um defeito num gene localizado no cromossoma 19, que faz com que o organismo seja incapaz de eliminar um composto do sangue, a lipoproteína de baixa densidade (LDL), vulgarmente conhecida como “mau colesterol”. Este composto acumula-se nas artérias desde o nascimento e representa um risco muito elevado de desenvolvimento de doenças cardiovasculares em idades precoces.

No âmbito da sexta edição do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde, 11 projetos de investigação portugueses vão receber um apoio financeiro até 500 mil euros ou até um milhão de euros, num total de cerca de oito milhões de euros. Este Concurso apoia projetos de investigação de base, clínica e translacional de excelência científica e com impacto social nas áreas de estudo das doenças cardiovasculares e infeciosas, da oncologia e das neurociências, assim como projetos que desenvolvem tecnologias facilitadoras nestas áreas.

Entre os selecionados, há projetos que estudam o desenvolvimento de novas estratégicas contra a malária e novas ferramentas de medicina personalizada para melhorar o diagnóstico da hipercolesterolemia familiar, entre outros. O Concurso é realizado em colaboração com a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que, nesta edição, financia cinco dos 11 projetos portugueses selecionados.

A cerimónia de entrega do apoio financeiro aos 11 projetos de investigação em biomedicina e saúde liderados por universidades e centros de investigação portugueses, decorreu, dia 23 de novembro, em Barcelona. Simultaneamente, foram selecionados 22 projetos liderados por instituições e unidades de investigação espanholas, num total de 33 projetos selecionados no âmbito do Concurso CaixaResearch de Investigação em Saúde 2023.


Projeto HEROES | ACSS organiza encontro no Porto

A cidade do Porto acolheu o encontro de países europeus, organizado pela ACSS, que durante dois dias debateu as melhores metodologias para dar resposta ao problema da atratividade e fixação de recursos humanos da Saúde, na Europa.

Este encontro integra-se no projeto HEROES, que visa reforçar e melhorar o planeamento na área de recursos humanos da saúde, e decorreu nos dias 21 e 22 de novembro. Neste projeto, Portugal, através da ACSS, assume a liderança de um dos grupos de países e tem como co-líder a Noruega.

No encerramento deste Workshop, o presidente do Conselho Diretivo da ACSS reafirmou a importância do planeamento nesta área, mas, defendeu “que o tempo, hoje, é de agir.” Para Victor Herdeiro este encontro teve o mérito de levar os países a “partilhar desafios comuns e a identificar oportunidades de melhorias e de colaboração”.

Deste encontro resultou a definição de estratégias de ação como a urgente melhoria das bases de dados de recursos humanos; desenvolvimento de ferramentas e métodos mais eficazes de planeamento, bem como a capacitação dos profissionais com mais e melhores competências.

Na abertura deste evento, Tiago Gonçalves, vogal da ACSS, disse que os sistemas de saúde da Europa estão hoje sob forte pressão, resultante do aumento da longevidade e do consequente crescimento da procura de serviços, “daí que as políticas de saúde sejam cada vez mais eficazes sendo globais e menos setoriais – como ficou patente na resposta à recente pandemia do Covid-19. Pensar local e agir global é o caminho certo”.

O encontro que se traduziu num workshop de países como a Noruega, Itália, Espanha, Grécia, Bélgica, Suécia, Hungria e Portugal visa a melhoria da capacidade de planeamento dos recursos humanos da saúde na Europa, com vista a garantir a acessibilidade, a sustentabilidade e a resiliência dos serviços e sistemas de saúde.

Publicado em 24/11/2023

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