Informação nº 003/2022 de 17/06/2022 – DGS
Comunicação, medidas preventivas e o envolvimento da comunidade no surto por vírus Monkeypox
276 casos confirmados de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) confirma mais 35 casos de infeção humana por vírus Monkeypox em Portugal, havendo, até ao momento, um total de 276 casos. A maioria das infeções foram notificadas, até à data, em Lisboa e Vale do Tejo, mas também há registo de casos nas regiões Norte e Algarve. Todos as infeções confirmadas são em homens entre os 19 e os 61 anos, tendo a maioria menos de 40 anos. Os novos casos foram confirmados pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Os casos identificados mantêm-se em acompanhamento clínico, encontrando-se estáveis. A informação recolhida através dos inquéritos epidemiológicos está a ser analisada para contribuir para a avaliação do surto a nível nacional e internacional.
A DGS continua a acompanhar a situação a nível nacional em articulação com as instituições europeias.
Informação fornece estratégias de comunicação e mensagens sobre vírus Monkeypox – DGS
A Direção-Geral da Saúde publica hoje (17 de junho) uma informação específica para a comunicação relacionada com a infeção humana por vírus Monkeypox.
O objetivo é divulgar mensagens preventivas pragmáticas, concretizáveis e eficazes, com base no conhecimento atual sobre esta infeção e adequadas às populações em maior risco.
Por outro lado, pretende fornecer-se orientações às organizações de base comunitária e outros grupos informais, empresas e organizações de eventos, sobre estratégias para reduzir o risco de transmissão do vírus Monkeypox.
A forma de apresentação e disseminação da infeção sugere que a transmissão esteja a acontecer por contacto próximo, incluindo relações sexuais.
No passado, eventos públicos, privados e viagens, facilitaram a transmissão de infeções. No entanto, esses eventos poderão ser oportunidades para sensibilizar os participantes e transmitir informação, ao mesmo tempo que se podem desenvolver medidas de prevenção e higienização para reduzir riscos nesses contextos.
Pretende-se fornecer um conjunto de principais mensagens informativas e medidas a implementar para parceiros comunitários (associações, entidades privadas e organizadores de eventos), que permitam reduzir o risco em eventos, festas, festivais ou encontros em contextos privados.
Para mais informações, consulte a informação aqui.
Portugal reconhecido a nível internacional pelas boas práticas em políticas alimentares e nutricionais – DGS
Portugal é o único de 17 países europeus a ter uma abordagem totalmente abrangente na implementação de políticas de nutrição, de acordo com o Nourishing Framework – uma ferramenta de avaliação de políticas para promover a alimentação saudável e reduzir a obesidade do World Cancer Research Fund International. O reconhecimento do país no âmbito das boas práticas em políticas alimentares e nutricionais aconteceu no Simpósio Europeu de Políticas na área da Prevenção das Doenças Crónicas, que decorreu entre os dias 14 e 16 de junho em Bruxelas.
No segundo dia do Simpósio foi apresentado um estudo que analisou 17 países europeus e destacou Portugal em três grandes áreas de atuação: ambiente alimentar, comunicação para a mudança de hábitos e sistema alimentar. Os resultados apresentados identificam um claro progresso de Portugal no que diz respeito a políticas de nutrição.
De acordo com o Healthy Food Environment Policy Index (Food-EPI), Portugal destaca-se também pela positiva, a par da Noruega e da Finlândia, num conjunto de 11 países europeus (Estónia, Finlândia, Alemanha, Irlanda, Itália, Holanda, Noruega, Polónia, Portugal, Eslovénia e Espanha). O Food-EPI é uma ferramenta desenvolvida para avaliar o grau de implementação de políticas públicas com impacto no ambiente alimentar e para identificar e priorizar as ações necessárias à criação de ambientes alimentares saudáveis.
Durante o Simpósio, foram também identificadas algumas das melhores práticas em Portugal na área das políticas de nutrição. Destacam-se a limitação de produtos pouco saudáveis em máquinas de venda automática; a criação de um imposto especial para os refrigerantes e ainda a implementação de restrições na publicidade alimentar direcionada a crianças com menos de 16 anos.
Maria João Gregório, Diretora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde, considera ser “muito positivo ver o reconhecimento internacional de que Portugal está a fazer um bom trabalho nas políticas alimentares e nutricionais”, acrescentando que “apesar de ainda haver um longo caminho a percorrer, muito já foi feito em Portugal”.
Serviços da Região de Lisboa e Vale do Tejo estão todas a funcionar
A Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) recorda que esta sexta-feira, 17 de junho, todos os serviços de Ginecologia/Obstetrícia da Região estão a funcionar dentro da normalidade.
A ARSLVT recorda que poderão existir limitações em algumas unidades hospitalares. Isto significa que alguns hospitais, num determinado período do dia, poderão ativar o desvio de CODU/INEM, um mecanismo utilizado há anos na gestão da procura pelo SNS. Os hospitais que, por períodos transitórios, acionam o desvio de CODU mantêm a urgência externa a funcionar, dando resposta a quem lá se dirigir pelos seus meios. Neste caso, as grávidas transportadas pelo CODU/INEM serão encaminhadas para outras unidades da Região, as quais assegurarão a resposta e o funcionamento em rede.
Reafirma-se que a ARSLVT, hospitais da Região e o CODU/INEM mantêm estreita articulação para garantir o normal funcionamento das urgências das maternidades da Região, com toda a segurança. Caso haja necessidade de encaminhar utentes, as equipas hospitalares articulam com o CODU/INEM, no sentido de identificar a unidade que naquele momento tem melhor capacidade de resposta.
A ARSLVT agradece, mais uma vez, aos profissionais de saúde que vão assegurar a prestação de cuidados, pelo esforço adicional e apela à compreensão dos utentes, lamentando, desde já, os constrangimentos que, apesar de todos os meios disponibilizados, não foi possível ultrapassar.
17 de junho de 2022
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Centro Hospitalar de Leiria abre unidade de ambulatório
O Centro Hospitalar de Leiria (CHL) acaba de abrir o Hospital de Dia de Cardiologia, um espaço dedicado a receber e tratar doentes para procedimentos em ambulatório nas áreas de hemodinâmica, pacing cardíaco, insuficiência cardíaca e para outras técnicas da especialidade. A criação do novo espaço no Serviço de Cardiologia do CHL representou um investimento de cerca de 200 mil euros.
De acordo com o CHL, o Hospital de Dia tem monitores e computadores instalados, e os profissionais dispõem de novos dispositivos de diagnóstico, como holters, ecocardiógrafo e eletrocardiógrafo, equipamentos recentemente adquiridos no Serviço de Cardiologia, que aumentam a capacidade e a qualidade de resposta em várias áreas desta especialidade.
«Os doentes com insuficiência cardíaca são aqueles que necessitam de visualizações rápidas em ecografia, pelo que ter um posto de eco no nosso Serviço permite-nos acabar com o “sobe e desce” dos doentes dentro do hospital para fazer exames, poupando tempo e aumentando o conforto dos doentes. Esta unidade de ecografia deixa-nos fazer tudo, e se necessário, a ecografia transofágica», explica João Morais, diretor do Serviço de Cardiologia do CHL.
«Ao nível dos holters, vamos ficar com capacidade para registar 10 doentes, o que representa duplicar a capacidade em holter, e consequentemente reduzir a lista de espera. Os novos aparelhos têm maior facilidade de leitura e reduzem a margem de erro. Além da utilização no hospital de dia e no Serviço de Cardiologia, os 10 novos e modernos eletrocardiógrafos portáteis possibilitam apetrechar algumas das nossas Urgências, inclusive a Urgência Pediátrica.»
A nova unidade ocupa uma sala ampla, integrada no Serviço de Cardiologia, localizado no 5.º piso da torre nascente do Hospital de Santo André (HSA), em Leiria, com capacidade para ter seis doentes em simultâneo, que conta com um profissional de enfermagem e um assistente operacional permanentes, com o devido apoio médico. Estima-se que anualmente o novo Hospital de Dia de Cardiologia trate perto de 1.000 doentes.
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São João realiza primeira intervenção para a patologia oncológica peritoneal
A partir do dia 23 de junho, o Serviço de Cirurgia Geral do Centro Hospitalar Universitário São João (CHUSJ) irá iniciar a nível nacional, um novo tratamento para a carcinomatose peritoneal.
Denominada PIPAC – Pressurized Intraperitoneal Aerosol Chemotherapy, esta técnica consiste na aplicação de um aerossol na cavidade peritoneal que permite uma distribuição mais homogénea e concentrada do fármaco de quimioterapia, por cirurgia minimamente invasiva, mantendo a concentração plasmática baixa de forma a minimizar os efeitos colaterais e a toxicidade.
Segundo Elisabete Barbosa, diretora do Serviço de Cirurgia Geral do CHUSJ, “este tratamento permitirá eventualmente avançar para uma cirurgia de citorredução e numa perspetiva paliativa, aliviar os sintomas da carcinomatose peritoneal. Trata-se de uma esperança no tratamento da doença metastática quer no aumento da sobrevivência, quer no alívio de sintomas.”
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