Infeções respiratórias – reforço das medidas básicas de prevenção e controlo de infeção – DGS
A Direção-Geral da Saúde (DGS) informa sobre o aumento da transmissão da COVID-19, com 26 casos a 7 dias por 100.000 habitantes a 30/06/2024, apresentando uma tendência crescente.
Este valor superou o pico de incidência do último inverno de 12 casos a 7 dias por 100.000 habitantes (coincidente com o aumento da prevalência da subvariante BA.2.86, sobretudo sublinhagem JN.1), no entanto inferior ao pico de incidência do último verão de 42 casos por 100.000 habitantes (coincidente com o aumento de prevalência da subvariante XBB.1.9., com nova descendente EG.5.1). Este aumento coincide com o aumento da prevalência de uma descendente da JN.1, a sub-linhagem KP.3 (51,3% das amostras entre as semanas 19 e 22 de 2024), que foi classificada recentemente como variante sob monitorização pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC, na sigla inglesa).
Observa-se, igualmente, uma tendência crescente da proporção de episódios de urgência por COVID-19 em todas as regiões e grupos etários, sendo o crescimento mais evidente nos grupos etários mais velhos.
A mortalidade específica por COVID-19 correspondeu a 15 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes, tendo ultrapassado os valores máximos obtidos nos últimos inverno e verão, respetivamente 10 e 13 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes. Todos os valores encontram-se inferiores ao limiar do ECDC de 20 óbitos a 14 dias por milhão de habitantes. Cerca de 70% dos óbitos ocorreram em pessoas com 80 e mais anos, e a região com maior taxa de mortalidade correspondeu ao Algarve, que mantém uma tendência crescente. Cerca de 44% dos óbitos não tinham registo de vacinação sazonal na última época, e entre os 8 óbitos com menos de 60 anos, 6 óbitos não tinham registo de vacinação sazonal na última época apesar de terem indicação para a mesma, atendendo às comorbilidades que apresentavam.
O ECDC considera improvável que estas novas mutações estejam associadas a aumento na gravidade da infeção ou a uma redução na eficácia da vacina contra doença grave, em comparação com as variantes BA.2.86 anteriormente em circulação. No entanto, os indivíduos mais velhos, ou com doenças subjacentes, ou previamente não infetados podem desenvolver sintomas graves, se infetados.
Assim, e apesar da situação epidemiológica de momento ter um impacto limitado na procura dos serviços de saúde e mortalidade geral, face à tendência de crescimento observada, associado a períodos de calor nos próximos dias, é possível que se observe período de excesso de mortalidade, pelo que se vem reforçar a importância de adequar as medidas de proteção da doença, contribuindo para reduzir a transmissão a terceiros.
A DGS recomenda o reforço das medidas básicas de prevenção e controlo de infeção:
• se tiver sintomas de infeção respiratória – Tosse, Febre, Dor de cabeça, Dificuldade respiratória – deve optar por usar máscara, manter distanciamento físico e evitar ambientes fechados ou aglomerados;
• adotar a etiqueta respiratória, ao tossir ou espirrar: tapar o nariz e a boca com um lenço de papel ou com o braço e, posteriormente, deitar o lenço no lixo e lavar as mãos, ou usar solução alcoólica com pelo menos 60% álcool;
• lavar e/ou desinfetar as mãos frequentemente;
• manter os espaços ventilados, preferencialmente através de ventilação natural, procedendo à abertura de portas e/ou janelas;
• ligar SNS 24 – 808242424, em caso de persistência dos sintomas.
Restrições à publicidade de alimentos não saudáveis a menores de 16 anos com boa taxa de cumprimento, mas exposição ainda é elevada – DGS
Os resultados do estudo de avaliação de impacto da Lei n.º 30/2019, de 23 de abril, que introduziu restrições à publicidade de alimentos não saudáveis a menores de 16 anos, mostram uma boa taxa de cumprimento da Lei, porém os resultados apresentados neste estudo mostram também que as crianças portuguesas se encontram amplamente expostas à publicidade a alimentos com um perfil nutricional desadequado. Cerca de 20% dos anúncios analisados neste estudo apresentam conteúdo apelativo e atrativo para crianças e mais de 65% dos produtos publicitados não são saudáveis.
Estes são os principais resultados do primeiro estudo de avaliação de impacto da lei portuguesa que introduziu restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos, divulgado hoje e desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com Direção-Geral do Consumidor (DGC), Direção-Geral da Educação (DGE) e Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV). Este estudo representa uma das primeiras avaliações a nível europeu de legislação que visa regular a publicidade alimentar dirigida a crianças.
Os dados deste relatório sugerem que apesar de se estar a cumprir, na sua maioria, as restrições previstas na Lei, está a ser feito um investimento em áreas, canais e estratégias ainda não regulados ou menos fiscalizados. Os resultados das ações de fiscalização da DGC sugerem uma maior preocupação com o ambiente digital, na medida em que cerca de 80% das infrações detetadas à Lei n.º 30/2019, de 23 de abril foram no segmento online. Como estratégias destaca-se o patrocínio, a utilização de sistemas de verificação da idade para acesso aos conteúdos dos sites, e a “alegação” de que o conteúdo não é dirigido para menores de 16 anos, mas sim conteúdo dirigido para um público diferente.
Entre 2019 e 2022 verificou-se um aumento da percentagem de produtos alimentares que cumprem os critérios de perfil nutricional definidos pela DGS, nomeadamente para as categorias de produtos alimentares para as quais se reconhece valor nutricional (iogurtes sólidos e líquidos, cereais de pequeno-almoço e leites aromatizados). Estes dados podem sugerir que a Lei n.º 30/2019, de 23 de abril e o Despacho n.º 7450-A/2019, de 21 de agosto também está a ter um papel importante no incentivo à reformulação dos produtos alimentares, promovendo, em particular, a redução do teor de sal e de açúcar nos alimentos.
Este estudo de avaliação contemplou um processo de auscultação a diferentes entidades, nomeadamente, as associações representantes dos setores económicos da área agroalimentar, comunicação, publicidade e marketing, bem como representantes de outras entidades públicas e instituições da academia, sociedades científicas e profissionais na área da saúde pública e nutrição.
O relatório apresenta, também, um conjunto de recomendações para que a regulação da publicidade alimentar dirigida a crianças possa ser mais efetiva, nomeadamente: implementar medidas complementares que promovam uma menor exposição das crianças ao marketing de alimentos não saudáveis; alterar o limite etário definido pela Lei n.º 30/2019, de 23 de abril para os 18 anos, e garantir a existência de recursos adequados para os mecanismos de fiscalização da legislação que restringe a exposição das crianças ao marketing de alimentos com perfil nutricional desadequado.
O Estudo está disponível aqui:
Diretora-Geral da Saúde reforça que Portugal é um caso de sucesso internacional por implementar lei que introduz restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos
“A regulação do marketing alimentar dirigido a crianças é uma importante medida de saúde pública para a promoção da alimentação saudável”, reforçou a Diretora-Geral da Saúde, Rita Sá Machado, durante a apresentação do estudo de avaliação da lei que introduziu restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos.
O evento, que decorreu a 5 de julho de 2024, no Heden Santa Apolónia em Lisboa, teve como objetivos a divulgação dos resultados do Estudo, bem como apresentar recomendações com vista a uma maior regulação da publicidade alimentar dirigida a crianças. O Estudo foi desenvolvido pela Direção-Geral da Saúde (DGS), em articulação com Direção-Geral do Consumidor (DGC), Direção-Geral da Educação (DGE) e Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A Diretora-Geral da Saúde salientou, durante a sua intervenção, que “desde 2010 que uma resolução aprovada pela Assembleia Mundial da Saúde recomenda e faz um apelo para que, de forma concertada, sejam implementadas medidas que reduzam o impacto nas crianças, do marketing de alimentos não saudáveis. Porém, a implementação de medidas nesta área, pelos diferentes Estados Membros, tem sido lenta. Portugal é um dos poucos países que conseguiu aprovar e implementar uma lei que introduz um conjunto de restrições à publicidade alimentar dirigida a menores de 16 anos”.
A Diretora do Programa Nacional de Promoção Alimentar Saudável (PNPAS) da Direção-Geral da Saúde (DGS), Maria João Gregório, apresentou os resultados do Estudo, demonstrando que as crianças portuguesas se encontram amplamente expostas à publicidade a alimentos com um perfil nutricional desadequado. Cerca de 20% dos anúncios analisados neste estudo apresentam conteúdo apelativo e atrativo para crianças e mais de 65% dos produtos publicitados não são saudáveis. Neste sentido, apesar de se estar a cumprir, na sua maioria, as restrições previstas na Lei, está a ser feito um investimento em áreas, canais e estratégias ainda não regulados ou menos fiscalizados.
Na sessão de encerramento, Rita Sá Machado reafirmou o compromisso da DGS em avaliar os resultados e o impacto das políticas que são implementadas. “Contem com a DGS para que possamos proteger, cada vez mais e melhor, as crianças portuguesas do marketing de alimentos não saudáveis e consequentemente a saúde das crianças”.
O evento contou ainda com intervenções de Pedro Portugal Gaspar, Diretor-Geral do Consumidor, e Kremlin Wickramasinghe, Regional Adviser for Nutrition, Physical Activity and Obesity, da OMS Europa.
APP MyULSViseuDL
ULS Viseu Dão Lafões lança aplicação para facilitar interação com utentes
A Unidade Local de Saúde (ULS) Viseu Dão Lafões, E.P.E. disponibiliza agora aos seus utentes um novo canal de comunicação: o Portal do Utente, acessível através do computador, e a APP MyULSViseuDL, otimizada para telemóvel. Estas ferramentas foram desenvolvidas para proporcionar uma maior autonomia, facilidade e rapidez na interação dos utentes com os serviços hospitalares, proporcionando a comunicação online e evitando deslocações ou contatos telefónicos.
Funcionalidades Disponíveis
Atualmente, as aplicações oferecem diversas funcionalidades, incluindo:
- Consultar agendamentos de atos clínicos;
- Receber notificações de alerta sobre marcações futuras;
- Consultar o histórico da sua relação com os serviços hospitalares da ULS Viseu Dão Lafões;
- Efetivar consultas hospitalares, sem ter de se deslocar a um quiosque ou secretariado, de forma integrada com o sistema de chamada;
- Justificar faltas e solicitar remarcação de consultas;
- Obter declarações de presença do próprio;
- Aceder a resultados de análises clínicas;
- Efetuar pedidos de informação clínica, com possibilidade de envio para o email certificado na App pelo utente;
- Solicitar informações várias;
- Fazer elogios, sugestões ou reclamações.
Acesso e Registo
O Portal do Utente está acessível em https://mychtv-ulsvdl.min-saude.pt. A App MyULSViseuDL pode ser descarregada gratuitamente através do Google Play (Android) e da App Store (Apple). O registo pode ser realizado utilizando a Chave Móvel Digital, o Cartão de Cidadão, ou o número de utente do Serviço Nacional de Saúde (SNS), com confirmação através de uma SMS enviada para o número de telemóvel registado no Registo Nacional de Utente (RNU).
ULS Estuário do Tejo e Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira assinam protocolo de cooperação
Acordo visa reduzir “internamentos sociais” e diminuir a pressão de doentes que permanecem no Serviço de Urgência
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Estuário do Tejo, EPE, e a Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira assinaram um protocolo de cooperação com o objetivo de proporcionar uma resposta mais rápida para os doentes que permanecem internados após alta clínica, designados como “internamentos sociais”. Este acordo visa libertar camas nas enfermarias e, assim, reduzir a pressão de doentes que permanecem no Serviço de Urgência a aguardar internamento em enfermaria.
“É uma longa estrada que se abre de cooperação e será muito útil pois servirá a população que as duas Instituições servem”, afirmou Carlos Andrade Costa, presidente do Conselho de Administração da ULS Estuário do Tejo. Armando Carvalho, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira, destacou a importância de “uma ligação forte à ULS Estuário do Tejo de forma a servirmos melhor os nossos utentes”.
O protocolo prevê que a Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira ceda 14 camas à do ULS do Estuário do Tejo, EPE. Essas camas serão utilizadas por doentes que não necessitam de cuidados hospitalares e que aguardam resposta da Rede Nacional de Cuidados Continuados. “Sendo doentes que não necessitam de cuidados hospitalares acabam por ter um impacto no que é a fluidez de doentes para as camas de enfermaria, pois essas camas de enfermaria estão ocupadas com estas situações. A ida destes utentes para a Misericórdia libertará essas camas de enfermaria”, explicou Carlos Andrade Costa.
Além disso, ao abrigo deste protocolo, a ULSETEJO irá realizar formações em Suporte Básico de Vida para todos os colaboradores da Santa Casa da Misericórdia de Vila Franca de Xira, promovendo a capacitação e preparação dos profissionais.
Este protocolo entrará em vigor a partir de 1 de julho e terá duração até 31 de dezembro de 2024.
Lançamento do webjournal Ocidental
Médicos da ULS de Lisboa Ocidental criam plataforma para divulgação de casos clínicos
No dia 1 de julho, foi lançado o “webjournal Ocidental”, uma plataforma inovadora criada por internos da Unidade Local de Saúde (ULS) de Lisboa Ocidental para promover a publicação de casos clínicos nas áreas cirúrgicas, médico-cirúrgicas e de anestesiologia.
De acordo com a ULS de Lisboa Ocidental, esta é a primeira revista científica em Portugal com tal abrangência, especificamente destinado à publicação de casos clínicos onde os internos são os primeiros autores. A iniciativa surgiu durante o internato de cirurgia, quando Diogo Cardoso e Vasco Cardoso, juntamente com as médicas Zacharoula Sidiropoulou e Rita Martins, identificaram esta necessidade.
“Sentimos que havia esta necessidade porque é muito difícil a publicação de casos clínicos quando se é interno, quer pelo tempo despendido, quer pelo custo que muitas vezes acarreta”, explica Diogo Cardoso, especialista em Cirurgia Geral há um ano. Vasco Cardoso, que concluiu a especialidade este ano, acrescenta: “Queríamos, por um lado, uma plataforma que facilitasse esse processo e, por outro, que permitisse a partilha e troca de informação sobre casos clínicos nas várias especialidades médico-cirúrgicas e anestesiologia.”
Com o suporte do Serviço de Sistemas e Tecnologias de Informação da ULS de Lisboa Ocidental, o “Ocidental” já está online, alojado no site da entidade, e publicou os primeiros quatro casos clínicos, com muitos outros em preparação.
A plataforma aceita submissões de qualquer ponto do país e pode ser consultada em: www.ulslo.min-saude.pt.
Secretária de Estado da Saúde participa em Reunião Plenária do Grupo de Trabalho Intersetorial para Doenças Raras
Ana Povo elogia esforços do grupo e reafirma apoio na articulação com diversas entidades para o desenvolvimento do Plano Nacional Intersetorial para Doenças Raras
No dia 26 de junho, realizou-se a sexta reunião plenária do Grupo de Trabalho Intersetorial (GTIDR) para as Doenças Raras, nas instalações do Ministério da Saúde, em Lisboa, com o apoio da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde. A sessão contou com a presença da Secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, e da Coordenadora do grupo, Maria do Céu Machado.
Na ocasião, a Secretária de Estado elogiou o trabalho realizado pelo grupo até à data, expressou o seu total apoio e reafirmou a sua disponibilidade para facilitar a articulação com as diversas entidades envolvidas.
Desde a sua formação, o grupo tem desenvolvido várias atividades:
- Reuniões Plenárias: Realização de 6 reuniões plenárias para discutir o progresso e planeamento das atividades.
- Reuniões do Grupo Core: Condução de 32 reuniões com audições a instituições, peritos e associações de doentes, promovendo um diálogo amplo e inclusivo.
- Consultas Internacionais: Realização de calls com peritos da Noruega e Suécia, bem como com a EURORDIS (Organização Europeia para as Doenças Raras).
- Fórum “Doenças Raras: da Estratégia à Pessoa”: Evento realizado em 29 de janeiro de 2024, na Aula Magna da Faculdade de Medicina de Lisboa, com a participação de mais de 200 profissionais e doentes/associações, em formato híbrido.
Composição e apoio do GTIDR
O GTIDR é composto por representantes dos Ministérios da Saúde, da Educação, Ciência e Inovação e do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e conta com o apoio da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.
Cronograma de Ações
O grupo de trabalho delineou um cronograma detalhado para os próximos meses de 2024: de junho a setembro, haverá continuação das audições e elaboração do Plano Nacional; no fim de setembro, o plano será apresentado e discutido com as equipas ministeriais da saúde e interministerial; em outubro, será publicado online para discussão pública; em novembro, serão integrados os contributos recebidos durante a consulta pública; e em dezembro, ocorrerá a aprovação final pelo Ministério da Saúde e pela equipa interministerial.
Governo assina protocolos negociais com médicos e enfermeiros
Negociações com os Sindicatos representantes destes profissionais iniciam-se ainda durante o mês de julho
O Governo, representado pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério das Finanças, assinou ontem, dia 3 de julho, com o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), com o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), Sindicato dos Enfermeiros (SE), Sindicato Independente dos Profissionais de Enfermagem (SIPEnf), Sindicato Independente de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) e com o Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) os respetivos protocolos com vista ao início das negociações.
Do protocolo assinado com o SIM, constam temas SIADAP, organização do trabalho, formação e tabelas remuneratórias.
Já dos protocolos negociados com os enfermeiros, constam temas ligadas à carreira de enfermagem, especificamente a tabela salarial, a questão da organização do tempo de trabalho e outras matérias já identificadas por estes sindicatos.
“Não tinha dúvidas que iriamos acordar num protocolo. Tanto o Governo, como os médicos e enfermeiros querem muito fazer parte da solução. Todas as reuniões decorreram com sucesso, diálogo, boa-fé e sentido de responsabilidade”, afirmou a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins.
As negociações com os Sindicatos representantes destes profissionais iniciam-se ainda durante o mês de julho.
Relatório “Envelhecimento em Saúde: Caracterização da saúde da população idosa em Portugal”: é já na próxima semana – INSA
05-07-2024
É já na próxima semana que o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Epidemiologia (DEP), apresenta, nas suas instalações em Lisboa, o relatório “Envelhecimento em Saúde: Caracterização da saúde da população idosa em Portugal”. O trabalho, que será divulgado dia 8 de julho (10:00), tem como objetivo contribuir para o conhecimento da realidade da população idosa portuguesa através da integração e síntese de informação sobre saúde.
Obtidos através do recurso a fontes estatais nacionais e europeias, inquéritos de saúde nacionais e estudos de temas específicos, os dados a serem apresentados são os mais recentes, publicados e disponíveis à data de dezembro de 2021, variando o período dos diferentes indicadores, de acordo com a temática apresentada e a informação disponível. O relatório inclui ainda cinco capítulos com informação sobre aspetos demográficos e sociais, relacionada com o bem-estar e a qualidade de vida, referente às condições e ao estado de saúde e à utilização dos serviços de saúde por parte da população idosa.
O programa da sessão prevê ainda as apresentações de Jose Ignacio Guinaldo Martin, professor auxiliar no Departamento de Educação e Psicologia da Universidade de Aveiro, e de Ana Paula Gil, professora associada no Departamento de Sociologia da Faculdade de Ciências e Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, sobre a relevância dos dados para as políticas e programas para a população idosa, e sobre a informação na compreensão do processo de envelhecimento em Portugal, respetivamente. A participação no evento é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia.
O DEP do INSA desenvolve as suas atividades nos domínios da investigação e da observação sobre os estados de saúde e de doença da população residente em Portugal, suas determinantes e utilização dos cuidados de saúde tendo em vista a obtenção de evidência para a decisão em saúde pública. Produz, de forma contínua ou periódica, dados destinados à investigação e à vigilância através de sete instrumentos de observação por si desenvolvidos, e utiliza dados gerados durante períodos limitados de tempo, especificamente no âmbito de projetos de investigação, implementando e participando ainda em sistemas de vigilância.
Comissão Europeia promove auditoria ao Instituto Ricardo Jorge no âmbito da resposta ao vírus da gripe aviária
05-07-2024
Uma equipa de auditores da Comissão Europeia realizou, dia 24 de junho, nas instalações do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), uma auditoria à implementação da legislação em saúde animal nos domínios da preparação e operacionalização da vigilância das Gripes Aviárias de Alta Patogenicidade (GAAP) e subsequentes controlos de surtos.
Organizada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), a auditoria envolveu várias entidades da área da veterinária, saúde humana, saúde pública e ambiente e teve início com a apresentação do Programa Nacional de Vigilância da Gripe e Vírus Respiratórios (PNVG) e respetivas atividades de vigilância, diagnóstico e sequenciação genética, bem como da capacidade instalada do INSA para a resposta a eventuais surtos de gripe aviária.
Assegurado por representantes dos departamentos de Doenças Infecciosas (DDI) e de Epidemiologia (DEP) do INSA, o encontro incluiu ainda a visita ao Laboratório Nacional de Vigilância da Gripe e Vírus Respiratórios, bem como ao Núcleo de Genómica e Bioinformática do DDI e à Unidade de Tecnologia e Inovação do Departamento de Genética Humana.
Paralelamente à auditoria, foi ainda efetuado um estudo de fact-finding, com o propósito de identificar, através de uma abordagem One Health, boas práticas, lacunas e riscos em relação à coordenação, orientação e outras ações políticas que possam ser relevantes para reduzir potenciais riscos do vírus da gripe aviária para animais e humanos.
O PNVG tem como objetivos a recolha, análise e disseminação da informação sobre a atividade gripal, assim como a identificação e caracterização dos vírus da gripe em circulação em cada época e a identificação de vírus emergentes com potencial pandémico e que constituam um risco para a saúde pública. Compete ao Departamento de Doenças Infeciosas, através do seu Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe, a vigilância epidemiológica da gripe, em colaboração com o Departamento de Epidemiologia do Instituto Ricardo Jorge.
Webinar “Aleitamento materno: um saudável começo de vida” – INSA
05-07-2024
O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição), promove, dia 9 de outubro, um webinar intitulado “Aleitamento materno: um saudável começo de vida”. A iniciativa tem como objetivo abordar e debater conceitos teóricos e práticos sobre a importância do aleitamento materno, quais os benefícios para a mãe e para o bebé e ainda a análise da situação de Portugal relativa à taxa e duração do aleitamento.
Neste sentido, serão abordadas no evento as seguintes temáticas: O aleitamento materno em Portugal; A importância do aleitamento materno e seus benefícios; A amamentação como um componente-chave do desenvolvimento sustentável; Iniciativas de saúde pública com vista à proteção, promoção e apoio do aleitamento materno. A participação no webinar é gratuita, mas carece de registo prévio através do preenchimento do seguinte formulário.
A alimentação é um dos determinantes mais importantes da saúde humana, sendo que nos primeiros anos de vida tem uma importância ainda maior. A promoção do aleitamento materno é uma das formas mais eficazes de melhorar a saúde das crianças e o leite materno a melhor forma de alimentar os bebés nos primeiros meses de vida, por ser um alimento vivo, completo e natural, assegurando um crescimento e desenvolvimento saudáveis.
É por esta razão que a Organização Mundial de Saúde estabeleceu como recomendação o aleitamento materno exclusivo nos primeiros seis meses de vida e a sua manutenção como complemento até, pelo menos, aos dois anos. Apesar destas recomendações e da vasta evidência sobre os benefícios da amamentação, a sua prevalência na Europa, especialmente a do aleitamento materno exclusivo, permanece baixa.