Mais de 2 milhões de SMS enviadas para utentes desde setembro de 2022

Já foram enviadas mais de dois milhões de SMS (mensagens escritas para o telemóvel) a cidadãos com consultas e rastreios agendados nos centros de saúde, desde setembro de 2022.

“Não falte. Esta consulta pode fazer falta a outra pessoa.” é como termina a mensagem que visa reduzir a taxa de faltas aos agendamentos efetuados nos centros de saúde.

Em comunicado, a SPMS – Serviços Partilhados do Ministério da Saúde refere que a medida consiste no envio de uma SMS no dia do agendamento e outros dois dias antes da consulta. Abrange consultas de várias tipologias prestadas nas unidades dos Cuidados de Saúde Primários (CSP), como por exemplo médicas, de enfermagem, para rastreios do cancro do colo do útero, de saúde visual infantil ou de retinopatia diabética, entre outras.

Com a substituição dos sistemas de informação dos Cuidados de Saúde Primários, iniciativa inserida nos projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a Transição Digital na Saúde, esta medida pretende, essencialmente, evitar que os utentes faltem ou que avisem com antecedência que irão faltar, de forma a permitir o reagendamento da consulta.

De acordo com a SPMS, a implementação teve início na região de Lisboa e Vale do Tejo, avançou para os centros de saúde da região Norte e, de forma progressiva, chegará ao resto do país e a todos os utentes com agendamentos de consultas e de rastreios nos Cuidados de Saúde Primários.

Para saber mais, consulte:

SPMS > Notícias

Campanha da Direção-Geral da Saúde decorre no mês de abril

A Direção-Geral da Saúde (DGS), através do Programa Nacional de Prevenção da Violência no Ciclo de Vida e do Programa Nacional de Saúde Infantil e Juvenil, assinala em abril o mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância.

A campanha pretende sensibilizar para o impacto da violência nas crianças numa perspetiva de ciclo de vida, bem como promover maior divulgação da Ação de Saúde para Crianças e Jovens em Risco, e respetiva Rede Nacional de Núcleos de Apoio a Crianças e Jovens em Risco (cuidados de saúde primários e hospitalares).

Para saber mais, consulte:

• DGS – https://www.dgs.pt/

Secretário de Estado da Saúde encerrou 40º encontro de Medicina Geral e Familiar

O Secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre, elogiou o papel dos médicos de família na construção do Serviço Nacional de Saúde e nos resultados em saúde alcançados por Portugal e garantiu que esta área continuará a ser reforçada pelo Ministério da Saúde. O governante, que presidiu à sessão de encerramento do 40º encontro de Medicina Geral e Familiar, no sábado, dia 1 de abril, no Algarve, frisou que “os médicos de família desenvolvem todos os dias atividades que nos permitem ter um serviço de saúde público robusto”.

Ricardo Mestre, na sua intervenção, começou por destacar que, em quatro décadas de SNS e destes encontros de médicos de família, a demografia portuguesa sofreu alterações profundas. Temos hoje uma população com mais de 80 anos de esperança média de vida, quando em 1979 era de 71 anos. A proporção de idosos por cada 100 jovens também se alterou. Temos hoje 182 idosos por cada 100 jovens, isto é, mais 54 em apenas uma década. “A nossa pop é hoje bastante diferente e as necessidades são também bastante diferentes”, destacou.

Depois, o Secretário de Estado da Saúde apresentou algum do trabalho que o Ministério da Saúde tem estado a desenvolver com o objetivo de reforçar o SNS, em particular os cuidados de saúde primários. “As medidas que estamos a tomar têm um único objetivo: fortalecer o SNS e requalificar e melhorar continuamente a resposta pública em saúde do nosso país para termos uma população com melhores condições de saúde”, afirmou.

O governante salientou cinco linhas principais de intervenção para conseguirmos ter mais médicos de família no SNS, mais USF, mais integração de cuidados, mais resolutividade nos cuidados de saúde primários e mais simplificação de processos.

“Vivemos uma escassez de recursos humanos que não é só portuguesa, é uma escassez de recursos humanos a nível mundial. Temos hoje mais profissionais a trabalhar no SNS, mas precisamos de continuar a aumentar este número”, acrescentou Ricardo Mestre, lembrando as previsões da OMS de em 2030 faltarem a nível mundial 10 milhões de profissionais de saúde. Sobre o caso concreto de Portugal, explicou que temos estado a viver alguns anos com picos no número de profissionais em condições de se aposentarem, mas lembrou que temos também reforçado o número de médicos em formação. Só na medicina geral e familiar, Portugal está a formar 500 especialistas por ano.

A propósito das negociações com os sindicatos médicos, Ricardo Mestre assegurou que o objetivo é valorizar os profissionais de saúde e que não se pretende aumentar a lista de utentes dos médicos de família, mas antes ajustá-la à complexidade do trabalho. Ao mesmo tempo, o Ministério da Saúde está a requalificar muitas infraestruturas e equipamentos, com 1500 milhões de euros previstos só através do Plano de Recuperação e Resiliência.

No imediato, completou o Secretário de Estado da Saúde, “estamos também a simplificar e desburocratizar processos para uma maior agilização do contacto dos cidadãos com o sistema de saúde”. O alargamento do prazo das prescrições de medicamentos e exames, de seis meses para um ano, e a automatização na emissão de baixas até três dias, foram dois dos exemplos evocados.