Alerta de Supervisão nº5/2024
Obrigações do prestador de cuidados de saúde do setor privado, cooperativo e social relativas ao formato eletrónico do livro de reclamações
A Entidade Reguladora da Saúde, no exercício dos seus poderes de supervisão, emite o seguinte alerta aos prestadores de cuidados de saúde do setor privado, cooperativo e social relativas ao formato eletrónico do livro de reclamações
Circular Informativa n.º 12/2024
Calendário do Orçamento do Estado para 2025
Dia Nacional da Doação de Órgãos e da Transplantação
ULS do Médio Tejo colhe 227 órgãos em 15 anos de atividade ao serviço da causa da transplantação
A Unidade Local de Saúde (ULS) do Médio Tejo celebra 15 anos de atividade na colheita de órgãos para transplantação. Durante este período, a Equipa de Colheita de Órgãos e Tecidos do Serviço de Medicina Intensiva colheu 227 órgãos para transplantação, provenientes de 97 dadores.
No primeiro semestre de 2024, na Unidade Hospitalar de Abrantes, foram colhidos sete órgãos – três fígados e quatro rins – provenientes de três dadores. A ULSMT tem contribuído para que Portugal se mantenha entre os países com os melhores indicadores de colheita de órgãos a nível mundial, com uma média de 35,8 dadores por milhão de habitantes.
A doação de órgãos é um gesto altruísta que beneficia muitas pessoas que aguardam um transplante para melhorar a sua saúde e qualidade de vida. Em 2023, foi registado um recorde nacional de 963 órgãos transplantados, com 30 provenientes de 13 dadores do Médio Tejo.
“Há 15 anos, embarcámos numa das missões mais nobres da Medicina moderna: salvar vidas através da doação de órgãos para transplantação. Ao longo dessa jornada, testemunhamos a força da compaixão humana e a transformação que um único gesto pode gerar. No Dia Nacional da Doação e Transplantação de Órgãos, celebramos os resultados excecionais alcançados pela nossa equipa multidisciplinar, mas jamais esquecendo que, por trás de cada órgão transplantado, existe uma história de amor, de perda, mas de esperança”, reflete Lucília Pessoa, Médica Intensivista, Coordenadora da Hospitalar de Doação de Órgãos da ULS Médio Tejo.
“Com 15 anos de experiência, que acabámos de celebrar, reafirmamos o nosso compromisso com a dádiva para a transplantação. Continuaremos a trabalhar com afinco para salvar mais vidas, honrando a memória dos doadores através das vidas que estes possibilitaram salvar, com os seus órgãos, e esperamos a cada dia poder inspirar novas gerações para o poder transformador da doação de órgãos na saúde de milhares de pessoas”, acrescenta Nuno Catorze, Diretor do Serviço de Medicina Intensiva da ULS Médio Tejo.
Em comunicado, o Presidente do Conselho de Administração da ULS Médio Tejo, Casimiro Ramos, remata: “Enfrentamos desafios constantes, pois a doação de órgãos é um tema complexo e sensível. No entanto, a nossa equipa especializada nunca desiste. Com empatia e foco, mantêm-se motivados para a identificação de potenciais doadores, passando também a mensagem de sensibilização da população sobre a importância desta nobre causa que a 20 de julho de assinala no calendário das efemérides nacionais”.
Podcast “Mais Conversa, Melhor Saúde” já estreou
ULS de Matosinhos lançou um novo projeto de literacia em Saúde, disponível em formato podcast e vídeocast
A Unidade Local de Saúde (ULS) de Matosinhos lançou um inovador projeto de literacia em Saúde intitulado “Mais Conversa, Melhor Saúde”. Este projeto, disponível em formato podcast e vídeocast, visa informar sobre algumas das doenças mais prevalentes e incentivar à prevenção e promoção da saúde. A iniciativa começou a ser divulgada esta semana através das redes sociais institucionais e está acessível no YouTube, Spotify e no site institucional.
Trata-se de um projeto de literacia em Saúde que pretende informar sobre algumas das doenças mais prevalentes, incentivando à prevenção e à promoção da saúde. Fora do consultório, sem bata ou estetoscópio, a conversa acontece à volta de um microfone, que fará chegar a mensagem a todos, e em qualquer ponto do país, acompanhada de um vídeo.
“Quero deixar de fumar. E agora?” é o tema do primeiro podcast, seguindo-se mais sete sobre diferentes temas, como “A Tuberculose – desmistificar conceitos”, “Conversa sobre cuidados paliativos”, “Obesidade – de que falamos?”, “Mitos e Realidades do pós-parto”, entre outros.
Médica e coordenadora da Unidade de Imunoalergologia, Cristina Lopes, a sua autora, acredita que “este projeto de literacia em Saúde, que pretende informar sobre algumas das doenças mais prevalentes, incentivando à prevenção e à promoção da saúde, será uma mais-valia na comunicação com utentes da ULS de Matosinhos, mas não só, pois trata-se de um formato facilmente acessível e disponível em qualquer ponto do país”.
Este projeto faz parte das comemorações dos 25 anos da ULS de Matosinhos, uma instituição pioneira na integração de cuidados primários e hospitalares. Conta também com o apoio da empresa Shake It, que tornou possível a sua concretização.
Legenda foto: Cristina Lopes (imunoalergologista), Joana Amado (pneumologista) e Fernanda Estevinho (oncologista) – da esquerda para a direita
Diretora-Geral da Saúde marca presença na 1.ª Conferência Internacional sobre a Doença Falciforme – DGS
No Dia Internacional da Anemia Falciforme, assinalado a 19 de junho, a Direção-Geral da Saúde (DGS) associou-se à efeméride tendo marcado presença na 1.ª Conferência Internacional sobre a doença.
Rita Sá Machado, Diretora-Geral da Saúde, fez parte do Painel “Lições e Compromissos para o futuro”, onde se destacou a importância de falar da Anemia Falciforme, não só pela melhoria da qualidade de vida dos indivíduos afetados, mas também pela promoção da equidade na Saúde global.
O evento, organizado pela Associação Portuguesa de Pais e Doentes com Hemoglobinopatias (APPDH – DrepaComunidade), pela Associação Lusófona de Especialistas para a Doença Falciforme (ALUA), pelo St. Jude Children’s Research Hospital e pela Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), teve como objetivos aumentar a consciencialização, compartilhar estratégias e dificuldades, e fortalecer a cooperação lusófona no âmbito desta doença.
A conferência reuniu especialistas e representantes da Organização Mundial de Saúde (OMS) e dos Ministérios da Saúde dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), além do Brasil e Portugal.
Abertas as candidaturas ao “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024”
19-07-2024
Já estão abertas as candidaturas ao “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024”, atribuído pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) no âmbito das comemorações do seu 125.º aniversário (1899-2024). O “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública” tem como objetivo contribuir para o progresso, promoção e reconhecimento da investigação e do apoio científico realizados em Portugal na área da Saúde Pública.
O “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública”, no valor de 25 mil euros, visa distinguir o melhor trabalho apresentado a concurso, e que cumpra critérios como o mérito e relevo científicos, a natureza inovadora do trabalho e/ou o desenvolvimento de novas metodologias, o impacto no ambiente e na sociedade e o potencial para promover conhecimento e inspirar mudanças na Saúde Pública. Os processos de candidatura serão aceites até ao dia 30 de setembro.
De acordo com o edital do concurso, podem candidatar-se ao “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública” todas as pessoas singulares, nacionais ou estrangeiras, que apresentem trabalhos inéditos e satisfaçam os requisitos previstos no Regulamento do Prémio. Os interessados em concorrer ao “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024” deverão apresentar as suas candidaturas através do preenchimento do seguinte formulário.
A entrega do Prémio e respetivo diploma será efetuada na sessão solene organizada no âmbito das celebrações do 125.º aniversário do INSA, que terá lugar dia 12 de novembro, no auditório da Fundação Champalimaud, em Lisboa, onde será apresentada uma breve comunicação sobre o trabalho premiado. O Júri do “Prémio Ricardo Jorge de Saúde Pública 2024”, presidido por Alexandre Quintanilha, poderá ainda atribuir até duas menções honrosas.
Para Alexandre Quintanilha, “há quatro grandes razões” que justificam a atribuição deste prémio em 2024, nomeadamente “a pandemia e os seus impactos na saúde global, o aumento da facilidade da propagação de doenças infeciosas, a necessidade de definição de estratégias em Saúde Pública e, claro, a homenagem a Ricardo Jorge, o fundador da Saúde Pública em Portugal”. O Júri do Prémio é ainda constituído pelas seguintes personalidades: Kamal Mansinho; Lèlita da Conceição dos Santos; Luísa Romão; Maria da Graça Freitas; Miguel Castanho; Válter Fonseca.
Índex das Revistas Médicas Portuguesas destaca artigo publicado no Boletim Epidemiológico Observações – INSA
19-07-2024
O artigo “Prescrição social e outras estratégias de promoção da saúde na comunidade: experiência de uma visita de intercâmbio internacional” foi distinguido como o artigo mais destacado na semana 28/2024 no Índex das Revistas Médicas Portuguesas (ÍndexRMP). Publicado na edição n.º 35 do Boletim Epidemiológico Observações, este estudo revela que as quedas nas pessoas idosas tendem a ocorrer mais frequentemente à medida que a idade avança, numa maior proporção nos locais onde permanecem mais tempo.
Neste estudo bem detalhado, publicado no último Boletim Observações do INSA e referente a 2023, o sistema EVITA registou 40.842 episódios de quedas entre pessoas com 65 +, com 31% ocorrendo em indivíduos com 85 +. As quedas foram mais comuns entre mulheres e cerca de 2/3 ocorreram em casa, tendo ainda sido verificado que as quedas representam mais de 70% das lesões nos idosos que recorrem às urgências, enfatizando a necessidade de programas de prevenção.
Em Portugal, as quedas têm sido identificadas como um dos problemas de saúde mais relevantes no envelhecimento da população, com expressão ao nível da morbilidade e mortalidade, causa de sofrimento, porventura evitável. Dada a tendência de envelhecimento da população é expectável que nos próximos anos o número de quedes aumente. Tal cenário implicará uma maior procura dos serviços de urgência por este motivo.
O ÍndexRMP reúne, de forma exaustiva desde 1992, os resumos dos artigos de todas as publicações médicas portuguesas e de áreas relacionadas com a saúde, identificando os seus títulos, autores e locais de trabalho, contando, atualmente, com cerca de 58.000 artigos e mais de 1.300 teses de doutoramento. Semanalmente, o ÍndexRMP atribui e divulga um artigo pelos seus mais de 11.000 utilizadores, premiando a qualidade e o sentido de oportunidade dos artigos distinguidos.
