12/10/2018
No decorrer da visita oficial à Venezuela, a Secretária de Estado da Saúde (SES), Rosa Valente de Matos, afirmou que Governo português está preparado para alargar, a outras regiões da Venezuela, a assistência médica a luso-venezuelanos dependendo das necessidades que sejam efetivamente detetadas.
«O primeiro caminho é ir ao encontro da Rede Portuguesa de Assistência Médica e Social (criada com a Associação de Médicos Luso-Venezuelanos – Assomeluve) que já está montada em cinco localidades (no Distrito Capital e nos Estados venezuelanos de Anzoátegui, Arágua, Carabobo e Bolívar) e que o Governo de Portugal sempre que for necessário a pode efetivamente alargar».
Rosa Valente de Matos esteve numa visita de seis dias à Venezuela, juntamente com o Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, José Luís Carneiro, que incluiu ainda representantes do Instituto de Emprego de Portugal, do Ministério da Administração Interna e da Direção-Geral dos Assuntos Consulares.
Durante a visita, os Ministérios da Saúde e dos Negócios Estrangeiros de Portugal assinaram um acordo, em Caracas, para reforçar o envio de medicamentos e a atenção médica local aos luso-venezuelanos. O acordo foi assinado por Rosa Valente de Matos e José Luís Carneiro, durante um encontro com luso-venezuelanos que teve lugar no Centro Português de Caracas.
Segundo Rosa Valente de Matos, o primeiro passo é que os portugueses façam o processo clínico e económico e, a partir daí, a resposta será dada mediante as necessidades efetivas.
A Secretária de Estado explicou ainda que Portugal já está a responder a casos de «doença crónica, oncológica, não só trazendo os medicamentos» mas também a alguns processos para que sejam garantidos tratamentos sempre que haja necessidade.
«Esta relação de proximidade que nós governantes estamos a fazer com esta população é muito útil porque é um dar e receber (…) é importante intensificar e de um lado e de outro perceber que todos temos que fazer esforços, todos, o Governo, os portugueses e lusodescendentes que neste momento estão na Venezuela, para que este processo seja de transparência e de ajudam mútua», disse.
Rosa Valente de Matos destacou que se vai ter agora condições para responder mais eficientemente aos problemas detetados. «Porque nos apercebemos daquilo que as pessoas precisam e querem. Portanto, criamos aqui uma rede, com o apoio obviamente das associações que já trabalham aqui, para permitir que essa resposta chegue mais atempadamente e mais diretamente àquilo que são as necessidades das pessoas», afirmou.
A Secretária de Estado da Saúde diz deixar a Venezuela «com um sentimento de que é preciso trabalhar, reforçar ainda mais estes canais», mas que «valeu a pena e cumpriu a sua missão», deslocando-se ao país.
Fonte: Lusa