Relatório de Situação nº 504 | 19/07/2021 – DGS
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL – Relatório de Situação
Covid-19 | Reabilitação de doentes
CHULC e Altice Portugal lançam projeto inédito de telemonitorização
O Centro Hospitalar Universitário Lisboa Central (CHULC) e a Altice Portugal lançaram um projeto-piloto inédito de telemonitorização dedicado a doentes com sequelas da Covid-19.
Fadiga, dispneia, desconforto torácico e tosse são alguns dos sintomas que os doentes infetados pela Covid-19 mantêm após o diagnóstico. Este projeto visa proporcionar uma experiência diferenciadora na área da monitorização remota, permitindo a doentes que foram infetados por SARS-CoV-2 a otimização de ganhos de saúde, promoção da reabilitação e devolução da sua autonomia.
O projeto-piloto de telemonitorização é suportado na solução SmartAL da Altice Portugal, que permite o acompanhamento de doentes à distância, 24 horas por dia e 7 dias por semana, quer através da monitorização remota de sinais vitais, quer apoiando o utente na sua rotina de atividades diárias relacionadas com a saúde, o bem-estar e a segurança.
Para a Presidente do Conselho de Administração do CHULC, Rosa Valente de Matos, «com este projeto de telemonitorização permite-se que as pessoas nas suas casas, no seu ambiente familiar, possam ser monitorizadas e obtenham as respostas necessárias ao seu estado de saúde. Trata-se de uma mais-valia, de uma inovação, que marca claramente o caminho para um futuro diferente no Serviço Nacional de Saúde, colocando a tecnologia ao serviço das pessoas».
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CHULC > Notícias
Dê sangue antes de ir de férias – DGS
Todos os dias são necessárias 1.000 unidades de sangue e, receando que essa quantidade não seja este ano assegurada, o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) apelou à população para dar sangue antes de ir férias.
A presidente do IPST afirmou, em declarações à agência Lusa, que apesar de neste momento a situação não ser preocupante e as reservas disponíveis serem as características desta altura do ano, é fundamental que a dádiva de sangue seja realizada de “forma faseada ao longo do ano”.
Uma vez que durante todo o ano existe necessidade de sangue e componentes sanguíneos, “são necessárias cerca de 1.000 unidades de sangue todos os dias nos hospitais portugueses e, por isso, todos os dias temos necessidade de que haja doadores”, salientou a Maria Antónia Escoval.
Para além disso, os componentes sanguíneos têm um prazo de armazenamento, nomeadamente os concentrados eritrócitários, que perdem a validade ao fim de 35 a 42 dias, e as plaquetas, ao fim de cinco a sete dias.
Neste sentido, a presidente do ISPST afirmou que “seria bom” que as pessoas se ausentam de férias que fizessem a sua dádiva “antes de partirem para o gozo das merecidas férias”.
No ano passado registaram-se cerca de 27.000 novos dadores, mais 2% do que em 2019, o que, segundo Maria Antónia Escoval, foi “muitíssimo bom para a dádiva de sangue em Portugal”.
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Não há saúde sem saúde mental da infância e adolescência – DGS
A Newsletter n.º 4 sobre saúde mental foca-se na saúde mental da infância e da adolescência, pretendendo divulgar alguns projetos em curso em Portugal, abrangendo a organização de serviços ou as dimensões da promoção e prevenção.
O Diretor do Programa Nacional de Saúde Mental, Miguel Xavier, sublinha que “a saúde mental das crianças e adolescentes deve ser considerada como uma área absolutamente crucial das políticas em curso numa sociedade, não só a nível dos sistemas de saúde, mas igualmente no que se refere à educação, à proteção social e à defesa dos direitos humanos”.
Neste sentido, no Editorial da Newsletter, Miguel Xavier defende que o investimento na promoção da saúde e na prevenção da doença “tem um retorno tanto maior em termos de resultados quanto mais cedo for implementado na vida das crianças e adolescentes”. O que poderá evitar “um número considerável de problemas anos mais tarde”.
A saúde mental da infância e da adolescência constitui um “pilar essencial” do Plano Nacional de Saúde Mental. “A ligação à comunidade e a articulação com outras estruturas fora do universo do Serviço Nacional de Saúde (escolas, autarquias, associações não-governamentais, etc.) correspondem a um funcionamento há muito enraizado no trabalho de todos os profissionais deste campo e são sem dúvida um excelente exemplo para todos nós”, considera Miguel Xavier.
Pode consultar aqui a Newsletter n.º 4 sobre saúde mental.
HDS | Hospitalização Domiciliária
Mais de 200 doentes assistidos em dois anos de atividade
A Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Hospital Distrital de Santarém (UHD) assistiu, em dois anos de atividade, mais de duas centenas de doentes, aos quais foram feitas quase 3.200 visitas domiciliárias.
O balanço refere-se ao período entre 29 de junho de 2019 – data em que a UHD iniciou atividade – e o final de maio de 2021, no qual foram prestados cuidados de saúde no domicílio a um total de 212 doentes, tendo percorrido 64.088 quilómetros pelos concelhos de Almeirim, Alpiarça, Cartaxo, Santarém e Rio Maior.
Para a UHD são referenciados doentes que reúnem um determinado conjunto de critérios clínicos, sociais e geográficos, que estejam internados no HDS ou que sejam provenientes do Serviço de Urgência, da Consulta Externa, do Hospital de Dia, assim como dos cuidados de saúde primários.
De acordo com o coordenador da UHD, Yahia Abuowda, entre os diagnósticos mais frequentes, em 2020, estão as infeções urinárias, a infeção respiratória (pneumonia), a erisipela, o abcesso amigdalino, a endocardite e as feridas/úlceras infetadas. Dos doentes internados em 2020, 51% eram do sexo masculino, com média de 65 anos de idade, residindo a sua maioria no concelho de Santarém e apresentando como cuidador principal o companheiro.
A duração média de internamento foi de cerca de 10,4 dias, sendo o internamento mais curto de apenas 24h (para realização de terapêutica específica) e o internamento mais longo de 32 dias.
Atualmente a equipa conta com um médico em dedicação exclusiva e cinco enfermeiros. Esta valência tem ainda o apoio de seis médicos que asseguram prevenções, de uma enfermeira chefe, do Serviço Social, da Farmácia, de um assistente técnico, de um assistente e da administradora hospitalar responsável pelo Departamento de Medicina.
A equipa tem a seu cargo uma lotação de oito camas (mais cinco relativamente às que existiam no início da atividade da UHD), funcionando 24 horas por dia, sete dias por semana.
Um inquérito enviado a utentes internados na UHD e seus familiares/cuidadores, no período de 29 de junho de 2019 a 31 de dezembro de 2020, revelou que a maioria dos inquiridos apresentam níveis elevados de satisfação em todas as dimensões avaliadas (qualidade/atendimento; continuidade de cuidados; acesso; segurança).
Os resultados obtidos em todas as dimensões avaliadas aproximaram-se do valor máximo possível. Numa escala de 1 a 5, os utentes revelaram um nível de satisfação de 4,82 e os cuidadores de 4,75, concluindo-se que, de um modo geral, os utentes e cuidadores se encontram «muito satisfeitos» com os cuidados prestados pelos profissionais da UHD.
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HFF | Hospitalização Domiciliária
Unidade do Hospital Fernando Fonseca já tratou 100 doentes
Desde que foi lançada, no final de 2020, e até ao dia 15 de julho passaram pelas cinco camas «virtuais» da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD) do Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca (HFF) um total de 100 doentes, com idades entre os 20 e os 99 anos.
A maioria dos doentes internados na UHD nos últimos oito meses situam-se na faixa etária entre 80 e 89 anos e as infeções do trato urinário foram a patologia associada a sensivelmente um terço dos doentes admitidos e internados em contexto de domicílio. No entanto, há um conjunto muito alargado de outras patologias, como a cardíaca ou respiratória, admitida a tratamento pela equipa multidisciplinar da unidade.
A assistência contínua, através da visita diária ao domicílio de uma equipa de profissionais de saúde, foi uma mais-valia para a saúde e bem-estar dos utentes: através deste modelo minimizaram-se possíveis infeções num contexto de pandemia e verificou-se uma redução de dias de internamento e de reinternamentos.
A prestação de cuidados de saúde de proximidade, no contexto domiciliário, e com apoio dos cuidadores da família, sobretudo nos pacientes mais idosos, aumentou o conforto dos utentes e mitigou os sentimentos de abandono e rejeição que provocam os internamentos hospitalares tradicionais.
Até ao final do ano, o HFF pretende ampliar a sua capacidade de hospitalização domiciliária para as 15 camas, oferecendo aos utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra um serviço multidisciplinar de qualidade e rigor clínico, prestado com uma visão mais humanizada da saúde, baseada na proximidade.
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HFF > Notícias
Formação de profissionais
Hospital de Guimarães e Santa Casa de Vizela celebram protocolo
O Hospital da Senhora da Oliveira Guimarães e Santa Casa da Misericórdia de Vizela estabeleceram um protocolo de cooperação no domínio da formação contínua dirigida aos profissionais da Unidade de Cuidados Continuados António Francisco Guimarães.
O comunicado do Hospital de Guimarães explica que as duas entidades têm como objetivo comum a promoção e progressão técnica dos profissionais de saúde, considerando a articulação entre os cuidados de saúde hospitalares e os cuidados de saúde das unidades da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI).
Assim, e através deste protocolo, os profissionais da Unidade de Cuidados Continuados António Francisco Guimarães vão passar a participar nas ações de formação profissional promovidas pelo Hospital de Guimarães, nos domínios temáticos que sejam de interesse comum a ambas instituições.
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Hospital de Guimarães – http://www.hospitaldeguimaraes.min-saude.pt/
Atividade assistencial
Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga reduz lista de espera
O Serviço de Cirurgia Geral do Hospital de Braga reduziu significativamente a lista de espera em inscritos para cirurgia. Em comunicado, o Hospital de Braga refere que em janeiro de 2020 encontravam-se cerca de 2.690 doentes em lista de espera, a grande maioria fora dos tempos máximos de resposta garantidos (TMRG), estando agora esta lista reduzida para cerca de 600 doentes.
De acordo com o mesmo comunicado, os TMRG para cirurgias de prioridade normal não oncológica é de 180 dias, estando-se a cumprir na generalidade das situações, com exceção da patologia tiroideia (com previsão de se encontrar dentro dos TMRG já em setembro) e a patologia da obesidade onde, também, se tem vindo a reduzir a lista de espera.
Relativamente às cirurgias oncológicas, o Hospital de Braga sublinha que os TMRG foram sempre cumpridos e que, nas consultas desta especialidade, a capacidade de resposta é imediata.
O hospital explica que esta realidade se tornou possível pela execução de um plano de recuperação de cirurgias implementado em julho de 2020 e que as cirurgias, além de serem realizadas no hospital, são também realizadas em outras entidades do setor privado e social.
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Hospital de Braga > Notícias