Relatório de Situação nº 021 | 23/03/2020
Infeção por novo coronavírus (COVID-19) em PORTUGAL
Norma nº 004/2020 de 23/03/2020
COVID-19: FASE DE MITIGAÇÃO – Abordagem do Doente com Suspeita ou Infeção por SARS-CoV-2
Orientação nº 015/2020 de 23/03/2020
COVID-19: Diagnóstico Laboratorial
Norma nº 003/2020 de 19/03/2020 atualizada a 22/03/2020
Infeção por SARS-CoV-2 (COVID-19) – Farmácias comunitárias
Covid-19: Orientação sobre testes laboratoriais ao novo coronavírus
24-03-2020
A Direção-Geral da Saúde (DGS) lançou, dia 23 de março, uma orientação elaborada em articulação com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre o diagnóstico laboratorial para a Covid-19. O documento, que é dirigido aos profissionais do Sistema de Saúde, diz que “todos os casos suspeitos de infeção pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) devem ser submetidos a diagnóstico laboratorial”.
Preferencialmente, o diagnóstico deverá ser realizado na “Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do SARS-CoV-2, na rede complementar de laboratórios privados ou no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)”. Após a colheita da amostra, que deve ser feita por profissionais habilitados e com equipamento de proteção individual, esta deve ser enviada para o laboratório “o mais rapidamente possível”, de preferência em ambiente refrigerado.
Como uma só “amostra do trato respiratório superior pode não excluir a infeção”, é preferível o envio de duas amostras respiratórias de locais diferentes. Para fins de controlo ou de estudo, estas podem ser completadas por colheita de soro ou de outras amostras. Nos doentes sobreviventes, por exemplo, os profissionais de saúde devem considerar “a colheita e conservação de um par de soros (fase aguda e de convalescença) para o estudo imunitário retrospetivo”.
Entre as recomendações, o documento refere os vários tipos de amostras biológicas que devem ser colhidas (de acordo com a idade), como deve ser feita a comunicação com o laboratório e as condições de segurança no acondicionamento e transporte das amostras biológicas. Por fim, a orientação apresenta a monitorização laboratorial de casos confirmados.
Para consultar a Orientação nº 015/2020, clique aqui.
Covid-19 | Equipamentos de proteção
Portugal recebe esta semana quatro milhões de máscaras
O Estado português vai comprar à China equipamentos de proteção para a epidemia de covid-19 e esta semana chegarão quatro milhões de máscaras, anunciou o Secretário de Estado da Saúde, António Sales.
“Teremos mais dois milhões de máscaras cirúrgicas e dois milhões de máscaras FP2 e mais cerca de 50 mil zaragatoas”, material que será distribuído tendo em conta as necessidades, nomeadamente aos profissionais de saúde que estão a tratar de doentes covid-19, disse o governante, que falava na conferência de imprensa diária da Direção-Geral da Saúde, em Lisboa.
O Secretário de Estado especificou que hoje, dia 23 de março, parte um avião com destino à China para trazer o material, estando já previstos outros voos para o mesmo destino, para trazer mais material encomendado pelo Estado português a também material encomendado por privados.
Fonte: Lusa
Covid-19 | Centros de teste
Tendas montadas em Torres Vedras e Mafra para recolha de análises
Os centros de saúde de Torres Vedras e Mafra vão fazer despiste de doentes com eventuais sintomas de covid-19 e recolha de análises em tendas montadas junto às unidades e na Lourinhã existe um centro de despiste junto aos Paços do Concelho.
O diretor do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Oeste Sul, António Martins, explicou que “os Centros de Despiste de Coronavirus começaram a funcionar no sábado em Torres Vedras. Na Lourinhã e em Mafra, o arranque é na terça-feira”.
Na área do ACES Oeste Sul, existem 14 casos de infeção, quatro dos quais em Torres Vedras e 10 em Mafra, indicou o responsável.
Para as tendas, que foram instaladas com o apoio dos municípios e de outras entidades, como a Cruz Vermelha, “são reencaminhados utentes que se dirigem ao centro de saúde com sintomas compatíveis com a covid-19, para não serem misturados com outros doentes” nessas unidades. Os doentes que para ali são triados são sujeitos a consulta.
Em Torres Vedras, além da tenda, o atendimento é feito também numa viatura.
António Martins exemplificou que, durante o fim de semana, em Torres Vedras, foram atendidos nove casos, um dos quais foi identificado como suspeito e reencaminhado para a unidade de Torres Vedras do Centro Hospitalar do Oeste, para ser sujeito a análise.
Por serem os dois concelhos mais populosos, Mafra, com 100 mil habitantes, e Torres Vedras, com 80 mil, integram a Rede de Diagnóstico na Comunidade e vão começar a fazer recolha de análises à covid-19, condições que estão a ser criadas pelos municípios em articulação com a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. As amostras são enviadas para laboratórios acreditados.
Os cidadãos “poderão, com proximidade, fazer o diagnóstico deste vírus, sem necessidade de deslocação a um hospital de retaguarda. Este novo serviço contribui para descongestionar as unidades hospitalares e, ainda, para reduzir o risco de contágio para os utentes”, explicou a autarquia.
O ACES Oeste Sul integra os centros de saúde de Torres Vedras, Mafra, Lourinhã, Cadaval e Sobral de Monte Agraço.
Fonte: Lusa
Covid-19 | Centros de rastreio em Lisboa
Testes só para utentes com prescrição médica
Lisboa conta a partir de hoje, dia 23 de março com dois centros de rastreio à covid-19, nas freguesias do Lumiar e Parque das Nações, com capacidade para fazer um total de cerca de 500 testes por dia a utentes com prescrição médica.
O Presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Pisco, salientou que o acesso a estes equipamentos exige prescrição médica, não estando abertos a qualquer pessoa que queira fazer o teste “por sua iniciativa ou por sua livre vontade”.
Luís Pisco falava à entrada do centro de rastreio instalado na Escola da Quinta dos Frades, no Lumiar, no âmbito da abertura dos dois primeiros equipamentos de rastreio à covid-19 no concelho de Lisboa, acompanhado pelo diretor do espaço e pelo Presidente da Câmara, Fernando Medina.
O Presidente da ARSLVT explicou que existem 35 locais em estabelecimentos de saúde em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, para os quais as pessoas com sintomas como tosse, febre e dificuldades respiratórias se podem dirigir, antes de um eventual reencaminhamento para os centros de rastreio.
Atualmente, o centro de rastreio instalado no Lumiar tem capacidade para 200 testes diários, podendo chegar aos 300, enquanto o centro de rastreio móvel do Parque das Nações (modelo ‘drive thru’) poderá fazer um total de 150 rastreios por dia, sublinhou Luís Pisco.
Em toda a região de Lisboa e Vale do Tejo, a estimativa é vir a fazer “entre os 2.000 e os 2.500” testes em 20 centros de rastreio.
Os dois que hoje abriram fazem parte de um conjunto de 10 unidades a serem instaladas nos concelhos da Área Metropolitana de Lisboa.
Luís Pisco avançou ainda que a ARSLVT está a trabalhar com laboratórios “que já trabalham para o Serviço Nacional de Saúde”, com os quais tem confiança, e que “têm convenções para outras análises”, tendo sido “alargadas para esta análise também”, garantindo que os hospitais “continuam a manter a sua capacidade para resolver um conjunto de questões”.
Questionado sobre se há material médico suficiente, o presidente da ARSLVT disse que “o stock tem sido gerido milimetricamente”, perspetivando “que não haverá qualquer falta” quer para os médicos, quer para as pessoas que estão a trabalhar nestes locais.
O diretor do centro de rastreio do Lumiar salientou que o equipamento funciona por agendamento, tendo capacidade para responder a cerca de 12 utentes por hora, e garantiu que “as pessoas vão ser inscritas sempre com proteção das rececionistas e dos técnicos”.
“A preocupação aqui é proteger obviamente as pessoas que trabalham aqui”, disse José Germano Sousa, acrescentando que os doentes direcionados pelo médico deverão cumprir as diretrizes dadas, como manter “sempre distâncias de segurança” e isolamento social.
O Lumiar “foi escolhido precisamente pela sua fácil acessibilidade através de automóvel, a capacidade de ter circuitos autónomos muito bem delimitados. As pessoas que entram, não se cruzam com as pessoas que estão dentro nem com as pessoas que saem. E no fundo, assegurando a maior segurança a todos aqueles que por prescrição médica sejam recomendados a fazer o exame”, referiu Fernando Medina.
O Presidente da Câmara de Lisboa destacou ainda que a autarquia abrirá “os centros que forem necessários”, em parceria com as autoridades de saúde e com os laboratórios.
Fonte: Lusa
Covid-19 | Colaboração com o SNS
Quer ajudar o Serviço Nacional de Saúde no combate à pandemia COVID-19?
O Ministério da Saúde criou uma área no site dedicado ao novo coronavírus (Covid-19), para quem quiser ajudar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), no combate à pandemia.
Pode contribuir com equipamentos, serviços ou outros apoios específicos, através da sua instituição, empresa ou a título individual.
Ao aceder à área criada para o efeito, com o título “Quer ajudar o Serviço Nacional de Saúde?”, fica disponível um formulário onde deve colocar nome, contacto telefónico, email, o nome da empresa ou instituição, se for o caso, e ainda que tipo de apoio pode dar. Há ainda um campo para fazer a descrição do tipo de ajuda que pode fornecer.
Seja um agente se saúde pública. Ajude o SNS!
Para saber mais, consulte:
Colaborar com o SNS > Formulário
Covid-19 | Ovar aumenta capacidade resposta
Hospital vai contratar 6 médicos, 20 enfermeiros e aumentar n.º de camas
A direção do Hospital de Ovar, município em estado de calamidade pública sob cerco sanitário com controlo de fronteiras, anunciou hoje que vai contratar mais seis médicos e 20 enfermeiros para poder passar a internar doentes com covid-19.
Em declarações à Lusa, o Presidente do Conselho Diretivo dessa unidade do distrito de Aveiro explica que o hospital continua com a sua atividade normal, nomeadamente ao nível do internamento de utentes com outras patologias e do acompanhamento de doentes crónicos, mas revela estar a reorganizar a unidade para que essa passe a acolher também os casos de infeção pelo novo coronavírus que não exijam cuidados intensivos.
«Estamos a reorganizar-nos para responder ao que é necessário e a minha esperança é que já possamos receber esses infetados ainda esta semana», diz Luís Miguel Ferreira.
O objetivo é disponibilizar mais 21 camas para doentes com covid-19 em situação algo estável e adaptar o bloco operatório a espaço de emergência na eventualidade de um agravamento súbito de sintomas, beneficiando assim da pressão negativa dessa área específica, onde o sistema de ventilação renova o ar o tempo inteiro e mantém a pressão atmosférica abaixo dos níveis do restante edifício, impedindo a saída de ar contaminado e a dispersão do vírus.
«Admitindo que um doente possa piorar de repente, assim podemos encaminhá-lo imediatamente para essa zona, onde ficará sob pressão negativa até que o Instituto Nacional de Emergência Médica chegue e o transfira para um hospital de referência», explica o Diretor do hospital.
Para corresponder a essa nova valência, Luís Miguel Ferreira está já em processo de recrutamento de «cinco ou seis médicos e 20 enfermeiros», que deverão ser contratados com recurso a «listas de profissionais reformados que se disponibilizaram para regressar ao trabalho, quadros dos hospitais privados que neste momento estão com a atividade muito reduzida e prestadores de serviço».
Luís Miguel Ferreira admite que o Hospital Francisco Zagalo tem o seu próprio orçamento, mas realça que, nesta fase, a sua prioridade não é saber se esses fundos serão suficientes para remunerar os novos contratados.
«A preocupação agora – e é bom que as pessoas percebam isto, para se fecharem em casa – é salvar vidas. Depois, além do nosso orçamento, o Governo está a criar medidas específicas para ajudar os hospitais nesta gestão e a própria ministra da saúde já nos deu o seu total apoio para o que for preciso», afirma.
Entretanto, no exterior do hospital uma equipa específica vem realizando a suspeitos indicados pela autoridade local de saúde 25 testes de diagnóstico de covid-19 por dia, capacidade que o diretor da unidade espera «aumentar para 40 ou 25 ainda hoje».
O hospital também está a trabalhar em coordenação com o Centro de Saúde de Ovar, onde hoje começa a funcionar uma «Consulta Covid», e com a Pousada da Juventude, que passa a receber os infetados que não disponham das devidas condições de isolamento nas suas residências.
Quanto ao internamento por outras patologias, que já antes do surto do novo coronavírus era uma das valências do hospital, Luís Miguel Ferreira revela que a capacidade instalada atual é de 36 camas e que a principal dificuldade tem sido manter o ânimo dos utentes, impedidos de receber visitas desde o início da pandemia.
«Nem toda a gente percebe que o fim das visitas é uma medida de contenção necessária, para bem de todos, mas procuramos dar feedback diário às famílias do que se está a passar com os seus doentes, recorrendo à tecnologia para os manter em contacto uns com os outros», refere.
Para saber mais, consulte:
Hospital Dr. Francisco Zagalo – Ovar > Notícias
Covid-19 | SNS tem 9 mil testes
Serviço Nacional de Saúde tem um stock de 9 mil testes e privados 17 mil
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) tem um stock de 9 mil testes para a covid-19 e o setor privado cerca de 17 mil, informa a Ministra da Saúde, adiantando que o Governo está a procurar adquirir mais.
«Estamos a trabalhar através do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, temos um stock que permite 9 mil testes no Serviço Nacional de Saúde e temos uma informação do que o setor privado terá cerca 17 mil testes disponíveis para o serviço de todos», afirmou Marta Temido, no sábado, dia 21 de março, na conferência de imprensa diária sobre a situação da pandemia do novo coronavírus, que causa a doença da covid-19.
A Ministra disse ainda que estão a realizar um «conjunto de contactos» com várias entidades e a procurar fazer «uma aquisição de testes significativa» que permita «um maior folgo» aos serviços de saúde.
«É importante que se perceba que os equipamentos de proteção individual são de facto um bem escasso»
Relativamente às máscaras, Marta Temido adiantou que às 22 horas de sexta-feira, dia 20 de março, a reserva estratégica nacional tinha mais de dois milhões de máscaras tipos 2 (cirúrgicas) e um conjunto de entregas para distribuição.
A Ministra defendeu que é necessário assegurar que «a capacidade de aquisição é garantida» e que a reserva estratégica nacional não fique baixa e a distribuição seja feita conforme a necessidade dos serviços de saúde.
«É importante que se perceba que os equipamentos de proteção individual são de facto um bem escasso» e que é preciso gerir «o mais racionalmente possível», afirmou Marta Temido, que disse compreender «a ansiedade de quem continua a trabalhar nos mais diversos setores», como supermercados, farmácias ou indústrias que se mantêm a trabalhar».
Covid-19 | Centro drive-thru no Algarve
Algarve já tem centro drive-thru para despiste do novo coronavírus
O Algarve conta, desde ontem, dia 22 de março de 2020, com um centro para a despistagem da covid-19, montado junto ao estádio Algarve, entre Faro e Loulé, permitindo rastrear os casos referenciados pelos hospitais e pela linha de apoio ao médico.
O centro de recolha está instalado num tenda, junto à entrada principal do Estádio Algarve, funcionando em modelo drive thru, ou seja, os cidadãos não necessitam de sair do automóvel para realizar a colheita, sendo o atendimento efetuado através da janela da viatura.
As colheitas serão depois analisadas no Laboratório Regional de Saúde Pública do Algarve, situado em frente ao estádio, e a resposta obtida «em oito horas», explicou em conferência de imprensa o Presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Algarve, Paulo Morgado.
«Não é um centro de rastreios que esteja aberto a qualquer pessoa que queira fazer um teste, é para fazer análises a casos suspeitos já identificados» afirmou à Lusa Paulo Morgado, à margem da apresentação pública do centro.
Aquele responsável sublinhou que só agora é que a estrutura foi montada porque «é algo que demora a implementar e porque é agora a altura para o fazer».
Paulo Morgado frisou que o centro pretende «desviar as pessoas com sintomas ligeiros do hospital» e que a linha de apoio ao médico – responsável pela «validação dos casos suspeitos» – continuará a fazer o encaminhamento dos casos que apresentem «maior gravidade e necessidade de internamento hospitalar».
Acrescentou ainda que o Hospital de Faro «não vai deixar de fazer os testes», mas que conta com a possibilidade de encaminhar «quem considerar necessário« para o centro agora instalado.
Centro tem capacidade para realizar «300 testes diários»
Segundo aquele responsável, no Algarve, há capacidade para realizar «300 testes diários» à covid-19. No entanto, a ARS está a procurar «aumentar esse volume com parcerias com a universidade e instituições privadas».
Antes do local da colheita estão montados dois pontos de controlo, com a identificação a ser feita pelas autoridades «sem abertura do vidro» sendo que «a pessoa apenas baixa o vidro na altura da colheita», frisou.
O centro de rastreio para despistagem da covid-19 vai funcionar das 9 às 21 horas e «vão ser contratados mais funcionários para garantir o funcionamento 24 horas», caso venha a ser necessário, assegurou.
Questionado pelos jornalistas, Paulo Morgado reafirmou que a quarentena obrigatória declarada a quem chega à região está a ser «devidamente comunicada» aos visitantes – já que os casos no Algarve «são importados» – e que a aplicação desta medida fica «na consciência de cada um».
«No Algarve tem havido poucos casos por dia, mas no futuro haverá mais, estamos a preparar-nos para isso. As medidas tomadas, nomeadamente, o distanciamento social, são essenciais para que não haja transmissão», reforçou.
Fonte: Lusa
Para saber mais, consulte:
ARS Algarve > http://www.arsalgarve.min-saude.pt/
Covid-19 |Estado nutricional dos idosos
DGS divulga orientações que visam promover uma alimentação adequada na população idosa
A Direção-Geral da Saúde (DGS), através da equipa do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável (PNPAS) divulga orientações que visam promover uma alimentação adequada na população idosa, de forma a promover um adequado estado nutricional.
A população idosa é um dos grupos que apresenta um maior risco de doença grave por COVID-19. Como grupo de risco, os idosos são particularmente aconselhados a adotar medidas para reduzir o risco de doença por SARS-CoV-2, nomeadamente o isolamento profilático.
Estas medidas de isolamento e distanciamento social para minimizar a transmissão da COVID-19, podem ser um fator de risco para o agravamento do estado nutricional dos idosos, quer naqueles que se encontram em contexto de domicílio, quer para os idosos institucionalizados. Um pior estado nutricional associa-se a um pior prognóstico e a um risco aumentado de complicações em caso de doença aguda e, consequentemente está associada a um maior risco de mortalidade.
Para o efeito, o PNPAS faz as seguintes orientações, que não são diferentes das recomendações que já deviam ser genericamente seguidas pela população idosa:
- Diariamente devem ser consumidas duas porções de leite ou derivados (1 porção de leite = 240ml), nas refeições intercalares.
- Devem ser consumidas 2 a 3 porções de fruta por dia (1 porção = 1 peça de fruta média).
- Devem ser consumidas leguminosas (por ex. feijão, grão, ervilhas, lentilhas…) pelo menos 3 vezes por semana, por exemplo, através da sua adição à sopa.
- A sopa de hortícolas deve estar presente nas duas refeições diárias. Uma importante fonte de vitaminas e minerais e que pode contribuir para otimizar o estado de hidratação.
- Deve ser incentivado o consumo de carne, pescado e ovos nas duas refeições principais (1 porção por refeição = 90 g), de modo a assegurar uma ingestão proteica adequada, sendo que o peixe gordo deve consumido com uma frequência de 2 vezes por semana.
- O incentivo ao consumo de frutos oleaginosos (por ex. amêndoas, nozes…), para aqueles que não apresentam dificuldades de mastigação deve ser também considerado (1 a 3 vezes por semana).
- Considerando a diminuição do apetite que é comum nesta faixa etária e a alteração do paladar, devem ser promovidas refeições frequentes ao longo dia e de menor volume (cerca de 5 a 6 refeições) e deve ter-se em consideração as características organoléticas das refeições.
- A manutenção de um bom estado de hidratação é essencial, situação que muitas vezes está comprometida devido à diminuição da sensação de sede nos idosos. A quantidade a ingerir diariamente pode variar entre 1,5 a 1,9 litros de água, o que equivale a cerca de 8 copos de água. A oferta frequente de água e em pequenas quantidades ao longo do dia é essencial. As águas aromatizadas e as infusões podem ser opções a considerar, preferencialmente sem adição de açúcar.
Imagem retirada de Cristian Newman
Para saber mais, consulte:
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