Boletim Epidemiológico N.º 10 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024 – DGS
A Direção-Geral de Saúde (DGS) informa que entre 1 de janeiro de 2024 e 5 de maio de 2024 foram confirmados 27 casos de sarampo em Portugal, de um total de 182 casos suspeitos notificados. Dos casos de sarampo notificados até à data, 155 casos foram descartados.
Em relação à semana anterior foram confirmados dois novos casos de sarampo, ambos na Região Centro.
No âmbito da atividade de vigilância epidemiológica do sarampo, a DGS salienta a importância da notificação imediata de casos suspeitos na plataforma informática de suporte ao SINAVE, em concordância com o enquadramento legal vigente, garantindo a intervenção atempada na redução de cadeias de transmissão.
A DGS reforça a importância da vacinação de acordo com o Programa Nacional de Vacinação.
Os dados constam do Boletim Epidemiológico N.º 10 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024, publicado semanalmente à terça-feira pela DGS, disponível aqui:
CIAV recebeu mais de 27 mil chamadas em 2023
O Centro de Informação Antivenenos (CIAV) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) teve um volume significativo de atividade em 2023, com mais de 27 mil chamadas recebidas ao longo do ano. Este serviço, vital para lidar com situações de exposição humana a substâncias tóxicas, demonstrou um aumento na procura em comparação com anos anteriores
As estatísticas divulgadas pelo CIAV revelam que das 27.04934 chamadas recebidas, 34,3% das chamadas estavam relacionadas com crianças, sendo que a maioria delas (61,9%) tinha menos de 5 anos de idade.
Dos mais de 27 mil contatos recebidos, a grande maioria (94,1%) estava relacionada com a exposição a pelo menos uma substância tóxica. As chamadas restantes (5,9%) abordaram questões diversas, desde solicitações de informações sobre toxicologia até a emissão de pareceres técnicos.
De acordo com o INEM, em mais da metade dos casos (51,52%), os sintomas já estavam presentes no momento do contato com o CIAV. No entanto, graças ao aconselhamento fornecido, 44,7% das situações foram controladas no local, evitando o recurso a uma Unidade de Saúde.
As estatísticas também destacam a variedade de circunstâncias que levaram à exposição a substâncias tóxicas. Enquanto mais de 10 mil casos reportaram uma exposição intencional, ocorrendo principalmente em adultos do sexo feminino entre 20 e 49 anos, aproximadamente 20% dos incidentes foram atribuídos ao “erro terapêutico”, traduzido por dose incorreta, via de administração incorreta, administração à pessoa errada ou administração do fármaco errado, que afetou principalmente pessoas com mais de 70 anos. Quanto à faixa etária entre o 1 e os 4 anos de idade, os registos demostram que a grande maioria das exposições foram acidentais.
O CIAV é o único centro de intoxicações existente em Portugal, disponível através do número telefónico gratuito 800 250 250, 24 horas por dia, todos os dias do ano.
Para saber mais, consulte:
CIAV > Dados estatísticos
Governo vai apoiar reconstrução do Hospital de Ponta Delgada
O Governo da República vai apoiar a reconstrução do Hospital de Ponta Delgada, nos Açores, que sofreu um incêndio no último sábado
O anúncio foi feito esta segunda-feira pela ministra da Saúde, após uma visita à maior unidade de saúde do arquipélago.
Ana Paula Martins sublinhou que outras unidades hospitalares, no continente, poderão vir a apoiar a atividade que estava programada no Hospital do Divino Espírito Santo – dando expressão a uma “ideia de coesão” do país. A ministra acrescentou também que, num segundo momento, será preciso olhar “em conjunto” com o Governo regional dos Açores para o “plano de investimentos ” no hospital.
“Estamos aqui porque somos Portugal. E os portugueses que vivem na Região Autónoma dos Açores têm que ter respostas. Vão ter essas respostas. E o Serviço Nacional de Saúde, do qual o Serviço Regional de Saúde faz parte, tem que olhar agora para esse momento, que nenhum de nós esperava, como um momento de planear o futuro”, referiu a titular da Saúde.
A ministra foi acompanhada, na visita, pelo presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro.
Aos jornalistas, a governante sublinhou que a reconstrução do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), que ainda não tem previsão para retomar o seu normal funcionamento, deve ser pensada na perspetiva de um investimento que torne a infraestrutura numa unidade “diferenciada”, com uma resposta “digital” e “transformacional”.
O incêndio, que deflagrou no Hospital de Ponta Delgada pelas 09:40 locais de sábado (10:40 em Lisboa), obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.