Boletim Epidemiológico N.º 14 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024 – DGS
A Direção-Geral de Saúde (DGS) informa que entre 1 de janeiro de 2024 e 02 de junho de 2024 foram confirmados 30 casos de sarampo em Portugal, de um total de 207 casos suspeitos notificados, estando em investigação 4 casos. Dos casos de sarampo notificados até à data, 173 casos foram descartados.
Em relação à semana anterior, foi confirmado um novo caso de sarampo, na Região de Lisboa e Vale do Tejo.
No âmbito da atividade de vigilância epidemiológica do sarampo, a DGS salienta a importância da notificação imediata de casos suspeitos na plataforma informática de suporte ao SINAVE, em concordância com o enquadramento legal vigente, garantindo a intervenção atempada na redução de cadeias de transmissão.
A DGS reforça a importância da vacinação de acordo com o Programa Nacional de Vacinação.
Os dados constam do Boletim Epidemiológico N.º 14 – Atividade Epidémica do Sarampo em Portugal 2024, publicado semanalmente à terça-feira pela DGS, disponível aqui:
A porta de entrada no Serviço Nacional de Saúde é a Linha SNS 24
A resposta do Ministério da Saúde ao nível dos serviços de urgências será sempre dada através do SNS 24
• A resposta do Ministério da Saúde para o Plano de Verão é o SNS 24
• A Linha SNS Grávida está disponível desde o 1 de junho para encaminhar as utentes para a urgência mais próxima da sua área de residência
• Para as restantes urgências a recomendação é a mesma: ligar primeiro para o SNS 24
Com o dia 1 de junho chegou o Plano de Verão e uma nova resposta do Ministério da Saúde ao nível dos serviços de urgências, que será sempre dada pela Linha SNS 24.
A Linha SNS 24 é a porta de entrada no SNS: em caso de urgência recomendamos que o utente deve sempre ligar para o 808 24 24 24.
O Plano de Emergência da Saúde, apresentado na semana passada, contempla já a Linha SNS Grávida – acessível através do mesmo número do SNS 24 –, dando resposta à procura de urgências de ginecologia/obstetrícia, enquanto área em que se sentem maiores dificuldades no SNS.
Através deste contacto com o SNS Grávida, a utente será encaminhada para o serviço mais próximo da sua área de residência. No que respeita às restantes urgências, a recomendação é a mesma: ligar sempre para o SNS 24 e o utente ficará a saber qual é o serviço mais próximo.
O Ministério da Saúde está a trabalhar com base num planeamento mensal da rede do SNS e a operacionalizar todas as medidas contidas no Plano de Emergência da Saúde com impacto nos sistemas pré-hospitalar e hospitalar de urgência e as demais unidades prestadoras de cuidados de saúde.
Ligar primeiro para o SNS 24 é salvar vidas.
Ministra da Saúde junta-se a jovens para debater a Resistência Antimicrobiana
Objetivo do encontro foi capacitar, conectar e mobilizar jovens líderes e futuros decisores da indústria farmacêutica
O tema da Resistência Antimicrobiana (AMR) foi um dos assuntos que juntou jovens profissionais de saúde e a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, num evento conexo à 77.ª Assembleia Mundial de Saúde, que decorreu em Genebra entre 27 de maio e 1 de junho de 2024.
Organizado pela IFPMA- International Federation of Pharmaceutical Manufacturers and Associations e pela IPSF- International Pharmaceutical Students Federation, este evento paralelo teve lugar no dia 31 de maio e foi palco de debate sobre os desafios da saúde global, particularmente a AMR.
O objetivo do encontro foi capacitar, conectar e mobilizar jovens líderes e futuros decisores da indústria farmacêutica e incutir-lhes sentido de responsabilidade e, também, de consciencialização de que serão a geração que terá de lidar com o crescente desafio da saúde global.
No discurso de abertura, Ana Paula Martins referiu que, “em Portugal, embora estejamos abaixo da média europeia, o consumo global de antibióticos na comunidade ainda não diminuiu”. Por isso, sublinhou a ministra da Saúde, é “imperativo colmatar o fosso entre a investigação e a política”, já que “esta sinergia entre política e investigação é crucial para criar uma resposta robusta e adaptativa à AMR”.
Para a governante é necessário um trabalho e esforço conjuntos suportados por cinco principais eixos de atuação:
- Reforço da vigilância, num esforço de colaboração de diversas organizações para atualizar as bases de dados que rastreiam as tendências da resistência. A que se somam iniciativas que promovam a partilha de dados e incentivem a participação de todos os países, o que “melhorará certamente a compreensão da dinâmica da AMR e apoiará o desenvolvimento de estratégias globais”;
- Promoção do uso responsável de antimicrobianos, numa aposta ilustrada por Ana Paula Martins com o “Programa de Apoio à Prescrição de Antibióticos” (PAPA), no qual participam médicos, enfermeiros, farmacêuticos, entre outros profissionais, com o objetivo de otimizar a terapia antimicrobiana, evitando prescrições desnecessárias, tratamentos inadequados ou impacto ecológico prolongado;
- Incentivo à inovação e desenvolvimento de novos tratamentos, em relação ao qual foi referido um programa que promove a investigação clínica em unidades de saúde e cuja entrada no mercado das inovações pode ser apoiada pela Agência Nacional de Inovação;
- Adoção de medidas de prevenção e de controlo de infeções, o que permite reduzir a necessidade de uso de antimicrobianos e o subsequente risco de resistência. Neste patamar, “Portugal tem priorizado a implementação de programas de prevenção e controlo de infeções em ambientes hospitalares, escolas e comunidades”;
- Investimento em abordagens “Uma Só Saúde” (One Health Approach), numa lógica que reconhece a interconectividade da saúde humana, animal e ambiental – a investigação nesta área alerta para a utilização de antimicrobianos na agricultura e no ambiente enquanto fatores que contribuem para a resistência dos agentes patogénicos humanos. “Os decisores políticos devem adotar estratégias de “Uma Só Saúde” que abordem a AMR em todos os sectores”, considerou a ministra da Saúde.
Os organizadores do evento reconheceram as palavras que lhes foram dirigidas por Ana Paula Martins sobre as diferentes iniciativas levadas a cabo em Portugal para combater o crescimento da resistência antimicrobiana, que consideraram de muito interesse e esclarecedoras.
Cascais International Health Forum
Ministra da Saúde foi a oradora convidada para a sessão de abertura do evento que decorreu no Centro de Congressos do Estoril
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, foi a oradora convidada para a sessão de abertura do “Cascais International Health Forum” que se realizou no dia 31 de maio, no Centro de Congressos do Estoril.
Tendo como objetivo a promoção de um diálogo e uma visão de futuro no cruzamento entre a inovação tecnológica, a saúde global e os regulamentos de saúde, este fórum reuniu líderes de pensamento, decisores políticos, profissionais de saúde, investigadores e inovadores de todo o mundo para debater o pioneirismo na área da saúde.
Para a Ministra da Saúde o tema não podia ser mais atual, não só pelos “paradigmas que se alteraram e que em muito contribuíram para um desajuste grave entre procura e oferta, entre expectativas dos cidadãos e a resposta do Estado e do Ministério da Saúde” como pelo facto de Portugal “ter ficado para trás no digital, no planeamento de recursos humanos e numa política para as profissões, esquecendo a demografia, a saúde mental e as demências”.
Ana Paula Martins adiantou ainda que, “confrontado com esta falência do nosso SNS decidiu o Governo apresentar e aprovar um plano de emergência para a Saúde para o curto e médio prazo. Recordo neste momento António Arnault que pediu “Aguentem o SNS”. Nós não vamos aguentar o SNS…nós vamos investir e transformar o SNS.”
Trata-se de um plano destinado “a dar respostas às questões mais relevantes para os nossos cidadãos. Muitos dizem e dirão que não é inovador, que é mais do mesmo, que pretende desnatar o SNS, que é só um power point. Mas isso não nos demove. Muitos podem ter pensado, outros além de pensar têm a capacidade de executar”.
A Ministra da Saúde recordou ainda que o Programa de Emergência, parte integrante do Programa do Governo, já está a acontecer e vai concretizar-se. “Terá momentos de sucesso, outros com maior dificuldade. Mas estamos focados nas pessoas, sempre nas pessoas, para sempre nas pessoas. E nada nem ninguém nos impedirá de encontrar respostas a que estamos, enquanto governo, constitucionalmente, obrigados”.
Ana Povo celebra a importância da especialidade de Podologia
Secretária de Estado da Saúde participa na abertura do XIX Congresso Nacional de Podologia, em Vila do Conde
“A investigação na área da Podologia é uma ferramenta fundamental para o desenvolvimento de novas práticas e para a melhoria da qualidade e da organização dos cuidados prestados”, sublinhou a Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, no XIX Congresso Nacional de Podologia, realizado entre os dias 31 de maio e 1 de junho, no Auditório Municipal de Vila do Conde.
Ana Povo salientou, ainda, que se trata de “ano tão especial para a Associação Portuguesa de Podologia, que tem concentrado todos os esforços na organização do maior e mais conceituado evento da especialidade”.
Na sua opinião, “este congresso é já um marco na partilha de conhecimentos e experiências por parte dos especialistas da área e cuja utilidade tem sido reconhecida por todos, como um local de aprendizagem e formação que permite uma prestação de serviços mais completa e atualizada aos utentes”.
Na sua intervenção, na cerimónia de abertura, a governante enfatizou o facto de o evento de dois dias ser, também, “uma oportunidade para celebrarmos a excelência da Podologia em Portugal”.
A Associação Portuguesa de Podologia comemora, em 2024, 25 anos de existência e, para Ana Povo, “é uma oportunidade única para relembrar as conquistas no desenvolvimento do estudo desta área da saúde, nomeadamente do tratamento e da prevenção de alterações e patologias do pé bem como das suas repercussões no corpo humano”.
Nas suas diferentes áreas de investigação, da podologia infantil à cirurgia, passando pela podologia geriátrica e pelo pé de risco (ou pé diabético), continuou a Secretária de Estado da Saúde, “a podologia em Portugal tem conhecido importantes avanços graças à atuação da Associação e dos seus associados”, reconhecendo que, enquanto membro de governo, “estamos cientes do trabalho por vós desenvolvido, bem como dos avanços alcançados”.
Ana Povo felicitou a Associação Portuguesa de Podologia pelas iniciativas formativas e, igualmente, “solidárias, de que é exemplo o apoio que tem dado aos peregrinos na sua caminhada até Fátima, que tem desenvolvido ao longo dos últimos vinte anos”.
No final, a governante reiterou “o compromisso” do Ministério da Saúde em trabalhar em conjunto com a Associação Portuguesa de Podologia “para promover a saúde e o bem-estar da população”: “Trabalhando em conjunto podemos construir um futuro mais saudável e sustentável para a população do país”.
Infarmed Newsletter
03 jun 2024
Aceda à nova edição da Infarmed Newsletter, Nº 248
Infarmed Newsletter – Edições anteriores.