Relatório N.º 6 da Vacinação Sazonal 2024/2025 – DGS
Entre 20 de setembro de 2024 e 27 de outubro de 2024 foram vacinadas 1.122.654 pessoas com o reforço sazonal contra a COVID-19 e 1.607.796 pessoas contra a Gripe.
Os dados constam do Relatório N.º 6 da Vacinação Sazonal 2024/2025, publicado semanalmente pela Direção-Geral da Saúde (DGS).
O Relatório da Vacinação Sazonal 2024/2025 de 29 de outubro de 2024 está disponível aqui:
Programa Nacional de Vigilância da Gripe – Relatório da época 2023/2024 – INSA
28-10-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulga o relatório anual do Programa Nacional de Vigilância da Gripe e de Outros Vírus Respiratórios (PNVG). A presente publicação, apresentada no âmbito da 10 ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal, realizada dia 28 de outubro, em Lisboa, descreve a caraterização clínica e laboratorial da atividade gripal na época 2023/2024.
O PNVG assegura a vigilância epidemiológica da gripe em Portugal, integrando as componentes de vigilância clínica e laboratorial. A componente clínica possibilita descrever a intensidade e evolução da epidemia no tempo. A componente virológica tem por base o diagnóstico laboratorial do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório (RSV) o que permite detetar e caraterizar os vírus respiratórios em circulação em cada inverno.
As atividades do PNVG são desenvolvidas pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios do Departamento de Doenças Infeciosas e pelo Departamento de Epidemiologia do INSA, em colaboração com a Direção-Geral da Saúde.
Da descrição da atividade gripal no inverno de 2023/2024 agora apresentada, destacam-se os seguintes resultados:
- Durante a época de 2023/2024, foi observada atividade gripal com o período epidémico entre as semanas 47/2023 e 04/2024, com o pico epidémico na semana 52/2023;
- O vírus da gripe do subtipo A(H1N1)pdm09 foi o predominantemente detetado. Em Portugal foi identificado em 91% dos casos de gripe confirmados laboratorialmente;
- A análise virológica demonstrou que os vírus da gripe circulantes eram na sua maioria semelhantes aos vírus que integraram a vacina de 2023/2024. A análise do genoma viral mostrou alguma diversidade genética nos vírus em circulação;
- Foi observado um aumento da proporção de casos de COVID-19 com a idade. A proporção de casos de COVID-19 foi mais elevada no grupo com idade ≥80 anos (31%);
- Durante a época de gripe 2023/2024 observaram-se excessos de mortalidade por todas as causas durante um período coincidente com a epidemia de gripe em que se estimaram 3 624 óbitos em excesso;
- A proporção de casos de gripe em UCI aumentou entre as semanas 50 e 52 de 2023, altura em que atingiu os 17,1%, valor acima do registado em períodos homólogos.
Os resultados obtidos no relatório constituem informação útil para a orientação e planeamento de medidas de prevenção e controlo da gripe, SARS-CoV-2, RSV e de outros vírus respiratórios de forma precisa. Para consultar o Relatório PNVG 2023/2024, clique aqui.
Instituto Ricardo Jorge apresenta resultados da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal em 2023/2024
28-10-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em colaboração com a Direção-Geral da Saúde, apresentou, dia 28 de outubro, no seu auditório em Lisboa, os resultados da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal em 2023/2024. As conclusões deste trabalho foram divulgadas no âmbito da 10ª Reunião da Vigilância Epidemiológica da Gripe em Portugal, que teve como principal objetivo partilhar a análise dos dados da mais recente época de gripe, bem como fortalecer a comunicação entre todos os interessados nas questões da vigilância epidemiológica da gripe e no Programa Nacional de Vigilância da Gripe (PNVG).
Na reunião foram divulgados os dados clínicos e laboratoriais referentes à época de gripe de 2023/2024, integrando a informação sobre a deteção do vírus da gripe, SARS-CoV-2 e vírus sincicial respiratório, bem como a importância da vigilância e caraterização de outros vírus respiratórios. O programa da reunião incluiu, além do contributo da Direção-Geral da Saúde, a intervenção de Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, e de Ana Paula Rodrigues, médica de Saúde Pública do Departamento de Epidemiologia do INSA.
De acordo com os resultados apresentados, a atividade gripal na época 2023/2024 teve o seu período epidémico entre as semanas 47/2023 e 04/2024, com o pico epidémico a registar-se na semana 52/2023. Outra das conclusões do relatório apontam para a predominância do vírus da gripe do subtipo A(H1N1)pdm09, que foi identificado em 91% dos casos de gripe confirmados laboratorialmente em Portugal.
A Gripe é uma doença respiratória sazonal que afeta todos os invernos a população portuguesa, com especial importância os grupos dos mais jovens e idosos e portadores de doença crónica podendo originar complicações que conduzam ao internamento hospitalar. A vigilância da gripe a nível nacional é suportada pelo PNVG, que é reativado todos os anos a seguir ao verão.
O PNVG tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, assim como a identificação e caracterização dos vírus da gripe em circulação em cada época e a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.
Monitorização sobre tempos de espera no SNS no 1.º semestre de 2024 – ERS
Esta informação de monitorização contempla os resultados relativos ao primeiro semestre de 2024, comparando-se o volume de atividade e o incumprimento dos TMRG registados nos primeiros seis meses de 2024, com igual período de 2023, no âmbito de cirurgias e consultas externas realizadas em hospitais do SNS, e em entidades de natureza privada e social que realizam primeiras consultas e cirurgias ao abrigo de acordos de cooperação com o SNS e de convenções do Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia (SIGIC).
O acesso às informações detalhadas e ao documento integral pode ser efetuado através desta ligação.
Portugal participa na reunião de saúde do G20
Portugal está a participar na Reunião de Ministros de Saúde do G20, que se iniciou esta terça-feira, dia 29 de outubro, e que dura três dias, no Rio de Janeiro, no Brasil. O encontro conta com a presença da Secretária de Estado da Gestão da Saúde, Cristina Vaz Tomé, em representação da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
O convite a Portugal foi feito pela presidência brasileira do G20, que, após um ano de vigência, termina em novembro de 2024.
Neste contexto, o Ministério da Saúde tem participado nas reuniões do Grupo Trabalho Saúde – houve duas reuniões online e outras três reuniões presenciais: em Brasília, em Salvador e em Natal, a que soma o encontro ministerial do Rio de Janeiro.
Um dos objetivos desta reunião é a assinatura de duas declarações finais, cuja negociação decorre desde julho, e para as quais Portugal tem largamente acompanhado as posições da delegação da União Europeia, em particular da Alemanha, França, Itália e Espanha.
Uma é sobre ‘Mudanças Climáticas, Saúde, Equidade e One Health’, com destaque para medidas para reduzir o impacto das alterações climáticas na saúde e medidas para ‘Uma Só Saúde’, incluindo a resistência aos antimicrobianos (RAM).
A outra declaração ministerial é em torno da Aliança Global para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso equitativo, com foco na saúde digital, força de trabalho em Saúde e Covid-19 longo.
Para Cristina Vaz Tomé “a participação neste encontro dá a Portugal a oportunidade de influenciar positivamente políticas e a saúde global, num exercício conjunto de diplomacia da saúde, ao mesmo tempo em que fortalecemos as relações com maiores economias do mundo”. A secretária de Estado da Gestão da saúde realça que “uma das tónicas deste encontro são as questões ambientais, tema que é muito relevante para este Governo”.
“Portugal reconhece que o impacto na saúde das alterações climáticas atinge de forma desproporcional as populações mais vulneráveis”, nota ainda, o que impõe “agir de forma decisiva e abrangente.
A ambição de uma aliança global
A Aliança Global para a Produção Local e Regional, Inovação e Acesso Equitativo é precisamente o segundo grande resultado que a presidência brasileira do G20 quer atingir.
Esta aliança tem como objetivo fortalecer as capacidades de cooperação e produção de produtos de saúde a nível local e regional, bem como a criação de redes globais sustentáveis de produção e inovação, facilitando melhor acesso a vacinas, tratamentos e diagnósticos para doenças negligenciadas e populações em situações vulneráveis, especialmente em países em desenvolvimento.
Será composta de forma voluntária por Estados-membros do G20, assim como por países não pertencentes ao G20 e organizações internacionais que queiram contribuir para seus objetivos. Portugal posicionou-se para ser membro do Comité Consultivo desta aliança.
Cristina Vaz Tomé considera que a criação da Aliança Global para Produção Local e Regional, Inovação e Acesso equitativo “é um resultado vital desta presidência brasileira do G20, enquanto iniciativa que promete reforçar as capacidades regionais para a produção de vacinas, medicamentos e outros produtos de saúde essenciais, especialmente no dirigidos às doenças mais negligenciadas”.
Por ‘Uma só Saúde’
O encontro de três dias também prevê a realização de um seminário de alto-nível, no dia 30 de outubro, sobre a abordagem ‘Uma Só Saúde’ e sobre a relação clima-saúde, onde serão abordados os efeitos adversos das alterações climáticas na saúde. Pretende que saíam daqui conclusões relacionadas com as doenças infeciosas, ondas de calor e impactos no acesso a água potável, bem como na saúde mental. Neste seminário, Portugal será keynote speaker na sessão ‘Uma Só Saúde’.
“A abordagem ‘Uma Só Saúde’ está no centro da atuação de Portugal, bem como o empenho no combate à RAM, uma área para a qual o nosso programa nacional tem contribuído em termos da redução do consumo de antibióticos, embora tenhamos de permanecer vigilantes”, indica Cristina Vaz Tomé, sublinhando que esta se trata de uma prioridade de atuação que alcança vários níveis de governação: “A integração da saúde humana, animal e ambiental é central nas estratégias nacionais de saúde e orienta as nossas respostas às ameaças globais à saúde, como a RAM, as zoonoses [doenças dos animais transmissíveis ao homem] e os impactos das alterações climáticas.
Sob a presidência brasileira, o G20 estabeleceu como grandes prioridades a inclusão social, o combate à fome e à pobreza, transições energéticas, promoção do desenvolvimento sustentável e a reforma das instituições de governança financeira global.
Três grandes objetivos
Na área da saúde, as prioridades centram-se em três grandes metas: alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável com ênfase no ODS 3 (garantir o acesso à saúde de qualidade e promover o bem-estar para todos, em todas as idades); reforçar os sistemas nacionais de saúde para que sejam mais inclusivos, centrados nas pessoas, resilientes, eficazes e de qualidade; e prosseguir a equidade em saúde.
As ações propostas para alcançar estes três objetivos incluem a prevenção, preparação e resposta a pandemias, com foco na produção local e regional de medicamentos e vacinas, a equidade em saúde, a saúde digital e a análise entre alterações climáticas e saúde.
Para reforçar “ainda mais a nossa resposta ao binómio clima-saúde”, Portugal aderiu à Aliança para a Ação Transformadora sobre o Clima e a Saúde (ATACH), liderada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). “Ao fazê-lo, reafirmamos a nossa dedicação rumo aos sistemas de saúde resistentes à influência do clima e à contribuição para os esforços globais nesta área crítica”, sublinha a secretária de Estado da Gestão da Saúde.
Ministra da Saúde no lançamento do programa “Be a Mom”
O Serviço Nacional de Saúde vai ter um programa que visa prevenir e identificar precocemente casos de depressão pós-parto
A Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, destacou a importância do projeto “Be a Mom”, o primeiro programa de prevenção da depressão pós-parto incluído no Serviço Nacional de Saúde, como um passo importante na política do Governo de promoção da saúde mental.
Segundo Ana Paula Martins, grande parte das depressões pré e pós-parto são preveníveis, sendo fundamental que se aposte na prevenção. “O que é preciso é uma rede de apoio, em que a mulher e a família não se sintam sozinhas e, sobretudo, a criança seja recebida com tudo o que a mãe de melhor mais deseja dar, que é o melhor ambiente e bem-estar ao seu filho”, concluiu.
O “Be a Mom”, uma plataforma digital que nasceu de um projeto colaborativo entre a Fundação Calouste Gulbenkian, o Ministério da Saúde, através da Coordenação Nacional das Políticas de Saúde Mental e a Universidade de Coimbra, tem como objetivo a prevenção da depressão pós-parto e promoção da saúde mental positiva, durante os próximos dois anos, através de metodologias de melhoria já testadas no SNS.
Este projeto piloto que vai ser implementado para já em quatro unidades locais de saúde – Alto Ave, Gaia/Espinho, de Viseu e do Baixo Alentejo- foi testado num rigoroso ensaio clínico que envolveu mais de 1000 mulheres no período pós-parto, de todo o país. E os resultados demonstraram que o programa “Be a Mom” foi eficaz na redução dos sintomas de depressão e ansiedade das mulheres que apresentavam risco mais elevado para depressão pós-parto, como também na promoção da saúde mental positiva das mulheres com baixo risco para depressão pós-parto.
O programa “Be a Mom” foi desenvolvido por uma equipa de psicólogos clínicos e investigadores do grupo de investigação Relações, Desenvolvimento e Saúde do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbra.
Campanha de Vacinação Sazonal contra a Gripe e COVID-19 2023-2024 recebeu o Prémio Almofariz 2024 de Projeto do Ano – DGS
A Campanha de Vacinação Sazonal contra a Gripe e a contra a COVID-19 outono-inverno 2023-2024, coordenada pela Direção-Geral da Saúde (DGS), recebeu o Prémio Almofariz 2024 de Projeto do Ano. Este Prémio destaca a excelência e o impacto da campanha na proteção da saúde pública em Portugal, reconhecendo o papel inovador e decisivo da DGS e dos profissionais de saúde envolvidos na sua implementação.
Durante a cerimónia de entrega de prémios, promovida pela revista Farmácia Distribuição, Natália Pereira, Chefe de Equipa da Unidade de Vacinas, Imunização e Produtos Biológicos (UVIB) da DGS, agradeceu a todos os profissionais de saúde que se mobilizaram para assegurar uma vacinação acessível e segura para os utentes em todo o país, contribuindo para o sucesso da Campanha de Vacinação Sazonal, e destacou a importância do trabalho conjunto e colaborativo de todas as Entidades envolvidas na operacionalização desta Campanha.
A constituição do Grupo Operacional de Vacinação Sazonal (GOVS), grupo estratégico de articulação interinstitucional, desempenhou um papel crucial na estruturação de uma rede de pontos de vacinação abrangente e de proximidade, permitindo uma complementaridade eficiente entre as unidades do Serviço Nacional de Saúde e as farmácias comunitárias.
O modelo de vacinação descentralizado adotado na Campanha de Vacinação Sazonal 2023-2024, e mantido este ano, representa um exemplo de eficiência e proximidade, respondendo às necessidades da população de forma ágil e conveniente. Este modelo facilitou o acesso à vacinação, contribuindo para uma cobertura vacinal ampla, diminuindo a sobrecarga do sistema de saúde e reforçando o compromisso da DGS e de todos os profissionais de saúde com a saúde pública e a acessibilidade dos cidadãos à vacinação, sempre pautado por elevados padrões de qualidade e segurança.
Esta distinção reconhece a campanha de vacinação como uma referência da saúde pública em Portugal, reafirmando a importância de uma resposta integrada e coordenada, evidenciando o impacto de uma estratégia desenhada para proteger a população de forma acessível, abrangente e segura. A DGS, ao lado de todos os parceiros e profissionais de saúde, reforça o compromisso de continuar a levar a vacinação mais perto de cada cidadão.
Instituto Ricardo Jorge integra projeto europeu para investigação, diagnóstico e tratamento de doenças raras
29-10-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Genética Humana, é umas das 170 entidades de 37 países que integra a Aliança Europeia para a Investigação de Doenças Raras (European Rare Diseases Research Alliance, em inglês, com a sigla ERDERA). Com um financiamento de 380 milhões de euros até 2031, o projeto ERDERA tem como objetivo apoiar e potenciar a investigação, o diagnóstico e o tratamento de doenças raras.
Liderado pelo Instituto Nacional de Saúde e Investigação Médica de França (INSERM), a estratégia de ação do projeto ERDERA assenta em quatro pilares centrais: financiamento; rede de investigação clínica; serviços de apoio; alinhamento internacional. Em Portugal, além do INSA, esta iniciativa conta com a participação da Universidade de Coimbra, da Agência de Investigação Clínica e Inovação Biomédica e da Fundação para a Ciência e a Tecnologia.
O ERDERA junta entidades dos setores públicos e privados, nomeadamente universidades, centros de investigação, hospitais, autoridades de saúde, entidades reguladoras, agências públicas de financiamento, associações de doentes, associações médicas, e empresas farmacêuticas e tecnológicas, no sentido de promover e financiar parcerias e colaborações globais entre as diversas entidades, de forma a acelerar a implementação de soluções viáveis para o diagnóstico e tratamento destas patologias.
O INSA integra o WP23 National Mirror Groups Promotion and National Alignment e assumirá a coordenação do National Mirror Group português (NMG-P). Segundo a investigadora Sandra Alves, “a participação do INSA neste grupo é crucial para garantir o alinhamento nacional com as políticas europeias em doenças raras”. “Pioneiro na Europa, o NMG-P em Portugal distingue-se por não precisar ser criado de raiz, ao contrário do que ocorre em outros países, uma vez que, desde 2020, os principais stakeholders nacionais na área das doenças raras (INSA, FCT, DGS, AICIB, RD-Portugal e Orphanet Portugal) já trabalham em conjunto no formato de NMG”, destaca ainda a investigadora.
Atualmente, mais de 300 milhões de pessoas em todo o mundo são afetadas por uma das cerca de 7000 doenças raras identificadas até à data. Em Portugal, estima-se que estas doenças afetem entre 600 mil e 800 mil pessoas. O diagnóstico de doenças raras é muitas vezes difícil e pode demorar anos e cerca de 95% destas doenças não têm, atualmente, qualquer tratamento aprovado. Perante este cenário, e em busca de novas respostas para o diagnóstico e tratamento de doenças raras, esta aliança de investigação e desenvolvimento pretende promover e financiar parcerias e colaborações globais entre diversas entidades, de forma a acelerar a implementação de soluções viáveis para o diagnóstico e tratamento destas patologias.
O projeto ERDERA será financiando em 150 milhões de euros pela União Europeia, no âmbito do Horizonte Europa, sendo o restante orçamento assegurado pelos Estados-membros dos países associados ao Horizonte Europa e também por parceiros públicos e privados. Este financiamento vai suportar as atividades promovidas no âmbito dos quatro pilares de ação da ERDERA, em prol de uma abordagem a partir de múltiplas perspetivas às doenças raras.