DGS publica Referencial para o Diagnostico de Tuberculose em Crianças
O Programa Nacional para a Tuberculose da Direção-Geral da Saúde publica o Referencial para o Diagnostico de Tuberculose em crianças, dirigido para os profissionais de saúde no âmbito da Pediatria, Medicina Geral e Familiar, Saúde Pública, Infeciologia e Pneumologia, que trabalham com crianças e, especialmente, com crianças com suspeita de Tuberculose.
Este documento reúne contributos das várias Sociedades Cientificas e estruturas de saúde relevantes da resposta à Tuberculose, reforçando o seu papel como guia de orientação na prática clínica.
O diagnóstico de Tuberculose ativa na criança é um desafio. A suspeita surge pela observação clínica de sintomatologia, como tosse e/ ou febre persistente, em que a Tuberculose é um dos diagnósticos diferenciais ou após a identificação da criança como exposta a um caso infecioso.
As manifestações clínicas são frequentemente inespecíficas, com consequente atraso no diagnóstico. A tosse, o sintoma mais frequente, pode apresentar-se de várias formas, nomeadamente como uma tosse persistente, recorrente ou mesmo com quadro de tosse que resolveu progressivamente, ainda antes do diagnóstico e início do tratamento.
A forma pulmonar é a forma de apresentação mais frequente na idade pediátrica. Na prática clínica, a abordagem diagnóstica deverá ser sistematizada de acordo com 3 etapas fundamentais: anamnese e exame físico detalhados; estudo imagiológico; investigação para identificação/isolamento do agente. O facto de a criança com Tuberculose ter, frequentemente, pouca carga bacilífera explica o baixo risco de contagiosidade, bem como o baixo risco de desenvolvimento de resistência.
O Referencial para o Diagnostico de Tuberculose em Crianças está disponível aqui:
Cerimónia da Semana Europeia da Vacinação 2024 em Arronches – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS), com o apoio da ULS do Alto Alentejo e da Câmara Municipal de Arronches, organiza na manhã de 23 de abril de 2024 a Cerimónia da Semana Europeia da Vacinação 2024 – “Vacinas: A Proteger Gerações”, no Convento de Nossa Senhora da Luz, em Arronches.
Na Cerimónia, que inclui uma visita ao Centro de Saúde local, vai ser apresentado o Relatório Anual da Vacinação 2024, que ilustra as conquistas da vacinação durante o ano de 2023.
O programa conta, também, com a apresentação do estudo “Preditores e Barreiras da Vacinação”, realizado pela DGS com a unidade de investigação HEI-Lab – Universidade de Lusófona, e com uma Mesa Redonda “A Proteger Gerações”, com participação de intervenientes responsáveis pela operacionalização local da vacinação, ao nível da saúde e da educação.
A Semana Europeia da Vacinação 2024, promovida pela Organização Mundial de Saúde na Europa (OMS Europa), é assinalada entre os dias 21 a 27 de abril de 2024, para celebrar os sucessos e a capacidade da vacinação em manter várias gerações protegidas contra doenças evitáveis, permitindo que pessoas de todas as idades vivam vidas mais plenas e saudáveis.
Esta efemeridade pretende a mobilização da comunidade científica, da sociedade e dos parceiros da vacinação em prol deste mote que é a proteção das gerações através de uma das estratégias de saúde pública e prevenção da doença mais eficientes dos dias de hoje: a vacinação.
A Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, sublinha que “falar de vacinação é falar de uma cultura muito nossa. Somos um país que tem orgulho nas elevadas taxas de cobertura vacinal ao nível do Programa Nacional de Vacinação e que se revê, uma vez mais, no pódio dos países com melhores coberturas quanto à vacinação”.
Ao longo da Semana Europeia da Vacinação, a DGS irá publicar materiais que visam sensibilizar para a importância de ser mantida a vacinação em dia, de acordo com o esquema recomendado em vigor, mitigando riscos e salvaguardando mais proteção individual e coletiva, mais saúde e mais vida.
O Programa da Cerimónia da Semana Europeia da Vacinação 2024 – “Vacinas: A Proteger Gerações” está disponível aqui.
18-04-2024 Disponibilizado simulador de remunerações base da Administração Pública – DGAEP
A DGAEP disponibiliza, no respetivo portal, o simulador de remunerações da Administração Pública, que vem facilitar o acesso ao valor da remuneração base auferida numa determinada carreira, categoria ou cargo.
O simulador destina-se, designadamente, a cidadãos que pretendam constituir vínculo de emprego público, trabalhadores em funções públicas e público em geral.
O intuito é permitir o acesso mais direto à informação sobre a remuneração nas diferentes carreiras, categorias e cargos na Administração Pública.
Aceda aqui ao simulador, acedível também através do separador Estruturas e Regimes > Remunerações. O acesso pode também ser feito diretamente no portal ePortugal.gov.pt.
17.ª Edição Anual do Prémio de Boas Práticas em Saúde – DGS
O Prémio de Boas Práticas em Saúde® (PBPS), promovido desde 2006 pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar e que conta com a Direção-Geral da Saúde como entidade promotora, tem candidaturas abertas à 17.ª Edição Anual.
O principal objetivo do Prémio é dar a conhecer as boas práticas em saúde a nível nacional, no âmbito da qualidade e inovação, com vista a replicar as mais-valias para o bom desempenho do Sistema de Saúde.
A atribuição do PBPS visa distinguir e premiar o trabalho dos profissionais ou equipas em serviços/unidades de saúde que, no seu quotidiano, desenvolvam projetos com qualidade e inovação e que, respeitando as normas instituídas, representem um valor acrescentado para o cidadão/comunidade ou para as práticas da organização, com reflexo direto na prestação de cuidados de saúde, podendo ser consideradas como boas práticas em saúde.
Neste âmbito convidam-se todos os profissionais e equipas de saúde dos setores público, privado e social a apresentarem projetos até 17 de maio de 2024, centrando-se este ano na temática “Sistema de Saúde: Antecipar Ações Face aos Cenários Futuros”, com foco nos seguintes sub-temas: Políticas de retenção dos profissionais, Modelos de liderança adequados ao futuro, Crise Climática e seu impacte na Saúde, Transformação digital e inovação em Saúde e Integração de Cuidados de Saúde e Otimização de Recursos.
Candidaturas para a 17.ª edição do Prémio de Boas Práticas em Saúde – ACSS
O tema da edição deste ano centra-se no “Sistema de Saúde: Antecipar Ações Face aos Cenários Futuros”, com foco nos seguintes subtemas:
- Políticas de retenção dos profissionais;
- Modelos de liderança adequados ao futuro;
- Crise climática e seu impacto na Saúde;
- Transformação digital e inovação em Saúde;
- Integração de cuidados de saúde e otimização de recursos.
O prazo para apresentação de candidaturas ao Prémio de Boas Práticas em Saúde (PBPS) decorre entre o dia 15 de abril e 17 de maio de 2024, devendo as mesmas serem submetidas online, através do formulário disponível para o efeito.
Desde 2006 que o PBPS é promovido pela Associação Portuguesa para o Desenvolvimento Hospitalar (APDH), pela Direção-Geral da Saúde, pela Administração Central do Sistema de Saúde e Administrações Regionais de Saúde, com a colaboração das Direções Regionais de Saúde dos Açores e da Madeira.
A atribuição deste prémio tem como objetivo distinguir projetos de boas práticas, no âmbito da qualidade e inovação, que respeitem as normas instituídas e representem um valor acrescentado para o cidadão/comunidade ou para as práticas das Instituições com reflexo direto na prestação de cuidados de saúde.
Cronograma para a edição de 2024:
- Receção e validação das candidaturas – 15 de abril a 17 de maio de 2024
- Pré-seleção – 20 a 30 de maio de 2024
- Avaliação científica (documental; in loco, preferencialmente virtual) – 11 de junho a 13 de setembro de 2024
- Comunicação de resultados – até 27 de setembro de 2024
O encontro para apresentação dos projetos nomeados, exposição de posters e divulgação dos Prémios, será realizado no âmbito do encontro que antecede o 10.º Congresso Internacional dos Hospitais, a decorrer no dia 27 de novembro de 2024.
Publicado em 19/4/2024
Portugal atinge marco de 400 transplantes pulmonares
Secretária de Estado da Saúde salienta que o programa nacional de transplantes pulmonares é “uma história de sucesso”
A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, esteve esta quinta-feira, dia 18 de abril, na sessão solene da cerimónia de comemoração do 400º transplante pulmonar em Portugal, que decorreu na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa.
Ana Povo recordou que “o primeiro transplante pulmonar realizado, ocorreu no ano de 1963, no Hospital Universitário do Mississipi, nos Estados Unidos da América”, sinalizando que “em Portugal, quando olhamos para trás e recordamos o primeiro transplante pulmonar realizado, em 2001, pelo Dr. Vaz Velho, não podemos deixar de destacar a coragem e determinação daqueles que, desde o início, abraçaram este desafio”. A governante lembrou ainda “os profissionais que já nos deixaram, como o Dr. Rui Bento e o Dr. Manuel Coelho, cujo legado e dedicação continuam a inspirar-nos”.
Para a Secretária de Estado da Saúde é, igualmente, “importante salientar o papel fundamental do Prof. Doutor José Fragata”, enquanto dinamizador do programa de transplantes pulmonares e diretor do Serviço de Cirurgia Cardiotorácica durante 15 anos do Hospital de Santa Marta, que pertence à Unidade Local de Saúde São José, em Lisboa.
“No início do programa de transplantação pulmonar, a lucidez e arrojo foram essenciais para o sucesso e crescimento deste, que se tornou um exemplo de excelência a nível europeu e mundial”, afirmou Ana Povo, mencionando que, ao longo dos anos, o Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, “construiu uma equipa de sucesso, multidisciplinar e multiprofissional, que tem sido fundamental para o processo de seleção e acompanhamento dos doentes, garantindo a sua saúde e bem-estar ao longo de anos e décadas”.
Na sua opinião, estamos perante “uma história de sucesso” e “um exemplo de como o nosso país consegue ter unidades de excelência e estar alinhado com os melhores resultados a nível europeu e mundial”.
Em 2023, foi alcançado um recorde de 88 transplantes pulmonares, “o que demonstra o crescente sucesso e necessidade deste programa”. Tal patamar deve-se ao trabalho da equipa afeta ao Serviço de Cirurgia Cardiotorácica, sublinhou a Secretária de Estado da Saúde, mas, também, foi “graças à rede de cuidados hospitalares que possuímos, e a sensibilização de todos para a problemática da transplantação de órgãos em Portugal”. “Nesta matéria, somos mesmo um exemplo mundial”, afirmou Ana Povo.
Ficou, igualmente, o sinal de que o Governo está atento “às necessidades de recursos humanos de excelência e diferenciados, não só para a realização da técnica cirúrgica em si, mas também para a sua seleção e posteriormente acompanhamento” e que há que garantir “as necessárias condições” para que este projeto nacional continue “a singrar com sucesso”.
“Proporcionar uma nova oportunidade de vida” às pessoas que necessitam é “a razão na nossa existência e para as quais diariamente trabalhamos com dedicação e afinco”, frisou a governante.
Sessão de apresentação de resultados de estudo europeu sobre impacto da pandemia no estilo de vida de crianças em idade escolar – INSA
18-04-2024
É já na próxima terça-feira, dia 23 de abril (10:30), que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), na sua qualidade de Centro Colaborativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) para a Nutrição e Obesidade Infantil, promove, no seu auditório em Lisboa, uma sessão pública de apresentação do relatório europeu “The impact of COVID-19 pandemic on the daily routine and behaviors of school-aged children in Europe: results from 17 Member States”. Este trabalho teve como objetivo conhecer e compreender o impacto da pandemia de COVID-19 nos comportamentos associados ao estilo de vida de crianças em idade escolar, comparativamente ao período pré-pandémico.
Liderado pela investigadora do Departamento de Alimentação e Nutrição (DAN) do INSA Ana Rito, em estreita colaboração com o Escritório Regional da OMS para a Iniciativa Especial da Europa sobre Doenças Não Transmissíveis e Inovação, este trabalho foi desenvolvido em 17 Estados-membros (Albânia, Azerbaijão, Bulgária, Croácia, Chipre, Geórgia, Itália, Cazaquistão, Malta, Montenegro, Polónia, Portugal, República da Moldávia, Roménia, San Marino, Eslováquia e Uzbequistão) da Região Europeia da OMS e reuniu dados de cerca de quase 55 mil famílias e crianças, sendo a maioria rapazes (51.8%) e crianças de 8 anos de idade (54,8%).
Além da apresentação dos resultados deste estudo, o programa do evento inclui também a realização de dois painéis de discussão sobre as principais conclusões e implicações para o futuro. Da parte da tarde (14:00), haverá ainda lugar para a realização de um seminário intitulado “Portuguese and European Children’s Health and Well-Being”, assim como de duas sessões dedicadas às lições aprendidas e às ações a desenvolver no futuro.
Considerando o possível impacto da pandemia de COVID-19 no estilo de vida de crianças em idade escolar, o COSI/COVID-19 recolheu dados com base na perceção dos pais/encarregados de educação em relação a seis dimensões: Consumo alimentar; Comportamentos familiares; Atividade física e comportamentos sedentários; Características do ambiente familiar; Estado nutricional infantil; Saúde mental e bem-estar. Os interessados em participar na sessão de apresentação dos resultados deste estudo deverão efetuar a sua inscrição aqui.
O INSA coordena, desde 2008, o sistema de vigilância nutricional infantil – COSI Portugal. Este sistema, integrado na rede europeia da OMS, efetua a vigilância e monitorização do estado nutricional infantil a cada 3 anos. O COSI Portugal 2022 incluiu, excecionalmente, o estudo COSI/COVID-19 para avaliar o impacto da pandemia nos comportamentos associados ao estilo de vida de crianças em idade escolar. O INSA é Centro Colaborativo da OMS para a Nutrição e Obesidade Infantil desde julho de 2015. Esta colaboração, que se renova a cada quatro anos, estende-se a várias áreas de trabalho, sobretudo ao nível da vigilância e prevenção.
Instituto Ricardo Jorge e Associação Portuguesa de Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública celebram protocolo de cooperação
19-04-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e a Associação Portuguesa de Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública (APTAC) celebraram, dia 13 de abril, um protocolo de colaboração com vista a potenciar as sinergias existentes em cada instituição. O documento aponta a prossecução de atividades conjuntas, nomeadamente, ao nível da investigação e desenvolvimento, da formação, de ações de divulgação e de outras atividades de utilidade e relevância para ambas as entidades.
O protocolo celebrado prevê também a realização de outras iniciativas que permitam aprofundar a cooperação em áreas de interesse comum. A cerimónia de assinatura do protocolo decorreu no Auditório do INSA, em Lisboa, no âmbito do seminário profissional sobre a implementação das Unidades Locais de Saúde (ULS), promovido pela APTAC, tendo o documento sido assinado pelo presidente do Conselho Diretivo do INSA, Fernando de Almeida, e pela presidente da Direção da APTAC, Hélia Carona.
Fundado em 1899 pelo médico e humanista Ricardo Jorge, o INSA desenvolve uma tripla missão como laboratório do Estado no setor da saúde, laboratório nacional de referência e observatório nacional de saúde. O INSA tem por missão contribuir para ganhos em saúde pública através de atividades de investigação e desenvolvimento tecnológico, atividade laboratorial de referência, observação da saúde e vigilância epidemiológica, bem como coordenar a avaliação externa da qualidade laboratorial, difundir a cultura científica, fomentar a capacitação e formação e ainda assegurar a prestação de serviços diferenciados.
A missão da APTAC consiste em promover a formação e valorização científica, cultural e profissional dos seus membros, bem como fomentar e defender os interesses da profissão, zelando pela função social, dignidade e prestígio dos Técnicos de Análises Clínicas e Saúde Pública.
25 de Abril em 12 acordes
Inauguração da exposição de homenagem ao 50.º aniversário da Revolução dos Cravos decorre a 24 de abril
A inauguração da exposição colaborativa “25 de Abril em 12 acordes”, que une as 12 Secretarias-Gerais em homenagem ao quinquagésimo aniversário da Revolução dos Cravos, acontece já na próxima quarta-feira, dia 24 de abril, no Teatro Thalia.
A entrada é livre e a cerimónia de inauguração, organizada pela Rede para a Gestão da Informação e Conhecimento das Secretarias-Gerais, será precedida de uma palestra, com a participação do Professor Doutor Luís Farinha, com início às 15 horas.
Com inspiração na música “Liberdade” de Sérgio Godinho, o projeto parte do refrão “Paz, Pão, Habitação, Saúde e Educação” para refletir sobre o contributo de cada área governativa na melhoria das condições de vida e direitos conquistados ao longo dos últimos 50 anos.
A exposição, integrada nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, estará patente até ao dia 14 de maio, inclui depoimentos da época, instalações artísticas, fotografias históricas e diversos documentos deste período à guarda das 12 Secretaria-Gerais que destacam uma época de mudança social e cultural.
Para saber mais:
Instituto Ricardo Jorge acolhe quarto workshop dedicado à biomonitorização humana (4th HBM-PT) em Portugal
19-04-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) acolheu, dia 19 de abril, nas suas instalações em Lisboa, a quarta edição do Workshop de Biomonitorização Humana em Portugal (4th HBM-PT). Subordinado ao tema “Human Biomonitoring for a better protection of citizens’ health against chemical risks”, o evento teve como principal objetivo discutir e partilhar o estado da arte da biomonitorização humana, estudos ambientais e de saúde e avaliação de riscos químicos em Portugal e na Europa.
Numa iniciativa que reuniu investigadores, especialistas em saúde ambiental e ocupacional, reguladores, avaliadores e gestores de risco, indústrias químicas e outras partes interessadas portuguesas, foram realizadas quatro sessões subordinadas aos seguintes temas: Aumentar o conhecimento sobre exposição e saúde; Biomonitorização humana no apoio a ações de regulação e e formulação de políticas; Biomonitorização humana como abordagem útil para avaliação de risco; Biomonitorização humana no contexto português.
Foram também apresentados resultados do estudo INSEF-ExpoQuim, que pretendeu caracterizar a exposição da população portuguesa a químicos selecionados. Desenvolvido pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, trata-se do primeiro estudo de biomonitorização humana realizado a nível nacional e cujos resultados demonstraram uma exposição reduzida da população portuguesa a cádmio, bisfenol-F e 1-hidroxipireno, e uma exposição a bisfenol-A, bisfenol-S, micotoxinas e acrilamidas elevada e acima da média europeia.
Este workshop foi organizado pelo Portuguese National Hub for Human Biomonitoring, formado no âmbito do projeto HBM4EU (European Initiative for Human Biomonitoring) e agora alargado aos parceiros do projeto PARC (Partnership for the Assessment of Risks from Chemicals), que inclui o INSA, a Direção-Geral da Saúde (DGS), a Agência Portuguesa do Ambiente, I.P. (APA), a Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL), a Escola Nacional de Saúde Pública da Universidade Nova de Lisboa (ENSP), o Instituto Politécnico de Leiria, a Universidade de Aveiro, a Universidade de Coimbra, a Universidade do Minho e a Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
Coordenado pela Agência Federal do Ambiente Alemã e financiado no âmbito do programa europeu Horizonte 2020, o HBM4EU (European Human Biomonitoring Iniciative) é um consórcio europeu que conta com a participação de 30 países e da Comissão Europeia. Esta iniciativa tem por objetivo utilizar a biomonitorização humana para avaliar a exposição humana a substâncias químicas, com vista a uma melhor compreensão dos impactos associados na saúde e à melhoria da avaliação dos riscos químicos.
A biomonitorização humana sustenta a avaliação da exposição humana a substâncias químicas mediante a medição dessas mesmas substâncias ou dos seus metabolitos ou marcadores de efeitos nos fluidos ou tecidos do organismo. Ao nível do indivíduo, os dados da biomonitorização humana permitem tomar decisões mais informadas no que respeita a tratamentos médicos ou orientações relativas à necessidade de reduzir os níveis de exposição.