Notícias de 21 a 23/08/2023

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Mpox – alargamento dos locais de vacinação em Lisboa e Vale do Tejo – DGS

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A Direção-Geral da Saúde atualiza hoje a lista de locais de vacinação contra mpox, na sequência do alargamento do número de locais disponíveis na região de Lisboa e Vale do Tejo, nos diferentes ACeS, mediante marcação prévia.

Esta atualização surge no contexto da Norma n.º 006/2022 sobre vacinação contra mpox, atualizada a 4 de agosto de 2023, e que abrange o contexto de autoproposta por pessoas que refiram preencher, pelo menos, um dos critérios de elegibilidade para a vacinação pré-exposição.

De acordo com o ponto 8 da referida Norma, estas pessoas poderão agendar a vacinação, espontaneamente, através de contacto com um Ponto de Vacinação.

Consulte aqui a Lista dos pontos de vacinação contra mpox nas diferentes regiões do país.


Relatório analisa resposta nacional em emergências de saúde pública – DGS

UHPR

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publica hoje uma versão atualizada do relatório resultante da visita da equipa de alto nível da Organização Mundial da Saúde (OMS) que esteve em Portugal de 2 a 6 de maio 2022. Esta visita foi no âmbito da Universal Health and Preparedness Review (UHPR) e Portugal foi um país piloto nesta iniciativa.

O relatório nacional já teve diferentes versões que foram sendo ajustadas às atualizações que a OMS foi fazendo no processo sobre a revisão das capacidades de cobertura universal de saúde e de preparação e resposta a emergências de saúde pública nos países. Esta versão resume alguns dos aspetos mais importantes, destacando-se em termos de governança, financiamento e procedimentos, resultantes dos múltiplos e diversos contributos de diferentes instituições, setores, sociedade civil e restantes parceiros.

A DGS agradece a todos os que, de forma direta e indireta, contribuíram para este processo, que envolveu três regiões de saúde do país e profissionais de diferentes setores que partilharam as suas experiências. Na sequência dessa reflexão sobre emergências de saúde pública e as lições aprendidas da COVID-19, os resultados apresentados no relatório resumo permitirão reforçar os mecanismos, recursos, equipamentos e processos intersetoriais com impacto positivo na prevenção, preparação e resposta a emergências de saúde pública.

Consulte aqui o documento:


Nova Unidade de Saúde do Beato

23/08/2023
Fachada do edifício

Nova unidade tem capacidade para 15 mil utentes

A nova Unidade do ACeS Lisboa Central entrou em funcionamento a 14 de agosto, acolhendo nas suas instalações a Unidade de Saúde Familiar (USF) Oriente.

Este edifício com capacidade para 15 mil utentes dispõe de serviços de cuidados de saúde prestados pela Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) e pela Unidade de Cuidados na Comunidade (UCC) do ACeS Lisboa Central.

Saiba mais no Portal da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)


imagem da campanha

Arranca mais uma edição da iniciativa “Todos pelo IPO”

No ano em que o Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil (IPO Lisboa) completa 100 anos, a iniciativa “Todos pelo IPO” regressa para apoiar a instituição.

Até ao dia 31 de dezembro, as pilhas e os equipamentos elétricos entregues para reciclagem nos mais de nove mil pontos da rede Electrão e os grandes eletrodomésticos recolhidos porta-a-porta na Área Metropolitana de Lisboa serão transformados num apoio financeiro a atribuir ao IPO Lisboa.

Saiba mais no Portal do IPO Lisboa.


Relatório n.º 36 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (07.08.2023 a 13.08.2023) – INSA

imagem do post do Relatório n.º 36 da Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização (07.08.2023 a 13.08.2023)

21-08-2023

A Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgou o Relatório n.º 36 – Resposta Sazonal em Saúde – Vigilância e Monitorização, relativo à semana 32/2023 (7 a 13 de agosto). O documento integra informação de várias fontes e organismos além da DGS, como resultado de uma articulação intersetorial, nos quais se inclui o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).

Os pontos do resumo desta semana são:

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

  • Na semana em análise (semana 32 de 2023), observou-se uma subida da temperatura do ar, acima do esperado para esta época. Prevê-se uma ligeira diminuição da temperatura do ar na semana seguinte à semana em análise, ao nível nacional. Foi reportado um risco muito elevado de exposição à radiação ultravioleta (UV), para todo o país. O Índice-ÍCARO correspondeu a um efeito não significativo na mortalidade no final da semana. À data, não se observou excesso de mortalidade;
  • Na semana em análise, a procura geral do SNS24 diminuiu e INEM aumentou. Observou-se um aumento dos atendimentos por “exposição solar”, “queimaduras”. Observou-se uma diminuição dos atendimentos por “náuseas e vómitos” e referenciados ao INEM;
  • Face à semana anterior, o número de consultas médicas nos Cuidados de Saúde Primários do Serviço Nacional de Saúde aumentou assim como proporção de consultas por desidratação, acompanhado de uma diminuição da proporção de consultas por infeções respiratórias agudas e por gastroenterite;
  • Observou-se ainda um aumento dos episódios de urgência hospitalar, por vómito, diarreia ou gastroenterite aguda e por desidratação, acompanhado de uma diminuição da proporção de episódios por infeção respiratória aguda e uma estabilização da proporção de episódios com destino internamento;
  • A mortalidade geral esteve de acordo com o esperado ao nível nacional;
  • Foi reportada uma circulação esporádica do vírus da gripe no âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe;
  • A notificação de casos de infeção por SARS-CoV-2 aumentou. A sublinhagem XBB mantém-se dominante desde a semana 10 de 2023, com uma prevalência estável e uma frequência de 92,8% nas semanas 27 a 29 de 2023, sobretudo pela XBB.1.9., em particular a sua descendente EG.5.1 (54% das amostras);
  • A nível mundial, durante os últimos 28 dias (10/07 a 06/08/2023), o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 aumentou e o de novos óbitos diminuiu (+80% e -57%, respetivamente) em relação aos 28 dias anteriores. a XBB.1.16 continua a ser a variante mais prevalente, representando 25,2% das sequências na semana 29 de 2023 (22,2% na semana 25 de 2023). A prevalência da EG.5 continua a aumentar, contabilizando 17,4% das sequências na semana 29 (7,5% na semana 25). A 09/08/2023, a OMS adicionou a variante EG.5 à lista de variantes de interesse, sem evidência à data de maior gravidade da doença.

RECOMENDAÇÕES

  • A análise sustenta a adoção de medidas de proteção contra os efeitos do calor intenso, nomeadamente beber água (pelo menos 1,5L por dia) ou sumos de fruta naturais, mesmo sem sede, e evitar o consumo de bebidas alcoólicas; fazer refeições frias, leves e comer mais vezes ao dia; utilizar roupa larga, que cubra a maior parte do corpo, chapéu de abas largas e óculos de sol com proteção UV; manter-se em ambientes frescos arejados, pelo menos 2 a 3 horas por dia; evitar a exposição direta ao sol, sobretudo entre as 11 e as 17 horas; utilizar protetor solar, com fator igual ou superior a 30; evitar atividades que exijam grandes esforços físicos, nomeadamente, desportivas e de lazer no exterior; escolher as horas de menor calor para viajar de carro e não permanecer dentro de viaturas estacionadas e expostas ao sol; ter especial atenção a doentes crónicos, grávidas, crianças, idosos e pessoas com mobilidade reduzida. Os trabalhadores no exterior devem ainda hidratar-se frequentemente e trabalhar acompanhados, porque em situações de calor extremo pode ficar confusos ou perder a consciência;
  • No período de maior calor, correr as persianas ou portadas. Ao entardecer deixar o ar circular pela casa;
  • Informar-se quanto às previsões meteorológicas e seguir as recomendações da Direção-Geral da Saúde. Mais informação pode ser consultada aqui;
  • Reforça-se a necessidade de utilização da Linha SNS24 como primeiro ponto de contacto com o sistema de saúde. Em caso de emergência, ligar 112;
  • Atendendo ao aumento previsto da temperatura do ar, reforçou-se junto das Autoridades de Saúde e serviços de saúde a importância de divulgar as recomendações da Direção-Geral da Saúde e acautelar a possível necessidade de disponibilizar à população Abrigos Temporários climatizados, sobretudo às populações de risco. Reforçou-se a importância de divulgar produtos de comunicação e informação no âmbito da proteção contra o calor através dos meios de comunicação social regionais e/ou locais.

Artigo: A dor nos adolescentes com paralisia cerebral – dados preliminares do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral – INSA

imagem do post do Artigo: A dor nos adolescentes com paralisia cerebral – dados preliminares do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral

22-08-2023

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia e enquanto parceiro do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral (PVNPC), efetuou um estudo com o objetivo de estimar a prevalência de dor em adolescentes com paralisia cerebral (PC) e avaliar o seu impacto multidimensional explorando associações com aspetos funcionais, níveis de gravidade e de complexidade do quadro clínico, e com a morbidade associada. O trabalho foi realizado tendo por base uma amostra de conveniência de adolescentes registados no PVNPC aos 5-8 anos de idade, nas duas regiões de Portugal com maior cobertura regional (Grande Lisboa e Alto Minho).

De entre os 164 adolescentes incluídos neste estudo preliminar, apenas se obteve informação sobre a dor em 107, dos quais 36 (34%) referiram ter dor. Destes, 21 (58%) identificaram a anca como a localização da dor, 17 (47%) os membros inferiores, 7 (19%) a coluna e 3 (9%) os membros superiores. De acordo com os resultados obtidos, os autores deste trabalho alertam para a elevada prevalência de dor em adolescentes com PC residentes no país.

“Este estudo alerta para o impacto multidimensional da dor nos adolescentes com PC e evidencia a sua relação com múltiplos aspetos funcionais, níveis de gravidade e de complexidade do quadro clínico, bem como com morbilidade associada. Sugere-se que a gestão da dor seja vista como uma prioridade clínica estratégica na paralisia cerebral, com a implementação de modelos individualizados de avaliação e gestão da dor”, sublinham ainda os autores nas suas conclusões.

A PC é a deficiência motora mais comum na infância e engloba um conjunto amplo de condições clínicas permanentes, mas não inalteráveis, com afetação do tónus, movimento e/ou postura, devidas a interferência/lesão/anomalia não progressiva do desenvolvimento do cérebro imaturo. Apesar de existirem poucos estudos específicos sobre dor crónica na PC, esta é a comorbilidade mais consistentemente relatada em diferentes estudos envolvendo pessoas com PC, nas diferentes idades. Alguns trabalhos referem a presença de dor em 30% a 80% dos adultos com PC, e em 32% das crianças e 74% dos adolescentes.

“A dor nos adolescentes com paralisia cerebral: dados preliminares do Programa de Vigilância Nacional da Paralisia Cerebral” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo INSA em acesso aberto. Para consultar o artigo de Teresa Folha, Ana João Santos, Joaquim Alvarelhão, Ana Cadete, Inês Vicente, Cândida Cancelinha e Daniel Virella, clique aqui.