Apresentação do Relatório de Avaliação da Campanha de Vacinação Sazonal contra a COVID-19 e contra a Gripe 2023-2024 – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) apresenta a 20 de junho de 2024, entre as 15h e as 18h, o Relatório de Avaliação da Campanha de Vacinação Sazonal contra a COVID-19 e contra a Gripe 2023-2024, e as Linhas Gerais da Campanha 2024-2025, no Auditório dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, em Lisboa.
No evento estarão presentes diversos parceiros da Campanha de Vacinação Sazonal contra a COVID-19 e contra a Gripe 2024-2025.
O evento tem assistência presencial sob convite, e transmissão pública em streaming em link a designar.
O programa provisório está disponível aqui:
Revisão de segurança de medicamentos com metamizol: risco de agranulocitose e medidas de minimização
Circular Informativa N.º 037/CD/550.20.001 de 17/06/2024
Para: Divulgação geral
Tipo de alerta: med
Contactos
- Centro de Informação do Medicamento e dos Produtos de Saúde (CIMI); Tel. 21 798 7373; E-mail: cimi@infarmed.pt; Linha do Medicamento: 800 222 444
18 jun 2024
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) iniciou uma revisão de segurança dos medicamentos contendo metamizol devido a preocupações sobre a eventual falta de eficácia das medidas atualmente existentes para minimizar o risco conhecido de agranulocitose.
Os medicamentos contendo metamizol são utilizados para o tratamento de dor moderada a grave e febre.
A agranulocitose é um efeito indesejável conhecido associado a estes medicamentos. Caracteriza-se por uma diminuição súbita e acentuada dos níveis de granulócitos, um tipo de glóbulos brancos, que pode levar a infeções graves, potencialmente fatais. Em Portugal, os Resumos das Características dos Medicamentos (RCM) contendo metamizol referem agranulocitose como efeito indesejável muito raro. Existem diferentes medidas de minimização deste risco implementadas em vários países da União Europeia.
Esta revisão foi iniciada uma vez que continuam a ser notificados casos de agranulocitose. O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA irá agora rever o risco de agranulocitose e as atuais medidas de minimização deste risco para todos os medicamentos contendo metamizol autorizados na União Europeia nas diferentes indicações terapêuticas. O PRAC avaliará ainda o impacto desta reação adversa na relação do benefício-risco destes medicamentos e emitirá recomendações de acordo com a sua avaliação.
Salienta-se que os doentes a quem foi prescrito metamizol não devem interromper o tratamento. Apenas será necessário consultar imediatamente o seu médico, caso surjam sinais e sintomas de discrasia sanguínea, tais como mal-estar geral, infeção, febre persistente, hematomas, hemorragias ou palidez.
Aos médicos prescritores e restantes profissionais de saúde solicita-se especial atenção para a prevenção e/ou deteção precoce do aparecimento deste ou de outros efeitos indesejáveis.[1]
O Infarmed continuará a acompanhar e a divulgar todas as informações pertinentes relativas a esta matéria, em coordenação com os restantes parceiros e com a EMA.
O Presidente do Conselho Diretivo
(Rui Santos Ivo)
Formação de Enfermeiros
Ministra da Saúde lança o desafio para a formação de mais enfermeiros especialistas
“O país precisa de mais enfermeiros especialistas e, de modo particular, especialistas em enfermagem de saúde materna e obstétrica, de modo a garantirmos que as crianças nasçam em segurança”, afirmou ontem a Ministra da Saúde na sessão comemorativa dos 128 anos da Escola Superior de Enfermagem do Porto, sublinhando que “no Plano de Emergência da Saúde, o Governo volta a colocá-los num lugar de destaque no acompanhamento da gravidez e do parto”.
Nesta sessão comemorativa, ficou o compromisso: “Tudo faremos para que o enfermeiro de família seja uma realidade nos nossos cuidados primários”.
A Ministra da Saúde realçou o trabalho desenvolvido também pela instituição na área da investigação. A Escola Superior de Enfermagem do Porto “tem sido um parceiro importante no ensino pós-graduado em enfermagem no desenvolvimento de competências especializadas em enfermagem médico-cirúrgica, reabilitação, pediatria, saúde comunitária, saúde mental, e saúde materna e obstétrica”, sublinhou.
Na sua intervenção, houve ainda oportunidade para reconhecer o papel dos enfermeiros no trabalho desenvolvido pela Rede de Cuidados Continuados Integrados. A Ministra da Saúde revelou que nas próximas duas semanas será nomeado o enfermeiro coordenador para a Rede de Cuidados Continuados Integrados. “É mais do que obrigação nossa, neste momento, conseguirmos com todos vós fazer a diferença para aqueles que são cada vez mais e que precisam de cuidados continuados integrados, seja de curta, de média ou de longa duração”, sublinhou Ana Paula Martins.
Cirurgia pioneira com sucesso no Hospital de Tomar
ULS Médio Tejo utiliza técnica inovadora que leva à cura de grave problema urinário
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo realizou pela primeira vez, no Hospital de Tomar, um procedimento cirúrgico inovador no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O beneficiário foi Carlos Freire, que, apesar de ter vencido um cancro na bexiga, mantinha um severo problema urológico que afetava gravemente sua qualidade de vida.
De acordo com a ULS, o utente Carlos Freire, de 60 anos, sofreu durante dois anos com a estenose da uretra, que resultou em múltiplas cirurgias tradicionais sem sucesso e grande desconforto. A nova técnica, liderada por João Carlos Dias, envolveu a utilização de um um balão endoscópico revestido com paclitaxel, um agente quimioterápico, proporcionando alívio imediato e uma alta taxa de sucesso.
“O procedimento foi um sucesso absoluto. Estamos todos muito satisfeitos: esta cirurgia fez realmente a diferença na vida do nosso utente. Os sintomas da doença foram mitigados e a qualidade de vida do paciente melhorou de imediato”, afirmou João Carlos Dias.
Casimiro Ramos, Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, também enfatizou a importância da inovação e tecnologia na ULS Médio Tejo, garantindo um ambiente de trabalho gratificante para os profissionais de saúde e um elevado nível de cuidado para os pacientes.
30 Anos do Programa de Transplantação Renal com Dador Vivo do Hospital de Santa Cruz
ULS de Lisboa Ocidental homenageia profissionais e dadores em cerimónia comemorativa
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Lisboa Ocidental assinalou no dia 17 de junho, os 30 anos do programa de transplantação renal com dador vivo do Hospital de Santa Cruz. A cerimónia, que teve lugar no auditório do Hospital de Santa Cruz, juntou profissionais, dadores e recetores para uma emotiva homenagem, onde foram lembrados António Pina e Pita Negrão, “pais” do programa que já partiram.
Lançado a 16 de junho de 1994, o programa de transplantação renal com dador vivo do Hospital de Santa Cruz foi o primeiro a iniciar-se no Serviço Nacional de Saúde (SNS), tendo realizado um total de 275 transplantes até à data. O mais recente transplante ocorreu no dia 22 de maio deste ano.
O evento contou com a presença da presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), Maria Antónia Escoval, da Coordenadora Nacional de Transplantação, Margarida Ivo, da presidente da Sociedade Portuguesa de Transplantação, Cristina Jorge, e do presidente da Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR), José Miguel Correia.
Durante a cerimónia, foram homenageados vários profissionais pelo seu “ato de amor” e dedicação à transplantação, incluindo Humberto Messias, António Nogueira, António Martinho, a Enfermeira Serpa Pimentel, António Pina e Pita Negrão.
Representando os “heróis” da dádiva renal, estiveram presentes Anizabel Santos, a primeira dadora do programa que doou um rim à irmã em 1994, e outros três dadores: José Pereira, Ana Fatério e Isabel Maia. As suas histórias ilustraram o impacto transformador da transplantação renal com dador vivo. José Pereira e a sua mulher Ana Cristina partilharam como a transplantação lhes permitiu realizar o sonho de fazer os Caminhos de Santiago, enquanto Cátia Maia relatou que a doação de um rim por parte da sua mãe, Isabel, possibilitou-lhe ser mãe.
“Hoje este tema é absolutamente atual e vital para a atividade de transplantação, mas há 30 anos foi preciso ousar, inovar e acreditar que era possível dar início a esta atividade em Portugal e no Hospital de Santa Cruz. Foi preciso acreditar em valores como o altruísmo e o amor ao próximo, tão presentes nos dadores e recetores, valores sem os quais este programa não seria possível”, sublinhou a presidente do conselho de administração da ULS de Lisboa Ocidental, Carla Gonçalo.
O serviço de transplantação renal da ULS de Lisboa Ocidental é centro de referência do SNS desde 2016 e já fez mais de 1700 transplantes desde a sua criação na década de 1980.
Diretora-Geral da Saúde reforça a importância da evidência científica para a confiança na Saúde em Portugal
A necessidade de investimento na Saúde Pública e na investigação foram destacados pela Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, na CNN Summit “Inovação na Saúde”, que decorreu a 18 de junho de 2024 em Lisboa, sublinhando que “cada vez mais as nossas decisões têm de ser baseadas em evidência. É importante tornar as nossas decisões mais certas para que os cidadãos continuem a confiar na Saúde em Portugal”.
Rita Sá Machado integrou o debate sobre a saúde no futuro, que contou também com a presença do Presidente do Infarmed, Rui Santos Ivo, da Diretora do Instituto de Medicina Molecular de Lisboa, Maria Manuel Mota, e do Presidente do Conselho Português para a Saúde e Ambiente, Luís Campos.
No debate, a Diretora-Geral da Saúde abordou a evolução tecnológica, realçando que a implementação da Inteligência Artificial é decisiva. “A quantidade de informação necessária de analisar já não é possível apenas com trabalho humano. [A Inteligência Artificial] vai permitir-nos dar respostas, alterar as nossas próprias intervenções na área da saúde, acelerar algumas das nossas decisões”, frisou.
Questionada sobre se hoje estamos mais bem preparados para lidar com futuras epidemias, Rita Sá Machado referiu que “estamos a trabalhar num Plano de Preparação e Resposta Nacional para uma Emergência em Saúde Pública, que depois é adaptado para as suas diferentes ameaças. A inovação ajuda-nos a preparar e a ter estes sistemas de alerta para uma possível epidemia”. “Vamos estar melhor preparados. Nós, os diferentes setores, é importante que todos consigamos perceber qual é o nosso papel”, sublinhou.
O evento contou ainda com a presença da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, bem como de outros líderes e especialistas nacionais.