Artigo INSA: perceção e hábitos de consumo relativamente a alimentos funcionais

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06-08-2020

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, através do seu Departamento de Alimentação e Nutrição, realizou um trabalho com o objetivo de avaliar a perceção do consumidor e os seus hábitos de consumo relativamente aos alimentos funcionais. Os resultados obtidos permitem verificar que a maioria da população inquirida tem conhecimento da existência de alimentos com atributos adicionais positivos para a saúde, mas apenas uma parte está familiarizada com o conceito “alimento funcional”.

Segundo os resultados apurados, 87% da população inquirida referiu saber que existem alimentos com atributos adicionais e efeitos positivos na saúde e bem-estar, no entanto, só 58% diz saber o que são alimentos funcionais. A maioria dos inquiridos (85%) consome estes alimentos devido aos seus benefícios para a saúde e 67% confessam que preferem estes alimentos em detrimento dos outros, enquanto que no que diz respeito à eficácia destes alimentos, 46% acreditam que são razoavelmente eficazes, 44% acham que são eficazes e apenas 1% acredita não serem nada eficazes.

A definição de alimento funcional ainda não é universal. No entanto, a mais consensual é a proposta pela European Commission Concerted Action on Functional Food Science in Europe (FUFOSE) que estabelece que se trata de “um alimento que afeta, de forma benéfica, uma ou mais funções específicas no organismo, para além dos efeitos nutricionais adequados, de maneira a ser relevante para a melhoria do estado de saúde e bem-estar e/ou redução do risco de doença. É consumido como parte de um padrão alimentar adequado e não é um comprimido, cápsula ou qualquer forma de suplemento alimentar”.

Estes alimentos contêm ingredientes funcionais que podem contribuir para melhorar a saúde e bem-estar dos indivíduos, e reduzir o risco ou retardar a progressão de certo tipo de doenças como, por exemplo, doenças cardiovasculares, cancro, osteoporose e obesidade. Esses ingredientes apresentam atividades biológicas e podem ser probióticos, prebióticos, vitaminas, minerais, ácidos gordos, fitoquímicos, fibra, entre outros.

“Perceção e hábitos de consumo relativamente a alimentos funcionais” foi publicado no Boletim Epidemiológico Observações, publicação científica periódica editada pelo Instituto Ricardo Jorge em acesso aberto. Para consultar o artigo de Mafalda Alexandra Silva, Tânia Gonçalves Albuquerque, M Beatriz PP Oliveira, Rita C Alves e Helena Soares Costa, clique aqui.