Infográficos INSA: Prevenção das Anomalias Congénitas
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia, no âmbito do Dia Mundial das Anomalias Congénitas que se assinala, desde 2015, a 3 de março, disponibiliza dois infográficos sobre anomalias congénitas (AC). Estes infográficos pretendem sensibilizar para a prevenção das AC pela adesão ao suplemento com ácido fólico, iniciado antes da gravidez e até ao fim do 1º trimestre, e pelo planeamento da gravidez, alertando para os riscos de uma gravidez em idade mais tardia.
O infográfico Anomalias Congénitas: Defeitos do Tubo Neural (DTN) evidencia o facto da prevenção primária dos DNT em Portugal estar comprometida, devido à baixa proporção de mulheres que inicia a toma de ácido fólico antes da gravidez. O infográfico apresentado abrange o período 2017-2018 e tem como fonte de dados o Registo Nacional de Anomalias Congénitas – RENAC (dados de mulheres com nascimentos com AC) e a Rede Médicos-Sentinela – RMS (dados de mulheres com nascimentos sem AC).
O infográfico Anomalias Congénitas: Fatores de Risco – Idade materna demonstra que em Portugal tem aumentado a proporção de nascimentos com anomalias congénitas nas idades maternas mais tardias. A análise apresentada tem como fonte de dados o RENAC e abrange o período compreendido entre 2011 e 2019.
As anomalias congénitas incluem defeitos estruturais ou funcionais que ocorrem durante a vida intrauterina, e podem ser diagnosticados durante a gravidez, à nascença ou durante os primeiros anos de vida. As anomalias congénitas são uma importante causa de mortalidade infantil, de doença crónica e de incapacidade, o que causa impacto na vida dos indivíduos, famílias, serviços de saúde e na sociedade.
Em Portugal, a vigilância epidemiológica das anomalias congénitas é desenvolvida, desde 1997, pelo Registo Nacional de Anomalias Congénitas, registo nosológico de base populacional que recebe notificações de nascimentos com anomalias congénitas que ocorreram em Portugal, que tem como objetivos, entre outros, avaliar o efeito de fatores de risco e de medidas preventivas. Para mas informações sobre o RENAC clique aqui.
Anomalias Congénitas: Defeitos do Tubo Neural | Anomalias Congénitas: Fatores de Risco – Idade materna |
Boletim Epidemiológico N.º 1 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024 – DGS
A Direção-Geral de Saúde (DGS) informa que entre 1 de janeiro de 2024 e 3 de março de 2024 foram confirmados 14 casos de Sarampo em Portugal, de um total de 94 casos suspeitos notificados, estando em investigação 3 casos.
Observou-se entre 1 a 3 casos confirmados por semana, sobretudo entre os 10 e 29 anos, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Norte e Madeira. A maioria dos casos não tinha evidência de vacinação contra o sarampo. Entre estes casos, 4 casos foram internados e nenhum óbito ocorreu.
Os dados constam do Boletim Epidemiológico N.º 1 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024, publicado semanalmente à terça-feira pela DGS, disponível aqui:
Orientação da CNFT: Tratamento antibiótico de infeções respiratórias em Pediatria – Infarmed
06 mar 2024
Durante o período de inverno, verificaram-se situações temporárias de escassez, ou mesmo de indisponibilidade, de alguns antimicrobianos para tratamento de infeções respiratórias em Pediatria. Para poder auxiliar na seleção entre alternativas disponíveis, a Comissão Nacional de Farmácia e Terapêutica (CNFT) promoveu a elaboração do presente documento, consensualizando as práticas de instituições representadas na Comissão.
Este documento pretende ser um apoio ao prescritor na utilização racional da antibioterapia, tendo em conta as recomendações nacionais e internacionais.
Normas de prescrição e dispensa de medicamentos e produtos de saúde (atualização de março 2024) – Infarmed
07 mar 2024
Circular Normativa Conjunta n.º 01/ACSS/INFARMED
Na sequência da publicação da Portaria n.º 263/2023, de 17 de agosto e da Portaria n.º 45/2024, de 7 de fevereiro, o INFARMED, I.P. e a ACSS, I.P. aprovam uma nova versão (versão 8.0) das Normas de Prescrição e das Normas de Dispensa, disponíveis nas respetivas páginas eletrónicas, e destinadas a todos os prescritores e farmacêuticos comunitários.
As principais alterações desta versão são a inclusão das regras de prescrição e dispensa que visam garantir uma melhor adaptação da prescrição e dispensa às necessidades dos utentes com patologias crónicas clinicamente estabilizados, bem como simplificar o acesso dos doentes ostomizados e/ou com incontinência ou retenção urinária aos dispositivos médicos adaptados às suas necessidades.
As normas encontram-se disponíveis na página Prescrição e dispensa.
Mais de 100 milhões de resultados de exames médicos já foram disponibilizados e consultados na app e no portal SNS 24
Mais de 100 milhões de resultados de exames médicos já foram disponibilizados e consultados na app e no portal SNS 24, tornando-se num marco significativo para a digitalização dos serviços de saúde, em Portugal.
De acordo com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, desde o lançamento da partilha eletrónica, no dia 6 de maio de 2022, a rede de prestadores que comunicam os resultados de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT) através destes canais também tem aumentado progressivamente, contando atualmente com mais de 900 laboratórios convencionados aderentes.
A partilha de resultados tornou-se fundamental para acelerar procedimentos nos cuidados de saúde primários, onde foram já prescritas cerca de 45 milhões de requisições eletrónicas de MCDT, das quais mais de 90% foram totalmente desmaterializadas (sem papel). Endoscopias gastrenterológicas, medicina física e de reabilitação, pneumologia, imunoalergologia e radiologia são algumas das áreas abrangidas.
A desmaterialização dos exames médicos torna o acesso aos seus resultados mais rápido e cómodo, quer para utentes, quer para os profissionais de saúde.
O projeto Exames Sem Papel beneficia de verbas do Plano de Recuperação e Resiliência, na sua componente Transição Digital na Saúde, e será progressivamente alargado.
Para saber mais, consulte:
Serviços Partilhados do Ministério da Saúde > Notícias
DGS associa-se à campanha da OMS no Dia Internacional da Mulher
A Direção-Geral da Saúde (DGS) associou-se à campanha internacional promovida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) no Dia Internacional da Mulher, 8 de março. Com o mote “Investir nas mulheres: Acelerar o progresso”, realça a importância da igualdade de género, da capacitação das mulheres e raparigas, e dos seus direitos a vidas mais saudáveis.
A promoção dos Direitos das Mulheres tem sido abordada de forma transversal no Plano Nacional de Saúde 2030 e em todos os programas, projetos ou atividades da DGS, com especial enfoque no Programa Nacional para a Vigilância da Gravidez de Baixo Risco, Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil e Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida.
Apesar dos ganhos substantivos nas últimas décadas nestas matérias, as desigualdades ainda existentes sublinham a necessidade de reforço do papel da mulher na sociedade e autonomia nas decisões sobre a sua saúde, nomeadamente, na área da saúde sexual e reprodutiva. Também a violência contra mulheres e meninas, enquanto violação dos seus direitos humanos, é uma questão prioritária de saúde pública, sendo importante a capacitação do setor da saúde para desempenhar o seu papel.
Investir na saúde e no bem-estar das mulheres e raparigas, rumo aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), é essencial, conduzindo a uma sociedade mais robusta e equitativa para todas as pessoas.
Psiquiatria e Saúde Mental em Peniche
Unidade de Internamento de Psiquiatria da ULS do Oeste já entrou em funcionamento
A Unidade de Internamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Local de Saúde do Oeste entrou em funcionamento esta semana, dia 4 de março, no Hospital de São Pedro Gonçalves Telmo de Peniche, anunciou a Unidade Local de Saúde (ULS) do Oeste.
A criação da valência de internamento no Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental da ULS Oeste implicou a remodelação de uma ala de enfermaria da Unidade Hospitalar de Peniche. Esta nova unidade de internamento terá uma lotação de 15 camas e, segundo a ULS, permitirá “melhorar a acessibilidade e proximidade aos cuidados de saúde mental, descentralizar os serviços e melhorar a integração com os cuidados de saúde primários, famílias e comunidade, evitando as transferências de utentes para internamento em Lisboa, a deslocação das famílias e a sobrelotação nos hospitais centrais”. A equipa clínica será composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, psicólogo, terapeuta ocupacional, técnico superior de psicomotricidade, assistentes operacionais e assistente técnico.
Em simultâneo, este investimento de remodelação permitiu recuperar um espaço inoperacional e com alguns níveis de degradação, criar condições dignas de utilização dos espaços existentes e contribuiu para a requalificação do edifício desta Unidade Hospitalar.
A empreitada e o equipamento respectivo traduziram-se num investimento de 733.843,291 euros, mais IVA, suportado financeiramente pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), inserido no Plano Nacional de Saúde Mental (PNSM).
Recorde-se que a ULS do Oeste agrega, desde 1 de janeiro de 2024, o Centro Hospitalar do Oeste, o Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Oeste Norte e o Agrupamento de Centros de Saúde do Oeste Sul, integrando os concelhos das Caldas da Rainha, Óbidos, Bombarral, Peniche, Lourinhã, Cadaval, Torres Vedras, Sobral Monte Agraço.
A população residente da área geográfica de influência directa da ULS do Oeste é, segundo os últimos Censos, de 235.231 residentes, distribuídos por aproximadamente 1.348 km².
Projeto co-financiado pela Comissão Europeia
ULS Coimbra é um dos parceiros do consórcio HealthChain
O HealthChain é um projeto co-financiado pela Comissão Europeia, em que a Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra é um dos parceiros do consórcio. Organizações de cuidados de saúde selecionam duas necessidades que serão exploradas por equipas inter-regionais de pequenas e médias empresas que receberão financiamento e apoio do consórcio HealthChain.
Trata-se de um projeto desenvolvido por um consórcio de 20 parceiros, de cinco regiões/países diferentes. Cada região reúne a mesma estrutura de parcerias e funções: uma Organização de Cuidados de Saúde, com o papel de identificação de necessidades; Empresas de tecnologias de informação, com o papel de desenvolvimento de soluções; Suporte de ecossistemas regionais (grupos ou associações empresariais), com o papel de apoio às empresas e liderança da ligação entre outras regiões.
É um projeto que propõe um modelo orientado para a procura, co-criativo, perspetivando o desenvolvimento e a adoção de soluções para os desafios identificados pelas instituições de saúde e os seus utilizadores finais. O desenvolvimento de soluções inovadoras é efetuado em conjunto com os fornecedores. Além disso, e muito importante para o impacto, existe um compromisso por parte das organizações de saúde, de adotar a inovação se esta for bem-sucedida. Os mediadores dos ecossistemas (grupos ou associações empresariais) fornecem o apoio empresarial para potenciar o desempenho dos fornecedores e impulsionar a sua competitividade.
Para saber mais, consulte:
ULS de Coimbra > https://www.chuc.min-saude.pt/
Criação de um Ecossistema Colaborativo e Multimodal em Saúde
ULS do Alto Ave e várias instituições assinam memorandos de entendimento
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Alto Ave, promoveu assinatura de memorandos interinstitucionais com o objetivo de criar uma estratégia colaborativa entre instituições com ação complementar no terreno, por forma a gerar valor e proximidade para o projeto da nova Unidade Local de Saúde do Alto Ave, EPE.
Os memorandos de entendimento para a constituição do Ecossistema Colaborativo e Multimodal em Saúde do Alto Ave, entre 21 instituições, foram assinados 26 de fevereiro, na BlackBox do Centro Internacional de Arte José Guimarães, em Guimarães.
As instituições que estabeleceram este protocolo com a Unidade Local de Saúde do Alto Ave, foram as seguintes:
Instituições Académicas e de Investigação, Desenvolvimento e Inovação
CESPU, Escola de Medicina da Universidade do Minho, Escola Superior de Enfermagem da Universidade do Minho, PTRICN (Rede Nacional de Infraestruturas de Investigação Clínica), Universidade Portucalense Infante D. Henrique
Terceiro Setor: Social, Solidário e da Saúde
Santa Casa da Misericórdia de S. Miguel de Refojos – Cabeceiras de Basto, Irmandade da Misericórdia de São Bento de Arnóia – Celorico de Basto, Santa Casa da Misericórdia de Fafe, Santa Casa da Misericórdia de Felgueiras, Santa Casa da Misericórdia de Guimarães, Santa Casa da Misericórdia de Mondim de Basto, Santa Casa da Misericórdia da Póvoa de Lanhoso, Santa Casa da Misericórdia de Riba d’Ave e Santa Casa da Misericórdia de Vizela.
Municípios
Câmara Municipal de Cabeceiras de Basto, Câmara Municipal de Celorico de Basto, Câmara Municipal de Fafe, Câmara Municipal de Mondim de Bastos, Câmara Municipal de Vizela e Câmara Municipal de Guimarães – concomitantemente Presidente da Comunidade Intermunicipal do Ave.
De acordo com a ULS do Alto Ave, este é mais um projeto de grande proximidade entre várias instituições, com o objetivo de se criarem as sinergias ideais ao sucesso da nova ULS do Alto Ave, com vista à humanização dignificação e apoio social aos nossos pacientes, passando por estratégias de modernização tecnológica e digital entre as suas 41 instituições de saúde, nomeadamente em três projetos nucleares: A Cirurgia Robótica, A Medicina de Precisão através de Centros de Simulação Médica e Gémeos Digitais, e, finalmente, o reconhecimento como Unidade Universitária, que é justificado pelo amplo trabalho no Ensino Universitário nas diferentes áreas da Saúde há já 20 anos.
Acordos de Cooperação para consultas
ULS do Estuário do Tejo assinou protocolos “Bata branca” com a Misericórdia de Alenquer e com a Misericórdia de Benavente
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Estuário do Tejo assinou no dia 6 de março, os protocolos referentes aos Acordos de Cooperação designados por “Bata branca” com a Santa Casa da Misericórdia de Alenquer e com a Santa Casa da Misericórdia de Benavente.
De acordo com a ULS, estes acordos constituem um instrumento de operacionalização da política do Ministério da Saúde e do planeamento regional da afetação de recursos, sustentando os seus termos em princípios de promoção do acesso e melhoria de cuidados de saúde, e gestão criteriosa e utilização eficiente dos recursos disponíveis do SNS.
As entidades signatárias, Santa Casa da Misericórdia de Alenquer e Santa Casa da Misericórdia de Benavente comprometem-se, em complementaridade com o Serviço Nacional de Saúde, à prestação de serviços e cuidados de saúde aos utentes com inscrição nas UCSP Alenquer e UCSP do Carregado, no caso do Acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Alenquer, e na UCSP de Benavente, no caso do Acordo com a Santa Casa da Misericórdia de Benavente.
Os acordos assinados têm, assim, como objeto a realização de consultas de Saúde do Adulto e do Idoso, por médicos com vínculo à Misericórdia, a utentes sem médico de família. Quanto à prestação de apoio administrativo e outros apoios logísticos, e para garantia do bom funcionamento das referidas consultas, será esse apoio da responsabilidade da Unidade Funcional onde serão prestados os cuidados de saúde, refere a ULS do Estuário do Tejo em comunicado.
Nova geração de profissionais de saúde
Nova geração de profissionais de saúde
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares, participou esta quarta-feira, 6 de março, na cerimónia de tomada de posse do diretor da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria (ESSLei), Rui Fonseca-Pinto. A governante sublinhou a importância das instituições de ensino superior na discussão dos desafios da saúde e na preparação de uma nova geração de profissionais, que “lidere o movimento” da aposta na prevenção e promoção da saúde.
“Se não formos capazes de as abordar com frontalidade e com coragem, de forma comprometida e aberta à mudança – enquanto sociedade, enquanto responsáveis, e em cada organização – vamos perder uma oportunidade de desenvolvimento social e económico, nomeadamente perante as novas gerações de trabalhadores muito bem preparadas e capazes”, afirmou Margarida Tavares.
Destacando caminhos como o trabalho multidisciplinar, a digitalização da saúde e a integração de cuidados, a Secretária de Estado da Promoção da Saúde defendeu que é preciso “reconhecer que nenhum problema de saúde se resolve nas quatro paredes de uma unidade de saúde”. E que tal “é verdade quando falamos do tratamento de doenças, mas é sobretudo verdade quando falamos de prevenção da doença e promoção de saúde.”
“A promoção da saúde deve ser estruturada intersetorialmente e integrar-se com as várias fases da prevenção da doença, fechando um ciclo facilitador da adesão das pessoas e das comunidades às opções e às intervenções em saúde, aumentando a efetividade dos investimentos e assegurando ganhos em saúde”, sinalizou Margarida Tavares, defendendo que, nos 50 anos do 25 de Abril e 45 anos do SNS, é preciso preparar as conquistas em saúde do século XXI.
“Estima-se que 40% dos cancros podem ser prevenidos. Temos de agir. Temos hoje ferramentas suficiente para eliminar doenças como a hepatite C ou a infeção por VIH. Temos de agir. Temos condições para atuar mais precocemente na saúde mental. Temos de agir. E podia continuar, mas a conclusão é sempre a mesma: temos todos de fazer mais.”
Mais ação no Ensino Superior
A Secretária de Estado da Promoção da Saúde destacou por fim dois programas lançados pelo Governo nos últimos meses e que são uma interpelação direta ao meio académico a fazer parte da mudança em prol de melhor saúde. Por um lado, o Programa para a Promoção da Saúde Mental no Ensino Superior, com uma dotação de 12 milhões de euros. “As universidades e os politécnicos têm de ser espaços saudáveis e seguros para procurar ajuda e para sinalizar situações de risco, mas também para preparar novas lideranças e para projetar ambientes saudáveis em casa, nas relações interpessoais, ambientes de tolerância zero para com qualquer tipo de violência e abuso”, apelou.
Depois, o Programa Saúde + Ciência, que visa incentivar os profissionais de saúde a apostar em investigação e na prossecução de estudos avançados. “Vai finalmente garantir tempo protegido aos profissionais de saúde para investigação e formação avançada (doutoramento) enquanto profissionais nos serviços públicos de saúde, sobretudo voltado para investigação aplicada, porque precisamos muito de projetos e profissionais que transformem e advoguem para a mudança”, concluiu.
SNS assinala o Dia Mundial do Rim
Data tem como objetivo alertar para a importância da saúde renal
O Dia Mundial do Rim, que se assinala a 14 de março, tem como objetivo aumentar a consciencialização sobre a importância da saúde renal, bem como reduzir a frequência e o impacto da doença renal em todo o mundo.
Em 2024, a Sociedade Internacional de Nefrologia e da Federação Internacional de Fundações do Rim, promotoras desta iniciativa, escolheu o mote: “Saúde renal para todos – promoção do acesso equitativo aos melhores cuidados e tratamentos”.
Em Portugal, para assinalar esta efeméride, várias instituições do Serviço Nacional de Saúde promovem iniciativas:
A Unidade de Nefrologia Pediátrica do Departamento de Pediatria da Unidade Local de Saúde de Coimbra (ULS Coimbra) associa-se a esta iniciativa com um vasto programa dirigido às crianças. Assim, terão lugar entre os dias 11 a 14 de março várias atividades que se realizarão no Hospital Pediátrico e na comunidade escolar:
- No dia 11 de março, entre as 10h30 e as 12h decorrerá uma narração teatral ”No dia em que o lobo fugiu das histórias” encenada pela associação artística, literária, educacional e lúdica “Recortar Palavras”, dirigida às crianças internadas nos Serviços do Hospital Pediátrico e a crianças convidadas de escolas de Coimbra.
- No dia 13 de março, entre as 10h30 e as 12h terá lugar a “Hora do Conto – Madalena na Nefrologia”, atividade que será desenvolvida pelo grupo de Educadoras do Hospital Pediátrico adstritas aos Serviços de Internamento e Hospitais de Dia e o lançamento do livro educativo – Madalena na Nefrologia, cujo texto é da autoria da Enfermeira Rute Serra.
- No dia 14 de março, entre as 10h30 e as 12h10 terá lugar uma sessão educativa dinamizada pelos médicos e enfermeiros da Unidade de Nefrologia Pediátrica, destinada a alunos do 5º e 6ºanos de escolaridade que será desenvolvida no Colégio Rainha Santa Isabel.
- Ainda ao longo do dia 14 de março haverá animação lúdica e musical a cargo da Operação Nariz Vermelho nos vários Serviços de Internamento do Hospital Pediátrico, Hospitais de Dia e áreas comuns (salas de espera), com a colaboração do Professor de Música e das Educadoras.
O Serviço de Nefrologia da Unidade Local de Saúde da Arrábida (ULSA) vai promover um rastreio e aconselhamento à população no dia 14 de março, das 09h30 às 12h30, no Auditório da Universidade Sénior de Setúbal (UNISSETI), localizado no Parque do Bonfim.
O rastreio oferecerá à comunidade a oportunidade de realizar exames importantes, incluindo testes de glicémia, teste de urina, medição da tensão arterial, conselhos de dieta e informação de tratamentos, visando a deteção precoce de possíveis problemas renais. Neste contexto, os profissionais de saúde vão estar no local para fornecer aconselhamento personalizado e esclarecer dúvidas sobre a saúde renal.
Também o Serviço de Nefrologia da Unidade Local de Saúde do Algarve (ULSALG) promove no dia 14 de março, pelas 18h, uma ação de sensibilização que visa a promoção da saúde renal. A ação, que decorre no auditório 1.5 do Complexo Pedagógico da Penha, na Universidade do Algarve, enquadra-se nas comemorações do Dia Mundial do Rim.
Para saber mais, consulte:
Dia Mundial do Rim – https://www.worldkidneyday.org/
Unidade Local de Saúde de Coimbra > https://www.chuc.min-saude.pt/
Unidade Local de Saúde da Arrábida > https://www.chs.min-saude.pt/
Unidade Local de Saúde do Algarve > https://www.chualgarve.min-saude.pt/
Dia Internacional de Consciencialização sobre o Vírus do Papiloma Humano – DGS
A infeção por vírus do papiloma humano (HPV na sigla em inglês) é a infeção sexualmente transmissível mais comum em todo o mundo, assinalando-se o Dia Internacional de Consciencialização sobre o Vírus do Papiloma Humano a 4 de março.
Existem mais de 100 tipos de vírus HPV, classificados de “alto risco” e “baixo risco”, em função das doenças que causam.
Na maioria dos casos, a infeção por HPV é assintomática e tem regressão espontânea, no entanto, em alguns casos a infeção pode persistir e causar verrugas anogenitais e cancro, nomeadamente, cancro do colo do útero, vulva, vagina, pénis, ânus e certos cancros da cabeça e pescoço, que podem afetar ambos os sexos.
A vacinação contra a infeção por HPV é a forma mais eficaz de prevenir a infeção e as doenças causadas por HPV. A vacinação de rotina é recomendada para raparigas e rapazes, aos 10 anos de idade, de acordo com o Programa Nacional de Vacinação.
Veja o vídeo do Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC na sigla em inglês) sobre HPV aqui (selecione opção de tradução para português).
Iniciativa Biblioteca Humana assinala Dia da Discriminação Zero na DGS
No âmbito da iniciativa Biblioteca Humana, a Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional para as Infeções Sexualmente Transmissíveis e Infeção pelo VIH, assinalou o Dia da Discriminação Zero a 4 de março de 2024.
A Biblioteca Humana é uma atividade em que pessoas de diferentes idades e origens são convidadas a contar as suas histórias de vida para um conjunto de leitores. Os trabalhadores da DGS (leitores) puderam escutar a narrativa de vida dos Livros Humanos, e tiveram a oportunidade de colocar questões, obter esclarecimentos e desconstruir preconceitos.
Cada pequeno grupo teve cerca de 25 minutos com cada Livro Humano, o que permitiu escutar-se três Livros Humanos, com uma temática abrangente: trabalho sexual, pessoas LGBTI+, pessoas que vivem com VIH, imigrantes e pessoas que utilizam substâncias psicoativas.
Instituto Ricardo Jorge colabora com Universidade do Havai na monitorização de fungos em areias de praias
08-03-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Saúde Ambiental (DSA), está a colaborar com a Universidade do Havai na implementação da monitorização de fungos em areias de praias, de acordo com as novas diretrizes sobre qualidade das águas balneares da Organização Mundial de Saúde (OMS). Esta colaboração tem sido desenvolvida pelo investigador João Brandão, especialista do INSA na área da monitorização da qualidade micológica das areias.
No âmbito desta colaboração, João Brandão visitou, dia 23 de fevereiro, o Centro de Investigação de Recursos Hídricos (WRRC) da Universidade do Havai, em Honolulu, para apoiar a implementação de metodologias destinadas à monitorização de fungos em areias das praias. Apesar da monitorização da qualidade bacteriológica das areias para estudo da origem da contaminação fecal persistente das águas da Baía de Hanauma ter sido iniciada, em 1975, por um professor desta universidade, Roger Fujioka, a monitorização de fungos nunca tinha sido implementada naquela cidade.
No decorrer da visita ao WRRC, o investigador do INSA realizou ainda num seminário sobre qualidade de areias, que contou com a presença do professor Fujioka, onde foi possível constatar a evolução do seu trabalho ao longo dos anos até se tornar uma recomendação da OMS em 2021. Atualmente, Portugal é o primeiro país a nível mundial a implementar no programa Bandeira Azul o critério “qualidade das areias”. A Diretiva Europeia das águas balneares, atualmente em revisão, poderá incluir este tema na nova versão.
Doutorado pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa em Biologia e Ecologia das Alterações Globais, área Biologia Ambiental e Saúde, João Brandão é o representante nacional para o Grupo Europeu de Peritos de Microbiologia da Comissão Europeia para águas balneares e investigador integrado no Centro de Estudos do Ambiente e do Mar. É ainda o responsável pelo Núcleo de Micologia da Unidade de Água e Solos do DSA do INSA.
Direção-Geral da Saúde divulga orientação para pesquisa de DNA fetal para rastreio de trissomias – INSA
08-03-2024
A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou, dia 1 de março, uma orientação sobre pesquisa do DNA fetal, circulante no sangue materno, no rastreio de aneuploidias do primeiro trimestre (Trissomia 21, 18 e 13). O teste genético de análise do DNA fetal circulante no sangue materno é disponibilizado no Serviço Nacional de Saúde (SNS) pelo Departamento de Genética Humana (DGH) do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
A mais recente investigação em diagnóstico pré-natal permite reconhecer que a idade materna, considerada isoladamente, é um mau indicador de risco de aneuploidia. Nesse sentido, o teste de rastreio pré-natal será disponibilizado a todas as mulheres grávidas que apresentem risco intermédio de aneuploidias no rastreio combinado do primeiro trimestre, com o objetivo de aumentar a acuidade do rastreio e reduzir o número de técnicas invasivas de diagnóstico pré-natal (nomeadamente biópsias das vilosidades e amniocenteses).
A conjugação da idade materna com a avaliação bioquímica e o exame ecográfico permite calcular com maior fiabilidade o risco individual das aneuploidias mais frequentes (rastreio combinado do primeiro trimestre). Nas situações de risco intermédio, o teste genético de pesquisa de DNA fetal avalia o risco de trissomia 21, 18 e 13 através da análise do DNA fetal livre existente na circulação da grávida, sendo considerado o teste com maior sensibilidade e especificidade no rastreio das aneuploidias mais comuns.
A Unidade de Citogenética do DGH realiza, através do esclarecimento da base cromossómica de patologias no feto e na população, as suas diversas competências técnicas e científicas, tanto nas suas funções de observatório da saúde e atividade de apoio à decisão clínica, bem como de laboratório de referência. A Unidade participa, desde 1994, em programas internacionais de Avaliação Externa da Qualidade, nomeadamente os do GenqQA/CEQAS e implementa metodologias para garantir o Controlo da Qualidade em todos os procedimentos laboratoriais.
Nos últimos anos, o DGH do INSA tem investido de forma empenhada na disponibilização de novos testes genéticos de apoio clínico, disponibilizando atualmente o diagnóstico genético para mais de 500 doenças raras e assumindo-se como o maior departamento de genética humana do setor público nacional, para o diagnóstico laboratorial de patologias genéticas.
Instituto Ricardo Jorge coorganiza quarto workshop dedicado à biomonitorização humana (4th HBM-PT) em Portugal
08-03-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) coorganiza, dia 19 de abril, nas suas instalações em Lisboa, a quarta edição do Workshop de Biomonitorização Humana em Portugal (4th HBM-PT). Subordinado ao tema “Human Biomonitoring for a better protection of citizens’ health against chemical risks”, o evento tem como principal objetivo discutir e partilhar o estado da arte da biomonitorização humana, estudos ambientais e de saúde e avaliação de riscos químicos em Portugal e na Europa.
O 4th HBM-PT pretende reunir investigadores, especialistas em saúde ambiental ou ocupacional, reguladores, avaliadores e gestores de risco, indústrias químicas e outras partes interessadas portuguesas e promover a comunicação relativamente à utilização de dados HBM e/ou ambientais, bem como novos métodos de abordagem para melhorar a avaliação e gestão de riscos. A participação no evento é gratuita, sendo necessário o registo através deste formulário. O link para submissão de resumos também já se encontra disponível aqui.
Este workshop é organizado pelo Portuguese National Hub for Human Biomonitoring, formado no âmbito do projeto HBM4EU (European Initiative for Human Biomonitoring) e agora alargado aos parceiros do projeto PARC (Partnership for the Assessment of Risks from Chemicals), que inclui o INSA, a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA), a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP), o Instituto Politécnico de Leiria, a Universidade de Aveiro, a Universidade de Coimbra, a Universidade do Minho e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Coordenado pela Agência Federal do Ambiente Alemã e financiado no âmbito do programa europeu Horizonte 2020, o HBM4EU (European Human Biomonitoring Iniciative) é um consórcio europeu que conta com a participação de 30 países e da Comissão Europeia. Esta iniciativa tem por objetivo utilizar a biomonitorização humana para avaliar a exposição humana a substâncias químicas, com vista a uma melhor compreensão dos impactos associados na saúde e à melhoria da avaliação dos riscos químicos.
A biomonitorização humana sustenta a avaliação da exposição humana a substâncias químicas mediante a medição dessas mesmas substâncias ou dos seus metabolitos ou marcadores de efeitos nos fluidos ou tecidos do organismo. Ao nível do indivíduo, os dados da biomonitorização humana permitem tomar decisões mais informadas no que respeita a tratamentos médicos ou orientações relativas à necessidade de reduzir os níveis de exposição.