É uma das oito novas unidade que fazem parte do programa de remodelação do equipamento de rasteiro do cancro da mama iniciado em 2015 pela Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC), num investimento global a rondar os 3,6 milhões de euros.
A aquisição desta unidade móvel resultou de uma parceria que envolveu a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, a LPCC e o Município de Nelas.
«A disponibilização desta unidade móvel, dotada das mais recentes tecnologias de deteção do cancro da mama, é a prova da vitalidade de uma estratégia de ganhos em saúde, assente numa parceria que muito honra as entidades que a subscreveram», elogiou na ocasião a Presidente do Conselho Diretivo da ARS Centro, Rosa Reis Marques agradecendo ao município de Nelas e à Liga Portuguesa Contra o Cancro.
A responsável sublinhou ainda que aquela unidade móvel «apresenta uma maior sensibilidade na deteção pré-clínica do cancro da mama».
Assim, explicou, é possível «detetar casos que, de outra forma, não seriam detetados ou que o seriam mais tardiamente».
A unidade móvel de rastreio ao cancro da mama vem ajudar na prevenção e controlo da doença que, no entender desta responsável «implicam uma verdadeira estratégia de saúde pública, assente em dois eixos fundamentais» como a prevenção e o tratamento.
«A prevenção, a um nível primordial e primário, e o tratamento dos casos detetados em fase pré-clínica e dos casos clinicamente diagnosticados», disse, assumindo que a “doença oncológica é um dos principais problemas de saúde pública à escala global e não é exceção no país e na região centro, face ao acentuado envelhecimento demográfico».
Rosa Reis Marques defendeu que «a adesão a rastreios organizados não só concorre para a saúde de quem os procura» como também se traduz num «verdadeiro exercício de cidadania em saúde, uma vez que concorre para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde».
Estatísticas
Segundo dados da Liga Portuguesa Contra o Cancro, entre 1990 e 2018, participaram em rastreios 432.977 mulheres e foram feitos perto de 1 milhão e 900 mil exames. 73.605 mulheres foram depois reavaliadas com exames complementares e 8.376 encaminhadas para diagnóstico e tratamento da doença.