Site icon A Enfermagem e as Leis

Notícias de 21 a 23/08/2024

Confirmação de caso de Febre Hemorrágica de Crimeia-Congo em Portugal

Confirmação de caso de Febre Hemorrágica de Crimeia-Congo em Portugal – DGS

A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa que a 14 de agosto de 2024, foi identificado o primeiro caso laboratorialmente confirmado de Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC), em Portugal.

A Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) é uma doença transmitida por carraças infetadas pelo vírus, nomeadamente as da espécie Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum que se encontram dispersas em diferentes municípios do país.

O caso, num indivíduo com mais de 80 anos de idade, de nacionalidade e naturalidade portuguesa, residente no distrito de Bragança, que realizou atividades agrícolas durante o período de incubação, teve início de sintomas a 11 de julho de 2024, tendo sido admitido no Hospital de Bragança por sintomatologia inespecífica e acabou por falecer.

As amostras biológicas foram testadas, post mortem, para vários agentes, incluindo o vírus da FHCC, com resultados positivos a 14/08/2024, pelo laboratório de referência nacional – Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Perante o alerta, as Autoridades de Saúde iniciaram a investigação epidemiológica e a implementação de medidas adequadas, incluindo a identificação de contactos. Da investigação epidemiológica realizada, o caso não tinha histórico de viagem para fora do país, tendo participado em algumas atividades ao ar livre na área de residência. Não foram identificados contactos com eventuais sintomas nem casos adicionais da doença. Estão ainda em curso as investigações entomológicas reforçadas para recolha de carraças no distrito de residência do caso, em articulação com as Autoridades de Saúde e o INSA, assim como o seu estudo sobre a eventual deteção de carraças infetadas com o vírus FHCC.

Face à deteção deste caso, salienta-se a importância da adoção de medidas da prevenção da picada de carraças, pelo que, aquando das atividades na natureza em zonas propícias ao risco de exposição a carraças, recomenda-se:

  • Utilização de roupas de cores claras para que as carraças possam ser vistas e removidas mais facilmente;
  • Uso de vestuário de mangas compridas, calças compridas e calçado fechado;
  • Poderá ser, também, equacionada a utilização de repelente de insetos no vestuário e proteger a pele com produtos que contenham DEET (N,N-dietil-m-toluamida), em áreas de risco;
  • Em passeios no campo, caminhar, se possível, pela zona central dos caminhos, para evitar o contato com a vegetação, devendo verificar a roupa e o corpo relativamente à presença de carraças, após atividades na natureza.
  • Inspecionar a roupa, a pele e o couro cabeludo no regresso de atividades no campo, e remover eventuais carraças. Se estas estiverem agarradas, deve recorrer aos serviços de saúde para que sejam retiradas de forma adequada e ficar atento ao aparecimento de sinais e sintomas, devendo ligar para o SNS24 para ser orientado para serviços de saúde com sinalização prévia.

A deteção de casos de FHCC na Europa tem vindo a aumentar nos últimos anos, em especial no contexto de aumento das temperaturas médias no sul da Europa e em Portugal, propícias à multiplicação de vetores.  Em Espanha, desde 2013 têm sido identificados casos de FHCC, com 16 casos confirmado desde então, os dois últimos em abril e junho de 2024, em comunidades fronteiriças com Portugal.  Em 2020 tinham sido detetadas em Espanha, carraças Hyalomma lusitanicum e Hyalomma marginatum com o vírus de FHCC. Em França (Perinéus), em 2023, foram detetadas carraças H.marginatum infetadas com vírus da FHCC.

A DGS, comprometida com a transparência e a comunicação oportuna, esclarece que não há risco de surto nem de transmissão de pessoa para pessoa, evidenciando que se trata de um evento raro e esporádico. O vírus que causa a Febre Hemorrágica da Crimeia-Congo (FHCC) não foi detetado, até agora, em carraças na rede de vigilância entomológica REVIVE, o que indica que o risco para a população é reduzido. A DGS e os seus parceiros permanecem atentos e continuarão a acompanhar a evolução da situação e a atualizar as orientações técnicas para os profissionais de saúde a nível das unidades de saúde pública e dos serviços de prestação de cuidados para melhor deteção, diagnóstico, abordagem terapêutica e proteção de contactos de casos suspeitos.


ULSTMAD aumenta atividade hospitalar e recupera cirurgias oncológicas

21/08/2024

A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro regista melhorias significativas nos seus indicadores assistenciais

A Unidade Local de Saúde de Trás-os-Montes e Alto Douro (ULSTMAD) registou uma melhoria significativa nos seus indicadores assistenciais em comparação com o mesmo período do ano anterior. No âmbito do Plano de Emergência na Saúde, a ULSTMAD conseguiu recuperar as listas de espera para cirurgia oncológica, assegurando uma resposta mais célere e eficaz para os doentes com necessidades urgentes.

Segundo os dados da ULSTMAD, em julho de 2023, observou-se um aumento em várias linhas de produção assistencial: mais 5.706 consultas (+2,6%), mais 596 cirurgias (+5,5%) e mais 3.704 sessões de hospital de dia (+9,6%), em comparação com o período homólogo. Houve também um acréscimo de 36 partos em relação ao ano anterior.

Num horizonte de 12 meses (de julho de 2023 a junho de 2024), a ULSTMAD registou um aumento de 1% no número total de consultas, alcançando 365.765. No mesmo período, foram realizadas 19.263 cirurgias, o que representa um crescimento de 10,5%, com um aumento de 4,4% na cirurgia convencional e 15,5% na cirurgia de ambulatório.

No Hospital de Dia, a atividade cresceu 8,5%, destacando-se as sessões de hemodiálise, que aumentaram 16,4%, e as sessões de oncologia, com um crescimento de 4,5%.

Para a ULSTMAD, estes resultados refletem a qualidade, vontade, colaboração e dedicação dos profissionais, que diariamente contribuem para cumprir a missão de prestar cuidados de saúde de excelência e direcionados às necessidades da população.


Ministra da Saúde inaugura CAC da Prelada

22/08/2024

Novo Centro de Atendimento Clínico da Prelada vai aliviar urgências hospitalares no Porto

A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, inaugurou o novo Centro de Atendimento Clínico da Prelada (CAC) que vai permitir retirar doentes com patologia aguda, não urgente, (utentes com pulseiras azuis e verdes) das urgências dos hospitais de Santo António e São João.

Com esta medida pretende-se aliviar os serviços e as equipas de urgência dos dois hospitais do Porto e garantir que os casos agudos não urgentes, tenham também uma resposta aos seus problemas.

O CAC da Prelada é o primeiro a abrir as portas no Norte,  duas semanas depois de ter sido inaugurado o CAC de Sete Rios, em Lisboa, que até hoje já atendeu mais de 500 doentes. Neste centro de Atendimento da Prelada, uma parceria do Ministério da Saúde com a Santa Misericórdia do Porto, está previsto o atendimento de 200 e 300 utentes por dia.

“Com esta abertura, cumprimos mais uma medida do Plano de emergência.  Estamos apenas a fazer o nosso dever:  cumprir o que prometemos aos portugueses, dar mais e melhor acesso a todos os cidadãos aos serviços de urgência. E por cada passo que damos nesse sentido estamos a honrar o SNS”, referiu a Ministra da Saúde,  na cerimónia de inauguração.

Exit mobile version