Aumento da temperatura: recomendações da DGS contra o calor – DGS
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê a ocorrência de temperaturas elevadas, que podem ser superiores a 35 graus em algumas zonas do país, a partir de 30 de maio de 2024.
Assim, a Direção-Geral da Saúde recomenda:
– beber água ou sumos de fruta natural, mesmo quando não tem sede, evitando o consumo de bebidas alcoólicas;
– fazer refeições frias e leves, comendo mais vezes ao dia;
– utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do seu corpo, e chapéu de abas largas e óculos de sol;
– manter-se em ambientes frescos, pelo menos 2 a 3 horas por dia;
– evitar a exposição direta ao sol, principalmente entre as 11 e as 17 horas.
– utilizar protetor solar com fator > 30 e renovar a sua aplicação de 2 em 2 horas;
– se trabalhar no exterior faça-o acompanhado, porque em situações de calor extremo poderá ficar confuso ou perder a consciência;
– ter especial atenção com os doentes crónicos, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida;
– no período de maior calor, correr as persianas ou portadas, e ao entardecer deixar que o ar circule pela casa;
– manter-se informado relativamente às condições climáticas para poder adotar os cuidados necessários.
Mantenha-se informado, hidratado e fresco.
Alimentação inadequada e excesso de peso entre os fatores que mais determinam a carga da doença dos portugueses – DGS
O excesso de peso (incluindo a obesidade) e os hábitos alimentares inadequados estão entre os principais determinantes da perda de anos de vida saudável dos portugueses contribuindo, respetivamente, para 8,3% e 7,5% do total de mortes em Portugal em 2021.
Estes são os principais resultados dos dados mais recentes (2021) divulgados pelo Global Burden Disease Study (GBD), um estudo internacional que recolhe de forma sistemática informação proveniente de 204 países cujo objetivo é fornecer informações sobre as doenças e os fatores de risco que mais contribuem para a mortalidade e para a perda de anos de vida saudável. O estudo é coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington e conta com a colaboração da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O elevado consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, bem como o consumo insuficiente de cereais integrais, fruta e hortícolas foram os comportamentos alimentares inadequados que mais contribuíram para que os portugueses vivessem menos anos com saúde, no ano de 2021.
Além da alimentação inadequada e do excesso de peso, outros determinantes da saúde, indiretamente relacionados com o modo como comemos – tais como glicose plasmática elevada e a hipertensão arterial – são considerados os principais responsáveis em Portugal pelo aparecimento de doenças como a diabetes, neoplasias e doenças cardiovasculares e renais e pela mortalidade associada.
Foram encontradas diferenças entre homens e mulheres, sendo o contributo do excesso de peso para a carga da doença em Portugal superior nas mulheres (IMC elevado contribuiu para 8,3% do total de DALYs nas mulheres vs 6,5% nos homens).
O estudo permite, também, analisar os últimos 20 anos (até 2021) e perceber que a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua contribuição para da carga da doença em Portugal, contrariamente à tendência de diminuição observada para quase todos os outros fatores de risco. Nestes últimos 20 anos verificou-se um aumento de 28% no contributo do excesso de peso para a perda de anos de vida saudável e de 14% para o total de mortes associadas ao IMC elevado.
No mesmo período em análise, o elevado consumo de bebidas açucaradas (+37%), o elevado consumo de carne vermelha (+23%) e de carnes processadas (+22%), bem como o baixo consumo de hortícolas (+22%), foram os fatores de risco alimentar para os quais se verificou um maior aumento do seu contributo para a perda de anos de vida saudável.
Estes dados reforçam a necessidade de intensificar os esforços para a implementação de medidas na área da prevenção e tratamento da obesidade. Reforçam ainda a relevância das medidas de saúde pública que a DGS tem vindo apoiar tecnicamente ao longo dos últimos anos, nomeadamente: o imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas e as restrições à publicidade destas bebidas dirigida a menores de 16 anos, bem como a limitação da frequência da oferta de carne vermelha e de carnes processadas em espaços públicos, como as escolas e as instituições do Serviço Nacional de Saúde.
Conheça o Estudo aqui.
Fatores de risco relacionados com a alimentação e o estado nutricional
Alimentação inadequada e excesso de peso entre os fatores que mais determinam a carga da doença em Portugal
O excesso de peso e os hábitos alimentares inadequados emergem como fatores críticos na determinação da carga da doença entre os portugueses, revelou um estudo internacional, coordenado pelo Institute for Health Metrics and Evaluation da Universidade de Washington em colaboração com a Direção-Geral da Saúde (DGS), que analisa os principais determinantes da mortalidade e da perda de anos de vida saudável.
De acordo com os resultados dos dados mais recentes (2021) divulgados pelo estudo Global Burden Disease Study (GBD), que recolhe de forma sistemática informação proveniente de 204 países, o elevado consumo de carne vermelha, carnes processadas e sal, bem como o consumo insuficiente de cereais integrais, fruta e hortícolas foram os comportamentos alimentares inadequados que mais contribuíram para que os portugueses vivessem menos anos com saúde, no ano de 2021.
Além da alimentação inadequada e do excesso de peso, outros determinantes da saúde, indiretamente relacionados com o modo como comemos – tais como glicose plasmática elevada e a hipertensão arterial – são considerados os principais responsáveis em Portugal pelo aparecimento de doenças como a diabetes, neoplasias e doenças cardiovasculares e renais e pela mortalidade associada.
Foram encontradas diferenças entre homens e mulheres, sendo o contributo do excesso de peso para a carga da doença em Portugal superior nas mulheres (IMC elevado contribuiu para 8,3% do total de DALYs nas mulheres vs 6,5% nos homens).
O estudo permite, também, analisar os últimos 20 anos (até 2021) e perceber que a pré-obesidade e a obesidade foram os fatores de risco que mais aumentaram a sua contribuição para da carga da doença em Portugal, contrariamente à tendência de diminuição observada para quase todos os outros fatores de risco. Nestes últimos 20 anos verificou-se um aumento de 28% no contributo do excesso de peso para a perda de anos de vida saudável e de 14% para o total de mortes associadas ao IMC elevado.
No mesmo período em análise, o elevado consumo de bebidas açucaradas (+37%), o elevado consumo de carne vermelha (+23%) e de carnes processadas (+22%), bem como o baixo consumo de hortícolas (+22%), foram os fatores de risco alimentar para os quais se verificou um maior aumento do seu contributo para a perda de anos de vida saudável.
Estes dados reforçam a necessidade de intensificar os esforços para a implementação de medidas na área da prevenção e tratamento da obesidade. Reforçam ainda a relevância das medidas de saúde pública que a DGS tem vindo apoiar tecnicamente ao longo dos últimos anos, nomeadamente: o imposto especial de consumo sobre as bebidas açucaradas e as restrições à publicidade destas bebidas dirigida a menores de 16 anos, bem como a limitação da frequência da oferta de carne vermelha e de carnes processadas em espaços públicos, como as escolas e as instituições do Serviço Nacional de Saúde.
Para saber mais, consulte:
Relatório GDP Portugal 2021 > Fatores de risco relacionados com a alimentação e o estado nutricional
Linha SNS 24 já atendeu mais de 1 Milhão de chamadas em 2024
Serviço quase duplicou o número de chamadas atendidas este ano
A linha SNS 24 já atendeu perto de 1,2 milhões de chamadas este ano, quase o dobro do mesmo período do ano passado, em que foram atendidas mais de 615 mil chamadas.
Os dados revelam que o mês de janeiro foi o mês com mais atendimentos, ultrapassando os 271 mil, seguido de março, com mais de 264 mil chamadas e abril registou mais de 257 mil atendimentos. Já neste mês de maio, até dia 23, foram atendidas mais de 200 mil chamadas.
De acordo com a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em média, o SNS 24 atendeu por dia cerca de 8.200 chamadas este ano. Através do contacto telefónico para o SNS 24, o Serviço de Triagem, Aconselhamento e Encaminhamento avalia e orienta os cidadãos perante um problema de saúde não emergente, por exemplo, tosse, febre, dor ligeira a moderada, náuseas, entre outros.
A triagem realizada pelo SNS 24 é realizada de acordo com a situação clínica e o respetivo encaminhamento para o nível de cuidados adequado – autocuidados, cuidados de saúde primários, serviços de urgência, INEM ou Centro de Informação Antivenenos.
A SPMS tem promovido campanhas de comunicação e literacia em saúde que procuram sensibilizar os cidadãos para o uso adequado dos serviços de saúde, para que não recorram às urgências sem a referenciação prévia do SNS 24.
Para promover o uso adequado dos serviços de saúde, a SPMS tem promovido várias campanhas de comunicação e literacia em saúde. Estas campanhas visam sensibilizar os cidadãos para a importância de não recorrerem às urgências sem a referenciação prévia do SNS 24.
Para saber mais, consulte:
Adoção do ato de execução relativo às avaliações clínicas conjuntas – Infarmed
27 mai 2024
A Comissão Europeia adotou o ato de execução (UE) 2024/1381, previsto no Regulamento de Avaliação de Tecnologias de Saúde (UE) 2021/2282, relativo às avaliações clínicas conjuntas de medicamentos. As novas regras definem os prazos e etapas para a realização de avaliações clínicas conjuntas na UE.
Os relatórios de avaliação incluirão a análise de evidência científica comparativa, num breve período após a autorização de introdução no mercado, o que substanciará o processo de decisão pelas autoridades responsáveis de cada Estado Membro sobre o financiamento de novas tecnologias de saúde, contribuindo para um acesso mais rápido a todos os cidadãos da UE.
Este é o primeiro de seis atos de execução, cuja adoção está prevista em 2024. Está disponível para consulta online no Jornal Oficial da União Europeia.
O Heads of Health Technology Assessment Agencies Group (HAG) congratula-se pela aprovação deste primeiro ato de execução do Regulamento de Avaliação de Tecnologias de Saúde e permanece atento aos novos desenvolvimentos sobre os restantes atos de execução a ser adotados previamente à sua implementação em janeiro de 2025. Neste sentido, o HAG publicou um comunicado, que poderá ser consultado na sua página.
1.º Encontro Nacional do Programa Diabetes em Movimento da DGS reúne 800 pessoas na Covilhã
O 1.º Encontro Nacional do Diabetes em Movimento, evento organizado em parceria pela Direção-Geral da Saúde (DGS) e pela Câmara Municipal da Covilhã, no dia 24 de maio de 2024, teve a participação de cerca de 800 pessoas, entre utentes com diabetes do tipo 2, profissionais de saúde e representantes das instituições que implementam o programa localmente.
O Diabetes em Movimento, programa comunitário de exercício físico para pessoas com diabetes tipo 2 coordenado pela DGS através do Programa Nacional para a Promoção da Atividade Física e do Programa Nacional para a Diabetes.
Ao longo do dia foram promovidos três momentos: uma caminhada com visita ao Miradouro dos Piornos, no coração da Serra da Estrela; uma caminhada pela cidade da Covilhã; e uma sessão de exercício físico do Diabetes em Movimento no Complexo Desportivo da Covilhã.
O Subdiretor-Geral da Saúde, André Peralta-Santos, destacou que esta é uma “iniciativa bandeira da DGS”, exemplo do potencial de articulação entre as Unidades Locais de Saúde (que integram atualmente os hospitais e os centros de saúde), os Municípios, as Instituições do Ensino Superior, e os “Clubes e Associações Desportivas” na resposta a um dos principais desafios de saúde pública atuais.
Programa multi-institucional, multidisciplinar e multicomponente, o Diabetes em Movimento é implementado em ciclos de nove meses (outubro a junho), com três sessões semanais de exercício físico (segundas, quartas e sextas feiras), de 90 minutos de duração. As sessões são operacionalizadas em grupo (20 a 30 participantes), num pavilhão desportivo, e são conduzidas por profissionais de exercício físico e enfermeiros. São usadas estratégias de exercício de elevada aplicabilidade, desenvolvidas com recursos materiais mínimos e de baixo custo
Para além das sessões de exercício físico, o programa inclui, atualmente, sessões de educação para a saúde em temas fundamentais para a prevenção das principais complicações associadas à diabetes.
Na época 2023/2024 está implementado em 42 municípios: Albufeira, Amarante, Armamar, Arouca, Barcelos, Braga, Castelo de Paiva, Covilhã, Esposende, Faro, Felgueiras, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Gouveia, Horta, Lagos, Lamego, Lousada, Marinha Grande, Mêda, Moimenta da Beira, Odivelas, Paços de Ferreira, Paredes, Penafiel, Portimão, Rio Maior, Santo Tirso, São João da Pesqueira, Sines, Sintra, Tabuaço, Tarouca, Tavira, Tondela, Trofa, Valpaços, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira, Vila Nova de Gaia, Vila Pouca de Aguiar, e Vila Real.
Em 2022, o Diabetes em Movimento foi considerado pela Comissão Europeia como a melhor prática Europeia de promoção da saúde, prevenção da doença, e controlo das doenças crónicas – o que demonstra a elevadíssima qualidade do trabalho de todos os profissionais que coordenam e implementam este programa.
Ana Povo destaca compromisso de Portugal com a Saúde
Secretária de Estado da Saúde discursou na 77.ª Assembleia Mundial de Saúde, em Genebra
A Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, discursou na 77.ª Assembleia Mundial de Saúde, com o tema “Todos pela Saúde, Saúde para Todos” e que decorre em Genebra entre 27 de maio e 1 de junho de 2024.
A Secretária de Estado salientou o compromisso de Portugal com o bem-estar universal e mostrou preocupação com o aumento das emergências sanitárias globais, incluindo as emergências sanitárias provocadas pelo homem e as necessidades humanitárias.
Na sua intervenção, a governante reafirmou ainda o compromisso de Portugal com a prevenção, preparação e resposta a emergências de saúde pública, destacando a sua participação como país-piloto no UHPR (Universal Health & Preparedness Review) e assinalando que a necessidade de garantir que todos os países estejam melhor preparados e capazes de responder a futuras pandemias de forma eficaz e equitativa é um imperativo moral.
“Devemos preparar os nossos sistemas de saúde para o futuro, para as gerações vindouras. As decisões e ações que tomarmos no presente definirão a saúde e o bem-estar de milhares de milhões de pessoas em todo o mundo. Avancemos com a convicção de que podemos alcançar “Saúde para Todos”, referiu ao encerrar a sua intervenção.