Notícias a 22 e 23/04/2024

Entidade Reguladora da Saúde

Entidade Reguladora da Saúde

Informação de Monitorização sobre acesso à Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)

22/04/2024

A monitorização mais recente conclui, entre outras situações, que mais de 90% da população residente em Portugal continental residia a 60 minutos ou menos de um ponto da RNCCI com internamento. Dos utentes efetivamente internados em 2022, cerca de 80% residia a 60 minutos ou menos da unidade respetiva, e mais de 40% residia a 30 minutos ou menos.

Verificou-se, ainda,  uma tendência de agravamento da mediana do tempo desde a referenciação até à identificação de vaga nas UMDR e nas ULDM, em todas as regiões. Nas UC e ECCI a mediana do tempo de espera agravou-se na maioria das regiões de saúde. A duração média do internamento excedeu a duração previsível para a tipologia respetiva, na maioria das regiões de saúde, o que impactará no tempo de espera até obtenção de vaga.

Aceda à monitorização no Menu Atividades | Supervisão | informação de Monitorização


Cobertura vacinal até aos 7 anos mantém-se elevada – DGS

Cobertura vacinal até aos 7 anos mantém-se elevada

Em 2023, as coberturas vacinais de todas as vacinas recomendadas no Programa Nacional de Vacinação (PNV), avaliadas até aos 7 anos de idade, permanecem muito elevadas: cerca de 99% no fim do primeiro ano de vida e atingindo ou ultrapassando a meta dos 95% nos seguintes.

Os dados, que constam no Relatório Síntese Anual da Vacinação 2024 publicado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), revelam também que as elevadas coberturas vacinais contra o sarampo se mantêm, cumprindo e ultrapassando a meta nacional e internacional dos 95%, reforçando a proteção com o objetivo de evitar ou limitar surtos.

Na vacinação contra a doença meningocócica do grupo B, introduzida no PNV em outubro de 2020, foi atingida ou ultrapassada a meta dos 95% em todas as coortes abrangidas, à semelhança das restantes vacinas recomendadas na mesma idade.

A vacinação do sexo feminino contra HPV mantém o seu nível de excelência, de 90% para o esquema completo, quando completam os 12 anos de idade. Também a cobertura vacinal do sexo masculino contra HPV, introduzida no PNV em outubro de 2020, revela uma significativa adesão à vacinação. Nas coortes de 2009, 2010 e 2011 (respetivamente 14, 13 e 12 anos de idade), verificam-se coberturas próximas de 90% para o esquema vacinal completo.

Quanto à cobertura vacinal estimada da grávida, para proteger o recém-nascido contra a tosse convulsa, o Relatório revela que esta se mantém níveis elevados: 84% em 2023.

O Relatório inclui dados preliminares referentes à Campanha de Vacinação Sazonal Outono-Inverno de 2023-2024, que continua a decorrer até 30 de abril. Em 2023 assinala-se o alargamento da população dos 60 aos 64 anos abrangida pela gratuitidade da vacinação contra a gripe, e a inclusão da rede de farmácias na estratégia vacinal. A gratuitidade neste grupo etário dos 60-64 anos permitiu aumentar a cobertura para 45%, representando um aumento de 18 pontos percentuais em relação ao ano anterior.

A manutenção dos excelentes resultados da vacinação no âmbito do PNV é resultado do esforço e dedicação diário dos profissionais de saúde, bem como na confiança que a população deposita na vacinação.

Consulte o Relatório Síntese Anual da Vacinação 2024 aqui:


Semana Europeia da Vacinação 2024 – Mensagem da Diretora-Geral da Saúde – DGS

Semana Europeia da Vacinação 2024 - Mensagem da Diretora-Geral da Saúde

As vacinas salvam vidas

Protegem-me de doenças, protegem a minha família, os meus amigos, as comunidades. Protegemos também os que estão numa situação de maior vulnerabilidade.

A história das vacinas é a história de cada um de nós.

Uma história de confiança.

Uma história onde conseguimos eliminar e erradicar doenças.

Uma história onde conseguimos, de forma segura, viajar para novos destinos, onde podemos deixar as nossas crianças, brincar e aprender na escola.

Nesta Semana Europeia da Vacinação vamos recordar e reforçar a importância de nos vacinarmos – bebés, crianças, jovens, adultos, idosos – TODOS.

Cada dose de vacina representa esperança, proteção e um passo em direção a um futuro mais saudável para todos.

Vacine-se!

Rita Sá Machado, Diretora-Geral da Saúde


Comportamentos familiares de crianças em idade escolar melhoram durante a pandemia de COVID-19, revela estudo da OMS/Europa coordenado pelo INSA

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23-04-2024

O maior tempo passado com a família durante o período pandémico permitiu às crianças em idade escolar (6-10 anos) uma melhoria de vários comportamentos familiares, como “a “partilha das refeições em família” (29%), “preparar refeições em conjunto com a criança” (30%) e “compra de alimentos em grandes quantidades” (28%), em vez da ida ao supermercado.

Este é um dos principais resultados de um estudo europeu da Organização Mundial da Saúde (OMS), coordenado cientificamente pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), na sua qualidade de Centro Colaborativo da OMS para a Nutrição e Obesidade Infantil e desenvolvido em estreita colaboração com o Escritório Regional da OMS para a Iniciativa Especial da Europa sobre Doenças Não Transmissíveis e Inovação.

Outro dos resultados deste trabalho, realizado em 17 Estados-membros da OMSEuropa, revela que, embora alimentos como a fruta (10,3%), hortícolas (7,0%) e lacticínios (10,8%) tenham sido consumidos com maior frequência durante a pandemia, aproximadamente uma em cada cinco das famílias relatou que os seus filhos começaram a consumir mais snacks salgados e doces como rebuçados, gomas, bolos, gelados.

No período de 2020 a 2022, 22% das crianças, 30% das mães e 26% dos pais testaram positivo para a COVID-19 em todos os países Europeus. Destaca-se que em Portugal, esta prevalência foi bem maior, já que 55,3% das crianças testaram positivo para COVID-19 e ficaram em isolamento domiciliário.

A nível socioeconómico, verificou-se que as dificuldades financeiras das famílias europeias aumentaram durante a pandemia, com o aumento do número de famílias a reportar “ter dificuldade em chegar ao fim do mês sem grandes problemas financeiros” face às despesas de cada mês com os seus rendimentos. Em Portugal, 11,4% das famílias portuguesas relataram que a sua perceção de riqueza piorou durante a pandemia.

Observou-se ainda um decréscimo do tempo despendido a brincar em uma em cada quatro crianças, e um aumento substancial dos comportamentos sedentários, onde quase 40% das crianças aumentaram o tempo gasto a ver televisão, a jogar jogos de vídeo/computador ou a utilizar as redes sociais. 34% das crianças aumentou o tempo consumido na aprendizagem em casa (incluindo a “telescola”) em mais de três horas por dia.

O trabalho agora divulgado pelo INSA estudou também, pela primeira vez, variáveis sobre o bem-estar psicossocial das crianças. Em média, de acordo com a perceção dos pais, a “capacidade das suas crianças se divertirem com os amigos” piorou em 42% dos casos, nomeadamente na capacidade da criança poder “desfrutar de atividades no tempo livre” (27%) ou de “ter tempo suficiente para si própria” (19%). A perceção dos pais de tristeza e de solidão das suas crianças foi igualmente mais frequente no período pandémico para uma em cada cinco crianças (20% e 24%, respetivamente).

Liderado pela investigadora do INSA Ana Rito, este estudo único realizado na Região Europeia da OMS teve como objetivo conhecer e compreender o impacto da pandemia COVID-19 (2020-2022) com base na perceção dos pais/encarregados de educação em relação a seis dimensões: Consumo alimentar; Comportamentos familiares; Atividade física e comportamentos sedentários; Características do ambiente familiar; Estado nutricional infantil; Saúde mental e bem-estar.

Intitulado “The impact of COVID-19 pandemic on the daily routine and behaviors of school-aged children in Europe: results from 17 Member States”, este relatório permitiu identificar efeitos positivos e negativos da pandemia na vida das crianças em Portugal e na Europa, tendo reunido dados de cerca de quase 55 mil famílias e crianças, sendo a maioria rapazes (51.8%) e crianças de 8 anos de idade (54,8%). Para consultar o relatório, clique aqui.


Hospitalização Domiciliária no Médio Tejo

23/04/2024

Cinco Anos de Cuidados Personalizados e Humanizados. Mais de 800 utentes foram beneficiados por esse modelo alternativo de internamento

A Hospitalização Domiciliária arrancou há cinco anos na região do Médio Tejo. Desde então, mais de 800 utentes foram beneficiados por esse modelo alternativo de internamento, que desviou mais de 15.700 dias de internamento dos Hospitais do Médio Tejo para a Hospitalização Domiciliária.

De acordo com a ULS Médio Tejo, neste balanço de quinto aniversário, a equipa de profissionais da Unidade de Hospitalização Domiciliaria (UHD) poderia ter dado oito “voltas à terra” – com os quilómetros que acumulou para levar cuidados de saúde aos 804 doentes internados em Hospitalização Domiciliária. O conta quilómetros da equipa acumulou 325.588 quilómetros para prestar assistência aos doentes internados nas suas residências.

Atualmente, a ULS Médio Tejo tem seis camas de internamento domiciliário às quais a equipa de Hospitalização Domiciliária do Médio Tejo leva cuidados de saúde “porta a porta”. Estas camas são as camas que estão nas casas dos utentes. São “convertidas” em cama de internamento hospitalar, desde que cumpridos determinados requisitos.

“A hospitalização domiciliária é um compromisso da ULS Médio Tejo com a qualidade de vida dos utentes, com a humanização da prestação dos cuidados de saúde e com a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde”, destaca Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo.

“Neste modelo de internamento altamente diferenciador e humanizado, o utente e a sua família estão verdadeiramente no centro da prestação dos cuidados de saúde”, refere o responsável, acrescentando: “A região do Médio Tejo tem um registo de sucesso nestes últimos cinco anos e vai continuar a investir na expansão e aprimoramento deste modelo que tantos benefícios traz à comunidade e aos utentes”.

Para saber mais, consulte:

ULS Médio Tejo > https://www.chmt.min-saude.pt/


Luta contra o cancro, saúde mental e digitalização são prioridades

22/04/2024

Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, realça o papel das orientações europeias para a área da Saúde na definição das políticas nacionais

“A Saúde não foi um tema inicial da União Europeia (UE), mas é a Saúde um dos temas que tem vindo progressivamente a ganhar um espaço, essencial na construção de um espaço europeu”, afirmou a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, na conferência ‘Portugal quer Mais Europa… na Saúde?’. Tratou-se de uma iniciativa da plataforma de cidadania Nossa Europa, fundada e dirigida por Carlos Coelho, da SEDES – Associação para o Desenvolvimento Económico e Social, liderada por Álvaro Beleza, e do European Policy Centre, em colaboração com a Fundação Champalimaud, presidida por Leonor Beleza, e em cujas instalações, em Lisboa, decorreu o evento, no dia 20 de abril.

Na sessão de encerramento, Ana Paula Martins realçou o “relevante” papel da UE no âmbito da política de Saúde “no que toca à complementaridade” com as políticas nacionais. A governante lembrou que a pandemia de Covid-19, ao colocar em evidência as fragilidades dos sistemas de Saúde, “deu um novo alento à dimensão de uma Saúde de nível europeu”, através do ‘Programa UE pela Saúde 2021-2027 – Uma Visão Europeia Mais Saudável’, destinado a reforçar a preparação para responder comunitariamente a situações de crise no espaço europeu.

“Desafios ímpares” que exigem “novas propostas” e “decisões”

Este programa tem quatro objetivos principais: melhorar e promover a Saúde; proteger as pessoas; permitir o acesso a medicamentos, dispositivos médicos e produtos importantes em situações de crise; e reforçar os sistemas de Saúde. Na opinião da ministra da Saúde as medidas da UE “devem ser lidas como medidas enquadradoras e orientadoras para os diversos Estados-membros”.

Aliás, Ana Paula Martins sublinhou que Portugal “olha com atenção” para este programa e tem-no em conta para “as principais linhas orientadoras” do Governo nesta área.

A titular da pasta da Saúde realçou as políticas comunitárias na luta contra o cancro – que é uma “prioridade fundamental no programa de Saúde deste Ministério” –, bem como a promoção da integração das políticas de Saúde humana, animal e ambiental, a preocupação com a resistência aos agentes antimicrobianos, a vacinação e a melhoria da saúde mental.

Além disso, afirmou que “o investimento no domínio dos dados em Saúde é uma das minhas principais prioridades”.

Ana Paula Martins falou nos “desafios ímpares” que enfrenta o sistema de Saúde e que “exigem novas e inovadoras propostas e decisões” – “não podemos continuar a adiar a mudança, nem mudar por mudar” – e realçou que “a política europeia de Saúde poderá contribuir fortemente para melhorarmos os nossos desígnios na promoção da Saúde e no combate à doença”.

A ministra da Saúde reforçou que “este Governo tem inequivocamente um profundo desejo de curar o nosso sistema de Saúde”, com “indispensável contributo das políticas europeias de Saúde” e com a participação “de todos, das ideias de todos e das sugestões de todos”. E “fazê-lo sem preconceitos ou ideias fechadas” rumo a um Serviço Nacional de Saúde “mais revigorado, mais moderno” e “capaz de dar resposta aos novos desafios, às novas exigências e às novas preocupações dos portugueses”.

Legenda (esq, para dta.): Carlos Coelho, presidente da Nossa Europa, Ana Paula Martins, Ministra da Saúde, Leonor Beleza, presidente da Fundação Champalimaud e Álvaro Beleza, presidente da SEDES.