Notícias em 30/12/2022

imagem do post do Relatório n.º 3 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (19/12/2022 a 25/12/2022)

Relatório n.º 3 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (19/12/2022 a 25/12/2022) – INSA

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30-12-2022

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou, dia 29 de dezembro, o Relatório nº 3 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, que incide sobre a evolução das infeções respiratórias agudas e os potenciais efeitos do frio na saúde da população. O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

  • Na semana em análise (semana 51 de 2022), observaram-se temperaturas do ar acima do esperado para esta época do ano;
  • As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (73%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC e OMS (75%) para os grupos etários com 65 ou mais anos;
  • Foi reportada pelo INSA uma atividade epidémica da gripe com tendência crescente. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (88,9%), associado a maior gravidade nas populações mais vulneráveis. Foi também identificado o subtipo A(H1)pdm09 (10,3%);
  • Ao nível da região europeia, a atividade gripal aumentou para 31% de positividade, ultrapassando o limiar epidémico pela sexta semana consecutiva. Ambos os vírus influenza, tipo A e tipo B, foram detetados, sendo o subtipo A(H3) dominante nos sistemas de vigilância sentinela e o vírus A(H1)pdm09 nos sistemas de vigilância não sentinela;
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A análise epidemiológica dos indicadores de COVID-19 deve ter em conta as alterações na notificação laboratorial no início de outubro 2022 (quebra de série). A variante de SARS-CoV-2 Omicron BA.5 manteve-se dominante, com aumento da prevalência da sub-linhagem BQ.1;
  • A nível mundial, a notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresenta uma tendência estável, continuando a linhagem BA.5 a ser dominante. Verificou-se um aumento do número de casos diários de infeção por SARS-CoV-2 na China nos últimos dias. De acordo com o ECDC, poderá existir incompletude da informação partilhada pela China. Esta situação deve ser acompanhada de perto nas próximas semanas;
  • Observou-se uma diminuição do número de consultas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde face à semana 50 de 2022 (12 a 18 de dezembro de 2022) e uma ligeira diminuição da proporção de consultas por síndrome gripal (-0.08 pontos percentuais). Estes valores devem ser interpretados considerando a ocorrência de tolerância de ponto;
  • Face à semana 50 de 2022, a procura do SNS24 (atendimentos triados) diminuiu, bem como, a procura do INEM (chamadas);
  • Verificou-se uma ligeira diminuição da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal. Os episódios reportados corresponderam sobretudo a adultos jovens (19-59 anos). A proporção de episódios de urgência por síndrome gripal com destino o internamento apresentou uma tendência crescente (12,6% dos episódios com síndrome gripal com destino o internamento);
  • Nas UCI, observou-se uma diminuição na ocupação de camas dedicadas a COVID-19 e uma diminuição da proporção de casos reportados com gripe. Verificou-se uma tendência estável do número de internamentos observada em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em menores de 2 anos de idade;
  • A mortalidade geral esteve acima do esperado para a época do ano, tendo-se observado um excesso de mortalidade na região Norte, e no grupo etário acima dos 75 anos. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar recomendado pelo ECDC;
  • A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19 e o reforço da necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde;
  • O aumento da atividade gripal nos grupos etários mais velhos sustenta o reforço da comunicação da necessidade de adoção de medidas de proteção individual pela população e grupos específicos, durante as festividades. Estas medidas incluem a etiqueta respiratória, a lavagem e/ou desinfeção frequente das mãos, a limpeza e desinfeção de equipamentos e de superfícies, o arejamento e ventilação de espaços, a proteção em contextos de risco de exposição a vírus respiratórios (como espaços com aglomerados de pessoas, sobretudo sem ventilação adequada) através do distanciamento e a utilização de máscaras. Mais informação pode ser consultada aqui;
  • Recomenda-se a manutenção dos planos de contingência ativados e das medidas previstas nos mesmos, de forma a responder ao aumento da procura dos serviços de saúde (incluindo as escalas de recursos humanos, alargamento de horários e ajuste da atividade programada).


Informação mensal sobre Infeção Humana por vírus Monkeypox – Nº 019

Informação mensal sobre Infeção Humana por vírus Monkeypox – Nº 019

Informação sobre número de casos em Portugal a 29 de dezembro de 2022

Desde 3 de maio até 27 de dezembro de 2022, foram identificados 950 casos confirmados laboratorialmente, mais dois casos, em relação aos dados do mês passado. Até 27 de dezembro, e desde 16 de julho de 2022, foram vacinadas 1940 pessoas.

A identificação de mais dois novos casos positivos em dezembro de 2022 indica que o vírus ainda se encontra em circulação no país, sendo necessário reforçar a vacinação de duas doses junto dos grupos com maior exposição, a fim de alcançar a proteção contra o vírus.

A 27 de dezembro de 2022 a DGS atualizou a Norma 006/2022 relativa à vacinação contra a infeção humana por vírus mpox, alargando os elegíveis para vacinação pré-exposição para: a) Homens que têm sexo com homens (HSH) com potencial exposição continuada ou intermitente a casos de infeção humana por VMPX e b) outras pessoas consideradas com maior risco de infeção pelo médico, de acordo com as situações específicas de práticas sexuais. A referida Norma atualiza também os locais de vacinação nas diferentes regiões do país.

Mais informações encontram-se disponíveis no site da DGS, incluindo Perguntas Frequentes  e acesso a diferentes materiais de divulgação sobre vacinação, podendo a versão impressa dos mesmos ser solicitada à DGS através do email comunicacao@dgs.min-saude.pt

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Relatório n.º 3 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização – DGS

Relatório n.º 3 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje o Relatório n.º 3 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização.

Os pontos do resumo desta semana são:

– Na semana em análise (semana 51 de 2022), observaram-se temperaturas do ar acima do esperado para esta época do ano.

– As coberturas vacinais contra a COVID-19 e contra a Gripe são elevadas. A cobertura vacinal contra a gripe (73%) encontra-se próxima da recomendada pelo ECDC e OMS (75%) para os grupos etários com 65 ou mais anos.

– Foi reportada pelo INSA uma atividade epidémica da gripe com tendência crescente. Desde o início da época, verificou-se um predomínio do subtipo A(H3) (88,9%), associado a maior gravidade nas populações mais vulneráveis. Foi também identificado o subtipo A(H1)pdm09 (10,3%).

– Ao nível da região europeia, a atividade gripal aumentou para 31% de positividade, ultrapassando o limiar epidémico pela sexta semana consecutiva. Ambos os vírus influenza, tipo A e tipo B, foram detetados, sendo o subtipo A(H3) dominante nos sistemas de vigilância sentinela e o vírus A(H1)pdm09 nos sistemas de vigilância não sentinela.

– A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresentou uma tendência decrescente. A análise epidemiológica dos indicadores de COVID-19 deve ter em conta as alterações na notificação laboratorial no início de outubro 2022 (quebra de série). A variante de SARS-CoV-2 Omicron BA.5 manteve-se dominante, com aumento da prevalência da sub-linhagem BQ.1.

– A nível mundial, a notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 apresenta uma tendência estável, continuando a linhagem BA.5 a ser dominante. Verificou-se um aumento do número de casos diários de infeção por SARS-CoV-2 na China nos últimos dias. De acordo com o ECDC, poderá existir incompletude da informação partilhada pela China. Esta situação deve ser acompanhada de perto nas próximas semanas.

– Observou-se uma diminuição do número de consultas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde face à semana 50 de 2022 (12 a 18 de dezembro de 2022) e uma ligeira diminuição da proporção de consultas por síndrome gripal (-0.08 pontos percentuais). Estes valores devem ser interpretados considerando a ocorrência de tolerância de ponto.

– Face à semana 50 de 2022, a procura do SNS24 (atendimentos triados) diminuiu, bem como, a procura do INEM (chamadas).

– Verificou-se uma ligeira diminuição da proporção de episódios de urgência hospitalar por síndrome gripal. Os episódios reportados corresponderam sobretudo a adultos jovens (19-59 anos). A proporção de episódios de urgência por síndrome gripal com destino o internamento apresentou uma tendência crescente (12,6% dos episódios com síndrome gripal com destino o internamento).

– Nas UCI, observou-se uma diminuição na ocupação de camas dedicadas a COVID-19 e uma diminuição da proporção de casos reportados com gripe. Verificou-se uma tendência estável do número de internamentos observada em enfermaria por Vírus Sincicial Respiratório (VSR) em menores de 2 anos de idade.

– A mortalidade geral esteve acima do esperado para a época do ano, tendo-se observado um excesso de mortalidade na região Norte, e no grupo etário acima dos 75 anos. A mortalidade específica por COVID-19 apresentou uma tendência decrescente, abaixo do limiar recomendado pelo ECDC.

– A análise semanal sustenta a manutenção da vacinação sazonal contra a COVID-19 e o reforço da necessidade de utilização do SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde.

– O aumento da atividade gripal nos grupos etários mais velhos sustenta o reforço da comunicação da necessidade de adoção de medidas de proteção individual pela população e grupos específicos, durante as festividades. Estas medidas incluem a etiqueta respiratória, a lavagem e/ou desinfeção frequente das mãos, a limpeza e desinfeção de equipamentos e de superfícies, o arejamento e ventilação de espaços, a proteção em contextos de risco de exposição a vírus respiratórios (como espaços com aglomerados de pessoas, sobretudo sem ventilação adequada) através do distanciamento e a utilização de máscaras. Mais informação pode ser consultada aqui.

– Recomenda-se a manutenção dos planos de contingência ativados e das medidas previstas nos mesmos, de forma a responder ao aumento da procura dos serviços de saúde (incluindo as escalas de recursos humanos, alargamento de horários e ajuste da atividade programada).

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